Proibido pela Anvisa, o estimulante sexual pode levar à necrose do pênis e à hipotensão arterial
Uma pesquisa apontou que o "Melzinho do amor", suposto estimulante sexual, pode oferecer graves riscos à saúde. O alerta foi feito pelo Laboratório de Toxicologia Analítica do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp (CIATox).
De acordo com o estudo, apesar de as embalagens apontarem o produto como 100% natural, após uma análise laboratorial foi detectada a presença de dois fármacos de origem sintética utilizados para tratamento da disfunção erétil.
Vendido em forma de sachê, o "Melzinho do amor" ganhou bastante sucesso no comércio popular ao prometer aumento da libido de forma imediata e milagrosa.
Contudo, mesmo tendo sua comercialização proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desde 27 de maio de 2021, o produto ainda pode ser encontrado em lojas na internet e em comércio ambulante.
Segundo o estudo feito pela Unicamp, as substâncias encontradas nesse estimulante sexual podem causar efeitos colaterais graves e até risco de morte, especialmente sem a devida prescrição e administradas de maneira incorreta.
De acordo com a análise feita pelo Laboratório de Toxicologia da Unicamp, além de o produto conter substâncias como café, extrato de caviar, ginseng (planta de origem oriental), maçã, gengibre, canela, mel da Malásia e Tongkat Ali (Eurycoma longifolia), há também a presença de Sildenafila e Tadalafila.
Tais componentes são fármacos encontrados em medicamentos para disfunção erétil, vendidos somente com prescrição médica.
O perigo do consumo desse estimulante é que, justamente devido à presença dessas substâncias, há um risco, sobretudo para pessoas que sofrem de problemas de saúde, como cardiopatias e hipertensão descontrolada.
Os pesquisadores também alertam para outros efeitos indesejados e graves que o produto pode causar, como o priapismo prolongado, ereção longa e dolorosa que pode levar à necrose do pênis, e lesão irreversível do membro.
Além disso, misturar o produto com álcool ou outros fármacos pode intensificar os efeitos colaterais e levar a sintomas como tontura, hipotensão arterial e dores de cabeça.
A disfunção erétil e problemas com a libido podem surgir a partir de disfunções físicas ou psicológicas. Dessa forma, é sempre muito importante consultar um especialistas e passar por uma avaliação médica.
Existem casos menos graves em que é possível lidar com a diminuição da libido de maneira simples e natural. Algumas pesquisas apontam que o banho de sol, por exemplo, pode aumentar o desejo sexual de homens e mulheres. Além disso, tanto a alimentação como hábitos de vida podem influenciar na diminuição ou no aumento dos impulsos sexuais.
O importante é não descartar uma visita médica a fim de um diagnóstico mais preciso e um tratamento adequado.
- RecordTV
- ‘Melzinho do Amor’: substância usada por jovens pode não ser tão inofensiva quanto se imagina
Vendido como produto natural, foi constatada a presença de medicamentos para disfunção erétil no produto
Domingo Espetacular
- 09/05/2021 - 22h08 (Atualizado em 09/05/2021 - 22h08)
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Jovens do Brasil inteiro estão consumindo uma espécie de mel que é vendido como afrodisíaco, 100% natural. A pedido do Domingo Espetacular, a análise desse melzinho em laboratório, mostrou um perigo daqueles. Foi comprovada a presença do sildenafil, o mesmo componente usado num dos mais poderosos remédios para disfunção erétil. As análises mostraram que uma única embalagem do mel pode conter o dobro da dosagem de um comprimido do medicamento.
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