Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?

Século XIX - Contrastes sociais

Publicado a 28/11/2015, 11:48 por História Sete   [ atualizado a 04/03/2016, 00:34 por Diogo Daniel ]

Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?

A partir de meados do século XIX, a produção agrícola aumentou devido ao emprego de adubos químicos e à mecanização da agricultura. Os hábitos de higiene progrediram com a vulgarização do sabão e das roupas de algodão. A medicina conheceu avanços decisivos: as vacinas, a desinfecção, a anestesia. Estas mudanças provocaram a diminuição da mortalidade, desencadeando uma verdadeira explosão demográfica.

Multidões de camponeses partiram para as cidades, onde surgiam diariamente novos postos de trabalho. A própria expansão da rede ferroviária facilitava esse êxodo rural.

O século XIX foi o século de triunfo da burguesia. Banqueiros e grandes indústrias (os chamados “capitães da indústria”) acumularam fortunas incalculáveis.

No polo oposto da sociedade burguesa encontrava-se o operariado. A classe operária ou proletário nasceu com a revolução industrial, ou seja, com o aparecimento da máquina e da fábrica.

No século XIX em que dominava o liberalismo económico, o valor dos salários dependia, tal como qualquer mercadoria, a da lei da oferta e da procura*. Ora como a oferta de mão-de-obra era cada vez maior, os salários mantinham-se baixos e a ameaça de desemprego era constante. A miséria rondava permanentemente os operários e as suas famílias que, para sobreviverem, se sujeitavam Ás mais duras condições de trabalho. Muitas vezes, viam-se obrigados a empregar as próprias crianças nas fábricas e nas minas, onde chegavam a trabalhar 15 horas por dia. 

O proletariado cedo se revoltou embora de forma espontânea e desorganizada, destruindo máquinas e fábricas que acusavam de ser a causa do desemprego e dos baixos salários.

Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?

O fracasso destas primeiras lutas levou o operariado a organizar-se para defender os seus interesses. Surgiram, na Grã-Bretanha, a partir de 1830, os primeiros sindicatos – as Trade-Unions. Eram associações de operários que tinham por objectivo a conquista de melhores salários e de melhores condições de trabalho. A sua arma de luta era a greve .Os patrões respondiam-lhes com o lock-out (encerramento temporário de fábricas), os despedimentos ou a repressão.

Por outro lado desde o princípio de século XIX que muitos pensadores defendiam uma sociedade mais justa, a sociedade socialista, onde não existisse a “exploração do homem pelo homem”.

O filósofo alemão Karl Marx foi o mais importante pensador socialista. Para ele, a história era uma constante luta de classes entre os exploradores: senhores e escravos, nobres e servos, burgueses e proletários. O proletariado deveria combater a burguesia, a fim de se apoderar do Estado para poder construir primeiro, uma sociedade socialista e por fim o comunismo ou seja a sociedade igualitária sem classes. Apoiados nas doutrinas socialistas os sindicatos intensificaram a luta. A força das greves e das manifestações operárias permitiu alcançar, no final do século, triunfos decisivos: melhoria de salários; descanso semanal; proibição de trabalho para os melhores de 12 anos; redução de horário de trabalho para 10 e, depois, para 8 horas. Do ponto de vista político o movimento sindical contribuiu para o fim do sufrágio censitário e para a conquista do sufrágio universal.

A aliança entre a ciência e a técnica tinha-se tornado um factor de progresso e de bem-estar. O cientismo passou assim a dominar as mentalidades. Ao mesmo tempo, foi-se afirmando a esperança de que a educação dos cidadãos poderia conduzir ao progresso social. Por isso se passou a considerar a instrução pública como um dever do Estado. Nos finais do século, já se instituíra, em muitos países industrializados, o ensino primário obrigatório e gratuito. Esta medida correspondia, de resto, às novas necessidades da sociedade industrial. Era preciso preparar os jovens para o trabalho e para o exercício do direito de voto.

Diogo Graça e Rúben

Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?

