Quais são as principais características da classe a qual os moluscos como o caracol africano?

Características Gerais do Caramujo-Gigante-Africano – Achatina fulica

Nome científico: Achatina fulica

Peso: pode pesar até 200g

Comprimento: 20 cm

Tamanho e coloração da concha: cônica com 10 a 15 cm de comprimento, com tons de marrom claro e marrom escuro.

Posturas: apresenta até 400 ovos.

Hábito: hábito semiarborícola (arbícola = ser que vive nas árvores) e, portanto, é comum encontrá-los em árvores, muros e paredes.

Habitat: habitam áreas agrícolas, áreas costeiras, pântanos, florestas, áreas urbanas e zonas ribeirinhas.

Maturidade sexual: cerca de quatro a cinco meses de idade.

Intervalo de reprodução: procria a cada dois ou três meses.

Época de reprodução: qualquer época do ano.

Estimativa média de vida: 5 a 6 anos.

Dieta: são animais herbívoros, se alimentam de folhas, flores, frutos, casca caulinar.

Caracteres reprodutivos: hermafrodita com fecundação cruzada (dois indivíduos são necessários).

Tolerância ambiental: resistente a frio, á seca e ao sol intenso.

Predadores: roedores, javalis, crustáceos terrestres e outras espécies de caracóis.

Fonte: http://pragasdeplantas.blogspot.com/2015/04/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-o.html

Curiosidades sobre os caramujos africanos:

– O caramujo gigante foi trazido para o Brasil pelos criadores de escargot, um caramujo comestível muito apreciado pelo ser humano, porém o sabor de Achatina fulica não foi apreciado pela população;

– O nome caramujo é incorreto, pois caramujos são moluscos de hábito aquático e, como Achatina fulica é um molusco de hábito terrestre, o correto seria denominá-lo caracol gigante;

– A população prolifera mais na estação chuvosa;

– A espécie não tem audição como sentido, mas possui um olfato forte, que auxilia na localização de fontes de alimento. A combinação de olfato e visão é como essa espécie percebe o ambiente ao seu redor e permite a detecção de alimentos, companheiros e ameaças;

– Algumas pessoas consomem caracóis gigantes africanos como fonte de proteína quando preparados corretamente. Porém, como já foram catalogados indivíduos da espécie portadoras de parasitas capazes de trazer sérias complicações à saúde humana, não é recomendada a ingestão desses indivíduos, independentemente de sua forma de preparo.

– São animais que podem ser utilizados na produção de fertilizantes, ração para galinhas e compostos biológicos em laboratórios clínicos e experimentais;

– São espécies invasoras em todo o mundo. Eles são considerados uma praga agrícola, custando aos agricultores não apenas suas safras, mas também custos econômicos. Além disso, essa espécie também é portadora de organismos parasitas, incluindo organismos que prejudicam pessoas e plantas;

– Quando infectado por parasitas, o caramujo africano pode transmitir doenças, como a meningite eosinofílica, que causa cegueira, paralisia e até mesmo a morte do homem, e também pode transmitir a doença angiostrongilíase meningoencefálica, que provoca dores de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.

Diferenças entre o caracol africano e o caracol nativo

A identificação do caracol africano é de suma importância, especialmente durante as catações. A espécie exótica (Achatina fulica) não deve ser confundida com o caracol nativo brasileiro (Megalobulimus sp), por se tratar de uma espécie da nossa fauna e sua eliminação implica desequilíbrio ecológico e impacto na população de moluscos brasileiros.

Fonte:  https://dourado.sp.gov.br/noticia/print-noticia/1212/combate-do-caramujo-africano/

Principais impactos provocados pelo caramujo africano

A introdução dessa espécie trás três problemas:

(1) ameaça de extinção para as espécies de caramujos nativas,

(2) criadouros para mosquitos do gênero Aedes sp.

(3) hospedeiro intermediário de parasitos humanos e de animais domésticos.

Ciclo Biológico e Transmissão

Fonte: https://alagoasreal.blogspot.com/2010/10/angiostrongylus-angiostrongiliase.html

Profilaxia 

Para evitar que as conchas de caramujos africanos sirvam de criadouros para o mosquito vetor das viroses dengue, febre amarela, febre Chikungunya e a febre Zika, as conchas devem ser quebradas e enterradas. As demais parasitoses são evitadas lavando bem as frutas, verduras e legumes, principalmente aqueles ingeridos crus, e, jamais consumir a carne do caramujo africano. A eliminação de qualquer tipo de objeto que possa ser utilizado para abrigo de ratos, bem como manter bem protegido todos os itens utilizados como alimentos pelos ratos.

Quais são as principais características da classe a qual os moluscos como o caracol africano?

Foto: Caramujo-gigante-africano e seus ovos

Destino dos moluscos coletados: Recomendações para descartar os exemplares coletados:

 Colocados para a coleta de lixo comum, desde que os caracóis e os ovos sejam armazenados em dois sacos plásticos e suas conchas sejam quebradas utilizando um martelo ou pisando em cima com calçado adequado (tênis ou botas);

✓ Incinerados, desde que haja condições adequadas para tal finalidade;

Despejados em valas com pelo menos 80 cm de profundidade, longe de cisternas, poços artesianos ou de lençol freático. Coloque sempre que possível uma pá de cal virgem para impermeabilizar o solo e para não atrair outros animais, principalmente se uma grande quantidade for coletada, fechando a vala com terra;

 Retire as luvas e lave muito bem as mãos. A operação deve ser repetida sempre que novos caracóis forem localizados, sendo o controle periódico fundamental.

