Qual a diferença dos sintomas da gastrite e da gravidez?

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Sem saber, Gislaine estava grávida de 38 semanas (Foto: Reprodução Facebook)

"Minha filha foi diagnosticada com bactéria no estômago. Passaram vários remédios e nada passava a dor. Ela emagreceu 20 kg, ficou doente. Chegaram a dizer que ela estava com hepatite ou vesícula, pois não comia mais nada", escreveu Cleide Victória, sobre a filha, Gislaine Victor, 28 anos, em suas redes sociais. Ela conta que as dores começaram em dezembro. Depois de passar por três médicos — pelo SUS, particular e pelo convênio —, elas descobriram que a doença era, na verdade, um bebê!

"Somente em fevereiro, em um ultrassom, descobrimos que ela estava grávida de 36 semanas e iria nascer a qualquer momento. Eu agradeci a Deus por ser um bebê e não uma doença, mas como passamos por três médicos e nenhum descobriu?", questionou a avó sobre o fato de nenhum deles terem examinado a filha. Lorena Victoria nasceu no dia 14 de fevereiro em Porto Velho, Rondônia, no susto e sem qualquer enxoval. 

Mãe não sabia que estava grávida (Foto: Arquivo Pessoal)

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Em entrevista à CRESCER, Gislaine, que já tinha tres filhos, contou em detalhes como tudo aconteceu.

"Eu vinha tendo dores no estômago há algum tempo, mas as dores passavam com remédio e não passavam de um dia de dor. Ou seja, eu tomava o medicamento e passava a dor no mesmo dia. Só que em dezembro de 2019, dia 14 ou 15, eu acordei de madrugada sentindo muita dor. Tomei o remédio, mas, dessa vez, não passou. Era um domingo. Tomei chá de laranja e fui tentando tratar a dor em casa mesmo, não passou e foi se intensificando. Na madrugada seguinte, a dor não me deixou dormir. Eu não conseguia deitar e nem sentar. Ficou insuportável e eu esperei amanhecer e chamei meu esposo pra me acompanhar até a Upa.

Chegamos na Upa umas 8hs da manhã e pela pressão alta fui atendida até rápido. Falei pra médica que estava sentindo dor e que, inclusive, estava vomitando, e que o remédio não fez efeito. Ela falou algo do tipo que era normal a dor intensificar pelo fato de não ter tratado o problema ainda. Acho que a consulta durou uns 5 minutos. Ela não me examinou e não me fez mais perguntas, além da rotineira: 'O que vc está sentindo?' Essa foi a primeira médica que fui, e foi ela quem me passou uma endoscopia e me medicou com remédio pra dor na veia, além de um medicamento para vômito. Fiquei um tempinho na Upa esperando a dor amenizar conforme ela orientou e voltei pra casa. A dor tinha realmente amenizado, mas não tinha sumido completamente. Eu, pelo menos, consegui dormir naquela tarde.

Lorena Victoria nasceu no dia 14 de fevereiro em Porto Velho, Rondônia (Foto: Arquivo Pessoal)

No dia seguinte, fui até uma clínica particular e paguei pela endoscopia. As dores já tinham se intensificado de novo. Nesses três dias de dor, eu já não conseguia me alimentar direito. Era só o básico pra manter o corpo em pé. Paguei R$ 150 pela endoscopia e mais R$ 50 para a médica da clínica me atender, a segunda médica, no caso. E foi a mesma coisa: ela não me examinou, só olhou o laudo da endoscopia, falou que era gastrite, passou o remédio para tratar, perguntou se eu tinha alergia e me orientou em questão ao remédio prescrito. Com a ajuda da minha mãe, comprei o remédio que custava quase R$ 200 reais a caixa. 

Comecei com o remédio no mesmo dia. Alguns dias depois, fui ficando com olhos e a pele amarelada. As pessoas de casa já começaram a notar e falar. Depois de fazer o tratamento direitinho, a dor voltou. Foi quando eu fui até o posto de saúde próximo de casa, mas não havia nenhum médico. Nesse dia, lembrei que pelo sindicato do meu esposo, o convênio oferecia clínico geral. Fui, então, atendida pelo terceiro médico. Ele olhou a endoscopia que eu tinha feito, falou que era a bactéria e que eu tinha que ter tomado os remédios corretamente e continuar fazendo a manutenção por pelo menos seis meses com outro medicamento. Mas eu tinha feito todo o tratamento corretamente.

