Qual a consequência da diminuição do exercício físico no cotidiano?

Introdu��o

    O avan�o da tecnologia vem h� promover um maior conforto para o ser humano. Novos m�todos de trabalho surgiram beneficiados pelo avan�o tecnol�gico. Fato que evidencia a substitui��o do trabalho humano pelo mec�nico, el�trico e eletr�nico, coma as suas fun��es desempenhadas sentadas � frente de suas mesas, m�quinas e computadores, acarretando em limita��es de movimentos (ROSSETTO, 1990). Muitas vezes essas comodidades interferem diretamente no estilo de vida, exigindo menos a utiliza��o do corpo, conseq�entemente tendo um menor gasto energ�tico.

    Esse estilo de vida contempor�neo tem contribu�do para tornar as pessoas mais inativas, podendo acarretar em doen�as cr�nicas degenerativas, que s�o de longa dura��o e de progress�o geralmente lenta. DChronic diseases, such as heart disease, stroke, cancer, chronic respiratory diseases and diabetes, are by far the leading cause of mortality in the world, representing 60% of all deaths.Doen�as cr�nicas, como doen�a card�aca, acidente vascular cerebral, c�ncer, doen�as respirat�rias, hipertens�o e diabetes, s�o respons�veis pelas principais causa de mortalidade no mundo, representando 60% das mortesOut of the 35 million people who died from chronic disease in 2005, half were under 70 and half were women. e 43% da carga global de doen�as (WORLD HEALTH ORGANIZATION � WHO, 2010).

    H�bitos cotidianos s�o considerados os principais fatores de riscos, estando associados ao tabagismo, dieta inadequada, consumo excessivo de �lcool, estresse emocional e o sedentarismo, relacionando ao desenvolvimento dessas doen�as (POLLOCK e WILMORE 1993; GUEDES e GUEDES 2003; WHO, 2010).

    O Sedentarismo, que vem sendo considerada uma das novas doen�as do mil�nio e que se faz presente com maior freq��ncia na popula��o mundial, � um dos principais fatores para o desenvolvimento das doen�as cr�nicas degenerativas. A falta ou grande diminui��o de atividade f�sica causa v�rios males para o ser humano (BARROS, 2007). Cada vez mais pessoas deixam de realizar algum exerc�cio f�sico, o que podendo ser fator de risco para v�rias doen�as. Desta forma, � importante desenvolver um estilo de vida ativo para a promo��o da sa�de (OLIVEIRA, 2004).

    A pr�tica de atividade f�sica sempre se fez importante para o ser humano, visto que desde a pr�-hist�ria o homem primitivo utilizava das atividades f�sicas para sua sobreviv�ncia, por�m com os in�meros benef�cios tecnol�gicos do mundo contempor�neo o homem vem esquecendo suas origens e tornando-se cada vez mais sedent�rio.

    Mudan�as de h�bitos no estilo de vida cotidiano, como alimentares e a pr�tica regular de atividade f�sica, s�o modifica��es que podem melhorar de forma significativa os fatores de risco dessas doen�as, sendo, al�m disso, interven��es de custo moderado, quando comparadas a tratamentos e medicamentos dependentes de alta tecnologia (RIQUE; SOARES; MEIRELLES, 2002; NAHAS, 2003).

    Considerando a elevada preval�ncia de sedentarismo na popula��o e as conseq��ncias de um estilo de vida inadequado, o presente estudo prop�e analisar as causas e conseq��ncias de um estilo de vida sedent�rio e possibilidades de transformar a o conhecimento de h�bitos saud�veis em a��es pr�ticas e concretas.

Revis�o na literatura

Sedentarismo e estilo de vida

    O sedentarismo � considerado o principal fator a explicar o excesso de peso encontrado na sociedade moderna. V�rios estudos apontam estreita rela��o entre consumo cal�rico, obesidade e inatividade, tanto em crian�as quanto em adultos (SILVEIRA NETTO, 2000).

