Quais são os principais países de entrada de imigrantes na Europa qual deles teve o maior número de entrada de imigrantes desde 2015?

Os fluxos migratórios em direção à União Europeia são feitos através de sete rotas principais. Estas são:

Rota do Mediterrâneo Central

A rota do Mediterrâneo Central é utilizada pelos migrantes e requerentes de asilo para chegar à UE desde o Norte de África, onde muitos migrantes transitam pela Líbia na sua viagem rumo a território europeu, como Malta e as regiões italianas de Lampedusa, Calábria e Sicília. 

A UE, através da formação da guarda costeira líbia, de programas de desenvolvimento local e de assistência aos migrantes e refugiados, tem procurado fazer face à situação da migração. Razão pela qual esta rota tem vindo a registar desde 2017 uma significativa diminuição das chegadas provenientes da Líbia, com pouco mais de 23 mil pessoas a requerer asilo na UE em 2018 por esta rota, face às 118 962 de 2017. A descida do número de passagens continua a verificar-se, com 65 632 travessias feitas em 2021 (três quartos do total das rotas do Mediterrâneo).

Rota do Mediterrâneo Central | Conselho da União Europeia
Migratory Routes – Central Mediterranean Route | Frontex
Managing mixed migration flows in Libya through expanding protection space and supporting local socio-economic development | Comissão Europeia

Rota do Mediterrâneo Oriental

A rota do Mediterrâneo Oriental refere-se a chegadas de imigrantes vindos do Médio Oriente, que passam pela Turquia, para chegar à Grécia, ao Chipre e à Bulgária. Em 2015, chegou à UE um elevado número de refugiados da guerra na Síria através desta rota, mais de 885 milhares de pessoas. Desde então, o número de chegadas irregulares por essa rota diminuiu consideravelmente devido ao acordo feito entre a UE e a Turquia, em março de 2016.

Em 2019, as chegadas através da rota do Mediterrâneo Oriental foram 90 % inferiores às de 2015, registando-se uma nova descida em 2020. Em 2021, foram registadas 20 254 passagens.

Rota do Mediterrâneo Oriental | Conselho da União Europeia
Migratory Routes – Eastern Mediterranean Route | Frontex
Declaração UE - Turquia | Comissão Europeia

Rota do Mediterrâneo Ocidental 

A passagem entre o Norte da África e a Península Ibérica, incluindo a rota terrestre para as cidades de Ceuta e Melilha, é conhecida como a rota do Mediterrâneo Ocidental. Até 2008, a rota terrestre de Melilha foi uma das mais movimentadas pela falta de controlos, mas o aumento das medidas de segurança e vigilância parou a pressão migratória sobre as fronteiras dos enclaves espanhóis até 2014.

O número de travessias por esta rota aumentou progressivamente desde 2016 e em 2018 chegou ao pico, a ultrapassar as 57 mil passagens. Entretanto, as chegadas têm vindo a diminuir ano após ano devido ao reforço do controlo fronteiriço em Marrocos e a programas de cooperação entre a UE e Marrocos. No seguimento desta descida, foram registadas em 2021 18 254 passagens via esta rota, e Portugal registou a chegada de 40 pessoas provenientes do Norte de África na costa algarvia, metade das chegadas registadas em 2020.

Rota do Mediterrâneo Ocidental | Conselho da União Europeia
Migratory Routes – Western Mediterranean Route | Frontex
Morocco and the EU | European External Action Service (EEAS)

Rota de África Ocidental

A rota de África Ocidental é a única a fazer-se pelo oceano atlântico, onde os migrantes passam principalmente por Marrocos, Sara Ocidental, Mauritânia, Gâmbia e pelo Senegal. Destes países, embarcam em viagens perigosas, que podem ter desde 100 km até 1600 km de distância, com o objetivo de chegar às ilhas Canárias.  