A revolução Industrial alterou ainda profundamente as condições de vida do trabalhador, provocando inicialmente uma intensa deslocação da população rural para as cidades, criando enormes concentrações urbanas. A população de Londres passou de 800.000 habitantes em 1780 para mais de 5 milhões em 1880, por exemplo. No início da Revolução Industrial, os operários viviam em péssimas condições de vida e trabalho. O ambiente das fábricas era insalubre, assim como os cortiços onde muitos trabalhadores viviam. As jornadas de trabalho chegava a 80 horas semanais, e os salários variavam em torno de 2,5 vezes o nível de subsistência. Para mulheres e crianças, submetidos ao mesmo número de horas e às mesmas condições de trabalho, os salários eram ainda mais baixos.

A produção em larga escala e dividida em etapas vai distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores domina apenas uma etapa da produção. Como a produtividade do trabalho aumentava os salários reais dos trabalhadores ingleses aumentaram em mais de 300% entre 1800 até 1870

 Devido ao progresso ocorrido nos primeiros 90 anos de industrialização, em 1860 a jornada de trabalho na Inglaterra já se reduzia para cerca de 50 horas semanais (10 horas diárias em cinco dias de trabalho por semana

João Alves e Jéssica

  • Consultas
  • Livro História 7, Maria Emília Diniz, Adérito Tavares e Arlindo M. Caldeira
  • http://www.infopedia.pt/$grandes-fluxos-migratorios-europeus-do.
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Secess%C3%A3o
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_atl%C3%A2ntico_de_escravos
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolução_Industrial
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Contempor%C3%A2nea
  • http://www.infopedia.pt/$revolucoes-liberais

Século XIX- As cidades: o espelho da sociedade industrial

Publicado a 28/11/2015, 11:47 por História Sete   [ atualizado a 04/03/2016, 00:41 por Diogo Daniel ]

A última e fundamental mudança das cidades foi gerada pela Revolução Industrial que  é quase imediatamente seguida por um explosivo crescimento demográfico das cidades, primeiro na Inglaterra, seguida pela França e Alemanha. As cidades atraíram os camponeses e artesãos, e tornaram-se  cada vez maiores e mais importantes. Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez num país, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo. Depois de 1850, enquanto a população mundial quadruplica, a população urbana se multiplica por dez. Esse grande crescimento da população urbana é consequência de progressos científicos e técnicos realizados a partir da segunda metade do século XVIII.

As fábricas passaram a concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em troca de um salário.

Apesar do aumento  da população que se sustentou principalmente por uma longa série de boas colheitas e numa melhora do padrão de vida desenvolvido nos primeiros momentos da Revolução Industrial a saúde da população urbana começou a deteriorar-se, principalmente devido à imensa concentração populacional nas cidades que sofreria com as epidemias, péssimas condições de habitação, deformações causadas pelo trabalho e a alimentação insuficiente e inadequada.

Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?

As famílias que abandonavam o campo e afluíam aos aglomerados industriais ficavam alojadas nos espaços vazios disponíveis dentro dos bairros antigos, ou nas novas construções construídas na periferia, que rapidamente se multiplicaram formando bairros novos e extensos em redor dos núcleos primitivos. As pessoas mais pobres aglomeravam-se em subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, com condições horríveis de higiene e salubridade. Conviviam com a falta de água canalizada, com os ratos e os esgotos formando riachos nas ruas esburacadas. 

Em geral, os operários moravam em cortiços de um ou dois andares dispostos em fila, e quase sempre construídos irregularmente. Os locais  eram extremamente sujos, com ruas não pavimentadas, sem esgotos ou calçadas, repletos de detritos humanos e animais e poças lamacentas, que às vezes chegam a cobrir até os joelhos. As habitações quase sempre não possuíam ventilação, e a falta de espaços livres fazia com que a secagem das roupas fosse feita no meio das próprias ruas. O mau cheiro era praticamente insuportável. As casas não possuíam móveis: as mesas e cadeiras, quando existiam, eram feitas com caixas.

