Qual a importância da atividade turística para o desenvolvimento econômico de uma determinada localidade?

INTRODUÇÃO

Em 2018 o turismo respondeu por 10,4% do Produto Interno Bruto mundial e por 10% dos empregos, ou seja, cerca de 313 milhões de ocupações, sendo, portanto, o setor econômico de maior crescimentos no referido ano. As chegadas de turistas, em somatória de viagens internacionais de 2008 a 2016, mostra que mais de 300 milhões de pessoas viajaram a turismo, número que pode chegar aos 1,2 bilhões se considerado o período de 1960 a 2016 (UNWTO, 2017; WTTC, 2018). Os resultados obtidos pelo turismo demonstram o vigor com que a atividade cresce e se desenvolve em todo mundo, influenciando diretamente as cidades, tidas como principal locus de presença da atividade, pela acessibilidade e disponibilização de espaços de lazer e entretenimento, de alojamento e de restauração, entre outros, ativando a economia e gerando emprego em atividades ligadas direta ou indiretamente ao turismo.

As possibilidades geradas em áreas urbanas atraem investimentos domésticos e externos, que ativam a economia das cidades e lhes dão visibilidade, na disputa com outras destinações turísticas. No entanto, em alguns contextos a presença do turismo em áreas urbanas vem acompanhada de efeitos negativos pela falta de planejamento e preparação local para recebimento de visitantes, incidindo sobre o social, cultural e econômico, como a perda do poder de compra e expulsão de moradores tradicionais, das áreas centrais para áreas periféricas da cidade.

Nesse contexto, objetiva-se com este estudo compreender os efeitos do desenvolvimento turístico sobre o ambiente econômico urbano, por meio de pesquisa bibliográfica na base de dados Scopus, adotando-se como problemática de pesquisa: Quais são os principais efeitos do desenvolvimento turístico sobre o ambiente econômico urbano, relatados na literatura indexada em Scopus? O estudo, portanto, é de característica qualitativa teórica, com coletas de dados ocorridas entre os meses de março e abril de 2018, utilizando-se a base de dados Scopus, selecionada por seu reconhecimento como a maior base de dados de comunicação de estudos, citações e resumos de literatura revisada por pares (Severo, Dorion, Guimarães, et. al. 2016). No marco teórico, são apresentadas reflexões relacionadas ao turismo em áreas urbanas, especialmente ao que tange a concentração do fluxo turístico e os desafios dos relacionamentos visando o seu desenvolvimento. Em seguida, apresenta-se a seção método contendo o descritivo detalhado da pesquisa e resultados e, ao final, a apresentação temática dos estudos coletados.

O TURISMO EM ÁREAS URBANAS

Conforme Acerenza (2006), o turismo não se limita ao mercado do lazer, como também cobre o conjunto mundial de viagens, dentro do marco da mobilidade populacional definido como as atividades realizadas durante a permanências em lugares distintos do seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, com fins de lazer, negócios entre outros motivos. Dentre as destinações turísticas, as cidades destacam-se como locus de turismo devido ao mix de atrações ofertado, como entretenimento e outras facilidades de lazer. No entanto, não será apenas para turistas que as estruturas e facilidades urbanas terão frequência e utilização, mas também pela população local, por visitantes a negócios ou por visitantes de um dia, gerando contato entre os de fora com os de dentro da cidade [Fig.1] (Ashworth & Page, 2011; Fistola & La Rocca, 2017).

Qual a importância da atividade turística para o desenvolvimento econômico de uma determinada localidade?

Figura 1
Usos de áreas em cidades turísticas
Burtenshaw et al (1991 apud Ashworth & Page, 2011)

Vale destacar que o turismo em cidades transcorre em áreas funcionais turísticas, que conforme Hayllar e Griffin (2005) caracterizam-se como espaço distinto dentro de uma cidade, onde se concentra o maior número de turistas. A concentração turística justifica-se pela diversidade de atividades e usos do espaço voltados para ou ligadas ao turismo, onde estejam restaurantes, meios de hospedagem, serviços de visitação turística e sightseeing, além de outras características geográficas e/ou histórico-culturais como os prédios ou arquiteturas históricas, ou sua conexão com uma cultura particular ou grupo étnico, espaços de boemia, proximidade de praias, entre outras, existindo também a combinação entre algumas ou todas essas características.

A disponibilidade dos diversos serviços ligados diretamente ou indiretamente à atividade turística, bem como a capacidade das áreas urbanas em atrair turistas dos mais diversos segmentos, posiciona todos os componentes de uma destinação como stakeholders dessa atividade e, portanto, são importantes elos para o planejamento da destinação e desenvolvimento de produtos turísticos (Khazaei, Elliot & Joppe, 2015; Merinero-Rodríguez & Pulido-Fernández, 2016). A maior visibilidade turística de áreas urbanas favorece o planejamento da atividade nesses espaços, importante para atração de investimentos públicos e privados, com o propósito de criar uma melhor experiência de viagem aos visitantes. Contudo, Chapman e Light (2016) afirmam que uma destinação turística necessita ser compreendida como um mosaico complexo, que envolve fatores externos e internos à mesma, os quais influenciam ou são influenciados pelo desenvolvimento do turismo nessa destinação e, portanto, necessitam ser estudados de modo a que sejam compreendidos.

