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PERSPECTIVAS E IMPACTOS DA CULTURA DE CANA-DE-A��CAR NO BRASIL
Laerte Ant�nio Machado1
Mohamed Habib2
1 � Introdu��o
O
expressivo crescimento da produ��o de cana-de-a��car, no Brasil, nas �ltimas d�cadas, tem determinado importantes mudan�as no que se refere ao aspecto agroambiental. Os n�meros do setor canavieiro impressionam pela grande extens�o da �rea cultivada. A cana-de-a��car ocupa hoje por volta de 6 a 6,5 milh�es de ha de terras, o equivalente a 1,5 % dos solos cultivados do Brasil, caracterizando um sistema de monocultivo que tem especial significado econ�mico e social para o pa�s. Um levantamento da
oferta de cana-de-a��car no mundo, referente ao per�odo 1990-2000 (FAO e IBGE), consolida o Brasil e a �ndia como l�deres da produ��o. O pa�s produz por volta de 370 milh�es de tonelada de cana por ano, o que equivale a 27 % da produ��o mundial. Nos �ltimos 5 anos o mercado cresceu, seguidamente, 10 % ao ano, exigindo, dessa forma, planejamentos estrat�gicos e mudan�as de tecnologia para garantir uma alta produtividade, competitividade e harmonia com as quest�es ambientais. Em m�dia, 55 % da
cana brasileira � convertida em �lcool e 45 % em a��car. As receitas em divisas est�o variando entre US$ 1,5 a 1,8 bilh�es por ano, representando cerca de 3,5 % do total das exporta��es brasileira. O estado de S�o Paulo � o maior produtor com uma �rea de, aproximadamente, 3 milh�es de ha, envolvendo mais de 350 munic�pios que s�o considerados canavieiros. Essa atividade empregou diretamente 235 mil trabalhadores na safra 99/2000 e por volta de 80 mil na agroind�stria do a��car, �lcool e
aguardente, totalizando 315 mil pessoas ocupadas nessa atividade.
O cultivo da cana-de-a��car � bastante complexo, podendo ser obtido de um �nico plantio 5 a 7 colheitas, sendo que ap�s cada ciclo deve se fazer altos investimentos para que a renova��o do canavial proporcione boa produtividade da colheita seguinte. Dentre esses investimentos, encontra-se o custo com pesticidas para o controle de insetos pragas e ervas daninha, os quais
provocam s�rios preju�zos � cultura. Para o controle desses organismos, nos dias de hoje, emprega-se o uso de inseticidas para os insetos e de herbicidas para as ervas indesej�veis. Esses produtos, al�m de elevar o custo da cultura, apresentam persist�ncia prolongada no ambiente, podendo eliminar partes significativas de popula��es de organismos ben�ficos, e ainda serem levados pelas �guas das chuvas, pelo processo de lixivia��o, para mananciais aqu�ticos, podendo contaminar peixes e outras
esp�cies de seres vivos. Na atualidade, tanto a comunidade cient�fica quanto � sociedade civil t�m se preocupado com as quest�es ambientais e a preserva��o da vida no planeta. Assim, surge a perspectiva do cultivo org�nico da cultura da cana-de-a��car. Isso tem levado os produtores a adequar a atividade agr�cola a uma a��o que seja ambientalmente correta e economicamente vi�vel, crescendo a procura por m�todos alternativos ao controle qu�mico, abrindo, desta forma, grande oportunidade para a
implementa��o de pesquisas com agentes de controle biol�gico.
2 - Introdu��o da cultura da cana-de-a��car no Brasil
A cana-de-a��car � cultivada comercialmente em mais de 70 pa�ses e territ�rios sendo os maiores produtores o Brasil, �ndia, Cuba, M�xico, China, Filipinas, Austr�lia, �frica do sul, Estados Unidos da Am�rica, Rep�blica Dominicana e Formosa (Ros,
2004).
Desde os tempos do seu descobrimento que o Brasil cultiva a cana-de-a��car, sendo os primeiros canaviais implantados com mudas trazidas de outros continentes pelos colonizadores. Embora exista alguma opini�o divergente com rela��o � origem geogr�fica, segundo um consenso geral entre os historiadores, a cana-de-a��car � oriunda do Sudoeste Asi�tico, Java, Nova Guin� e tamb�m da �ndia (Fahl et al., 1998).