    Desde os tempos da Revolu��o Industrial, com a tecnologia avan�ada em uma assustadora velocidade, observou-se transforma��o not�vel de uma sociedade acostumada aos trabalhos pesados, com uma estrutura basicamente rural e fisicamente ativa, numa popula��o de cidad�os urbanos ansiosos e estressados, com nenhuma ou poucas oportunidades para o envolvimento em atividades f�sicas. Assim estes avan�os na tecnologia moderna permitiram � atual sociedade uma vida de relativo conforto (POLLOCK e WILMORE, 1993).

    Existem alguns fatores ou par�metros individuais e s�cio-ambientais que podem influenciar a qualidade de vida de indiv�duos ou grupos populacionais. Os Par�metros S�cio-Ambientais incluem as condi��es sociais e que o ambiente oferece, ou seja, a moradia, transporte, seguran�a, assist�ncia m�dica, condi��es de trabalho e remunera��o, educa��o, op��es de lazer, meio ambiente, entre outras. Os Par�metros Individuais s�o aqueles que vem do pr�prio individuo, como a hereditariedade, estilo de vida como h�bitos alimentares, controle do stress, atividade f�sica habitual, relacionamento e comportamento preventivo (NAHAS, 2003).

    O estilo de vida contempor�neo, que tem como soma todos os fatores j� citado acima, tem causado conseq��ncias para que os indiv�duos tenham um estilo de vida menos ativo, contribuindo posteriormente para o aparecimento de doen�as. Mesmo com as vantagens sobre as gera��es passadas, pelo maior conhecimento, nem sempre as pessoas tem se preocupado com a sa�de, tendo a falta de tempo para realiza��o de atividade f�sica e uma dieta hipercal�rica fator primordial para o aparecimento de doen�as cr�nicas.

    A sa�de � um dos nossos atributos mais valiosos, mesmo assim boa parte das pessoas s� se preocupa em manter ou melhorar quando se acha amea�ada mais seriamente e os sintomas de doen�as s�o evidentes (NAHAS, 2003).

    Isso varia muito com o estilo de vida, no qual acarreta danos a sa�de, pois a falta de atividade f�sica, al�m de v�rios outros fatores est� associada com essas doen�as ou problemas cl�nicos, incluindo-se a� o tabagismo, a alimenta��o inadequa��o, o consumo excessivo de �lcool e o estresse emocional, fatores estes representando complica��es do estilo de vida moderno (POLLOCK e WILMORE, 1993; GUEDES e GUEDES, 2003; WHO, 2010).

    As doen�as cr�nicas degenerativas ou doen�as n�o transmiss�veis, como a hipertens�o, a obesidade, o diabetes, o c�ncer e as doen�as cardiovasculares, tem sido fortemente associadas ao estilo de vida negativo, ou seja, a alimenta��o inadequada, stress elevado e inatividade f�sica (NAHAS, 2003).

Doen�as cr�nicas degenerativas

    As doen�as cr�nicas s�o de longa dura��o e de progress�o geralmente lenta. DChronic diseases, such as heart disease, stroke, cancer, chronic respiratory diseases and diabetes, are by far the leading cause of mortality in the world, representing 60% of all deaths.Doen�as cr�nicas, como doen�a card�aca, acidente vascular cerebral, c�ncer, doen�as respirat�rias, hipertens�o e diabetes, � a principal causa de mortalidade no mundo, representando 60% das mortesOut of the 35 million people who died from chronic disease in 2005, half were under 70 and half were women. (WHO, 2010).

    O excesso de gordura e de peso corporal � acompanhado por maior suscetibilidade de uma variedade disfun��es cr�nica degenerativa que elevam extraordinariamente os �ndices de morbidade e mortalidade. Dessa forma, o aumento excessivo da quantidade de gordura e do peso corporal dever� repercutir de maneira negativa tanto na qualidade como na expectativa de vida dos indiv�duos (GUEDES e GUEDES, 2003).