Em Buhalis (2000) é possível observar que o desenvolvimento e a implementação de objetivos estratégicos dependem do relacionamento entre os stakeholders locais, uma vez que, se todos buscam benefícios, todos possuem responsabilidades sobre a cidade e a atividade turística. Naturalmente, cada stakeholder busca maximizar seus benefícios e, inevitavelmente, o interesse de alguns entra em conflito com os interesses de outros, o que pode comprometer os objetivos do desenvolvimento sustentável em destinos. Portanto, é imperativo que as organizações gestoras busquem assegurar que os benefícios da atividade turística sejam compartilhados de modo justo e sustentável por todos os stakeholders, garantindo a regeneração dos recursos utilizados para a performance do turismo. Para tal, o autor sugere quatro objetivos estratégicos de gestão e marketing para destinações: (1) Garantir a prosperidade de longo-prazo para habitantes locais; (2) Agradar ao turista maximizando sua satisfação; (3) Maximizar os lucros das empresas locais e maximizar seus efeitos multiplicadores; (4) Otimizar os impactos do turismo, garantindo a sustentabilidade entre benefícios econômicos e custos ambientais e socioculturais.

Qual a importância da atividade turística para o desenvolvimento econômico de uma determinada localidade?

Figura 2
A roda dinâmica dos stakeholders do turismo
Adaptado de Buhalis e Fletcher (1995) por Buhalis (2000, p.99)

A relação entre stakeholders em busca de um equilíbrio leva ao que alertam Fistola e La Rocca (2017). Para os autores, as conexões existentes entre o turismo e as cidades são complexas, haja visto que a cidade funciona como um sistema, cujos subsistemas são interligados uns aos outros e interagem simultaneamente. Qualquer erro ou problema em qualquer subsistema ou, como referem os autores, qualquer entropia determina uma mudança em todos os demais subsistemas e, como em um efeito dominó, afeta o sistema urbano como um todo.

Tendo a cidade como locus de discussão deste estudo, buscou-se conhecer, na literatura especializada, casos em que o turismo representou uma oportunidade para o ambiente econômico urbano, e casos em que o turismo representou uma causa entrópica à cidade, ou, um mal funcionamento ao sistema urbano. Na seção a seguir, apresenta-se o método de pesquisa.

MÉTODO

O presente estudo, conforme já descrito, buscou compreender os efeitos do desenvolvimento turístico sobre o ambiente econômico urbano, por meio de pesquisa bibliográfica na base de dados Scopus. As pesquisas foram realizadas entre os meses de março e abril do ano de 2018, conforme descrito no quadro a seguir, no qual se observam as palavras-chave utilizadas para buscas no sistema, a quantidade de artigos obtidos e a quantidade de papers selecionados para análise.

Qual a importância da atividade turística para o desenvolvimento econômico de uma determinada localidade?

Quadro 1
Detalhamento dos termos, períodos e artigos encontrados/selecionados
O autor, 2018.

[Destaca-se que na pesquisa no Scopus, para melhor compreensão, que a busca por palavras-chave conjugadas, as mesmas devem ser seguido por aspas [“], de modo a ‘alertar’ o sistema sobre o uso de termos conjugados a serem entendidos como palavra-chave ‘única’, como no caso de “tourism development”, “urban economy”, etc.]

A seleção dos artigos analisados no total de papers resultantes em cada pesquisa pautou-se por priorizar os que atendessem à proposta e escopo da pesquisa em questão, caracterizando-se, portanto, por oferecer compreensão dos efeitos turístico ao ambiente econômico urbano, de acordo com estudos de casos nos locais onde os autores/pesquisadores estivessem inseridos, com vistas ao crescimento sustentável do turismo e da cidade; investimentos estrangeiros; impactos sociais e culturais; turismo local e eventos; que permitissem a compreensão teórica dos fatores-chave de sucesso e, quando efeitos nocivos fossem observados, as descrições de possíveis métodos ou ações de mitigação.

A análise temática dos estudos coletados permitiu a divisão dos resultados em quatro seções distintas, apesar da temática em comum ‘desenvolvimento do turismo urbano e ambiente econômico’, sendo elas: sistema urbano, a economia e o turismo; mudanças econômicas urbanas e o turismo; turismo, empreendedorismo local e economia urbana; desenvolvimento do turismo, economia urbana e negócios internacionais. No Quadro 2 observa-se a distribuição anual por divisões temáticas dos estudos coletados, totalizando-se um intervalo temporal de 28 anos, com artigos datados de 1989 até 2017 sendo, portanto, os anos de 2011, 2013 e 2017 aqueles que apresentaram maior representatividade, com três artigos cada. Das quatro seções temáticas de estudo, destaca-se ‘desenvolvimento do turismo, economia urbana e negócios internacionais’ com 7 estudo coletados, seguida das seções ‘mudanças econômicas urbanas e o turismo’ com 6 papers selecionados. No Quadro 3, observa-se a divisão dos estudos por cada uma das seções temáticas propostas.