Então, pedi a ela pra fazer mais alguns exames para saber se tinha algo errado comigo e ela me passou uma lista. Esperei meu marido receber e paguei mais R$ 150 para fazer os exames. No dia 10 de fevereiro, peguei os resultados e levei na médica do convênio. Segundo ela, eu estava com infecção urinária e como havia mais alterações, ela pediu um ultrassom e exames de Hepatite A, B e C. Mas na madrugada já comecei a sentir dor de novo e no desespero liguei pra minha mãe e fomos novamente na Upa. Como estava com pressão alta, fui atendida rapidamente. Quando a médica viu os exames que eu levei, já me encaminhou direto para o hospital. E foi na durante o ultrassom que veio a surpresa: 'Você está grávida'. Eu fiquei em choque, pois não tinha nenhum sintoma. E o pior, o médico já foi falando que estava com 36 semanas. Eu emagreci 20 kilos desde dezembro. Eu sou gordinha, mas mesmo depois de emagrecer não tinha barriga que pudesse suspeitar. Meu filho mais novo tem 2 anos. Menstruei poucas vezes depois que ele nasceu, mas foi sempre assim. 

Foram três dias bem rápidos até entender que eu estava grávida e o bebê nascer. Descobri que estava grávida na terça-feira (11) e Lorena Victoria nasceu na madrugada de sexta-feira (14). Não deu tempo pra nada, família e amigos saíram correndo atrás de roupas pra levar pra maternidade. Foi uma confusão. Ninguém sabia sexo ou que roupa comprar. Mas estamos bem. Nós duas fizemos todos os exames ainda na maternidade. Hoje, uma semana depois, estou confusa, mas conformada. Chorei muito no dia, mas foi só o choque inicial. É o bebê mais lindo do mundo."

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GRÁVIDA DE 36 SEMANAS SEM SABER?

Segundo o ginecologista e obstetra Gabriel Costa, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), na maioria dos casos, a menstruação irregular é o que acaba dificultando o reconhecimento precoce da gravidez, pois a falta dela não causa desconfiança. Sobre o fato de não sentir o bebê mexendo, o obstetra Alexandre Pupo Nogueira, do Hospital Sírio Libanês (SP), explica que "existem casos em que a mulher até sente, mas atribui isso a outros fatores, como um movimento do intestino, por exemplo”.

Além disso, segundo os especialista, existe a questão da "negação", que é um mecanismo de defesa totalmente inconsciente. “É uma resposta àquela situação com a qual a mulher não consegue lidar naquele momento. Na tentativa de fugir desse conflito, ela acaba interpretando a realidade de um jeito distinto. Tudo o que possa levar a uma confirmação da gravidez é negado, rejeitado, relevado”, explica Cristiana Julianelli, psicóloga e psicanalista especializada no atendimento de gestantes (SP).

Independentemente de ser uma gravidez desejada ou não, após a descoberta, é importante que a mãe tenha acompanhamento psicológico e possa contar com uma sólida rede de apoio, afinal, é muita informação para pouquíssimo tempo. Muitas delas se preocupam com a saúde do bebê, remoendo a ausência do pré-natal e culpando-se por terem seguido uma vida sem restrições — muitas vezes, consumindo álcool, tabaco ou medicamentos contraindicados. “O pré-natal realmente previne uma série de complicações e reconhece situações de risco. Não fazê-lo, assim como não ter seguido as orientações médicas, pode ser muito grave para mãe e filho, mas, felizmente, a maioria dos casos evolui bem”, tranquiliza Gabriel Costa.

Como diferenciar gastrite com gravidez?

Sintomas da Gastrite na Gravidez.
Má digestão..
Inchaço e eructação (arroto).
Náusea..
Vômitos..
Sensação de queimação abaixo do osso externo..
Dor de estômago..
Perda de apetite..

Como é a dor no estômago no início da gravidez?

Dor de Estômago no Primeiro Trimestre Durante os 4 primeiros meses é comum que as dores sejam mais fortes, gerando um desconforto de queimação maior do que nos demais meses. É normal não apenas sentir dor no estômago e enjoo como também disfunções no intestino1, que costuma ficar mais lento.

Como saber se é gravidez ou refluxo?

Sintomas de refluxo na gravidez Sensação da comida voltando e subindo pelo esôfago; Náuseas e vômitos; Arrotos frequentes; Inchaço na barriga.

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