    As doen�as podem constituir um fator de risco prim�rio para a coronariopatia, como pode influenciar outros fatores de risco ou ser a influencia para outros fatores de risco, como a hipertens�o, a diabetes, menor concentra��o plasm�tica de colesterol de alta densidade (HDL) e da hipercolesterolemia (POLLOCK e WILMORE, 1993).

    Uma dessas doen�as q est� bem relacionada com a inatividade f�sica, alimenta��o inadequada e conseq�entemente o aumento do peso corpora � a obesidade, que tem alcan�ado propor��es epid�micas no mundo, com pelo menos 2,6 milh�es de pessoas morrendo a cada ano como resultado do excesso de peso ou obesos. Uma vez associado com pa�ses de alta renda, a obesidade � agora tamb�m predomina em baixos e pa�ses de renda m�dia (WHO, 2010)

    Considerada como o ac�mulo em excesso de gordura no tecido adiposo, em todo corpo ou regionalizado, desencadeado por uma s�rie de fatores associados aos aspectos ambientais e ou end�crino-metab�licos, � classificada como uma desordem de alta ingest�o energ�tica, e sua conseq��ncia tem sido apresentada mais pelo baixo gasto energ�tico (GUEDES e GUEDES, 2003; CIOLAC e GUIMAR�ES, 2004).

    A presen�a da obesidade pode acarretar em outras doen�as, podendo haver um aumento no n�vel de glicemia em jejum isolada, assim como baixos n�veis insulin�micos, por�m acaba desencontrando com efeito ben�fico que o exerc�cio f�sico poderia proporcionar, como a melhora da capta��o de glicose (POWERS e HOWLEY, 2000). Em conseq��ncia outra doen�a que pode aparecer � a diabetes, uma doen�a cr�nica que ocorre tanto quando o p�ncreas n�o produz insulina suficiente ou quando o organismo n�o consegue utilizar eficazmente a insulina que produz. Conjunto de situa��es resultantes da incapacidade do organismo em manter o n�vel de glicose no sangue dentro de limites normais, por defici�ncia ou aus�ncia total de insulina, manifestando-se por anormalidades no metabolismo dos carboidratos, prote�nas e lip�deos como tamb�m por complica��es macrovasculares, microvasculares e neurop�ticas (WHO, 2010).

    As diabete s�o classificas em: Diabetes Mellitus tipo 1, insulino-dependente; diabetes mellitus tipo 2, n�o-insulino-dependente, resulta uma resist�ncia significativa �s a��es da insulina, a secre��o de insulina anormal relativamente bem-controlada, e a n�veis de insulina plasm�ticos normais e elevados; diabetes gestacional; e a hiperglicemia (SILVEIRA NETTO, 2000).

    N�veis elevados dos lip�dios (gordura) no sangue, principalmente do colesterol e dos triglicer�deos, pode acarretar na dislipidemia. Elas podem ser classificadas como genot�pica, se dividem em monog�nicas, causadas por muta��es em um s� gene, e polig�nicas, causadas por associa��es de m�ltiplas muta��es que isoladamente n�o seriam de grande repercuss�o; e em fenot�pica ou bioqu�mica, considera os valores do CT, LDL-C, TG e HDL-C (Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, 2007).

    S�o classificadas em quatro tipos bem definidos: (a) Hipercolesterolemia isolada (eleva��o isolada do LDL-C sendo ≥ 160 mg/dL); (b) Hipertrigliceridemia isolada (eleva��o isolada dos triglicer�deos ≥150 mg/dL); (c) Hiperlipidemia mista (valores aumentados de ambos LDL-C ≥ 160 mg/dL e TG ≥150 mg/dL); (d) HDL-C baixo (redu��o do HDL-C em homens <40 mg/dL e mulheres <50 mg/dL, isolada ou em associa��o com aumento de LDL-C ou de TG (SBC, 2007).