Esta cidade é construída pela iniciativa privada, buscando o máximo lucro e aproveitamento, sem nenhum controle. Surge então a necessidade de uma acção pública, ordenando e propondo soluções que até o momento eram implementadas apenas pelo sector privado, com objetivos individuais, de curto prazo e em escala reduzida. Foi na Inglaterra, origem da grande indústria, que a miséria dos guetos de trabalhadores sensibilizou e revoltou algumas parcelas da sociedade, fazendo multiplicar, por volta de 1816, as reações contra o que se denominava: "a cidade monstruosa" e  nasce  o urbanismo moderno entre 1830 e 1850.

Com preocupações sanitárias foram re-urbanizadas várias cidades industriais inglesas e as leis sanitárias evoluíram para uma legislação especificamente de natureza urbanística, definindo as densidades, critérios para a implantação de loteamentos, distância entre edificações.

Pedro e Diogo Fernandes

  • Consultas
  • http://reverbe.net/cidades/wp-content/uploads/2011/08/urbanismo-historiaedesenvolvimento.pdf
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_das_cidades

Século XIX - difusão do liberalismo

Publicado a 28/11/2015, 11:45 por História Sete   [ atualizado a 04/03/2016, 00:47 por Diogo Daniel ]

Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?

Rapidamente as ideias liberais da revolução em França se propagam pela Europa e América Latina, muitas vezes com fins nacionalistas. Algumas colónias espanholas da América antecipar-se-ão mesmo a muitos países europeus, com a independência dos seus territórios como é o caso da América Central espanhola.

As Revoluções Liberais alterarão profundamente o xadrez político no mundo ocidental, para além dos seus mapas. O século XIX, de facto, coroou de êxito uma série de revoluções liberais em muitos territórios europeus e latino-americanos, quer na perspetiva das nacionalidades quer na adoção, em monarquias tradicionais,  de constituições liberais baseadas no princípio universal de liberdade, igualdade, e fraternidade  promovido pela Revolução Francesa.

A tolerância religiosa foi uma das suas características abrindo caminho à laicização crescente das sociedades liberais e à liberdade de culto, originando, em contrapartida, uma crise profunda no clero e nas instituições eclesiásticas europeias, antigos sustentáculos das monarquias absolutas agora desprovidas de poder, isenções e prestígio. Também a nobreza latifundiária sofreu duros reveses a nível político, económico e social, em detrimento da burguesia industrial e mercantil, que consolida, após as Revoluções Liberais, vários séculos de luta pela sua afirmação possuindo agora as rédeas do poder por que tanto lutara. O antigo Terceiro Estado, o povo, conhece algumas melhorias a nível de participação política e de outros direitos, embora economicamente se mantenha subjugado e em más condições de sobrevivência.

Vasco e Francisco & João e Jéssica


Na Europa apenas a Rússia, a Áustria-Hungria e a Prússia mantinham monarquias absolutistas. Também os ventos revolucionários sopraram em Portugal, trazendo os gérmens do liberalismo. 

Revolução Liberal Portuguesa 

Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?


As invasões francesas provocaram uma grave crise económica no nosso país, o que afetou seriamente os interesses da burguesia. Por estes motivos – descontentamento da burguesia, dos militares e da população em geral – no dia 24 de Agosto de 1820, deu-se no Porto uma Revolução liberal, preparada pelo Sinédrio.

Em 1822, foi aprovada uma Constituição que estabeleceu a separação dos poderes, consagrou as liberdades fundamentais e implantou a Monarquia Constitucional:

  • Poder executivo: Rei (poder exercido através de secretários de Estado por si nomeados).
  • Poder legislativo: Cortes (uma única Câmara formada por deputados eleitos por dois anos).
  • Poder judicial: Tribunais (juízes).

A maior parte do clero e da nobreza descontente com a perda de privilégios cedo começa a conspirar com a perda dos seus privilégios o que irá conduzir Portugal a uma guerra civil de que o liberalismo sai vencedor.

