Quais os principais fenômenos podem ser retratados nos mapas de símbolos lineares?

A legenda dos mapas divide-se em três principais tipos de símbolos: os pontuais, os lineares e os zonais.

No âmbito da cartografia, um dos principais aspectos a serem considerados na produção ou na leitura de mapas e cartas gráficas é a compreensão da legenda cartográfica, um dos itens de obrigatória presença e que é responsável pela designação dos símbolos utilizados nas representações e os seus respectivos significados.

A importância e função da legenda dos mapas é facilitar a comunicação, ajudando um determinado mapa a atingir o seu objetivo, que é informar e fornecer dados acerca de acontecimentos ou elementos existentes no espaço geográfico. Por isso, faz-se necessário o entendimento dos diferentes tipos de símbolos ou signos cartográficos.

Os símbolos cartográficos são escolhidos a partir de critérios específicos, como a demarcação de áreas, a necessidade de pontuar elementos ou a busca por indicar caminhos ou localidades em geral. Por isso, existem três principais tipos de signos cartográficos: os lineares, os pontuais e os zonais.

Os símbolos lineares costumam ser utilizados para elementos naturais ou artificiais cuja feição mais importante é a extensão, e não a largura, a exemplo de ruas, estradas, ferrovias e pequenos e medianos cursos d'água.


Os símbolos lineares indicam a extensão de elementos cuja largura não tenha importância

Os símbolos pontuais são utilizados quando a área dos objetivos é desimportante, sendo mais relevante a indicação mais ou menos precisa de sua localidade. São muito utilizados para indicar capitais em mapas de escala pequena, cidades, casas, endereços, entre outros. Podem ser utilizados pontos ou ícones específicos, a exemplo do símbolo de um avião para aeroportos, entre outros.

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Os símbolos pontuais costumam indicar apenas a localização, e nunca a área ou extensão

Já os símbolos zonais são utilizados para a indicação de áreas ocupadas, quando a largura e a extensão são importantes. Eles podem indicar regiões, áreas ocupadas ou diferenciações naturais no relevo, na vegetação etc.


Os símbolos zonais são indicativos de áreas ocupadas

Além desses três tipos de legendas nos mapas, é possível diferenciar também os fenômenos em relação às características, qualidades ou intensidades de determinadas ocorrências. Assim, utilizam-se perfis de cores e granulações para estabelecer distinções, como em um mapa de relevo, onde as altitudes maiores são mais escuras e as menores são mais claras, em um mesmo tipo de cor. Vale ressaltar que existem determinadas cores que, por convenção, costumam ser destinadas a significados específicos, como o azul para a água e o verde para a vegetação.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