Qual a importância da atividade turística para o desenvolvimento econômico de uma determinada localidade?

Quadro 2
Divisão de autores por temas
Elaboração própria

Metodologicamente, os artigos são caracterizados como estudos de casos, haja visto buscarem estudar e compreender a realidade em que seus autores estivessem inseridos, representando o processo de desenvolvimento do turismo e as reações econômicas [assim como sociais e culturais] da cidade ao fenômeno. No Quadro 3 observa-se que, na maior parte das pesquisas analisadas a opção foi pela realização de estudo qualitativo, utilizando-se dados secundários, tais como dados estatísticos de órgãos oficiais, documentos de estudos de qualidade de vida, de recursos econômicos, como mapas, e outros dados diversos, totalizando-se 20 artigos. Dentre os 20 artigos associados ao método qualitativo com dados secundários, Hampton (2003), Mbaiwa et al. (2007) e Xiao e Wall (2009) também incluíram em seus estudos a busca por dados primários por meio de instrumento semiestruturado de pesquisa e entrevista, estando presentes, também, no quadro de dados primários.

Qual a importância da atividade turística para o desenvolvimento econômico de uma determinada localidade?

Quadro 3
Divisão de autores por métodos
Elaboração própria.

As seções a seguir, apresentam análise das discussões, resultados e principais fatores-chave de sucesso do turismo nas realidades e nas cidades estudadas pelos autores selecionados, bem como possíveis ações visando a mitigação dos efeitos nocivos da atividade turística à economia urbana, mas não somente, notando-se também estudos relacionados aos fatores sociais, culturais e políticos das cidades. Além da apresentação dos estudos coletados recorre-se, em alguns momentos, à literatura em livros e artigos que descrevem termos e temas apresentados nos artigos, tidos como estudos acessórios para a melhor compreensão teórica dos assuntos discutidos e apresentados nas próximas seções.

O SISTEMA URBANO, A ECONOMIA E O TURISMO

Os estudos que abordam esse tema buscam a compreensão da cidade como um sistema econômico, e como já mencionado, cada subsistema integra uma cadeia complexa em funcionamento simultâneo. Especialmente para o turismo, atividade econômica integrada ao setor de serviços e que possui, por si, uma série de serviços e economias diretamente afetadas pelo desenvolvimento [ou não] desta atividade mas, que também possui outra gama de serviços que são influenciados indiretamente, além dos demais setores acessórios que se respaldam mutuamente (Chapman & Light, 2016; Fistola & La Rocca, 2017). Sendo assim, refletir sobre o turismo urbano perpassa, necessariamente, por refletir sobre efeitos positivos trazidos por essa atividade à cidade, como novas oportunidades de empregos e prosperidade para os habitantes locais, aumento de visibilidade, promoção turística, competitividade, novas estruturas e novas visões políticas, econômicas e/ou tecnológicas sobre a cidade, tanto quanto efeitos negativos que, ao que concerne ao tópico ‘economia urbana’ reflete, entre outros tópicos, em perda do poder de compra de famílias, especulação imobiliária, e, em casos mais agudos, a expulsão de habitantes e de pequenos negócios dos centros urbanos para periferias devido ao excesso de valorização do espaço urbano.

Neste sentido, o turismo é potencialmente uma fonte de bom funcionamento do sistema urbano, especialmente ao que condiz à economia, tanto quanto é um potencial recurso para a entropia urbana, ou mal funcionamento sistêmico urbano. Em condições normais, o sistema urbano desenvolve-se dentro de um planejamento urbano que envolve o seu desenvolvimento sustentável, mantendo-se a produção da entropia sob controle (Fistola & La Rocca, 2017). Em Santos (2003), observa-se que a definição do espaço como um sistema, isto é, a compreensão do espaço sobre a ótica multidimensional e operacional, envolve a interação entre estruturas econômicas, como uma manifestação de modelos de crescimentos adotados, as estruturas geográficas tais como a distribuição da população, da infraestrutura, das atividades, das instituições, bem como considera seu contexto social e político ao longo do tempo e as influências locais, nacionais e internacionais que este recebe e que, diretamente ou indiretamente, influenciam no planejamento e na economia urbana.

No entanto, o fato da atividade ser uma complexa atividade econômica sistêmica, existem dificuldades e discussões sobre a possibilidade da medição dos impactos causados especificamente pelo turismo, ou para o estabelecimento de indicadores que levam ao controle sustentável do desenvolvimento econômico não só urbano, mas como regional e nacional, o que pode levar à carência de planejamento e à carência de previsões de cenários (Martí et al., 2017; Razali & Ismail, 2014). Dentre os estudos selecionados, Martí et al. (2017) desenvolvem estudos acerca dos indicadores já existentes no contexto espanhol, para avaliar o desenvolvimento turístico em cidades do mediterrâneo. Neste estudo, os autores consideram três atributos que são avaliados para se ter uma compreensão mais detalhada dos ganhos econômicos e da sustentabilidade turística sobre uma cidade, sendo eles:

· Ocupação da terra: Para uso turístico, instalação de empreendimentos turísticos como hotéis, restaurantes e outros, e densidade residencial em áreas turísticas dentro de cidades;