Os dirigentes liberais procuraram abolir as estruturas do Antigo Regime, abolindo antigos privilégios e restringindo o poder do  clero e criar um país novo. Nesta acção, destacaram-se entre outros, a abolição dos dízimos, portagens e  morgadios, a reestruturação  da administração pública, a publicação do Código Comercial, a fim de regulamentar e dinamizar o comércio, a extinção da maioria das ordens religiosas e venda dos seus bens em hasta pública..

A acção destes governantes pôs termo aos tradicionais privilégios do Clero e da Nobreza e favoreceu a burguesia e as suas actividades económicas. Contudo uma das consequências da revolução liberal portuguesa foi a perda do Brasil, que se tornou independente, agravando a crise da já frágil economia portuguesa.

  Vasco e Francisco

  • Consultas
  • História 8, Maria emília Diniz, Adérito Tavares e Arlindo M. Caldeira
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Contempor%C3%A2nea
  • http://www.infopedia.pt/$revolucoes-liberais

Século XIX - O papel da mulher na sociedade industrializada

Publicado a 28/11/2015, 11:44 por História Sete   [ atualizado a 04/03/2016, 01:01 por Diogo Daniel ]

Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?

Com a ida das mulheres para as fábricas, estas foram consideradas culpadas quer de as retirar vigilância atenta dos pais encorajando casamentos precoces, quer der estimular a negligência material e o desleixo com os cuidados domésticos, quer ainda de encorajar a falta de subordinação feminina e o desejo por bens supérfluos.

Críticos denunciaram o hábito crescente de vestir roupas de confecção vendo a substituição da lã e do linho por algodão barato como um sinal de pobreza crescente. As mulheres eram condenadas por não fazerem com as suas próprias mãos aquilo que podiam comprar mais barato. Para além de que os vestidos baratos de algodão e roupas de baixo foram uma revolução na higiene pessoal.

Muitas mulheres trabalhavam porque os salários de seus maridos eram insuficientes para sustentar o lar, outras porque eram viúvas ou abandonadas, algumas tinham maridos que eram desempregados, ou empregados em empregos sazonais e e algumas poucas decidiram trabalhar para ganhar dinheiro para confortos extras em casa, embora os salários de seus maridos fossem suficientes para cobrir as necessidades.

O que o sistema fabril lhes veio oferecer foi um meio de sobrevivência, de independência econômica, de elevar-se da mera subsistência.

Movimento Feminista

A primeira onda do feminismo ocorre durante o século XIX e início do século XX no Reino Unido e nos Estados Unidos e o seu  foco era originalmente,  a promoção da igualdade nos direitos contratuais e de propriedade para homens e mulheres, a oposição aos casamentos arranjados e a propriedade dos maridos sobre as  mulheres casadas (e seus filhos).

Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?

Mas no fim do século XIX, já o ativismo feminino se focava na conquista de poder político, especialmente o direito ao sufrágio (voto) por parte das mulheres – as sufragistas.

 No Reino Unido em 1918, o Representation of the People Act foi aprovado, concedendo o direito ao voto às mulheres acima dos 30 anos de idade que possuíssem uma ou mais casas. Em 1928, este direito foi estendido a  todas as mulheres acima de vinte e um anos de idade.

Nos Estados Unidos, as líderes dos movimentos feministas haviam todas lutado pela abolição da escravidão antes de defender o direito das mulheres ao voto. Considera-se que a primeira onda do feminismo nos Estados Unidos terminou com a aprovação da Décima Nona Emenda à Constituição dos Estados Unidos, em 1919, que concedeu às mulheres o direito ao voto em todos os estados.

Ivo e Hugo

  • Consultas
  • http://www.ebah.pt/content/ABAAAAecQAB/a-condicao-feminina-breve-retropesctiva-historica

Século XIX - A fé a a ciência

Publicado a 28/11/2015, 11:42 por História Sete   [ atualizado a 04/03/2016, 01:04 por Diogo Daniel ]

No século XIX, na Europa, o mundo da fé deste momento já não era monopolizado pela Igreja Católica depois de  quase dois séculos de modificações protestantes. A evolução das ciências sobretudo as ciências Humanas ( sociologia, psicologia etc.) e a difusão de novas teorias como o evolucionismo, o antropocentrismo etc. foram seguidas de ataques à fé feitos por muitos outros intelectuais da época . 

Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?

O Homem começa a ser visto sob diversas formas e por diferentes pensadores, tais como: Darwin ( 1809-1882), o Homem biológico-evolucionista; Kierkegaard (1813-1855), o Homem existencial ; Marx (1818-1883), o Homem económico; Freud ( 1856-1939), O Homem instintivos etc. o que faz surgir um sentimento generalizado de independência do individuo em relação à religião.  Marx havia dito que a consciência humana era um produto da base material de uma sociedade. Darwin mostra que o homem é produto de uma longa duração biológica e o estudo de Freud sobre o inconsciente deixa claro que as acções dos homens frequentemente são devidas a certos impulsos ou instintos “animais”, próprios de sua natureza.

Estas novas teorias, negavam até mesmo a criação divina, e diante das dúvidas geradas começa a propor-se que a resposta a estas questões seja do foro íntimo, do direito particular e não público ou seja que o Estado em vez de defender  uma “verdade”  defenda  a liberdade do indivíduo para escolher.

A campanha de laicização do Estado, aparece pois reforçada pela ideia de  laicização do pensar e do agir.

Edgar e João Pereira

  • Consultas
  • http://hist-igreja.blogspot.pt/2009/02/historia-da-igreja-no-seculo-xix.html

Século XIX – Os grandes fluxos migratórios

Publicado a 28/11/2015, 11:41 por História Sete   [ atualizado a 04/03/2016, 01:09 por Diogo Daniel ]

Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?

Na Europa, o crescimento demográfico processou-se a um ritmo superior ao dos restantes continentes. As razões desta expansão demográfica devem-se, essencialmente, à melhoria das condições climatéricas, à vacinação (particularmente a antivariólica) e aos progressos na higiene pessoal. Também contribuíram a melhoria verificada ao nível dos rendimentos e do emprego assim como o aumento da produção e distribuição alimentares proporcionaram melhores condições de vida O desenvolvimento dos transportes e a industrialização reduziram as crises de subsistência tornando-as mais esporádicas.

Tendo em conta estas melhorias, a mortalidade diminui e, a partir de 1870, a natalidade também. No século XIX, as regiões da Europa com maior densidade populacional são a Irlanda, a Inglaterra, a Bélgica, a Holanda e a França, apesar de se ter verificado uma diminuição da taxa de natalidade.

O movimento migratório do século XIX teve início quando os habitantes dos países industrializados começaram a sentir crises de desemprego, já que o crescimento da população não cessava e a oferta de mão de obra era maior que o número de postos de trabalho. O facto de a Europa estar na linha da frente na luta contra a mortalidade permitiu-lhe aumentar o seu contingente populacional em relação ao resto do Mundo, partindo da Europa para outros continentes uma grande quantidade de população excedentária atraída principalmente pela América do Norte e América Latina.

Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?

Para além do crescimento populacional e do desenvolvimento das comunicações, as populações emigraram também devido a um conjunto cíclico de crises económicas e políticas na Europa, principalmente na segunda metade do século XIX, que intensificaram ainda mais o movimento migratório e as regiões de destino.

A emigração europeia, ao mesmo tempo que fez com que os efeitos da industrialização sobre a mão de obra não se fizessem sentir tanto  incentivou a economia dos países acolhedores.

O continente americano foi o que mais sentiu com este movimento migratório, já que os EUA foram o país que maior quantidade de emigrantes europeus recebeu, principalmente vindos da Grã-Bretanha. Estes emigrantes acabaram por colonizar e explorar várias áreas praticamente desabitadas do Norte e do Oeste americanos. Contudo, acabariam por surgir sinais de saturação, o que originou as primeiras leis restritivas de imigração.

