Senadora Leila Barros (PSB-DF): "ainda somos a capital do futuro"
Que avaliação a senhora faz da interiorização do desenvolvimento promovida pela mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília em 1960? Há um consenso de que houve um crescimento demográfico no Centro-Oeste, aumento da produção agropecuária. Foi o suficiente? O que mais pode melhorar nesse processo? O setor industrial vem crescendo em ritmo
adequado?
Com apenas 60 anos de fundação, Brasília ainda é uma menina que continua em fase de crescimento. A meu ver, foi muito bem-sucedida a transferência da capital, que era no litoral, para, entre outros motivos, alavancar o desenvolvimento do interior do país, principalmente aqui na região central. Vale destacar que o Centro-Oeste não é apenas um importante celeiro agropecuário, mas também produz muitas riquezas com serviços, indústria, administração pública e comércio. Brasília também avança para se tornar um importante polo tecnológico da América Latina, também graças à UnB, uma das dez melhores universidades do país. Como falei, Brasília ainda tem muito a crescer e contribuir para o fortalecimento do nosso país. Ainda somos a capital do futuro.
Como efeitos colaterais da interiorização, os ambientalistas apontam sérios danos ao Cerrado, principalmente, à Amazônia, indiretamente, e às populações indígenas. Como vê essas afirmações?
Não restam dúvidas de que a interiorização custou um preço ambiental elevado. Mas Brasília não pode, nem deve ser tratada como a vilã dos problemas do meio ambiente, registrados no nosso país. Enquanto a necessidade imperiosa de preservar a natureza não for incluída como um caro e imprescindível valor da nossa sociedade,
continuaremos a lamentar a degradação de nossas riquezas naturais. O consumismo desenfreado, o precário sistema de transporte público, a falta de manejo apropriado do solo na maioria dos projetos agrícolas e o inusitado desmonte dos aparatos de fiscalização do Estado são alguns dos problemas que, a meu ver, precisam e podem ser combatidos.
A capital
A transfer�ncia da Capital, do litoral para o interior do Brasil, esteve presente em v�rios per�odos da nossa hist�ria. O Marqu�s de Pombal, os Inconfidentes, Jos� Bonif�cio, Floriano Peixoto e Get�lio Vargas sugeriram e at� criaram comiss�es com a inten��o de encontrar um lugar onde seria constru�da a nova capital.
A �rea que todos se referiam sempre ficava muito pr�xima a Minas Gerais e Goi�s, na regi�o centro-oeste do pa�s. As qualidades ambientais e as riquezas naturais dessas regi�es eram sempre citadas como um dos principais argumentos para a transfer�ncia. Al�m disso os motivos para essa mudan�a eram os de proteger o poder de uma invas�o, o que seria f�cil atrav�s do litoral no Rio de Janeiro, assim como para levar o desenvolvimento a outras regi�es do Pa�s.
Localiza��o geogr�fica
Bras�lia est� localizada no planalto central, que possui uma topografia suave com altitude m�dia de 1.172 metros. A Regi�o Centro-Oeste � dividida em quatro unidades federativas: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goi�s e Distrito Federal, onde fica Bras�lia. Com uma �rea de 1.606.371,505 km�, ela � um grande territ�rio, sendo a segunda maior regi�o do Brasil em superf�cie territorial.
Por outro lado, � a regi�o menos populosa do pa�s e possui a segunda menor densidade populacional, perdendo apenas para a Regi�o Norte. Por abrigar uma quantidade menor de habitantes, apresenta algumas concentra��es urbanas e grandes vazios populacionais.
O planalto central compreende partes dos Estados de Goi�s, Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins e Mato Grosso do Sul. O ponto de maior altitude no planalto central � na Chapada dos Veadeiros. Tombada como Patrim�nio Mundial do Brasil, em 2001, pela Unesco, a Chapada possui altitudes que variam de 600 a 1650 metros (Serra da Santana), e � considerada por muitos como um lugar m�stico.
Uma das principais caracter�sticas da regi�o do planalto central � a sua vegeta��o chamada de Cerrado. A flora da regi�o � muito rica, temos o Yp� do Cerrado, a aroeira, as orqu�deas, a copa�ba somando mais de 3 mil diferentes esp�cies de vegetais. A fauna tamb�m apresenta uma grande diversidade com cerca de 1.500 esp�cies, algumas em risco de extin��o.
� no planalto central, tamb�m, que nascem alguns dos rios mais importantes do Brasil como o Araguaia e o Tocantins que constituem a maior bacia hidrogr�fica inteiramente brasileira. Al�m de abrigar ainda parte dos cursos d��gua de outras duas importantes bacias hidrogr�ficas: a Amaz�nica e a do S�o Francisco. Pela caracter�stica de seu relevo e perfil hidrol�gico, a regi�o do planalto central apresenta um grande potencial hidroel�trico que mesmo nos per�odos de estiagem � capaz de abastecer grande parte da regi�o.
Fontes de Pesquisa
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