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réguas e curvas francesas; esses podem ser lâminas de plástico (“templetes” para o desenho de círculos, estrelas e outras formas geometricamente simples), folhas impressas de celotone (como Letraset e Normatone) e ainda rolos finos de fita contendo linhas grossas paralelas pontilhadas e tracejadas. Hoje em dia, alguns mapeamentos semi- automatizados digitais, traçadores (plotters) de linhas, unidade “COM” (de comp utador diretamente a micro-fichas), além de métodos de reprodução avançada, tais como a gravação em negativo e coberturas fotográficas. Porém, ainda que toda esta tecnologia moderna tenha mudado sensivelmente as operações de algumas grandes agências e firmas de mapeamento, ela não altera substancialmente as tradições do processo de simbolização dos mapas. Figura 6.2 – Exemplos de símbolos cartográficos As convenções dizem quais são os tipos de símbolos apropriados para cada tipo de fenómeno. Os símbolos lineares, sejam eles grossos, pontilhados, tracejados tais como fronteiras e rotas de transporte. As curvas de nível (usadas para representar as características tridimensionais de relevo são também consideradas como símbolos lineares. E ainda, quando lin has e pontos são agrupados com fim de formar um padrão coerente de uma área, os símbolos resultantes são amplamente aplicados para mostrar diferenças quantitativas e qualitativas em unidades bidimensionais de área. Um outro tipo de símbolo de área é o sombreamento com cores. Também ser usados como símbolos individuais 1) em mapas pontilhados que enfatizam as variações geográficas de densidade, e 2) para fenómenos pontuais tais com cidades, sítios ou localidades para as quais a dimensão real tenha sido generalizada a um ponto. As diferenças qualitativas entre os fenómenos pontuais podem ser representadas por símbolos compreensíveis (naturais ou semi-naturais, tais como desenho em miniaturas de igrejas ou fábricas), ou por símbolos arbitrários (quadrados, triângulos e estrelas), Ver a Figura 6.2. Também existem convenções sobre os tamanhos dos símbolos para que eles representem valores quantitativos proporcionais as suas áreas (por exemplo, círculos proporcionais segundo as populações das cidades). Também exist e normas sobre a apresentação dos símbolos e os mapas (compare os desenhos da Figura 6.3). Todos estes ilustram, mas não esgotam as práticas tradicionais na escolha de símbolos para mapas. A adopção absoluta das convenções sufocariam o mapeamento, o cartógrafo deve seguir as normas quanto possível, lembrando que os leitores com experiência tendem a associar tipos específicos de símbolos com certos temas nos mapas (Dobson, 1975). Portanto a divergência radical dos costumes pode impedir a leitura (Jenks, 1976:14) . Figura 6.3a Figura 6.3b Figura 6.3 – O uso de símbolos e normas cartográficas 6.2 CLASSIFICAÇÃO A grande variedade de acidente da paisagem e de valores numéricos retratados num mapa geralmente ultrapassa o número de símbolos utilizados. Em tais casos, a simbolização requer a classificação. As categorias podem ser qualitativas (por exemplo, quando as áreas são rotuladas como “Comerciais” ou “Industriais”) ou quantitativas (no caso em que estados e territórios sejam agrupadas em classe baseadas na renda familiar). Neste último caso, o leitor do mapa não deve imaginar que um Estado é homogéneo, sem diferenças entre as zonas rurais e urbanas, ou entre bairros ricos e as favelas. Tão pouco, no primeiro exemplo não deve ser considerado que não existe algumas residências nas áreas comerciais .Em ambos os casos, o mapeador pode escolher, mostrar maiores detalhes geográficos ou usar uma classificação mais complexa, porém o objetivo de um mapa é mais facilmente realizado se detalhes excessivos e legendas sobre - envolvidas são evitados. Os mapas, como os livros, podem ser informativos sem serem exaustivos; quando se tenta englobar tudo, pode-se correr o risco de incluir também o desnecessário. Felizmente, as convenções cartográficas facilitam esse entendimento, especialmente no caso da carta topográfica que está quase mundialmente padronizada. As convenções estão divididas, em dois tipos: a. Inscrições marginais da Carta Topográfica; b. Sinais Convencionais para a representação de uma área mapeada. Os comentários são referentes as partes de uma parte de uma Carta topográficas que estão impressas nas Figuras 6.4, 6.5, 6.6 e 6.7. Porém, é aconselhável acompanhar as leituras com um exemplar completo em cores (ver o item 4.6 sobre a compra de cartas topográficas no Brasil). 6.3 INSCRIÇÕES MARGINAIS DA CARTA TOPOGRÁFICA São muitas as inscrições marginais e, por isso desenvolveremos apenas as mais importantes para o nosso estudo. Elas se encontram ilustradas nas Figuras 6.4, 6.5, 6.6 e 6.7. Os números envolvidos por círculos, na descrição seguinte, identificam a anotação indicada na Figura 6.4. 1. Nome da folha: Geralmente, a carta é nominada pelo seu acidente cultural ou fisiográfico mais notável; quando possível, é usado o nome da maior cidade ou do maior povoado da folha. 2. Escala: A escala da carta é um fator importantíssimo e normalmente apresentada em forma numérica ou gráfica. 3. Índice das Folhas Adjacentes: Este índice facilita a identificação das cartas em torno da região em foco. 4. Número da Folha: O número da folha é um número de referência, designado para cada folha com base em um sistema de coordenadas arbitrárias. Existem vários desses sistemas, e os mais importante para o Brasil estão apresentados nos parágrafos do Item 4.5 5. Situação da Folha no Estado : A localização da folha no estado é indicada por um diagrama simples. 6. Coordenadas Geográficas : A latitude e a longitude de cada extremidade (“canto”) da área mapeada são fornecidas. (ver item 4.4) 7. Nota Sobre a Quadrícula de Coordenadas UTM : O sistema de coordenadas quadriculadas impresso na carta é explicado no rodapé da folha (ver também o item 4.5.1) 8. Sinais Convencionais : cada carta é apresenta a uma legenda dos símbolos mais comuns. 9. Declinação Magnética: A diferença angular entre o norte magnético e o norte verdadeiro (geográfico). 10. Intervalo de Equidistância das Curvas de Nível: A diferença vertical entre as curvas de nível desenhadas é fornecida (isto está explicado no capitulo 9, que pertence ao segundo volume, Princípios de Cartografia topográfica) 11. Índice de Cobertura: essa informação indica as fontes de informações (fotográficas áreas, cartas em outras escalas, etc.) utilizadas nas confeções daquela carta. 6.4 SINAIS CONVENCIONAIS DA CARTA TOPOGRÁFICA O total dos sinais convencionais existentes e utilizados em cada carta é muito maior do que o número que é impresso no rodapé da carta (ver Figura 6.5.a). As normas e convenções dos sinais são tão importantes que os órgãos mapeadores responsáveis publicam livros e fascículos para informação dos cartógrafos e leitores de mapas. Alguns exemplos de sinais utilizados para vias e estradas estão na Figura 6.8. Figura 6.4 – Representação dos principais elementos de uma carta topográfica Figura 6.5a Figura 6.5b Figura 6.5c Figura 6.5 – (5a, 5b, 5c) Informações do rodapé da carta topográfica no. 2215 (Brasília) Figura 6.6 – A margem superior da carta topográfica no. 2215 (Brasília) Figura 6.7 – O canto Sudoeste da carta topográfica no. 2215 (Brasília) Figura 6.8a – Especificações se alguns símbolos para as cartas topográficas Brasileiras 1:100,000

Quais os principais fenômenos podem ser retratados nos mapas lineares?

Os símbolos lineares são aqueles utilizados para representar objetos e elementos de larga extensão, mas que não possuem uma largura relevante. Essas representações precisam necessariamente estarem de acordo com a escala do mapa para indicar corretamente a extensão dos pontos indicados. Exemplo: rodovias e ferrovias.

Qual e a função dos mapas de símbolos lineares?

Linear: Os símbolos lineares são utilizados para representar objetos ou elementos de largura muito pequena, mas grandes em extensão. Exemplos: rodovias, rios e ferrovias.

Quais os principais fenômenos dos mapas de símbolos pontuais?

Nos mapas de símbolos pontuais, os principais fenômenos interpretados são elementos que possuem áreas muito pequenas dentro de um mapa de grande escala, ou seja, que representa uma área geográfica muito superior ao ponto que queremos destacar.

O que representa o significado dos símbolos que aparecem no mapa?

Legenda: As legendas são os significados dos símbolos existentes nos mapas. Esses símbolos podem apresentar-se em forma de cores, ícones, hachuras, pontos, linhas e outros.

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