Quais são os principais grupos étnicos que mais contribuíram para a formação da cultura brasileira e consequentemente para o fortalecimento dessas práticas?

O Brasil é um país com grande diversidade étnica, sua população é composta essencialmente por três principais grupos étnicos: o indígena, o branco e o negro. Os indígenas constituem a população nativa do país, os portugueses foram os povos colonizadores da nação e os negros africanos foram trazidos para o trabalho escravo.

Esse contexto proporcionou a miscigenação dos habitantes do Brasil, caracterizados como mulato (branco + negro); caboclo ou mameluco (branco + índio); cafuzo (índio + negro). Com o prosseguimento da miscigenação, originaram-se os inúmeros tipos que hoje compõem a nossa população.

A composição étnica dos brasileiros é um conteúdo muito importante, passível de uma atenção especial por parte do educador ao aplicá-lo em sala de aula. Mostre aos alunos a diversidade étnica da população nacional e como esse fator contribuiu para a nossa identidade cultural; demonstre aspectos culturais presentes em nossas vidas, originários dos indígenas, portugueses, africanos, além dos outros imigrantes europeus, árabes e asiáticos.

No objetivo de promover a reflexão dos estudantes, pergunte sobre a origem étnica de seus familiares, demonstrando a ampla mistura étnica que há em nossa nação.

Quais são os principais grupos étnicos que mais contribuíram para a formação da cultura brasileira e consequentemente para o fortalecimento dessas práticas?
A diversidade étnica da população brasileira

É sempre importante ressaltar que nos estados brasileiros não há homogeneidade étnica, e sim, a predominância de vários grupos. A distribuição dos principais grupos étnicos pelo território nacional é uma consequência do povoamento das regiões do país.
A região Sul teve os europeus como principais povos ocupantes do território; na Amazônia, predominam os descendentes indígenas; os afro-descendentes são maioria no Nordeste brasileiro. No entanto, existe grande diversidade mesmo entre essas regiões, pois além de ter ocorrido a miscigenação nesses locais, há um grande fluxo migratório entre essas partes do Brasil.

Após uma abordagem histórica da formação da população brasileira, solicite aos alunos um trabalho em grupo (até 4 pessoas) contendo os principais grupos étnicos do Brasil, sua distribuição no território nacional e suas contribuições culturais e econômicas para a nação.

Proponha a construção de um painel composto por diferentes grupos étnicos, e por fim, realize um debate em sala de aula entre os alunos, destacando a heterogeneidade dos habitantes do Brasil e o processo histórico que proporcionou essa grande miscigenação.

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Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

A identidade brasileira foi decorrente de um processo de construção histórica, como em diversos outros países. Apesar de ter se iniciado após a Independência, em 1822, o processo de constituição da identidade nacional ganhou um impulso maior após a década de 1930, quando Getúlio Vargas chegou ao poder. A partir disso, pôde-se perceber que a construção da identidade, para além de um processo cultural, era também um processo político.

Os esforços para se constituir a identidade brasileira, que também é chamada de brasilidade, estão ligados à necessidade de uma coesão social que acompanhe a existência de um Estado que administra todo o território nacional. Dessa forma, a manutenção de uma máquina administrativa comum a todo o território nacional foi um primeiro passo na construção da identidade.

Contribuiu ainda para a existência da identidade nacional o fato de a língua portuguesa ser comum a todo o território, apesar de suas particularidades regionais. A língua seria então um elemento no conjunto de elementos culturais comuns que são constitutivos da cultura nacional.

Porém, durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial, não houve grandes avanços na construção da identidade nacional, a não ser a formação de forças repressivas militares para garantir a ordem latifundiária e escravocrata em todo o território nacional. Os conflitos separatistas provinciais das décadas de 1830 e 1840 eram um obstáculo à integralidade territorial e também à coesão social do país recém-independente.

A forma com que esses conflitos foram reprimidos permite perceber que a violência repressiva do Estado contra conflitos sociais que pretendiam alterar a ordem vigente passou também a ser constitutiva da identidade nacional. A cultura da violência estatal permeou desde o início a formação da identidade nacional.

Ainda durante a Regência houve outros esforços nesse processo de construção identitária. A criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1838 foi o primeiro passo na tentativa estatal de refletir sobre temas que estariam relacionados à nação brasileira.

