Qual o principal combustível utilizado para movimentar as máquinas no período da Revolução Industrial inglesa?

Máquina a vapor é o nome dado a qualquer motor que funcione pela transformação de energia térmica em energia mecânica através da expansão do vapor de água. Desenvolvido no século XVIII, sua tecnologia continuou a ser utilizada e aperfeiçoada até o início do século XX.

O matemático e engenheiro greco-egípcio, Hierão de Alexandria, no século I a.C., criou a primeira máquina a vapor, a eolípila, também chamada de “bola de vento”.

Qual o principal combustível utilizado para movimentar as máquinas no período da Revolução Industrial inglesa?
No final do século XVII, Denis Papin e Thomas Savery desenvolvem os primeiros motores a vapor de uso prático e de interesse industrial.

Em 1712, Thomas Newcomen criou o chamado “motor de Newcomen”. O motor foi o primeiro tipo a vapor a ser amplamente usado. Em 1769, James Watt, um fabricante de instrumentos londrino, aperfeiçoou a máquina de Newcomen, inventou um motor a vapor com menores problemas de perda de energia em relação ao motor de Newcomen,

Qual o principal combustível utilizado para movimentar as máquinas no período da Revolução Industrial inglesa?
que gastava muito tempo por ter o aquecimento tanto do vapor quanto do combustível em um mesmo cilindro.

Uma das primeiras utilizações da máquina a vapor foi para fabricação de tecidos. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias aumentou muito e o lucro dos donos das fábricas também . As fábricas se espalharam rapidamente e provocaram mudanças profundas no modo de vida e na mentalidade de milhões de pessoas. Os historiadores chamam esse período de Primeira Revolução Industrial.

No início do século XIX, a máquina a vapor passou a ser usada nos meios de transporte. O primeiro barco a vapor surgiu em 1807. Na Inglaterra, em 1825, o engenheiro George Estephenson construiu a primeira estrada de ferro. O barco a vapor e as estradas de ferro diminuíram o tempo das viagens.

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Além disso, o custo dos transportes baixo, aumentou ainda mais o volume das trocas, isto é, o mercado. O aumento das trocas fez com que fosse necessário produzir mais, e, assim, os avanços da industrialização tornaram-se cada vez maiores.

Índice

Introdução

A partir da segunda metade do século XIX, novas transformações ocorridas nos processos de produção dos países industrializados deram início ao que é denominada Segunda Revolução Industrial.

Essa é uma nova fase do processo de industrialização que havia começado cerca de 100 anos antes na Inglaterra. Entre as principais mudanças desse período, que vai até o início do século XX, podemos citar a expansão da indústria pela Europa e por outros continentes, o uso de novas fontes de energia, o nascimento de novos setores da indústria, a revolução dos transportes e o desenvolvimento tecnológico.

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Expansão da industrialização

Ao longo do século XIX, o processo de industrialização que havia começado na Inglaterra se expande para outras regiões da Europa e de outros continentes.

Os primeiros países a iniciarem sua industrialização depois dos ingleses foram a França, após a Revolução de 1789, e a Bélgica, que se tornou independente dos Países Baixos em 1830. Logo depois foi a vez de Alemanha e Itália, países que tiveram seus processos de unificação ainda no século XIX.

Fora da Europa, a industrialização foi mais intensa nos Estados Unidos, após a Guerra da Secessão, e no Japão, após a restauração Meiji.

Embora estivesse concentrada nesses países, outros Estados passaram por processos mais tímidos de industrialização, caso da Rússia, impulsionado principalmente pelo capital estrangeiro.

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Novas fontes de energia e novos setores da indústria

Além da expansão da industrialização, o processo produtivo também passou por mudanças. O carvão mineral - principal combustível utilizado para movimentar as máquinas a vapor da indústria têxtil na Primeira Revolução Industrial - foi gradualmente substituído por novas fontes de energia, como a eletricidade e o petróleo.

Essa mudança deu origem a novos setores da indústria. Houve uma expansão da chamada indústria de base, como a siderúrgica (produção de aço) e a petroquímica (produtos derivados do petróleo). Em paralelo, outros segmentos também se desenvolveram, como o farmacêutico.

Essa etapa da industrialização também foi marcada, na esfera das fábricas, pela adoção dos processos de produção em série, a exemplo do fordismo - introdução de procedimentos e normas de divisão do trabalho nas fábricas, visando expandir ao máximo a produção - que proporcionaram grandes ganhos de produtividade à atividade industrial.

A revolução dos transportes e os avanços tecnológicos 

Entre os avanços promovidos pela Segunda Revolução Industrial, também se inclui uma revolução pela qual passaram os meios de transporte.