De acordo com Castro & kluge (2001) com a chegada da expedi��o colonizadora de Martin Afonso de Souza em 1532, por ordem do rei de Portugal, Dom Jo�o III, o Brasil foi dividido em Capitanias Heredit�rias e ent�o se fundou a vila S�o Vicente, em S�o Paulo, onde foi constru�do um engenho denominado de S�o Jorge e que � reconhecido por alguns estudiosos como o primeiro do Brasil, ainda que outro, de nome S�o Jo�o, tamb�m figure como constru�do na mesma �poca e na mesma regi�o (1533). Em 1534 consolidou-se a divis�o do Brasil em Capitanias Heredit�rias e da� por diante, a cana se expandiu de modo crescente, enquanto todas as Capitanias consolidavam suas implanta��es atrav�s da forma��o de canaviais e de engenhos. Durante o Imp�rio, o pa�s dependeu basicamente do cultivo da cana e da exporta��o do a��car. A hist�ria � un�nime que foi na Capitania de Pernambuco, pertencente a Duarte Coelho, onde se implantou e floresceu o primeiro centro a�ucareiro do Brasil motivado por tr�s aspectos importantes: a habilidade e efici�ncia do donat�rio, a terra e clima favor�veis � cultura e a situa��o geogr�fica de localiza��o mais pr�xima da Europa em rela��o � regi�o de S�o Vicente, que foi outro centro que se destacou como iniciador de produ��o de a��car no Brasil.
3 - Aspectos taxon�micos
A cana-de-a��car � um vegetal semiperene que pode ser cultivada em �reas subtropicais, entre 15� e 30� de latitude e pertence � seguinte classifica��o bot�nica (Castro & kluge, 2001):
Divis�o: Magnoliophyta
Subdivis�o: Angiosperma
Classe: Liliopsida
Subclasse: Commilinidae
Fam�lia: Poaceae (= Graminae)
Tribo: Andropogonae
Subtribo: Saccharininae
G�nero: Saccharum
A primeira esp�cie introduzida no Brasil foi Saccharum officinarum L., que foi trazida da ilha da madeira, em 1502. Essa esp�cie era uma cana reconhecida como nobre ou cana tropical, caracterizada pelo seu alto teor
de a��car, porte elevado, colmo grosso e pouco teor de fibras. Devido a essas caracter�sticas S. officinarum foi cultivada nos tr�s primeiros s�culos da coloniza��o, provavelmente uma �nica variedade, que no s�culo XlX recebeu o nome de cana �Creoula� ou �Mirim� ou ainda �Cana da terra�, para distinguir dos novos cultivares importados que come�aram a chegar no pa�s (Lima, 1984).
Segundo Miocque & Machado Jr. (1977), o ciclo da
creoula estendeu-se desde 1532 a 1810 e por ser pouco r�stica e suscept�vel a v�rias doen�as, seu cultivo estava limitado a terras virgens com alta fertilidade. A substitui��o por h�brido interespec�fico do g�nero Saccharum se deu em fun��o do sucessivo uso. Dessa forma, cultivares dessa esp�cie come�aram a sofrer problemas com doen�as, pragas e falta de adapta��es ecol�gicas (Fahl et al., 1998).
Nunes Jr. (1987) relata que a variedade Creoula come�ou a ser substitu�da pela cana Caiana a partir do ano de 1810, nos principais estados produtores (Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro). Por ser uma variedade mais produtiva e rica em sacarose, proporcionou ganhos significativos para a ind�stria a�ucareira no Brasil, tendo sido considerada como o principal fator que levou este segmento � expans�o. Ainda, segundo esse autor, o ciclo da caiana durou at� pr�ximo do ano de 1880 quando essa variedade foi submetida a um severo ataque de Gomose nas principais regi�es canavieiras do pa�s.