· Complexidade urbana de atividades econômicas: Prevendo-se a densidade e a variedade de atividades de lazer, de restauração e a complexidade de acomodações na cidade;

· Espaços exteriores: Atrações de costa ou de paisagens, a existência de áreas verdes fora da cidade, e que merecem atenção com vistas à sustentabilidade ambiental;

Mbaiwa, Toteng e Moswete (2007) citam que o planejamento turístico, necessariamente, necessita da integração entre stakeholders não apenas de cargos de decisão, mas todos aqueles que serão influenciados pelo desenvolvimento dessa atividade, seja ela no planejamento turístico urbano quanto em esferas de governança mais abrangentes como regional e nacional, de modo a guiar o crescimento equilibrado da atividade turística, beneficiando a todos os stakeholders inseridos. Nesta linha, Garrigós-Simón et al. (2015) apontam que um dos maiores desafios está na gestão dos recursos econômicos provenientes do turismo, haja visto que os ganhos com a atividade nem sempre são distribuídos igualmente por toda a cadeia devido, segundo os autores, aos vazamentos e perda do efeito multiplicador dos recursos.

Ou seja, porcentagem do dinheiro deixado em destinações por turistas, mas que não servem para ‘reinvestir’ na própria destinação, tais como uso de empresas externas à destinação para suprimentos, taxas externas, produtos importados, entre outros, dinheiro que vai para fora. Para isso, os autores sugerem um modelo de cálculo para estimar o crescimento econômico sustentável do turismo, apontando o montante distribuído para investimentos na destinação e, o montante considerado ‘vazamento’ aplicando-se, em seu estudo, no setor hoteleiro de Valência [Espanha] que vive um contexto turístico massificado. No cálculo, os autores consideram que o vazamento será a diferença entre investimentos em empresas locais que fornecem serviços e materiais para a hotelaria valenciana, sobre os investimentos com esses ‘suprimentos’ em sua totalidade.

Outras questões, tendo como base os papers selecionados na base de dados Scopus, são destacados a seguir, observando-se efeitos tanto positivos quanto negativos do desenvolvimento da atividade turística sobre a cidade, em processos de mudanças na realidade econômica e social.

Mudanças econômicas urbanas e o desenvolvimento do turismo - O desenvolvimento da atividade turística, face ao anterior desenvolvimento urbano, mostra-se capaz de trazer benefícios econômicos e de alterar o espaço urbano devido às ações de agentes de mercado com o objetivo de atração de capital por meio do fluxo turístico. Os relatos existentes nesse tópico não são novos, coletando-se, como exemplo para este estudo, os relatos de Page (1989), que já descrevia os efeitos esperados sobre o espaço urbano das regiões do leste londrino, ou ao que chamam de Dockland ou Est End, caracterizada por apresentar bairros mistos, com construções residenciais e comerciais e que, com chegada e o desenvolvimento turístico, esperava-se a regeneração e a conquista de maiores investimentos na região, haja vista a baixa ou falta de atenção e de investimentos do setor público em lazer.

Outro contexto de mudança histórica que merece destaque neste tópico, incluindo-se os efeitos do avanço do tempo, da globalização, da internacionalização de empresas e fluxos de pessoas, bem como da abertura econômica de seu país, observou-se em Joksimović et al. (2014). O estudo aborda a Sérvia como estudo de caso, palco de muitos conflitos armados nas últimas décadas como a guerra civil iugoslava [de 1991 a 1995] e a guerra do Kosovo [de 1996 a 1999], o que levou sua capital, Belgrado, à crise de imagem e perda de interesse turístico. Contudo, a paz na região, após anos de conflitos, e a abertura econômica do país com parcerias com a União Europeia e países vizinhos, trouxe benefícios econômicos para Belgrado, especialmente ampliando suas relações comerciais, levando à regeneração da cidade por meio de sua modernização, recuperação de sua imagem turística, atração de novos hotéis, novas atrações turísticas e de entretenimento, modernização de distritos urbanos e infraestruturas e, por fim, desenvolvimento turístico e fluxo de turistas.

Contudo, por ser ainda uma atividade considerada nova no contexto urbano internacional face atividades econômicas industriais e outras atividades comerciais do passado, o turismo é, algumas vezes, subestimado no quesito planejamento deixando-se de prever questões orçamentárias e de viabilidade econômica para colocar em prática muitas das obras necessárias, ou possíveis impactos que a atividade possa gerar (Aliaskarov et al, 2017; Steel, 2013; Chang et al, 1996). Em Aliaskarov et al. (2017) e Chang et al. (1996), apesar do intervalo temporal em que os estudos foram realizados [21 anos], os resultados foram semelhantes, pois em ambos as cidades saíram de contextos essencialmente industriais e passaram a investir em uma economia baseadas em serviços, com foco no turismo. Em ambos os estudos ficou clara preferência dos autores por atividades que envolvam o setor de serviços, dada a possibilidade da atração de capital internacional e de geração de maior número de empregos, trazendo trabalho e renda para a população. No entanto, em ambos os casos foram também relatados obstáculos, tais como a padronização das características locais como fatores culturais em prol da internacionalização da cidade para atração de turistas, descritas, em um dos estudos, como em Zhezkazgan [Cazaquistão], que tinha sua principal fonte de renda na indústria de metais não-ferrosos. (Aliaskarov et al., 2017).

