Qual a justificativa dos europeus ao invadirem a África e a Ásia?

Leia o resumo “’A fase superior do Capitalismo’: 2ª Revolução Industrial e Imperialismo” e resolva os exercícios abaixo.

1. (UERJ) A política imperialista consistia na busca, principalmente, de novos mercados consumidores para os países industrializados e foi assim que vários países da África e da Ásia sofreram com a prática da neocolonização nos séculos XIX e XX. Portanto, sobre a justificativa construída pelas potências europeias para invadir as nações do continente africano e asiático é correto dizer que:

a) As potências europeias justificavam a invasão nos países periféricos afirmando que essa ação contribuiria para o desenvolvimento industrial e que incentivaria a adoção de um regime socialista nos países asiáticos.
b) As principais alegações utilizadas na prática do Imperialismo foram as teorias darwinistas que defendiam a superioridade cultural dos países europeus, sendo eles os países que levariam o progresso e o desenvolvimento social para os países da África e da Ásia através da missão civilizadora.
c) Uma das justificativas era que os europeus aprenderiam técnicas industriais com os africanos e asiáticos, o que acarretaria no desenvolvimento econômico e científico dos países desenvolvidos.
d) O fardo do homem branco era uma das legitimações europeias durante a política imperialista. Esse fardo consistia numa missão que contribuiria para o desenvolvimento industrial dos países africanos e asiáticos, gerando assim o crescimento da burguesia local, fazendo com que os países não desenvolvidos tivessem suas próprias indústrias.

Qual a justificativa dos europeus ao invadirem a África e a Ásia?

2. (Fuvest) Identifique, entre as afirmativas a seguir, a que se refere a consequências da Revolução Industrial:

a) redução do processo de urbanização, aumento da população dos campos e sensível êxodo urbano.
b) maior divisão técnica do trabalho, utilização constante de máquinas e afirmação do capitalismo como modo de produção dominante.
c) declínio do proletariado como classe na nova estrutura social, valorização das corporações e manufaturas.
d) formação, nos grandes centros de produção, das associações de operários denominadas “trade unions”, que promoveram a conciliação entre patrões e empregados.
e) manutenção da estrutura das grandes propriedades, com as terras comunais, e da garantia plena dos direitos dos arrendatários agrícolas.

3. (ENEM) No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referindo-se ao indígena, ele afirmou:

“Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo (…). Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz.”

Carl Von Martius. “O estado do direito entre os autóctones do Brasil”. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982.

Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius

a) apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os índios, diferentemente do que fazia a missão europeia, respeitavam a flora e a fauna do país.
b) discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogava o extermínio dos índios.
c) defendia uma posição progressista para o século XIX: a de tornar o indígena cidadão satisfeito e feliz.
d) procurava impedir o processo de aculturação, ao descrever cientificamente a cultura das populações originárias da América.
e) desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão “civilizadora européia”, típica do século  XIX.

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4. (Ufrrj) “(…) quando a Inglaterra fez empréstimos à Argentina para a construção de ferrovias, a maioria dos trilhos, material rolante, etc. foi comprada à Inglaterra com lucros para os fabricantes ingleses. A exportação de capital excedente trouxe, nesse caso, também, lucro para os industriais ingleses.”

(Leo Huberman, “A História da Riqueza do Homem”, Rio de Janeiro: Zahar, 1974, p.263.).

A prática indicada pelo historiador americano é típica do processo de monopolização e expansão capitalistas (imperialismo) a partir da segunda metade do século XIX. Neste processo ocorre também

a) o aumento pela disputa de áreas coloniais afro-asiáticas que levarão à guerra potências tradicionais, como a Inglaterra, e novas, como a Alemanha.
b) a perda de poder de burguesias tradicionais europeias, como a italiana e a alemã, e a ascensão do moderno capitalismo inglês.
c) a recolonização de vastas áreas da América Latina, já agora dividida por Inglaterra e Estados Unidos da América.
d) a superação do capitalismo bancário, predominante na Europa desde a Era das Revoluções, pelo industrial, marcado pelo aparecimento de milhares de empresas.
e) a descolonização de amplos territórios até então dominados pelas potências europeias na América Latina.

5. (ENEM) A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder.

DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).

Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século XIX?

a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em espaços privilegiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista.
b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial.
c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas.
d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e da arquitetura do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e artística.
e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.

GABARITO

  1. B

Comentário: Na alternativa de letra B, podemos observar uma das principais alegações para invasão dos territórios Asiáticos e Africanos no contexto de revolução industrial e imperialismo, que seria o “Darwinismo Social”. Mesmo Darwin não tendo aplicado suas teorias diretamente a questão cultural, seus conceitos de evolução e superioridade foram absorvidos e difundidos em vários âmbitos.

  1. B

Comentário: A nova classe, chamada de Operária, detinha agora características nunca vistas antes na História, como a situação de não participarem de todas as fases do processo produtivo, dando início ao que ficaria conhecido como “linhas de produção”. Com o intuito de desvincular o trabalhador do que fazia, às vezes nem se sabia qual seria o produto-fim, e também servia para otimizar o tempo, aumentando os lucros.

  1. E

Comentário: Com uma clássica visão Europeia da época, Von Martius caracterizava o índio brasileiro como um indivíduo atrasado em seu tempo. Isto caracteriza um sentimento contemporâneo ao mesmo que ficou conhecido como “fardo do homem branco”. Os “Brancos” deveriam disciplinar e civilizar os que ainda precisassem e, por muitas vezes, detinha conotações religiosas, vide o “Destino Manifesto”, presente nos Estados Unidos.

  1. A

Comentário: Devemos ter muita atenção nesta questão, pois a mesma pode nos levar a uma grave confusão com seu início citando a Argentina. O texto apenas serve para nos remeter ao tema do Imperialismo. Com a resposta correta na letra A, podemos perceber o que mais o Imperialismo causou no mundo, como as grandes guerras, disputas territoriais na África e Ásia e predominância do capitalismo.

  1. E

Comentário: Não há como discutir esta questão sem citar outro grande tema do ENEM, o Socialismo Científico de Karl Marx, que viria para criticar exatamente todos esses pontos levantados na questão pela alternativa E. Esta nova classe de trabalhadores ainda era muito explorada, não possuía os tão conhecidos direitos trabalhistas que temos atualmente.

Qual a justificativa dos europeus ao invadirem a África e a Ásia?

Essa dominação ocorreu devido à busca incansável pelo lucro, uma vez que a Europa passava pela Segunda Revolução Industrial e necessitava de matérias-primas, mão-de-obra barata e mercado consumidor, buscando-os, assim, em outras regiões do globo.

Qual a justificativa dos europeus para invadir a África?

Após a partilha da África na Conferência de Berlim, o neocolonialismo de nações europeias avançou por esse continente com o objetivo de explorar as possibilidades econômicas.

Por que os interesses dos europeus na África e Ásia?

A partilha da África Desde o século XV, os principais interesses dos europeus na África eram o acesso a mão de obra escrava e a compra de alguns produtos, como o ouro e o marfim.

Quais foram as justificativas utilizadas pelos europeus para o imperialismo?

As principais alegações utilizadas na prática do Imperialismo foram as teorias darwinistas que defendiam a superioridade cultural dos países europeus, sendo eles os países que levariam o progresso e o desenvolvimento social para os países da África e da Ásia através da missão civilizadora.