Maria da Paz (Juliana Paes) vai descobrir sua ligação do passado com Joana (Bruna Hamú) em A Dona do Pedaço. Matilde (Laura Cardoso), avó da garota, dará mais pistas de que as duas se conheceram no hospital, e a boleira se lembrará de outro bebê prematuro que nasceu na mesma época que Josiane (Agatha Moreia). A mocinha chegará à conclusão de que foi escolhida pela mãe de Joana para ser sua madrinha, e as duas se abraçarão emocionadas.
O mistério em torno da relação entre Joana e Maria da Paz começará a ganhar forma a partir da próxima quinta-feira (3), quando Matilde encontrar a protagonista. Com problema de memória, a idosa terá um lapso ao experimentar um pedaço de bolo e dirá o nome da boleira logo no primeiro encontro, o que a surpreenderá.
O público será levado a acreditar que a nova amiga da personagem de Juliana Paes é sua verdadeira filha. As duas ficarão cada vez mais próximas, e o autor, Walcyr Carrasco, ressaltará nos diálogos que Joana tem a personalidade muito mais parecida com a de Maria da Paz do que Josiane.
A confeiteira seguirá desconfiada de que conhece Matilde de algum lugar. Em outro encontro, previsto para ir ao ar no dia 23, a avó de Joana dará mais pistas sobre o passado. "Maria da Paz. Continua bonita. Como cê faz pra ficar tão bonita?", questionará a personagem de Laura Cardoso.
"Gostei do elogio, dona Matilde. Mas a senhora disse continua bonita. Quer dizer que me conheceu antes?", estranhará Maria da Paz. "Conheci, sim, mas é que a gente não se falava. Cê falava mais com a Albertina", responderá a idosa, citando o nome da mãe de Joana.
"Cê continua a mesma. Eu mudei. Era mais gorda", completará Matilde. "Tá explicado. Se não lembro é porque era mais gorda, devia ter feição diferente. Mesmo assim", especulará a mocinha.
Madrinha de coração
A conversa fará com que a protagonista consiga se lembrar da Albertina que conheceu no hospital quando Josiane nasceu. "Sua avó falou em hospital. Eu só precisei ir num hospital quando tive a Josiane. Mas não pode ser, tanta coincidência. Só que agora que sua avó falou, tinha mesmo uma outra mulher, uma Albertina. A gente conversava sempre, quando eu ia visitar minha filha. A Josiane nasceu de seis meses", contará.
"Essa mulher...", reagirá Joana, incrédula. "Ela também tinha tido a filha prematura e a gente se encontrava nos dias de visita. Agora que você tá falando, eu lembro que tinha uma velha que sempre ficava olhando de longe. Mas era mais gorda mesmo", continuará a boleira.
Joana explicará que não tem detalhes do hospital em que nasceu para confirmar a versão de Maria da Paz, mas assegurará que realmente nasceu prematura.
"Eu acho que é você mesma. Será que é por isso que eu gosto de você desde que te vi a primeira vez? Sabe, eu e essa mulher, era Albertina, sim, a gente torcia cada uma pela outra. Um bebê nasce com muito problema quando nasce antes do tempo. Tava formando os pulmõezinhos e eu torcia por esse outro bebê como se fosse meu", relembrará a protagonista.
"Sua mãe dizia que você ia ser minha afilhada. Mas a gente se perdeu no último dia, naquela época a gente não tinha tanto recurso. Já existia celular, mas nem se usava tanto como agora. Eu me perdi da sua mãe, mas quem sabe eu sou a sua madrinha. De coração!", constatará Maria da Paz. "Madrinha!", comemorará Joana. As duas, emocionada, darão um abraço.
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Nascida e criada na cidade fictícia de Rio Vermelho, no Espírito Santo, Maria da Paz é da famosa família de justiceiros, os Ramirez, em A Dona do Pedaço. A personagem de Juliana Paes se apaixona por Amadeu (Marcos Palmeira), integrante do clã rival, os Matheus.
A mocinha passa a viver um romance secreto com o advogado, mas eles serão separados por uma tragédia. No dia do casamento, Amadeu leva um tiro e é dado como morto. Sem saber ao certo quem foi o autor do atentado, os Matheus juram vingança contra a família de Maria da Paz, que foge para São Paulo sem saber que está grávida.
Na cidade grande, a protagonista coloca em prática a sua paixão por culinária herdada pela avó Dulce (Fernanda Montenegro) e, anos depois, vira dona de uma rede de confeitarias. Ela dá à luz Josiane (Agatha Moreira), a jovem ambiciosa que é capaz de passar até a mãe para trás em busca de dinheiro e fama.