4 - Aspectos fitossanit�rios
De acordo com Landell et al. (2003a), o in�cio das pesquisas fitossanit�rias com a cana-de-a��car esta associada ao surgimento da Gomose no s�c. XIX, o Mosaico em 1922, o Carv�o em 1947 e a expans�o para �reas de cerrado em 1975, com o advento do Programa Nacional do �lcool - PROALCOOL,
criado pelo governo federal (Decreto 76593 de 14/11/1975). A partir da cria��o do PROALCOOL um novo ciclo de pesquisa se iniciou dando suporte a expans�o da cultura no pa�s. Em poucos anos, as �reas plantadas com a cana-de-a��car triplicaram, invadindo �reas consideradas menos aptas principalmente nas regi�es de cerrados. Para enfrentar os novos desafios advindos dessa expans�o iniciaram-se os programas de melhoramento gen�tico visando � obten��o de novas variedades, que surgiram no Brasil no
come�o do s�culo passado.
Atualmente, segundo Landell et al. (2003b), existem tr�s programas em andamento no Brasil, sendo eles:
1. O programa de melhoramento do Instituto Agron�mico de Campinas - IAC;
2. O programa de melhoramento da Cooperativa dos Produtores de A��car e �lcool do Estado de S�o Paulo - COPERSUCAR;
3. O programa de melhoramento das Universidades Federais que comp�em a Rede Interuniversit�ria para o desenvolvimento do Setor Sucroalcoleiro - RIDESA.
A dura��o de uma variedade � limitada e, por esta raz�o, os trabalhos de cria��o de novas variedades t�m sido cont�nuos e permanentes a fim de se obter novos gen�tipos capazes de fazer frente �s adversidades do ambiente. Seja por degeneresc�ncia ou por necessidade de aumento de produ��o a busca de novas variedades, conduz a uma verdadeira evolu��o no cultivo da cana-de-a��car, tornando-se um dos principais pilares da pesquisa no setor canavieiro para alcan�ar tal objetivo. O estado de
S�o Paulo � um dos melhores exemplos de ganho de produtividade.
A degeneresc�ncia de uma variedade pode ser atribu�da a v�rios fatores, e King et al. (1965) apontaram que as principais causas s�o: a queda de fertilidade do solo e o efeito cumulativo de danos provocados por doen�as e pragas. Como se observa, s�o todos fatores inerentes ao ambiente de cultivo, pois a variedade por si s� � incapaz de sofrer altera��es.
No que se refere �s doen�as provocadas por fungos, bact�rias v�rus e micoplasma, Sanguino (1998), relatou que no Brasil foram diagnosticadas 40, entre as 177 relacionadas em cultivo de cana-de-a��car no mundo. Historicamente, no mundo s�o consideradas 4 doen�as mais importantes para a cultura da cana-de-a��car, sendo elas: Carv�o, Raquitismo das soqueiras, Escaldaduras das folhas e o Mosaico, todas basicamente controladas atrav�s do melhoramento gen�tico de variedades
(Santos, 2003). Por outro lado, �s pragas (insetos, nemat�ides e ervas daninha) s�o os principais fatores limitantes da produ��o da cana-de-a��car e para estes, faz-se necess�rio lan�ar m�o do uso de produtos t�xicos ao homem e outros organismos vivos n�o alvo, resultando, desta forma, em problemas ambientais e elevando o custo da produ��o. De acordo com Luchini (1999) os agroqu�micos s�o classificados como micropoluentes para os ecossistemas e o impacto provocado por eles, em solos, suprimentos
aq��feros e aliment�cios, tem sido objeto de constantes estudos e discuss�es.
O uso dos inseticidas organoclorados em um passado recente, em especial, o DDT, o BHC, o Aldrin e o Heptacloro, que possuem alto poder residual, conferiam prote��o �s lavouras, evitando o ataque dos insetos praga, mas por outro lado, passavam progressivamente do solo para os cereais comest�veis, para as ervas e eventualmente para os animais dom�sticos. Diante dessa
realidade, na d�cada de 80, foi necess�ria a proibi��o desses produtos, visando reduzir a polui��o ambiental e a contamina��o dos alimentos, al�m da diminui��o dos problemas com a resist�ncia das pragas, desenvolvida como resposta �s prolongadas exposi��es a esses inseticidas. Em decorr�ncia dessa proibi��o, visando uma agricultura mais coerente com os princ�pios ecol�gicos e de sa�de p�blica surgiu a necessidade de se realizar novas pesquisas em buscas de outros produtos que causam menor
impacto ambiental, tais como: reguladores de crescimento dos insetos, ferom�nios, repelentes ou atraentes e bioinseticidas, que atuam com especificidade, sem afetar o meio ambiente e os organismos que nele vivem (Nakano et al., 2001).