Efeitos nocivos são também relatados em Steel (2013). O estudo com base nas cidades peruanas de Cusco e Cajamarca, historicamente ligadas à atividade de mineração, e que iniciou atividades em turismo com vistas ao desenvolvimento de seu setor de serviços, observou os efeitos da carência de planejamento bem como da falta de cuidado na questão social quando se percebeu que ambas as cidades se fragmentaram, levando a população tradicional para áreas afastadas e desenvolvendo-se, nas periferias, bolsões de pobreza enquanto o turismo desenvolveu-se nas áreas centrais e históricas. Consequentemente, essas diferenças e exclusões de seus moradores dos centros urbanos e áreas turísticas, levaram a população a rejeitar a atividade turística em suas cidades e a lutarem por qualidade de vida dado o sentimento de ‘expulsão’, incluindo-se também, conforme relatado no estudo, expulsão dos locais de restaurantes e empreendimentos voltados aos turistas (Steel, 2013).

No entanto, o foco do desenvolvimento de espaços turísticos é o de enriquecer as estruturas urbanas, tendo em vista a necessidade de locomoção e de lazer não só de turistas como da própria população, assim como relatado na cidade chinesa de Shuzou (Li & Tao, 2003) onde, com a evolução do turismo, constatou-se a necessidade da ampliação do espaço urbano destinado ao mesmo, assim como novos ambientes para o lazer e compras, transformando-se antigos distritos, antes degradados pela ação do tempo e do pouco cuidado, em novas e modernas áreas. Essas áreas com atratividade turística considerável, além de atrair a instalação de empresas locais com foco para o movimento e as potencialidades turísticas, são fortemente atrativas também para empresas multinacionais, ou para o capital estrangeiro que, ao se instalar, gera benefícios para a competitividade turística da cidade, porém, são capazes de gerar, também, impactos negativos que valem a atenção do pesquisador e dos responsáveis pelos processos de decisão do turismo urbano, como apresentado nas seções a seguir.

Turismo, empreendedorismo local e a economia urbana – Conforme Butler (1980), o desenvolvimento de uma cidade turística passa, necessariamente, por um processo de crescimento (ou desenvolvimento) e maturidade da cidade como destinação, e portanto, esse processo prevê o despertar do novo destino para as novas possibilidades geradas pelo turismo como atividade econômica. Entre os estudos que abordaram as mudanças econômicas positivas geradas pelo turismo em áreas urbanas, destacam-se aqueles realizados por Chang et al. (1996), Upchurch e Teivane (2000) e Hampton (2003), por meio de observações realizadas nas cidades de Montreal [Canadá] e Singapura [cidade-estado de Singapura], Riga [Letônia] e Yogyakarta [Indonésia], respectivamente, onde foi destacado o impulso econômico possibilitado pelo turismo no empreendedorismo e pequenos negócios locais.

Muitas das cidades anteriormente desconhecidas pelo turismo, ou por momentos e contextos de desenvolvimento econômico e político, ou pela distância de centros emissores, entre outras razões hipotéticas, viram no turismo a possibilidade de desenvolver seu setor de serviços, haja vista a histórica dependência de algumas cidades aos setores industrial e fabril. Em Chang et al. (1996) esse processo de desindustrialização das cidades de Montreal e Singapura mostrou a importância do foco ao setor de serviços para o desenvolvimento urbano condizente com a geração de empregos entre seus cidadãos e, de certa forma, gerando liberdades para que a própria população aproveitasse o fluxo turístico para empreender. Nos dias atuais, Montreal e Singapura são posicionadas, com certa frequência, entre as cidades mais desenvolvidas turisticamente e dentre as que mais recebem turistas no mundo, diferentemente da realidade pós-industrial e em pleno desenvolvimento turístico relatadas por Chang et al. (1996), fazendo parte do contexto do desenvolvimento canadense e da cidade-estado de Singapura, esta última como parte do grupo de países chamados de ‘tigres asiáticos’.

Muitas das cidades ainda pouco conhecidas para o turismo e, portanto, fora do circuito mais tradicional de turistas por estarem em princípio de desenvolvimento, atraem turistas considerados alocêntricos, ou seja, pessoas mais abertas a novas experiências, aventuras e lugares pouco conhecidos e, mais propensos a utilizar-se de serviços com pouco ou nenhum luxo, favorecendo pequenas propriedades de alojamento e pequenas empresas de serviços (Fillipim, Hoffmann & Alberton, 2006). Esta realidade favorece o aparecimento de pequenas propriedades e empresas, bem como o desenvolvimento urbano e a empregabilidade daqueles que trabalham no setor turístico.