Certa de que Amadeu não resistiu ao tiro que levou no dia do casamento, Maria da Paz vai se envolver com o playboy falido Régis (Reynaldo Gianecchini), que se aproximará dela por causa de um plano arquitetado por Josiane.
A personagem Maria da Paz, interpretada por Juliana Paes em ‘A Dona do Pedaço’, atual novela das nove da TV Globo, é um verdadeiro sucesso de audiência. Você sabia que ela foi inspirada em uma pessoa real?
A moça de origem humilde que muda de vida tem grande inspiração na empresária Cleusa Maria da Silva, que se tornou dona de uma das confeitarias mais famosas do Brasil: a Sodiê Doces.
A semelhança entre a história de vida de Cleusa e a de Maria da Paz no folhetim global é gigantesca. A empresária era boia-fria e, assim como a personagem, trabalhou como empregada doméstica.
Prestes a abrir sua primeira loja no exterior, ela deu uma entrevista ao portal ‘Uol’ e contou como conseguiu se tornar milionária vendendo bolos e trabalhando “com muito suor”.
“Meus avós eram boias-frias, meus pais e eu também. Desde criança, sempre fui muito inconformada. Eu via minha mãe muito conformada. Digo conformada porque nunca a vi reclamando da vida. A gente não passava fome, mas a vida era duríssima. Era literalmente pão e água, ou macarrão e água, porque nem sal tinha. Tudo que já era difícil ficou pior quando meu pai faleceu”, conta ela.
“Nosso patrão mandou a gente embora do sítio porque para ele não interessava uma viúva com 10 filhos pequenos. E aí minha mãe foi com aquele bando de crianças trabalhar de boia-fria. Levantávamos às 5h da manhã, com sol e chuva. Era um negócio surreal. Morávamos em uma casa de dois cômodos, em que dormiam 10 pessoas num quarto com cama e duas beliches. Hoje não posso nem imaginar como a gente conseguia isso. Eu via uma casa bonita e imaginava que um dia teria uma daquelas. Eu tinha algo dentro de mim de que minha vida iria mudar. Era insatisfeita de dia e sonhava à noite”, continua Cleusa.
“Aos 12 anos andava de caminhão pau de arara, cortava cana, capinava soja, colhia algodão… Fiz de tudo na lavoura. Aos 16, meu tio pediu para a minha mãe uma das crianças para ele ajudar e ela disse que não daria um filho dela. Eu escutei a conversa e falei: ‘Eu quero ir com o meu tio para São Paulo’. Ele deixou o endereço e foi embora. Tomei o ônibus sozinha e fui. Fiquei assustada, eu vinha de uma cidade selvagem, mas consegui chegar na casa do meu tio e comecei a trabalhar de empregada doméstica”, completa.
“Tinha um monte de gente que trabalhava na casa: motorista, passadeira, governanta… Eu era arrumadeira. Mas aquilo me deixava muito indignada. Se na minha casa tinha um sabonete para 10 filhos, lá tinham várias caixas fechadas. Tive um choque de realidade assustador. Senti indignação por uma diferença tão brutal, mas ao mesmo tempo uma vontade imensa de buscar uma vida melhor. Voltei a estudar, trabalhava durante o dia e fazia supletivo à noite. Essa foi minha primeira atitude para mudar de vida”, disse.
“Um dia ela [uma amiga] quebrou a perna e me pediu para fazer um bolo de casamento de 35 quilos para a sobrinha. Ela se sentou numa cadeira com a perna quebrada e me ensinou a fazer o bolo. Depois, me falou: ‘Você é uma pessoa abençoada e conseguiu em um dia fazer o que eu levei 10 anos para conseguir’. Até então eu nunca tinha feito bolo. Nunca nem mesmo tinha ganhado uma festa de aniversário. Minha família era muito pobre. Bolo era luxo”, ela revela como foi o início da mudança em sua vida.
“Hoje a Sodiê fatura aproximadamente R$ 290 milhões por ano. Mas nunca tive ilusão de comprar um carrão ou de ostentar. A primeira coisa que fiz foi comprar uma casa para mim em Salto e construí uma casa confortável para minha mãe, que era o meu sonho de consumo. Todos os meus irmãos estão envolvidos com a empresa. Consegui mudar a vida de toda a minha família. Tenho orgulho e descobri que valeu a pena cada noite sem dormir, cada vez que chorei debaixo do chuveiro, cansada. Vale a pena acreditar, ter foco e ver a vida mudar. Isso não tem preço”, finaliza ela.
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