A utiliza��o de agentes de controle na cultura da cana-de-a��car, principalmente, contra pragas de solo, deveria compor uma estrat�gia de manejo integrado, onde fariam parte de um conjunto de pr�ticas aplic�veis
tais como: o controle biol�gico, a rota��o de cultura e o constante monitoramento de pragas (Manejo Integrado de Pragas - MIP). Infelizmente, na maioria dos casos, agrot�xicos s�o utilizados como o �nico m�todo de controle, o que tem acarretado uma s�rie de impactos negativos ao ambiente.
A partir do momento em que a agricultura passou da fase de subsist�ncia para uma atividade mais comercial, provavelmente o homem tenha tomado consci�ncia
dos preju�zos provocados pelas pragas. Uma agricultura intensiva (monocultura), como ocorre com o cultivo da cana-de-a��car, provoca mudan�as no meio ambiente, alterando as caracter�sticas do meio f�sico, reduzindo a biodiversidade, e refletindo de formas diferentes sobre a biota local, sendo prejudicial a algumas esp�cies e n�o a outras.
De qualquer forma, considerando as inter-rela��es entre as esp�cies que habitam o agroecossistema, este
impacto na biodiversidade leva sempre a desequil�brios ecol�gicos, o que favorece ao desenvolvimento de pragas e doen�as. De acordo com Colborn et al. (1997) os res�duos de subst�ncias qu�micas sint�ticas, principalmente agrot�xicas, na alimenta��o, t�m afetado a sa�de de todos os consumidores, diminuindo a fertilidade em homens e aumentando as doen�as de c�ncer e anomalias dos �rg�os reprodutivos da esp�cie humana e animais.
Por outro lado, h� tamb�m de ser ressaltado o grande avan�o que se teve, no setor canavieiro, com pesquisas inerentes ao controle biol�gico. Cita-se como exemplo o controle da broca da cana-de-a��car Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794)(Lepidoptera: Crambidae), das cigarrinhas das folhas Mahanarva posticata (St�l., 1854) (Hemiptera: Cercopidae) e das ra�zes Mahanarva fimbriolata (St�l., 1855) (Hemiptera: Cercopidae) e da broca dos rizomas Migdolus fryanus (Westwood, 1863) (Coleoptera: Vesperidae).
5 - Controle biol�gico da broca da cana-de-a��car, D. saccharalis
Este programa foi iniciado no Brasil pelo Departamento de Entomologia da ESALQ/USP, em 1949. A extens�o aos produtores foi realizada pelo extinto Programa Nacional de Melhoramento de Cana-de-a��car - Planalsucar e
a Cooperativa Central dos Produtores de A��car e �lcool do Estado de S�o Paulo - Copersucar (Gallo et al., 2002).
Para o controle deste lepid�ptero s�o utilizados parasit�ides de larvas tais como: moscas, Lydella (= Metagonistylum) minense (Townsend, 1927) e Paratheresia claripalpis (Wulp, 1896) (Diptera: Tachinidae) e a microvespa Cotesia (= Apanteles) flavipes (Cameron, 1891) (Hymenoptera:
Braconidae).
Segundo Arrigoni (1992), estes inimigos naturais reduziram significativamente os preju�zos causados pela broca aos canaviais de um grande n�mero de usinas, no estado de S�o Paulo, quando a infesta��o passou de 10 % em 1980 para uma m�dia de 3,17 % em 1991. O bracon�deo foi introduzido do Paquist�o e se adaptou muito bem no Brasil. � um parasit�ide greg�rio, onde as f�meas ovipositam diretamente no corpo das larvas do
lepid�ptero, sendo que em cada larva, desenvolvem-se cerca de 50 adultos da vespinha. Os d�pteros s�o nativos da Am�rica do Sul e s�o especializados em parasitar larvas de D. saccharalis. As f�meas dos parasit�ides depositam suas larvas na entrada do orif�cio aberto pela lagarta. Ap�s isso, as larvinhas procuram pelo hospedeiro e ao encontr�-lo, penetram-no atrav�s da cut�cula para no seu interior (hemocele) se desenvolverem. Neste caso, cada larva do lepid�ptero produz uma ou duas
moscas adultas.