Foi nesse período do desenvolvimento econômico em que houve a adoção dos navios e trens a vapor, e, posteriormente, a invenção do automóvel e do avião. Grandes ferrovias passaram a atravessar o território das potências industriais, em especial na Europa e nos Estados Unidos, primeiramente para o transporte de matérias-primas e mercadorias, mas depois para o transporte de passageiros também.

Essas transformações encurtaram distâncias e mudaram a maneira com que os homens viam e se relacionavam com o mundo.

Foi também a época de novos avanços tecnológicos, puxados pela invenção do telégrafo, do telefone, da fotografia, da lâmpada elétrica, entre outros.

Ainda no século XIX, mais precisamente em 1851, se iniciam as exposições universais, idealizadas pelo príncipe Albert, marido da rainha Victoria, da Inglaterra. Essas exposições, sediadas periodicamente em grandes cidades, tinham como objetivo divulgar ao mundo invenções, produtos e avanços tecnológicos.

A partir de então, se estabeleceu uma relação mais próxima entre ciência e indústria. Esta passa a depender fortemente do desenvolvimento tecnológico promovido pelos avanços científicos, que são incorporados rapidamente à esfera produtiva. Esse modelo seria consagrado como um dos pilares do desenvolvimento industrial dali em diante.

Mudanças no capitalismo 

Na esfera do capital, as novas atividades econômicas e os grandes empreendimentos industriais exigiam investimentos cada vez mais altos, que dificilmente poderiam ser realizados por acionistas individuais.

Houve a substituição da livre concorrência pelo capital financeiro e monopolista, que dominou setores produtivos inteiros, fundiu indústria e finanças, e passou a ter um controle muito maior sobre os mercados.

Nesse momento, começam a surgir as primeiras grandes companhias empresariais, em ramos como o do petróleo, que estabeleciam acordos para controlar preços, produção e mercado através de práticas como o truste e o cartel.

Surge, também, a figura do neocolonialismo - ou imperialismo -, política de ocupação e domínio de territórios, principalmente na África e Ásia, para busca de matérias-primas e mercados para a indústria europeia.

O crescimento do movimento operário

Apesar de todo o processo de industrialização e desenvolvimento econômico consolidado pela Segunda Revolução Industrial, a situação da classe trabalhadora estava longe de seguir no mesmo sentido.

Era comum que operários tivessem longas jornadas diárias, de mais de 12 horas, inclusive mulheres e crianças, que eram considerados mais “dóceis” para o trabalho nas fábricas. Nesse contexto, o movimento operário passa a se organizar para reivindicar melhores condições de trabalho e, inclusive, liderar movimentos políticos mais amplos.

Nessa época, começam a se formar os primeiros sindicatos na Europa, como expressão da organização dos trabalhadores lutando por melhores condições. Movimentos como o Cartismo, na Inglaterra, e a Liga dos Comunistas, que atuou em diversos países sob a influência de teóricos do socialismo científico como Karl Marx e Friedrich Engels, são exemplos de organizações do movimento operário, que se tornaria um ator fundamental nos acontecimentos políticos do século XX. 

Conclusão 

Os acontecimentos promovidos pela Segunda Revolução Industrial transformaram o mundo em muitos aspectos, inclusive diminuindo distâncias e aumentando a produção para uma escala nunca antes vista na história.

Contudo, essas mudanças não foram capazes de solucionar problemas como a exploração da classe trabalhadora e a existência de territórios coloniais. Embora significativas na esfera da produção, houve a manutenção das mesmas estruturas sociais criadas pela Revolução Industrial, e os conflitos entre as potências capitalistas levariam a grandes conflitos no século XX.

Qual foi o principal combustível utilizado na Revolução Industrial inglesa?

O uso dos combustíveis fósseis começou principalmente em meados do século XVIII com o advento da Revolução Industrial. O primeiro combustível fóssil que se tornou a fonte de energia mundial mais importante foi o carvão mineral, também chamado de carvão natural.

Qual era o combustível utilizado nas máquinas da primeira Revolução Industrial?

Mas, foi a partir da primeira Revolução Industrial que os combustíveis modernos começaram a ser originados. Naquela época, a necessidade de mover os motores a vapor utilizados em locomotivas e grandes fábricas fez com que o carvão mineral se tornasse o grande protagonista do período.

Qual foi a principal fonte de energia utilizada durante a Primeira Revolução Industrial?

O carvão mineral é um combustível fóssil muito antigo, formado há cerca de 400 milhões de anos. Passou a ter grande importância para a economia mundial a partir da Primeira Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra (século 19), quando a máquina a vapor passou a ser utilizada na produção manufatureira.

Qual o combustível mais utilizado a partir da Segunda Revolução Industrial?

O petróleo foi um recurso que teve grande ascensão durante a Segunda Revolução Industrial. Antes, ele era utilizado somente em sistemas de iluminação, mas, após a invenção do motor a combustão, passou a ser utilizado em um ritmo mais avançado.