    O aumento da press�o arterial � outra conseq��ncia, sendo a hipertens�o umas das doen�as com maior preval�ncia mundial, caracterizando-se pelo aumento da press�o arterial, sendo suas causas atribulidas a aquest�es heredit�rias ou principalmente ao estilo de vida negativo, como o sedentarismo, o alcoolismo, o estresse, o fumo, entre outros (NAHAS, 2003).

    A press�o arterial pode ser aferida com esfigmoman�metro ou tensi�metro, podendo ser identifica hipertens�o mediante a verifica��o da press�o arterial. De qualquer forma, � importante realizar m�ltiplas determina��es da press�o sangu�nea e que deva ser da m�xima import�ncia a sele��o adequada do manguito de press�o. Freq�entemente � verificado casos de indiv�duos erroneamente diagnosticados como hipertensos, com base apenas numa �nica tomada da press�o arterial, ou ainda que foram examinados com um esfigmoman�metro cujo manguito especificamente para esses indiv�duos era muito curto ou muito estreito (POLLOCK e WILMORE, 1993).

    Os �ndices de morbidade e mortalidade decorrentes da doen�a cardiovascular t�m aumentado, principalmente a doen�a arterial coronariana, sendo a principal conseq��ncia da doen�a ateroscler�tica. Fatores de forma isolada s�o os principais respons�veis pela doen�a arterial coronariana. Esses fatores associados em um indiv�duo aumentam significativamente o risco de doen�a arterial coronariana. O agrupamento de fatores de risco cardiovascular � conhecido pelo nome de s�ndrome metab�lica (LOPES, 2004).

    A s�ndrome metab�lica � uma das maiores respons�veis por eventos cardiovasculares, incluindo aterosclerose e les�es em diversos �rg�os (NATIONAL CHOLESTEROL EDUCATION PROGRAM - NCEP-ATP III, 2002; MATOS; MOREIRA; GUEDES, 2003; SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENS�O - SBH, 2005; GUYTON E HALL, 2006; AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE - ACSM, 2007). � um conjunto de altera��es metab�licas que est�o associados com a dislipidemia, diabetes mellitus do tipo 2, hipertens�o arterial e excesso de peso ou obesidade num mesmo indiv�duo (ZIMMET et al., 1999; ACSM, 2007; POTENZA e MECHANICK, 2009), interligando essas rela��es est� a presen�a da resist�ncia a insulina (MATOS; MOREIRA; GUEDES, 2003; GRUNDY et al., 2004; GUYTON e HALL, 2006; ACSM, 2007).

    Sua defini��o quando ao diagn�stico ainda n�o � un�nime, mas t�m seguido o protocolo baseado no que NCEP-ATP III (2002), International Diabetes Federation � IDF (2006) e Sociedade Brasileira de Cardiologia � SBC (2007) prop�em.

    Nessas propostas, para um individuo apresentar essa s�ndrome ele requer a presen�a de obesidade abdominal com per�metro da cintura ≥ 94 cm para homens e ≥ 80 cm para mulheres, podendo variar conforme a etnia (IDF, 2006; SBC, 2007). Al�m da circunfer�ncia abdominal, requer que pelo menos dois destes fatores: Triglic�rides ≥ 150 mg/dL, HDL < 40 mg/dL em homens e < 50 mg/dL em mulheres; press�o arterial sist�lica ≥ 130 mm Hg ou ≥ 85 mm Hg ou em tratamento para hipertens�o; e glicemia em jejum ≥ 100 mg/dL ou em tratamento para Diabete Mellitus (NCEP-ATP III, 2002; IDF, 2006; SBC, 2007).

Mudan�as de comportamento

    As conseq��ncias de um estilo de vida sedentarismo, al�m da alimenta��o inadequada, tabagismo, consumo excessivo de �lcool, e stress, tem contribu�do para o aparecimento de doen�as cr�nicas degenerativas, al�m de a falta de atividade f�sica se considerada um fator prim�rio, por�m modific�vel, para doen�a coronariana (ACSM, 2007). Por�m � prov�vel que mudan�as no comportamento, alterando para um estilo de vida positivo e ativo, evitem o risco de doen�as cr�nicas degenerativas e conseq�entemente promova maiores benef�cios para a sa�de.

