Qual a importância desse projeto transposição do rio São Francisco para os nordestinos que vivem no sertão?

O rio São Francisco é o mais importante da região Nordeste. A bacia do São Francisco ocupa uma área de 645.067 quilômetros quadrados e passa por cinco estados brasileiros: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Aliás, suas águas formam a divisa natural entre esses dois últimos.

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Esse rio imenso nasce como um pequeno olho d'água na serra da Canastra, em Minas Gerais, e cresce até desaguar no oceano Atlântico.

Sua cabeceira está localizada em área mais elevada de maior pluviosidade (quantidade de chuvas) em Minas Gerais. Os solos e rochas dessa área também acumulam muita água e a liberam lentamente no decorrer do ano.

Assim, ele é um rio perene: nunca seca, nem nos períodos de maior estiagem quando há uma diminuição do volume de suas águas.

Recebe água de outros rios nordestinos que são intermitentes, ou seja, secam durante o período de estiagem.

São seus afluentes os rios Verde Grande e Salitre, na margem direita, e Carinhanha e Grande na margem esquerda.

Estrada da colonização

É um rio de grande importância para a população da região que o utiliza para a navegação, irrigação, abastecimento de água e produção de energia elétrica.

Os sertanejos lhe deram o apelido carinhoso de "Velho Chico", pois esse rio faz parte do cotidiano da ocupação do sertão. Desde o século 16 suas águas serviram de estrada para a colonização da área e suas margens eram ocupadas por extensas fazendas de gado.

Em seu trecho inicial, o rio apresenta quedas d'água bastante acentuadas, o que impede a navegação, mas permite a geração de energia elétrica com a usina de Três Marias, em Minas Gerais.

É no chamado médio curso que a navegação pode ser realizada, num trecho de aproximadamente 1300 km de extensão, desde Pirapora, em Minas Gerais, até Juazeiro (na Bahia) e Petrolina, em Pernambuco.

Por suas águas são transportadas mercadorias e pessoas. Também é chamado "rio da integração nacional", pois liga a região Nordeste com a Sudeste.

Frutas para exportação

Atualmente, projetos de irrigação da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), transformam as margens do São Francisco em um imenso pomar.

Trata-se de uma agricultura comercial, voltada para os mercados interno e externo, e que oferece frutas de alta qualidade, como mamão, melancia, manga, melão e uvas.

Essas áreas são ocupadas por grandes empresas agrícolas. Os pequenos produtores acabam se instalando longe das margens, o que dificulta o acesso à irrigação.

Outra importante utilização do São Francisco é a geração de energia elétrica. Logo após Petrolina, o rio torna a apresentar desníveis que possibilitaram a construção de grandes hidrelétricas como Sobradinho, Paulo Afonso, Xingó.

A energia elétrica gerada no São Francisco abastece a região Nordeste e parte de Minas Gerais.

Transposição, o que é isso?

Há planos de fazer a transposição de parte de suas águas. Elas seriam desviadas para transformar rios intermitentes em perenes, e até diminuir a falta de água na Paraíba, no Ceará e no Rio Grande do Norte. Essa idéia surgiu já no segundo império. O imperador Pedro 2º chegou a propor a transposição das águas do rio.

Na década de 1990 voltou-se a pensar em transpor as águas do rio por bombeamento para o rio Jaguaribe (Ceará), os rios Apodi e Piranhas (Rio Grande do Norte) e os rios Peixe e Piranhas-Açu na Paraíba.

Além disso, falou-se na construção de barragens, principalmente em Minas Gerais, para regularizar o fluxo do rio e aumentar a capacidade de irrigação e de produção de energia elétrica. Porém, o projeto não saiu do papel.

O governo Lula reativou o plano de transposição das águas, com algumas mudanças. O atual projeto é criticado porque atenderia apenas 5% da área do semi-árido.

Outras críticas apontam o grande dano a ser causado ao ambiente, o custo elevado (cerca de R$ 6 bilhões) e a possibilidade de que os beneficiados sejam empresas multinacionais e não os produtores sertanejos. Os que defendem o projeto afirmam que serão gerados empregos e a área será dinamizada economicamente.

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O projeto de transposição do Rio São Francisco é um tema bastante polêmico, pois engloba a suposta tentativa de solucionar um problema que há muito afeta as populações do semi-árido brasileiro, a seca; e, ao mesmo tempo, trata-se de um projeto delicado do ponto de vista ambiental, pois irá afetar um dos rios mais importantes do Brasil, tanto pela sua extensão e importância na manutenção da biodiversidade, quanto pela sua utilização em transportes e abastecimento.

O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais e, depois de passar por cinco Estados brasileiros e cerca de 2,7 mil km de extensão, deságua no Oceano Atlântico na divisa entre Sergipe e Alagoas.