Outras recomendações à população 

✓ Ocorrendo o caracol, é necessária a identificação para constatação da espécie (Achatina fulica); 

 Aprenda a diferenciá-lo da espécie nativa, para que estes sejam preservados. No caso da possível presença do caracol africano informe a Secretaria Municipal de Saúde;

✓ Organize coletas periódicas de lixo e entulhos dos quintais e terrenos baldios, durante todo o ano, procurando eliminar a presença de ratos, bem como locais de ocorrência de caracóis (pneus, latas, entulhos, plásticos, tijolos, telhas, madeiras), tentando evitar também baratas, escorpiões, aranhas, moscas e mosquitos;

Por medida de segurança lavar bem as frutas, hortaliças, verduras e legumes e fazer a desinfecção com hipoclorito de sódio (colocar em imersão uma colher de chá de água sanitária para um litro de água, de 15 a 30 minutos), antes de consumir esses alimentos. Após, lave bem os alimentos;

✓ Não jogar os caracóis vivos diretamente no lixo doméstico ou em qualquer outro local; 

 Não utilizar os caracóis gigantes africanos como alimento ou isca para pescar;

ATENÇÃO !! 

✓ Não usar veneno: de forma alguma devem ser utilizadas iscas específicas para caracóis (ex. moluciscidas) ou outros venenos pelo elevado risco de intoxicação de animais domésticos, crianças e adultos. Esses acidentes são fatais e esperados quando essas iscas são usadas, mesmo com todo controle. Além disso, outras espécies, como as aves podem ser atingidas.

Não utilizar sal de cozinha (cloreto de sódio). O seu uso é desaconselhado, por ser ineficiente além de salinizar o solo.

Não tentar criá-los, pois há legislação proibindo “Instrução Normativa nº 73 de 18/08/2005 / IBAMA” . É importante lembrar que a introdução, cultura e comercialização de ovos e adultos de Achatina fulica (caramujo africano) é uma atividade considerada ilegal.

Legislação quanto aos caramujos africanos

A legislação brasileira referente às espécies exóticas invasoras está presente no Decreto 4.339 de 22 de agosto de 2002, que instituiu a Política Nacional da Biodiversidade, descrevendo a regulamentação de medidas de controle, manejo e erradicação das espécies exóticas invasoras no Brasil. A espécie A. fulica é definida como espécie exótica invasora. A proibição da criação e comercialização em todo território nacional veio a partir de 2005 com uma instrução normativa número 73 do Ibama, a qual passou a considerar o caramujo-gigante-africano como não pertencente à fauna silvestre nativa, sendo, portanto, uma espécie exótica invasora, nociva às espécies silvestres nativas, ao ambiente, à agricultura e à saúde pública, e autorizando a implementação de medidas de controle, coleta e eliminação.

Instrução Normativa nº 73 de 18/08/2005 / IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

Art.1° Fica proibida, em todo o território brasileiro, a criação e comercialização de moluscos terrestres da espécie Achatina fulica, também conhecida como acatina, caracol-africano, caracol-gigante, caracol-gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-africano, falso-escargot ou rainha-da-África, bem como de seus ovos.

Referências Bibliográficas

Coelho LM. Informe técnico para controle do caramujo africano (Achatina fulica, Bowdich 1882 em Goiás. Goiânia: Agência Rural. 2005, 4: 1-12.

Global Invasive Species Database (2020) Species profile: Achatina fulica. Downloaded from http://www.iucngisd.org/gisd/species.php?sc=64 on 23-04-2020.

Hoffman, T. and N. Pirie 2014. “Achatina fulica” (On-line), Animal Diversity Web. Accessed April 23, 2020 at https://animaldiversity.org/accounts/Achatina_fulica/

Quais são as principais características da classe a qual os moluscos como caracol africano pertencem?

Caracóis, caramujos, ostras, lesmas, polvos. Todos esses animais pertencem ao filo Mollusca. Todos os moluscos possuem corpo mole, recoberto ou não por uma concha calcária.

Qual a classe dos moluscos que representa o caramujo africano?

Classe Gastropoda Os gastrópodes representam o maior grupo dentro dos moluscos. Existem espécies de água doce, marinhas e terrestres. Alguns gastrópodes bem conhecidos são as lesmas, os caracóis de jardim e os caramujos.

Quais as classes dos moluscos e suas características?

Os moluscos são classificados em sete classes: Aplacophora, Monoplacophora, Polyplacophora, Scaphopoda, Bivalvia, Gastropoda e Cephalopoda. No Ensino Fundamental, costuma-se estudar apenas três dessas classes (Bivalvia, Gastropode e Cephalopoda), uma vez que são as classes com maior número de representantes conhecidos.

Quais são as principais características do caracol?

O caracol pertence a classe dos moluscos ou gastrópodes, e seu nome tem origem do latim cochleolus. Ele tem o corpo mole protegido por uma concha enrolada em espiral. Normalmente são pequenos e de cor parda. A concha do caracol serve para protegê-lo de predadores, e aumenta de tamanho conforme o animal cresce.