No caso do Brasil, a cultura do café, em constante progresso, aliada à abolição da escravatura, resultaria num movimento migratório muito intenso que, a par das excelentes condições naturais do país, levou a um crescimento demográfico em flecha. Na Ásia e na África, a emigração europeia foi pouco relevante.

No primeiro caso, apesar da intensificação da procura de matérias-primas, o povoamento europeu não foi significativo e limitou-se às cidades, pois a Ásia conhecia índices demográficos muito superiores aos do Ocidente. No segundo caso, e para além da tardia tentativa francesa de se fixar no Norte de África, sem resultados, a população europeia fixou-se em algumas cidades da costa, permanecendo no entanto pouco numerosa até 1914. Na África Austral, apesar da colonização europeia ser mais antiga, ela fez-se de modo incipiente até meados do século XIX. Contudo, as descobertas de ouro e diamantes suscitaram, a partir de 1860, um movimento migratório mais acelerado.

Esta deslocação de pessoas da Europa para outros continentes fez com que se constituíssem novas comunidades de colonos brancos, que produziam alimentos e matérias-primas que depois exportavam para os seus países de origem, para além de servirem de mercados aos produtos industriais das nações industrializadas da Europa.

Convém também sublinhar os muitos casos de emigrantes que não tinham qualquer alternativa. É o caso dos condenados deportados da Inglaterra para a Austrália até 1867, da França para a Ilha do Diabo (em frente à Guiana Francesa), dos presos políticos russos, exilados na Sibéria, dos escravos da África Ocidental que iam para as Américas ou de Zanzibar para a Arábia. Outros emigraram por causa das suas convicções políticas e religiosas, como os quakers os puritanos ou outros credos cristãos.

Qual foi a principal conquista do operariado na Europa na segunda metade do século XIX?

No que toca ao comércio de escravos Inglaterra irá proibir o comércio de escravos em 1807, impondo pesadas multas para qualquer escravo encontrado a bordo de um navio britânico. Também em 1807, o congresso dos Estados Unidos proibiu a importação de escravos. Contudo continuava a haver escravos principalmente nos estados do sul o que levará entre outras causas à  Guerra de Secessão ou Guerra Civil dos Estados Unidos, travada entre 1861 e 1865 (os estados do sul defendiam a escravatura e os do norte não). Após quatro anos de sangrentos combates o norte ganhou e a escravidão foi abolida e garantidos direitos civis aos escravos libertados

Diogo Brito e Mário

  • Consultas
  • http://www.infopedia.pt/$grandes-fluxos-migratorios-europeus-do.
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Secess%C3%A3o
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_atl%C3%A2ntico_de_escravos

Quais foram as conquistas do movimento operário?

Apesar disso, graças à influência desse movimento, os operários conseguiram uma série de vitórias como a redução da jornada de trabalho para dez horas, a proteção ao trabalho de mulheres e crianças, a reforma do código penal e a regulamentação das associações políticas.

O que foi o movimento operário na Europa durante o século XIX?

Sendo considerada uma das primeiras revoltas dos operários, o Ludismo foi um movimento social ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1811 e 1812. O movimento ia contra os avanços tecnológicos ocorridos na Revolução Industrial, que ocasionaram na substituição do trabalho humano por máquinas.

Quais foram as principais conquistas do movimento operário inglês no decorrer do séc XIX?

No decorrer desse período, foi adotada a primeira lei de proteção ao trabalho das crianças (1833), a primeira lei relativa ao trabalho de mulheres e crianças nas fábricas (1842), a lei da jornada de dez horas (1847), a lei da imprensa (1836), a lei da reforma do Código Penal (1837), a lei da supressão dos direitos ...

Quais foram os principais ideais nas lutas do movimento operário no século XIX?

Os principais movimentos socialistas que surgiram no século XIX foram o anarquismo e o comunismo. Segundo as ideias anarquistas, os operários somente iriam melhorar as condições de vida se o Estado e todas as formas de poder fossem extintas.