Viviam por aqui entre 40 e 60 milhões de pessoas, que falavam cerca de 1.200 idiomas
A chegada de Cristóvão Colombo à América em 1492.
Ao contrário dos relatos de muitos europeus da época, quando Cristóvão Colombo desembarcou em nosso continente ele não era pouco habitado. Viviam por aqui entre 40 e 60 milhões de pessoas. Eram falados cerca de 1.200 idiomas, agrupados em 120 famílias linguísticas, segundo estimativas que aparecem no livro de Charles C. Mann 1491 – Novas revelações das Américas antes de Colombo.
Reportagem especial da BBC News Brasil, baseada em uma seleção feita com a ajuda de antropólogos e arqueólogos, mostra as maiores e mais influentes culturas da região antes da chegada dos espanhóis e portugueses.
Charles C. Mann relata que o chamado “novo mundo” era um lugar complexo, diverso e fascinante. Já existiam estruturas sociais quase democráticas, além do manejo de florestas e o domínio da engenharia e da matemática.
Já o arqueólogo americano Kurt Anschuetz, especialista na agricultura de povos pré-colombianos, destaca a domesticação e a manipulação genética de plantas. Ele considera essa a tecnologia mais impressionante desenvolvida pelos indígenas na América.
No choque entre dois mundos que se seguiu à chegada de Colombo, muitas das formas de vida e das estruturas existentes foram rapidamente destruídas, deixando perguntas que os especialistas ainda tentam responder. Esse é um dos motivos pelos quais é difícil obter informações sobre todos os que viviam na América pré-colombiana.
Em alguns casos, foram deixadas mais evidências arqueológicas das diversas sociedades. Em outros, como no caso dos povos da Amazônia, descobertas mais recentes estão mudando completamente o que se acreditava sobre a vida no continente.
Você está em Material de apoio Muito antes da chegada de Cristóvão Colombo, a América já era ocupada por vários povos, que viviam de variadas formas, as quais iam da organização tribal - como os povos que habitavam a região onde hoje é o Brasil – até vastos impérios, como era o caso dos astecas, que se localizavam na região conhecida como Mesomérica. Muitas dessas civilizações desapareceram em consequência da colonização, que se iniciou no
final do século XV, mas deixaram heranças históricas que marcaram o nosso continente até os dias de hoje.
Os astecas e os maias conheciam a escrita e registravam regularmente o seu cotidiano. Os incas, por sua vez, criaram um interessante e eficiente sistema de contagem: o quipo. Este instrumento era feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.
Infelizmente, grande parte dos documentos produzidos antes de 1492, que poderiam nos revelar muitos aspectos do seu modo de vida, foi destruída pelos conquistadores e em seu lugar ficaram relatos feitos pelos europeus, que, em sua grande maioria, viam a cultura americana como inferior à europeia. Na atualidade, a arqueologia tem feito várias descobertas que permitem elucidar um pouco mais a cultura dos primeiros habitantes da América.
A agricultura na América Pré-Colombiana
O desenvolvimento da agricultura das sociedades Pré-Colombianas pode se comparar ao europeu, pois esta era desenvolvida há mais de 7000 anos, baseada nas culturas de milho, abóbora e feijão, todos naturais da América, além da mandioca, que era plantada nas áreas de floresta tropical. O desenvolvimento de outras culturas além destas foi limitado, pois poucos eram os animais domesticáveis e que se prestavam ao trabalho.
Astecas
Maias
Incas
Índios
Como referenciar: "Os primeiros povos da América e os índios do Brasil" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2022. Consultado em 06/12/2022 às 01:18. Disponível na Internet em //www.sohistoria.com.br/ef2/povosamerica/