Para Upchurch e Teivane (2000) e Hampton (2003), o fato de turistas escolherem alojar-se em pequenos hostels e dar preferência para compras de artesanatos locais, favorecem o desenvolvimento econômicos dos empreendedores ligados ao turismo, aumentando ganhos e renda para empresas e pessoas o que, consequentemente, permitirá o florescimento da cidade para o turismo. Contudo, na literatura coletada, observa-se que o florescimento urbano para o turismo atrai o olhar e o investimento estrangeiro, redes de empresas internacionais e a continuação do desenvolvimento turístico urbano, levando a maiores ganhos e receitas, mas, também a possíveis danos aos pequenos negócios locais.

Desenvolvimento do turismo, a economia urbana e os negócios internacionais - Dentre os estudos coletados que relatam a ascensão e/ou queda da atividade turística em municípios por falta de planejamento urbano e previsões de cenários, Miralles e García-Ayllón (2013) apresentam o caso da cidade mediterrânea espanhola de La Manga del Mar Menor, cuja principal atração ou recurso turístico são suas praias, em uma península que se estende mar Mediterrâneo adentro onde, neste espaço, optou-se pelo investimento no desenvolvimento de resorts, tendo as redes hoteleiras e empresas internacionais a sua principal fonte de viabilidade. Contudo, o excesso de liberdade para a iniciativa privada, a falta de regularização do uso do solo e de planejamento urbano, bem como a crise espanhola dos anos 1970, levou a região a uma total desvalorização territorial e, consequentemente, à descontinuidade de uma série de construções levando a cidade a perder o timing e investimentos no turismo, arcando com grandes problemas estruturais e com prédios/áreas abandonadas (Miralles & García-Ayllón, 2013).

Nesse tópico, a chegada das multinacionais às cidades é também observada por Sheng (2011), Xiao e Wall (2009) e Gotham (2005) em Macau e Dalian [ambas na China] e Nova Orleans [Estados Unidos], respectivamente. Nestes estudos destacaram-se, sobretudo, os possíveis efeitos positivos que investimentos internacionais trazem sobre a cidade, considerando-se a fundação de empresas de nível internacional, sejam elas de transporte, hoteleira, de locação de automóveis, restaurantes, espaços de lazer e entretenimento entre outras, que auxiliam na competitividade da cidade, haja vista o aumento do rol de atrações turísticas, bem como aumento em arrecadação de impostos, e investimentos em estruturas urbanas.

Em Xiao e Wall (2009), os efeitos da chegada do capital estrangeiro a Dalian é relatado com bons olhos pelos autores, ressaltando sobretudo seus efeitos positivos na desindustrialização do centro da cidade nos anos de 1990, e trazendo para este espaço o setor econômico dos serviços por meio do turismo, especialmente o turismo Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions [MICE]. Como resultado, o artigo relata a melhoria na qualidade de vida da população e da limpeza do meio ambiente, já que não havia mais indústrias no centro urbano a causar poluição, além da atração de investimentos gerando estrutura e maior competitividade para a cidade no mercado turístico. No entanto, a presença de negócios estrangeiros pode igualmente trazer resultados negativos se eles não forem regulados e/ou supervisionados, gerando incômodos para a economia, especialmente das empresas locais e pequenos negócios. Em Macau, Sheng (2011) aborda a competição desleal existente entre empresas internacionais, detentoras dos melhores espaços urbanos, trabalhadores mais qualificados e estruturas mais modernas, frente negócios locais geralmente pouco investidos e, portanto, com menor capacidade de competição.

Em Nova Orleans, Gotham (2005) aborda as influências dos negócios internacionais sobre a cidade sob um outro ponto de vista. Este estudo é voltado para a tradicional e comemoração cultural do Mardi Graas, espécie de carnaval comemorado na cidade. Nesse estudo, o autor relata as tentativas de inserção de ‘novas tradições’ no evento para gerar maiores consumos de produtos que, originalmente, não faziam parte desse acontecimento, revelando a necessidade das empresas organizadoras do evento e as empresas locais, que tradicionalmente apoiam e organizam o evento, a lutar pela regulação da participação dessas empresas nos festejos culturais.

Neste âmbito de sustentabilidade cultural, Opschoor e Tang (2011) e Deng, Liu e Zhao (2011) adotam a cidade chinesa de Lijiang para compreensão dos efeitos não apenas econômicos, como também culturais em uma cidade em processo de desenvolvimento turístico, tendo em vista os diversos fatores os quais merecem atenção durante o processo de planejamento urbano do turismo. Para os autores, em Lijiang o turismo é responsável por cerca de 50% do PIB local, mas a cidade reconhece a importância da proteção do patrimônio material e imaterial no processo de planejamento turístico. Por serem as principais atrações da cidade, face o processo de padronização que o turismo e a regeneração urbana têm trazido, a proteção é necessária.