Anos depois, no âmbito da Literatura, o surgimento do Romantismo buscou também contribuir com a construção dessa identidade. As obras de José de Alencar foram um exemplo de aliar a imagem da nação brasileira às suas belezas naturais, como também a mitificação do indígena como componente principal da nação brasileira. Esse trabalho literário e cultural buscava criar uma interpretação genuinamente brasileira, afastada das influências estrangeiras.

Apesar dessas tentativas de unificação de elementos culturais do que seria a brasilidade, a grande extensão do território nacional e suas diferentes formas de ocupação resultaram em uma diversidade de manifestações culturais regionais. A Proclamação da República e o federalismo instituído na administração do Estado espelharam um fortalecimento de movimentos culturais regionais, principalmente os ligados à decadente aristocracia das regiões não afetadas pelo crescimento econômico de início do século XX. Um exemplo foi o Manifesto Regionalista de Gilberto Freyre, publicado em 1926.

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Porém, ao mesmo tempo, houve esforços para a criação de símbolos culturais nacionais, como a mitificação da figura de Tiradentes como um herói libertador do Brasil. O Movimento Modernista da década 1920 buscava também encontrar as raízes da sociedade brasileira, afirmando o nacionalismo como um estágio para se chegar ao universal. Para alcançar essa pretensão, Mário de Andrade realizou uma extensa viagem pelo Brasil, pesquisando, compilando e estudando os elementos que faziam parte da cultura brasileira.

Um esforço nacional estatal para a difusão de uma cultura brasileira comum iria se fortalecer após a Revolução de 1930. A chegada de Getúlio Vargas ao poder representou um novo momento de centralização política, auxiliado pela criação de instituições que pretendiam uniformizar práticas administrativas, como o Ministério do Trabalho e a política de oferecimento de uma educação básica comum. Neste último caso, a padronização dos currículos escolares buscava veicular um conteúdo nacional via processo educativo institucional, levando ainda a uma erradicação dos traços culturais das minorias étnicas que não eram aceitos como componentes identitários.

Vargas utilizou também os novos meios de comunicação, principalmente o rádio, para difundir essa cultura nacional uniformizada. Passaram a ganhar contornos de representação cultural nacional o samba, o futebol e pratos culinários. No exterior, existiu também uma tentativa de criar uma imagem da cultura nacional, da qual Carmem Miranda é a principal expressão.

Entre as décadas de 1940 e 1960, a construção da identidade nacional passou a ser realizada levando em consideração a luta contra o que era considerado uma influência colonial, do que era vindo da Europa ou dos EUA. A partir da década de 1960, com a ditadura militar e sua centralização autoritária e repressiva, aliadas à difusão da televisão pelos domicílios, um novo momento de difusão de elementos culturais foi conhecido. As telenovelas passaram também a auxiliar na exposição de práticas sociais consideradas expoentes da brasilidade.

Só que a partir desse período, a entrada cada vez maior do capital estrangeiro na economia e a apresentação de um ideal de modo de vida cada vez mais próximo do estadunidense influenciaram o processo contínuo de formação da identidade nacional, momento ainda vivenciado no século XXI.

Quais são os principais grupos étnicos que mais contribuíram para a formação da cultura brasileira?

De um modo geral, podemos dizer que a composição étnica brasileira é basicamente oriunda de três grandes e principais grupos étnicos: os indígenas, os africanos e os europeus.

Quais foram os grupos étnicos que contribuíram para a formação do povo?

O povo brasileiro é resultado da miscigenação de vários povos. Os indígenas, os portugueses e os africanos são os principais grupos. No entanto, há vários imigrantes europeus e asiáticos que vieram para o Brasil, especialmente a partir do século XIX, que também formaram o povo brasileiro.

Quais foram os primeiros e principais grupos étnicos que influenciaram na formação do povo brasileiro?

Muitos povos fizeram parte do processo de formação do povo brasileiro: indígenas, africanos, europeus e asiáticos. Isso aconteceu principalmente em razão das diferentes nacionalidades que chegaram ao país, por duas razões principais: devido aos processos de colonização e imigração.

Quais são os povos que contribuíram para a formação da cultura brasileira?

São índios, portugueses, africanos, árabes, italianos, espanhóis, alemães, japoneses e muitos outros povos que ajudaram a formar a população brasileira. Porém, dentre todos esses povos, pode-se destacar três nações que foram fundamentais na origem do povo brasileiro: os indígenas, os portugueses e os africanos.