Qual é a incidência radiológica de tórax que complementa o pa para uma rotina simples de tórax?

Qual é a incidência radiológica de tórax que complementa o pa para uma rotina simples de tórax?

A radiografia simples do tórax é um dos exames mais utilizados na prática médica e isso é um fato. Várias são as incidências radiológicas utilizadas.

Além disso, é um exame de baixo custo, há uma facilidade em sua realização e não podemos deixar de lado sua acessibilidade, pois independente de estar ou não em uma cidade grande, ele é de fácil acesso. 

Não só isso, mas por meio das imagens que ele fornece é possível fazer um diagnóstico quase certeiro de patologias pulmonares, cardíacas e neoplasias mediastinais. 

O grande problema é que apesar de “simples”, há dois grandes problemas: incidências inadequadas e padrão técnico inadequado. Tudo isso pode resultar em um diagnóstico errado, por exemplo. Saber as incidências básicas e as técnicas para aplicá-las é fundamental.

Quais são as Incidências Radiológicas?

Existem 6 incidências radiológicas, algumas são mais corriqueiras em uma rotina médica. Mas é importante ter em mente que vez ou outra até as menos frequentes podem surgir.

Incidências Radiológicas Póstero- anterior (PA): 

Qual é a incidência radiológica de tórax que complementa o pa para uma rotina simples de tórax?

A radiografia póstero-anterior ou simplesmente PA, é a mais utilizada em termos de radiologia torácica. Nessa radiografia temos o tórax em contato com o filme. Desta forma, os feixes entram posteriormente.

Seus benefícios estão em reduzir o efeito de divergência do raio x, sendo que:

  • Evita a magnificação do coração, que por ser anterior, fica perto do filme; 
  • Possibilita o posicionamento dos ombros fazendo com que a escápula fique fora do filme.

Incidências Radiológicas Ântero-posterior (AP): 

Qual é a incidência radiológica de tórax que complementa o pa para uma rotina simples de tórax?

É realizada com o tórax posterior em contato com o filme e isso faz com que os feixes entrem anteriormente.

No entanto, a incidência radiológica em AP é realizada somente em casos especiais, pois ela muitas vezes não traz as informações corretas nos diagnósticos. Existem algumas dificuldades que podem interferir no diagnóstico, como: 

  • Tanto o coração como os segmentos pulmonares adjacentes são magnificados, pois encontram-se longe do filme, dificultando, assim, a análise de seu tamanho real ou “verdadeiro”.
  • O artefato de rotação que gera muitos erros na interpretação.
  • Elevação diafragmática: Acontece sobretudo em pacientes obesos ou que têm uma gordura visceral relativamente aumentada. O que ocorre é uma pressão no abdome em relação ao diafragma. A pressão é transferida para o parênquima pulmonar e acaba dificultando a expansão adequada do pulmão.
  • Atelectasias: A elevação diafragmática já é um dos fatores que levam a atelectasias nas regiões inferiores. Como o paciente está deitado, a região posterior do tórax tem a expansão afetada. Desta forma, as imagens geradas são artefatuais, dificultando a análise do exame. 
  • Cúpulas mal definidas: É um problema frequente. A análise da cúpula é essencial para uma boa análise radiográfica. A cúpula mal definida pode remeter a uma pneumonia ou então a presença de um derrame pleural, isso faz com que comece a penas se existe ou não um processo patológico na região. 

Incidências Radiológicas em Perfil: 

Qual é a incidência radiológica de tórax que complementa o pa para uma rotina simples de tórax?

A radiografia em perfil complementa a radiografia em PA. Esta incidência ajuda a identificar a localização e caracteriza lesões.

É comum que a incidência seja realizada no perfil esquerdo. Pois com o lado esquerdo em contato com o filme e o feixe entrando pelo lado direito, o coração não é magnificado.

Incidências Radiológicas Ápico-lordóticas: 

As costas ficam em contato com o filme e os feixes entram anteriormente. Esta incidência é importante para avaliação dos ápices pulmonares, lobo médio e língula. 

Incidências Radiológicas Decúbito lateral com raios horizontais: 

Esta incidência é usada para diferenciar derrame e espessamento pleural.

O feixe entra em sentido lateral e o paciente é posto em posição decúbito lateral, deitado sobre o hemitórax que posteriormente será examinado.

Incidências Radiológicas Oblíquas: 

As incidências radiológicas oblíquas são usadas para ter a localização e caracterização de lesões. Especificamente lesões encobertas por outras estruturas. 

Parâmetros Técnicos das Incidências Radiológicas

Como a Radiação afeta seu exame Radiológico? 

A primeira coisa a se ter em mente quando tratamos de parâmetros técnicos nas incidências radiológicas são os Fatores de Exposição Radiográfica, divididos em Kv, mA, tempo e distância. Tais fatores são controles ao realizar a radiografia.