Em 2006, deu-se a crise das pateras ou cayucos, nome dado à vaga de 31 mil migrantes que chegaram às Canárias durante este ano. Desde então, o número de chegadas de pessoas em situação migratória irregular tinha diminuído para menos de 1500 por ano, até que em 2020 voltou a aumentar de forma drástica, com 23 023 chegadas. Este aumento deve-se ao aumento da segurança nas fronteiras das diferentes rotas do Mediterrâneo. Em 2021, verificou-se uma ligeira diminuição nas 22 023 chegadas às Ilhas Canárias.


Rota da África Ocidental | Conselho da União Europeia

Rota das Fronteiras da Europa de Leste

A fronteira terrestre de cerca de seis mil quilómetros de extensão da União Europeia entre a Bielorrússia, a Moldávia, a Ucrânia e Federação Russa com a União Europeia (Estónia, Finlândia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslováquia, Bulgária e Roménia) e a Noruega apresenta consideráveis desafios para o controlo fronteiriço, apesar de esta ter sido a rota menos utilizada até 2020. Em 2021, registaram-se 7 915 passagens irregulares ao longo destas fronteiras.

Em 2015, abriu-se uma rota temporária de migração: a chamada rota do Ártico através da Rússia sobre as fronteiras terrestres com a Noruega e a Finlândia. Em três meses, cerca de seis mil pessoas requereram asilo, sendo que a maioria era originária do Afeganistão e da Síria. Desde o início da guerra na Ucrânia, já mais de dois milhões de refugiados fugiram em direção à UE, com a Polónia a receber já mais de 1.5 milhões de pessoas.

Migratory Routes – Eastern Land Borders | Frontex


Rota circular da Albânia para a Grécia

A Rota circular da Albânia para a Grécia teve um pico dramático a partir dos anos 90, onde os fluxos migratórios começaram quase "da noite para o dia" devido às condições socioeconómicas no país e ao fim de um isolamento totalitário de 50 anos. Passados mais de 30 anos, o maior grupo de imigrantes na Grécia continua a ser a nacionalidade albanesa.


Desde 2010, contudo, tem havido uma diminuição significativa da migração irregular da população albanesa para a Grécia. Em 2021, o número de travessias detetadas nesta rota foi de 971, com os cinco principais países emissores de imigrantes a serem a Albânia (926), Egipto (16), Índia (6), Cuba (4) e Turquia (4).

Migratory Map | Frontex

Rota dos Balcãs Ocidentais 

A rota dos Balcãs Ocidentais tem sido uma das principais rotas migratórias para a Europa, refletindo o influxo na rota do Mediterrâneo Oriental. No entanto, após o número recorde de chegadas à União Europeia em 2015, o número de passagens da fronteira nesta rota tem vindo a diminuir de forma constante.

Em 2018, o número de migrantes detetados nesta rota diminuiu para metade em relação ao ano anterior, para 5 869. No entanto, desde 2019 que este número tem vindo a crescer consecutivamente, com 60 540 passagens irregulares a serem detetadas.

Migratory Routes – Western Balkan Route | Frontex

Quais são os principais países de entrada de imigrantes na Europa desde 2015?

Os 4 países com mais imigrantes na Europa.
Alemanha. A Alemanha é um dos países mais abertos para imigrantes na Europa. ... .
Suíça. Este é um dos países mais estruturados da Europa, porém, é preciso um país com um processo um pouco mais burocrático para imigração na Europa. ... .
Irlanda. ... .
Portugal..

Quais são os principais países de entrada de imigrantes na Europa?

A França, a Bélgica e, principalmente, a Alemanha foram os principais receptores destes novos migrantes que vieram a ser somados aos milhões de estrangeiros que já viviam nestes países.

Quais os países que têm maior número de imigrantes na Europa?

A Alemanha comunicou o maior número de imigrantes (692,7 mil) em 2013, seguida do Reino Unido (526,0 mil), da França (332,6 mil), da Itália (307,5 mil) e de Espanha (280,8 mil).

Qual é a origem dos imigrantes que chegaram à Europa durante a crise de 2015?

No início de Setembro de 2015, a crise se intensificou na Hungria, pois é parte da principal rota que leva imigrantes do Oriente Médio, principalmente da Síria para países mais ricos, notadamente a Alemanha.

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