    A pr�tica de exerc�cios f�sicos bem como a ado��o de um estilo de vida ativo proporciona ao organismo humano uma s�rie de adapta��es desej�veis a n�vel metab�lico, cardiorrespirat�rio e m�sculo-�steoarticular que promovam benef�cios ao bom funcionamento geral dos sistemas org�nicos, proporcionando sa�de e por conseq��ncia melhorando a qualidade de vida (SILVESTRE NETTO, 2000; PRADO e DANTAS, 2002; NAHAS, 2003; GUEDES e GON�ALVES, 2007; ACSM, 2007). O melhor procedimento para reduzir e manter os n�veis de gordura corporal � realizando modifica��es comportamentais permanentes, como a combina��o de uma dieta apropriada e um estilo de vida mais ativo (NAHAS, 2003).

    A atividade f�sica realizada habitualmente tem recebido notoriedade na �rea da sa�de, n�o s� por preven��o e controle de doen�as cardiovasculares, mas tamb�m por induzir altera��o desej�vel nos n�veis de lip�deos plasm�ticos (GUEDES e GUEDES, 2001; GUEDES e GON�ALVES, 2007; SBC, 2007). Al�m disso, a pratica regular de exerc�cio f�sico est� sendo recomendada como parte integrante do tratamento dessas doen�as cardiovasculares, melhorando o perfil lip�dico (ZIOGAS; THOMAS; HARRIS, 1997; FAGHERAZZI; DIAS; BORTOLON, 2008) em longo prazo, proporcionando a redu��o dos n�veis plasm�ticos de Triglicer�deos, aumento dos n�veis de HDL, tendo o exerc�cio aer�bio mais atuante, (SBC, 2007), por�m exerc�cios de flexibilidade e for�a tamb�m s�o recomendados (SBC, 2001).

    Deve-se destacar que a pr�tica regular de exerc�cio f�sico promovem melhoras na sensibilidade � insulina em portadores de diabete tipo 2, fato que estudos t�m demonstrado melhora em pacientes diab�ticos que se exercitam regularmente, acreditando-se ser primeiramente devido � potencializa��o da a��o insul�nica na musculatura esquel�tica (SILVEIRA NETTO, 2000).

    Uma grande quantidade de estudos com bases laboratoriais e populacionais tem apontado muitos ben�ficos de sa�de e aptid�o associados � atividade f�sica e o treinamento com exerc�cios de endurance, tais como em padr�es fisiol�gicos, metab�licos e psicol�gicos, assim diminuindo os riscos de doen�as cr�nicas e de mortalidade prematura. O exerc�cio e a atividade f�sica previnem efetivamente as ocorr�ncias de eventos card�acos, reduzem a incid�ncia de acidente vascular cerebral (AVC), hipertens�o, diabetes mellitus do tipo 2, c�nceres do c�lon e da mama, fraturas osteopor�ticas, doen�a vesicular, obesidade, depress�o e ansiedade, al�m tamb�m de retardar a mortalidade (ACSM, 2007).

    Al�m do fato importante para a preven��o ou tratamento dessas doen�as, � importante ressaltar que o exerc�cio f�sico pode ser eficaz para o controle do peso. O excesso de peso � definido como aquela condi��o onde o peso do indiv�duo excede ao da m�dia da popula��o, determinada segundo o sexo, a altura e o tipo de complei��o f�sica (POLLOCK e WILMORE, 1993).

    O melhor procedimento para reduzir e manter os n�veis de gordura corporal � realizando modifica��es comportamentais permanentes, como a combina��o de uma dieta apropriada e um estilo de vida mais ativo (NAHAS, 2003).

    Mudan�as de h�bitos alimentares e a pr�tica regular de atividade f�sica s�o modifica��es que podem melhorar de forma significativa os fatores de risco dessas doen�as, sendo, al�m disso, interven��es de custo moderado, quando comparadas a tratamentos e medicamentos dependentes de alta tecnologia (RIQUE; SOARES; MEIRELLES, 2002; NAHAS, 2003).