Considerado o “rio da unidade nacional”, o Velho Chico, como também é chamado, passa por regiões de condições climáticas as mais diversas. Em Minas Gerais, que responde por apenas 37% da sua área total, o São Francisco recebe praticamente todo o seu deflúvio (cerca de 75%) sendo que nas demais regiões por onde passa o clima é seco e semi-árido.

O projeto de transposição do São Francisco surgiu com o argumento sanar essa deficiência hídrica na região do Semi-Árido através da transferência de água do rio para abastecimento de açudes e rios menores na região nordeste, diminuindo a seca no período de estiagem.

O projeto é antigo, foi concebido em 1985 pelo extinto DNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento, sendo, em 1999, transferido para o Ministério da Integração Nacional e acompanhado por vários ministérios desde então, assim como, pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

O projeto prevê a retirada de 26,4m³/s de água (1,4% da vazão da barragem de Sobradinho) que será destinada ao consumo da população urbana de 390 municípios do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte através das bacias de Terra Nova, Brígida Pajeú, Moxotó, Bacias do Agreste em Pernambuco, Jaguaribe, Metropolitanas no Ceará, Apodi, Piranhas-Açu no rio Grande do Norte, Paraíba e Piranhas na Paraíba.

O Eixo Norte do projeto, que levará água para os sertões de Pernambuco, Paraíba, Ceará e rio Grande do Norte, terá 400 km de extensão alimentando 4 rios, três sub-bacias do São Francisco (Brígida, Terra Nova e Pajeú) e mais dois açudes: Entre Montes e Chapéu.

O Eixo Leste abastecerá parte do sertão e as regiões do agreste de Pernambuco e da Paraíba com 220 km aproximadamente até o Rio Paraíba, depois de passar nas bacias do Pajeú, Moxotó e da região agreste de Pernambuco.

Ambos os eixos serão construídos para uma capacidade máxima de vazão de 99m³/s e 28m³/s respectivamente sendo que, trabalharão com uma vazão contínua de 16,4m³/s no eixo norte e 10m³/s no eixo leste.

Por outro lado, a corrente contra as obras de transposição do Rio São Francisco afirma que a obra é nada mais que uma “transamazônica hídrica”, e que além de demasiado cara a transposição do rio não será capaz de suprir a necessidade da população da região uma vez que o problema não seria o déficit hídrico que não existe, o problema seria a má administração dos recursos existentes uma vez que a maior parte da água é destinada a irrigação e que diversas obras, que poderiam suprir a necessidade de distribuição da água pela região, estão há anos inconclusas.

Para se ter uma idéia, o nordeste é a região mais açudada do mundo com 70 mil açudes nos quais são armazenados 37 bilhões de m³ de água. Portanto, o problema da seca poderia ser resolvido apenas com a conclusão das mais de 23 obras de distribuição que estão paradas nos municípios contemplados pela obra de transposição a um custo muito mais barato e viável do que a transposição do maior rio inteiramente nacional.

Veja no link abaixo detalhes das obras de transposição do Rio São Francisco, com mapas visualizáveis pelo Google Earth:

  • http://info.lncc.br/SFR.html

Fontes
http://ambientebrasil.com.br
http://www.carbonobrasil.com
http://www.manuelzao.ufmg.br
http://www.integracao.gov.br 

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/hidrografia/transposicao-do-rio-sao-francisco/

Qual a importância da transposição do rio São Francisco para os nordestinos?

A importância do Projeto da Transposição do velho Chico: A sua principal importância é minimizar ausência de água para o Nordeste. Isso tende a contribuir para a diminuição de escassez principalmente no interior dessa região, que sempre sofreram ao logo da história.

Qual a importância da Bacia do Rio São Francisco para a região Nordeste?

O Bacia do Rio São Francisco tem uma enorme importância econômica, social e cultural para a região, uma vez que suas águas servem para abastecer e fornecer energia para grande parte da população circundante (cerca de 520 municípios), além de servir de transporte e comunicação entre as cidades.

Qual e a importância do Rio São Francisco para a população ribeirinha?

Devido a toda sua extensão, o São Francisco vem sendo um meio de sobrevivência para diversas comunidades ribeirinhas e tradicionais, mas também atendendo a demandas do agronegócio, indústria, siderurgia, mineração, produção de energia elétrica e até o descarte do esgoto de centenas de cidades.

Qual e a importância da transposição do rio São Francisco Brainly?

Essa obra proporciona o abastecimento de água para diversos fins em uma região que contém em média 12 milhões de habitantes, sendo eles o abastecimento, irrigação, criação de peixes e camarões e ajuda de diversos animais.