O tema cultural como recurso turístico também é discutido por Liu (2010), como um meio para se atingir resultados em políticas de turismo, destacando-se as quatro dimensões relativas ao planejamento de uma cidade turística cultural, sendo elas os recursos inerentes [recursos existentes], os recursos criados pela humanidade [patrimônio e bens materiais], o planejamento de marketing e parcerias/integração com stakeholders permitindo, assim, para o autor, o desenvolvimento turístico urbano considerando a permanência e a sustentação de bens culturais tangíveis e intangíveis. Apenas o planejamento sistemático considerando todos os recursos disponíveis é capaz de gerar e desenvolver uma atividade de considerável importância econômica como o turismo, ocorrendo por meio das parcerias/integração entre stakeholders do turismo local, o planejamento turístico e a concepção de indicadores capazes de estabelecer e monitorar essa atividade em uma destinação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base na literatura e nas reflexões teóricas desenvolvidas neste estudo, observa-se que o desenvolvimento da atividade turística possui grande potencial para alavancar ganhos econômicos de diversas formas para cidades/destinações. Como visto, ao passo em que o turismo se desenvolve, a atividade leva consigo o desenvolvimento de estruturas, de atratividades econômicas, possibilidades de empreendedorismo e, consequentemente, o desenvolvimento competitivo da cidade no âmbito do mercado turístico.

Algumas das cidades descritas e estudadas por meio da literatura coletada, apresentaram ganhos interessantes com o turismo, haja visto que muitas delas são marcadas historicamente por um passado industrial, de guerras ou de pouco [ou nenhum] investimento, com dependência a produtos ou produções específicas que, com o turismo, desenvolveram-se e fortaleceram seus respectivos setores de serviços. Por algum tempo, o processo de desindustrialização de centros urbanos foi tendência, levando industrias e fábricas para áreas mais afastadas das cidades tendo em conta a busca pela qualidade de vida dos habitantes, e livrando-se de problemas como poluição e ruídos vindos destas antigas construções, buscando-se no fortalecimento dos serviços uma nova fonte econômica para as cidades, gerando empregos, ampliando a rede de infraestruturas urbanas, atraindo a atenção do turismo e, por fim a competitividade da cidade.

Contudo, o desenvolvimento turístico pode também gerar efeitos nocivos aos centros urbanos, ao passo que o planejamento do turismo em um determinado território mostra-se incapaz de prever possíveis cenários e danos que a atividade possa gerar, tais como danos culturais e/ou socioeconômicos, advindos da chegada de redes e grandes empresas internacionais, da padronização cultural entre outros pois, como visto nas seções deste estudo, nota-se que a cidade é composta por um complexo sistema de múltiplos interesses. A compreensão dos efeitos da atividade turística sobre o ambiente econômico urbano mostrou-se, por meio dos estudos coletados, que as influências se estendem para além do campo econômico proposto em estudo, afetando também os fatores sociais e culturais de cada cidade ou destinação, reforçando a ideia e a interpretação da sistematização urbana, já que conforme abordado, todos os componentes estão interligados e funcionando simultaneamente, e cada subsistema possui relação com os demais, possuindo forte capacidade de influencias mútuas.

Com esta observação, considera-se alcançado o objetivo proposto para este estudo, mostrando que o desenvolvimento turístico carece de planejamento cuidadoso e sistemático, dada a sua presença e capacidade de influência em todos os setores econômicos, sociais e culturais urbanos. Para futuros estudos recomenda-se, portanto, a análise de casos e relatos de cidades brasileiras tendo em vista a dinâmica evolutiva do ambiente econômico urbano com o desenvolvimento turístico dessas cidades, mas, sem deixar de observar possíveis impactos sociais e culturais que tal atividade possa gerar.

REFERÊNCIAS

Acerenza, M. Á. (2006). Conceptualización, origen Y evolución del turismo. México: Trillas.

Aliaskarov, D., Beisenova, A., Irkitbaev, S., Atasoy, E., & Wiskulki, T. (2017). Modern changes in Zhezkazgan City: Positive and negative factors of tourism development (Kazakhstan). GeoJournal of Tourism and Geosites, 20(2), 243–253. Link

Ashworth, G., & Page, S. J. (2011). Urban tourism research: Recent progress and current paradoxes. Tourism Management, 32(1), 1-15. Link

Buhalis, D. (2000). Marketing the competitive destination of the future. Tourism Management, 21(1), 97-116. Link

Butler, R. W. (1980). The Concept of an Area Cycle Of Evolution: Implications for management of resources. Canadian Geographer, 24, 5-12. Link

Chang, T. C., Milne, S., Fallon, D., & Pohlmann, C. (1996). Urban heritage tourism. Annals of Tourism Research, 23(2), 284-305. Link

Chapman, A., & Light, D. (2016). Exploring the tourist destination as a mosaic: The alternative lifecycles of the seaside amusement arcade sector in Britain. Tourism Management, 52(February), 254-263. Link

Deng, H., Liu, T., & Zhao, J. (2011). Strategic measures for an integrated approach to sustainable development in Lijiang City. International Journal of Sustainable Development and World Ecology, 18(6), 559-562. Link

Fillipim, M., Hoffmann, V., & Alberton, A. (2006). Turismo rural em fazendas-hotel: um estudo das características da demanda e fatores de influência no Planalto Serrano e Meio-Oeste de SC. Turismo - Visão e Ação, 8(1), 31-46. Link

Fistola, R., & La Rocca, R. A. (2017). Driving functions for urban sustainability: The double-edged nature of urban tourism. International Journal of Sustainable Development and Planning, 12(3), 425-434. Link