Para a formação do raio X são necessários o mAs (Miliamperagem por segundo) e o Kv, especificamente tratados na eletricidade.

Para a emissão dos Raios-X em qualquer equipamento de radiografia, é preciso que a ampola de Raios-X receba eletricidade, produzindo a energia da radiação. 

Como as Incidências Radiológicas Funcionam?

Isso apenas funciona porque temos a Ampola de Raios-X e dentro dessa ampola temos o ânodo (eletrodo de carga positiva) e o cátodo (electrodo de carga negativa). 

É aí que o KV entra para fazer seu papel. O Kv é a voltagem da energia presente no aparelho e sua medida é em kilovolts.

Na produção de Raios-X, a kilovoltagem é a Tensão Elétrica, enquanto que o mA, a miliamperagem, é a Corrente Elétrica. 

Quando a corrente elétrica chega no cátodo, o filamento do cátodo aquece e produz uma nuvem de elétrons. Os elétrons possuem carga negativa, então vão até o ânodo, que possui carga positiva e como é de conhecimento, os opostos se atraem.

Existe uma placa no ânodo (esta pode ser de tungstênio ou molibdênio). Os elétrons se chocam com esta placa e a interação dos elétrons com a placa geram os Raios-X.

Então para lembrar:

  • mA: Determina corrente elétrica X tempo e está relacionado a quantidade de Raios X produzidos, ou seja, a densidade do raio X. Em outras palavras, é a nuvem de elétrons produzidos e quanto maior o mAs, mais quantidade de raios X produzidos. O mAs não afeta a penetração do raio X, mas isso acaba aumentando a dose de radiação recebida pelo paciente. 
  • Kv: É a tensão elétrica e determina o contraste e a velocidade que os elétrons irão se chocar com a placa do ânodo. Ou ainda, o poder de penetração da radiação.  
  • mA(s): Representao tempo, ou seja, a quantidade de radiação emitida pelo aparelho em uma fração de segundos. 

Utilizando o mnemônico RIP (Rest In Peace) fica mais fácil entender os aspectos na avaliação de radiografia de tórax, ou seja:

R- Rotação;

I – Inspiração;

P- Penetração;

Onde: 

Rotação

É preciso avaliar as bordas mediais das clavículas, estas devem apresentar a mesma distância em relação ao centro da coluna (ou processo espinhoso).

Inspiração

Como saber que o Raio X está inspirado? As costelas devem ser contadas em anteriores e posteriores.

De 5 a 7 costelas anteriores e de 9 a 11 costelas posteriores.

Vale lembrar que as costelas posteriores são mais visíveis que as anteriores.

Penetração (Dose de Radiação)

Frequentemente encontramos exames muito ou pouco penetrados. Assim, o Kv é o que representa o contraste, lembra? O ponto correto de Kv é o que determina a qualidade da imagem. Pois quanto mais Kv, mais escura e quanto menos Kv, mais fosca a imagem irá ficar. Apesar disso, é possível melhorar a imagem ajustando o mA(s) e o Kv.  

Conclusões Finais

Sendo assim, saber fazer uma incidência radiológica com qualidade é muito importante. Então, identificamos patologias com facilidade, poupando o paciente de mais sofrimento.

Além disso, a radiologia torácica é parte da rotina médica e você já entende que ler um diagnóstico por imagem NÃO é fácil, ou seja, quanto melhor for a resolução, melhor é para o médico que irá ler. 

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Quais são as incidências básicas do tórax?

As incidências fazem relação à posição que o paciente deve ficar. No Raio-X de Tórax 2 Incidências (Pa Perfil), estamos falando do exame da região do tórax em duas posições, Pa (Póstero-Anterior) e Perfil ou lateral. O procedimento geralmente é rápido e indolor.

Qual é a DFF para a incidência radiológica do tórax em PA?

Respondido em 11/03/2021 00:44:11 Explicação: A DFF para a maioria das incidências radiológicas que visam o estudo do tórax deve ser de 180 cm ou a DFF máxima possível até esse limite.

Qual é a incidência radiológica do tórax que complementa o estudo do abdome agudo?

Qual são as incidências realizadas na rotina de abdome agudo? A rotina de abdome agudo inclui: radiografia de abdome AP em ortostase e decúbito dorsal + radiografia do tórax em ortostase (3 incidências no total).

O que é incidência PA?

A incidência PA indica que o feixe de raio x entra pela parte posterior e sai pela parte anterior. Na prática, a face que está próxima a placa do equipamento de raio x é a que aparece mais nítida nas imagens. Por isso, essa incidência é recomendada quando se deseja observar a parte anterior da área examinada.