Mais de 90% dos brasileiros consideram que a indústria tem papel de destaque no desenvolvimento econômico e social do Brasil. O setor aparece em primeiro lugar entre os mais importantes para o crescimento do país, em pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 2.002 pessoas em 141 municípios*. Dos entrevistados, 43% disseram que as indústrias de transformação, extrativa e da construção são o setor mais significativo para o crescimento nacional. Em seguida aparecem a agropecuária (17%) e a administração pública (10%). Um total de 87% da população diz que ter uma indústria forte deve ser prioridade. Veja qual o grau de importância da indústria para o país, na opinião dos brasileiros.
1. Gera empregos
Para 95% dos entrevistados, a indústria é importante ou muito importante para a criação de postos de trabalho. Confrontados com uma situação hipotética em que sua cidade receberia um novo empreendimento com 1 mil novos empregos, 51% das pessoas
elegeram que deveria ser no setor industrial (transformação, extrativa da construção). Em seguida aparece o comércio (13%).
2. Crescimento da economia
O setor é importante ou muito importante para impulsionar o crescimento da economia na opinião de 96% das pessoas.
3. Melhoria do padrão de vida das pessoas
A indústria contribui para a melhoria do
padrão de vida da população na opinião de 94% dos entrevistados.
4. Desenvolvimento de tecnologia/inovação
As empresas industriais contribuem para aumentar a inovação e a evolução da tecnologia no país segundo 92% dos brasileiros.
5. Redução das desigualdades regionais
O papel da indústria para diminuir as diferenças regionais é importante ou muito importante para 88% das pessoas.
6. Exportações
Os produtos
industrializados são considerados importantes ou muito importantes para as exportações na opinião de 87% das pessoas. Para 83%, o aumento das exportações gera mais empregos no Brasil.
*A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 17 de março de 2014. Clique para conferir os detalhes.
A Industrialização é processo histórico que teve como marco o advento da máquina a vapor, quando a indústria passa a dominar a economia, impulsionando a urbanização e o crescimento demográfico no seu entorno.
Esse processo modificou também todas as relações sociais e econômicas em função da industrialização, pela qual haverá aumento na divisão de trabalho, com o consequente aumento da produtividade (industrial e agrícola), da renda per capita e do estabelecimento da classe média e do padrão de consumo atual.
Buscou-se a implantação de novas fontes de energia, bem como da maximização dos lucros pela substituição dos modos de produção artesanais.
De fato, a industrialização começou com a Revolução Industrial, que teve seu berço na Inglaterra durante o século XVIII, quando as mudanças tecnológicas, o acúmulo de capitas pela burguesia e fenômenos como o cercamento dos campos, que levou os trabalhadores para as áreas urbanas, permitiram o estabelecimento da economia de mercado, bem como do sistema capitalista.
Posteriormente, ao longo do século XIX, outros países europeus irão seguir o mesmo caminho em busca de riqueza e lucro proporcionados pelos avanços dos meios de produção.
Não obstante, nos países emergentes esse processo de industrialização ocorrerá mais tardiamente e levará a algum nível de dependência em relação aqueles que foram os pioneiros da Revolução Industrial.
Impactos da Industrialização
Os impactos imediatos da industrialização levam à substituição de instrumentos, técnicas e processos de produção, visando à produção em série e mecanizada, capaz de estabelecer padrões de homogeneidade e o aprofundamento na divisão do trabalho e de sua especialização.
Como é necessária mão de obra, há generalização do trabalho assalariado e o consequente aumento do consumo. A médio e logo prazo, irá levar à concentração da riqueza e à consolidação da burguesia, bem como ao desenvolvimento do setor de serviços e à substituição do homem enquanto força de trabalho, podendo gerar desemprego.
Por outro lado, apesar do desenvolvimento em infraestrutura, a consequência mais negativa é a degradação ambiental promovida.
Saiba mais:
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- Tipos de Indústrias
A Industrialização e as Revoluções Industriais
Via de regra, costuma-se dividir a Revolução Industrial em três partes:
- Primeira Revolução Industrial, surgida na Inglaterra do século XVIII, que se caracterizou pela organização fabril, o emprego da tecnologia a vapor e da utilização do carvão enquanto fonte de energia.
- Segunda Revolução Industrial do século XIX, que desenvolveu as indústrias química, elétrica e siderúrgica, usando como fonte de energia o petróleo e da eletricidade (contexto ficou marcado pelo Imperialismo que levou à Primeira Guerra Mundial).
- Terceira Revolução Industrial (ou Revolução Digital), que instaurou o uso intensivo da informática e tornou mais rápida as relações sociais e econômicas
Por outro lado, podemos também dizer que houve o período da Industrialização Clássica, que se iniciou no século XVIII e estendeu-se pelo século XIX na Europa e EUA, correspondendo ao período da Primeira Revolução Industrial.
Teríamos, por conseguinte, a Industrialização planificada do século XX, empregada nos países da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), quando as propriedades, os meios de produção, o capital e as forças produtivas eram regulamentados pelo Estado.
Já nos países emergentes, como o Brasil, se diria que foi uma Industrialização tardia ou periférica, surgida em meados do século XX, quando as empresas multinacionais se instalam pelo Globo.
Industrialização no Brasil
No Brasil, podemos dizer que a Industrialização começou no período Imperial e está associada ao Barão de Mauá (1813-1889).
Na Primeira República, haverá um novo impulso à industrialização, porém, será no governo de Getúlio Vargas (1882-1954) que a industrialização será levada a cabo.
Posteriormente, com o governo de Juscelino Kubitschek, esse processo se expandirá e chegará à produção dos bens de consumo.
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