Garrigós-Simón, F. J., Galdón-Salvador, J. L., & Gil-Pechuán, I. (2015). The economic sustainability of tourism growth through leakage calculation. Tourism Economics, 21(4), 721-739. Link

Gotham, K. F. (2005). Tourism from above and below: Globalization, localization and New Orleans’s Mardi Gras. International Journal of Urban and Regional Research, 29(2), 309-326. Link

Hampton, M. P. (2003). Entry points for local tourism in developing countries: Evidence from yogyakarta, Indonesia. Geografiska Annaler, Series B: Human Geography, 85(2), 85-101. Link

Hayllar, B., & Griffin, T. (2005). The precinct experience: A phenomenological approach. Tourism Management, 26(4), 517-528. Link

Joksimović, M., Golić, R., Vujadinović, S., Šabić, D., Jovanović Popović, D., & Barnfield, G. (2014). Restoring tourist flows and regenerating city’s image: the case of Belgrade. Current Issues in Tourism, 17(3), 220-233. Link

Khazaei, A., Elliot, S., & Joppe, M. (2015). An application of stakeholder theory to advance community participation in tourism planning: the case for engaging immigrants as fringe stakeholders. Journal of Sustainable Tourism, 23(7), 1049-1062. Link

Li, L., & Tao, W. (2003). Spatial structure evolution of system of recreation business district. Chinese Geographical Science, 13(4), 370-377. Link

Liu, Y. De. (2010). Planning considerations of urban cultural tourism: a case study of four UK cities. International Journal of Tourism Policy, 3(2), 113-124. Link

Martí, P., Nolasco-Cirugeda, A., & Serrano-Estrada, L. (2017). Assessment tools for urban sustainability policies in Spanish Mediterranean tourist areas. Land Use Policy, 67(April), 625-639. Link

Mbaiwa, J. E., Toteng, E. N., & Moswete, N. (2007). Problems and prospects for the development of urban tourism in Gaborone and Maun, Botswana. Development Southern Africa, 24(5), 725-740. Link

Merinero-Rodríguez, R., & Pulido-Fernández, J. I. (2016). Analysing relationships in tourism: A review. Tourism Management, 54, 122-135. Link

Miralles, J., & García-Ayllón, S. (2013). The economic sustainability in urban planning: The case of La Manga. Sustainable Development and Planning, 173, 575-587. Link

Opschoor, H., & Tang, L. (2011). Growth, world heritage and sustainable development: The case of Lijiang City, China. International Journal of Sustainable Development and World Ecology, 18(6), 469-473. Link

Page, S. (1989). Tourist development in London Docklands in the 1980s and 1990s. GeoJournal, 19(3), 291-295. Link

Razali, M. K., & Ismail, H. N. (2014). A sustainable urban tourism indicator in Malaysia. WIT Transactions on Ecology and the Environment, 187(6), 133-145. Link

Santos, M. (2003). Economia espacial: críticas e alternativas. São Paulo: Edusp.

Severo, E. A., Dorion, E. C. H., Guimarães, J. C. F. d., Souza, R. A. d., & Severo, P. O. (2016). Trajetórias da inovação : uma análise na base de dados Scopus. Revista Espacios, 37(11), 1-13. Link

Sheng, L. (2011). Foreign investors versus local business: An urban economics model for tourist cities. International Journal of Tourism Research, 13(July 2010), 32-40. Link

Steel, G. (2013). Mining and tourism: Urban transformations in the intermediate cities of Cajamarca and Cusco, Peru. Latin American Perspectives, 40(2), 237-249. Link

UNWTO - United Nations World Tourism Organization (2017). UNWTO Annual Report 2016. Link

Upchurch, R. S., & Teivane, U. (2000). Resident perceptions of tourism development in Riga, Latvia. Tourism Management, 21(5), 499-507. Link

WTTC - World Travel & Tourism Council. (2018). Travel & Tourism: Economic Impact 2018 World. London. Link

Xiao, G., & Wall, G. (2009). Urban tourism in Dalian, China. Anatolia, 20(1), 178-195. Link

Qual a importância da atividade turística para o desenvolvimento econômico?

O turismo é um importante transformador de economias e sociedades, promove inclusão social, gera oportunidades de emprego e renda.

Qual a importância do turismo para o desenvolvimento das cidades?

Importância do turismo para o desenvolvimento das cidades. O Turismo, desde que bem trabalhado, pode ser uma excelente fonte de renda para os municípios e estados. É, ainda, um importante fator para o desenvolvimento das cidades por conta da qualidade de vida que proporciona para a população local.

Qual a importância da atividade turística para o desenvolvimento econômico do espaço geográfico?

Ao Analisar o turismo sob os aspectos econômico e social, é possível avaliar a sua capacidade de gerar empregos, distribuir renda, captar divisas e proporcionar a melhoria da qualidade de vida das comunidades. Assim, o turismo é visto como parte constitutiva de um processo de desenvolvimento sustentável.

Qual a importância do turismo para a atividade econômica em escala local?

Além disso, o turismo é importante para a criação de emprego e geração de renda para a população local. A importância do turismo está atrelada ainda à preservação do espaço urbano e do patrimônio cultural e natural de uma determinada localidade.