    O exerc�cio f�sico regular realizado pelo menos tr�s vezes na semana com mais de 20 minutos pode reduzir tanto diretamente quanto indiretamente o risco de doen�as cardiovasculares, tendo influ�ncias sobre a obesidade, resist�ncia � insulina e hipertens�o (OLIVEIRA-FILHO e SHIROMOTO, 2001). Os benef�cios para a sa�de significativos podem ser obtidos ao iniciar um programa de atividades f�sicas moderada, com, por exemplo, 30 minutos de caminhada r�pida, 15 minutos de corrida ou 45 minutos jogando voleibol, a maioria ou em todos os dias da semana, sendo suficientes para promover a sa�de e prevenir doen�as (NAHAS, 2003; ACSM, 2007).

    Outros benef�cios adicionais podem ser conseguidos atrav�s de maiores quantidades de exerc�cio f�sico. � prov�vel que pessoas que conseguir manter um programa regular de atividade com maior dura��o ou intensidade ter�o maiores benef�cios (ACSM, 2007).

    Programas de exerc�cios f�sicos que envolvam esfor�os de baixa e moderada intensidades s�o mais recomendados, uma vez que se transp�em em in�meras adapta��es fisiol�gicas relacionadas � melhoria e � manuten��o do estado de sa�de (SILVEIRA NETTO, 2000).

Considera��es finais

    Considerando o sedentarismo como um fator de risco prim�rio para as doen�as cr�nicas, al�m de outros fatores relacionado, acredita-se que para que o individuo possa ter um estilo de vida mais saud�vel e ativo � fundamental a inclus�o da atividade f�sica como pr�tica di�ria, al�m de promover outros h�bitos, como uma boa alimenta��o.

    Estudos de revis�o tende a serrem importantes para analisar poss�veis causas e conseq��ncias de comportamentos de risco. Propostas para um estilo de vida fisicamente ativo s�o mudan�as consider�veis para evitar essas doen�as. O comportamento contempor�neo do ser humano tem levado a maiores conseq��ncias, como as doen�as cr�nicas degenerativas associadas a inatividade f�sica e alimenta��o inadequada. Deve-se destacar que avan�os tecnol�gicos s�o de grande import�ncia para o desenvolvimento humano, mas nem por isso deve fazer descartar o h�bito da utiliza��o do corpo, assim evitando o sedentarismo. Outras quest�es sociais, de modo geral, podem vir a interferir na realiza��o de h�bitos saud�veis na promo��o da sa�de, como a jornada de trabalho, falta de espa�o f�sico, entre outros. Mas de todo modo, acredita-se que � poss�vel adquirir h�bitos saud�veis com um planejamento adequado e a implementa��o de um programa de incentivo � pr�tica de sa�de e atividade f�sica.

Refer�ncias

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Quais as consequências relacionadas a falta de atividade física regular Brainly?

Além disso, a falta de atividade física tende também a desencadear hipertensão, que quando não controlada pode evoluir para um AVC ou infarto. Como se pode observar, são graves as consequências desse estilo de vida para uma pessoa sedentária.

Quais são as causas e consequências do sedentarismo?

O sedentarismo é caracterizado pela falta ou diminuição das atividade física. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o sedentarismo é considerado o mal do século e um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Quais as consequências da diminuição do exercício físico no cotidiano?

Uma conseqüência dessa diminuição do exercício físico no cotidiano foi uma redução da forma física na população do mundo industrializado, com aumento simultâneo do predomínio das doenças cardiovasculares como causa de morte e incapacidade.

Quais podem ser as consequências da falta de atividade física?

As consequências dessa ociosidade são graves, como o desenvolvimento de diabetes tipo 2, hipertensão arterial, colesterol elevado, sobrepeso e problemas no fígado e nos sistemas muscular e ósseo.