Enio Yoshinori Hayasaka
Silvia Mitiko Nishida
Vejamos antes os tr�s grandes grupos de anf�bios:
- Ordem URODELA (salamandras e trit�es).S�o os anf�bios com cauda e se parecem com lagartos.
- Ordem GYMNOPHIONA (cobra-cega). S�o os anf�bios sem patas, com o corpo alongado, parecidos com as serpentes.
- Ordem ANURA (sapos, r�s e pererecas). S�o anf�bios sem cauda e o grupo mais popular. Os anuros ficam acordados de noite e repousam durante o dia. Uma caracter�stica t�pica � a dos machos cantarem (coaxarem) na �poca da reprodu��o. Daremos destaque � reprodu��o para esse grupo.
Os sapos s�o fisicamente mais troncudos, com pele mais rugosa e seca e s�o mais terrestres do que as r�s e as pererecas. Os sapos locomovem-se mais lentamente a passos curtos. As r�s possuem a pele bem lisa e molhada e habitam locais pr�ximas � �gua. Os dedos s�o finos e locomovem-se dando grandes saltos. As pererecas s�o parecidas com as r�s mas s�o distintas pela incr�vel habilidade de escalar a vegeta��o, gra�as � presen�a de discos adesivos em seus dedos. Possuem pernas bem mais longas do que r�s. Compare os tr�s tipos de anf�bios anuros:
A foto abaixo mostra o ciclo de vida de um sapo feito de origami.
Como os anf�bios anuros se reproduzem?
Quando chega a esta��o de reprodu��o nos banhados, brejos e lagoas, no ver�o e nas noites chuvosas, ouve-se a cantoria dos machos. Est�o dando um recado muito importante: "Eu tenho um territ�rio e quero namorar". O macho de cada esp�cie canta na sua pr�pria "linguagem" que � para a f�mea da esp�cie n�o se confundir. Essa diversidade � divertida para o nosso ouvido: o som de um se parece a um mugido, do outro a um assovio, e de um outro a um grilo!! (Clique aqui e veja exemplos). Para os bi�logos a especificidade de cada canto � uma boa dica para identific�-los. A noite, sem os enxergar os peritos descobrem quais esp�cies vivem numa determinada �rea, s� pelo canto. Como os filhotes precisam da �gua para se desenvolverem, sapos, pererecas e r�s cantam sempre dentro ou pr�ximo a corpos d'�gua. Para as f�meas o canto � t�o irresist�vel que s�o atra�das na hora. Quando o casal se forma, o macho d� um abra�o bem apertado na f�mea pelas costas, (como na figura abaixo) e os dois desovam juntos. Com o abra�o a f�mea libera centenas de gametas femininos (�vulos) e o macho, milh�es de gametas masculinos (espermatoz�ides).
Amplexo nupcial e desova | Cardume de girinos | Girinos com pernas |
Como nos peixes ov�paros, a fertiliza��o � externa e o ovo que foi fecundado desenvolve-se fora do corpo da m�e. Dependendo da esp�cie de anf�bio anuro, os ovos s�o depositados na �gua, sob pedras, dentro de uma toca escavada no ch�o, em folhas, etc. O importante � que haja bastante umidade, o suficiente para o embri�o crescer e transformar-se em girino (nome dado a larva dos anuros). Quando sai do ovo, o girino j� nada e procura o seu pr�prio alimento mas para se protegerem de predadores ficam agrupados em grandes cardumes (veja uma imagem). Os pais de anf�bios anuros s�o muito cuidadosos com a prole e procuram garantir locais seguros para que ela se desenvolva. Os girinos crescem preparando-se para a vida fora da �gua: primeiro surgem o par de pernas traseiras, depois as dianteiras, a cauda vai sendo perdida e, finalmente, a prepara��o para respirar fora da �gua.
LINKS INTERESSANTES PARA VISITAR E SABER MAIS SOBRE ANF�BIOS
Instituto Butant�. Anfibios
Anf�bios da Mata atl�ntica do Instituto r�-bugio para a conserva��o da biodiversidade. Baixe uma cartilha muito legal.
Zool�gico do Estado de S�o Paulo. Anf�bios
Guia Sonoro dos Anf�bios da Mata Atl�ntica por C�lio Haddad (UNESP)
Veja a diversidade de salamandras e cobras-cegas
Cal Photos Veja um �lbum de fotos muito legal sobre anf�bios e outros animais!
Amphibian Informatio Resource. Veja mais fotos com os nomes cient�ficos.
S� Biologia. Anfibios
Sons de anf�bios anuros