Devido � pr�tica das queimadas nos canaviais, as libera��es desses parasit�ides necessitam ser constante. Com a ado��o da colheita mecanizada (cana crua), novos estudos ser�o necess�rios para acompanhar o estabelecimento desses inimigos naturais. Grandes quantidades destes insetos s�o produzidas em laborat�rios de usinas e empresas particulares. Cita-se como exemplo a Copersucar, que em 17 laborat�rios, na d�cada de 80,
produzia 5,7 milh�es de d�pteros e 943 milh�es de C. flavipes, insetos suficientes para libera��o em cerca de 160.000 ha de cana-de-a��car. (Arrigoni, 1992).
Para a produ��o massal dos parasit�ides torna-se necess�rio � cria��o do hospedeiro em laborat�rio, que � feita em dieta artificial. No campo, s�o liberados 150 casais dos d�pteros ou 6.000 adultos de C. flavipes por ha/ano. Isso, quando for atingido o n�vel de controle da
praga. Para a libera��o de C. flavipes, os adultos s�o colocados em copos de pl�sticos, sendo distribu�do por volta de 1500 insetos por ponto de libera��o.
Atualmente, tamb�m t�m sido realizadas pesquisas com parasit�ides de ovos, e os estudos t�m se concentrado em esp�cies de himen�ptero, do g�nero Trichogramma para o controle desta praga nos canaviais.
6 - Controle
biol�gico das cigarrinhas das folhas, M. posticata e das ra�zes, M. fimbriolata
As esp�cies de cigarrinhas da cana-de-a��car est�o reunidas em 5 g�neros: Aeneolamia, Deois, Mahanarva, Prosapia e Zulia. S�o pragas de grande import�ncia econ�mica para toda a Am�rica Latina e Caribe. As esp�cies de Aeneolamia apresentam ampla distribui��o geogr�fica por todo o
continente, desde o M�xico at� a Argentina. As de Mahanarva destacam-se como de maior import�ncia econ�mica para os canaviais do Brasil e Equador; as demais esp�cies s�o de menor import�ncia com ocorr�ncias espor�dicas, apenas em alguns pa�ses a exemplo do g�nero Prosapia, na Costa Rica e no M�xico. Para M. posticata, principal esp�cie que ataca as folhas do canavial no Brasil, principalmente, nos canaviais do Nordeste, � grande a realiza��o de trabalhos desenvolvidos na
�rea de controle biol�gico, envolvendo o complexo de parasit�ides, predadores nativos e fungos entomopatog�nicos, destacando-se o programa com o fungo Metarhizium anisopliae (Metsch) Sorok (Deuteromycotina, Hyphomycetes, Moniliaceae) utilizado em aplica��es dirigidas ou a�reas, no nordeste brasileiro (Mendon�a & Mendon�a, 2005).
Diversos trabalhos relatam o sistema de produ��o, aplica��o e avalia��o desse entomopat�geno,
entre eles citam-se: Guagliumi et al. (1969); Guagliumi (1969, 1971, 1972, 1973); Mendon�a (1972, 1983, 1986, 1992); Aquino et al. (1975, 1977); Marques et al. (1980, 1981); PLANALSUCAR (1977, 1982); Marques (1992, 1993); Lima & Marques (1985); Alves (1998); Alves & Pereira (1998); Leite et al. (2003), entre outros.
M. fimbriolata at� pouco tempo possu�a pouca express�o como praga da cultura da
cana-de-a��car, principalmente no estado de S�o Paulo. Mas com a proibi��o da desfolha para a industrializa��o, por interm�dio das queimadas, mediante o Decreto-Lei Estadual 42.056/1997 que estabeleceu a implanta��o da colheita mecanizada, (cana crua), tornou-se de grande import�ncia econ�mica na regi�o Sudeste do Brasil (Machado & Habib, 2001).
De acordo com Almeida (2003) os ataques de M. frimbiolata s�o cada vez mais
freq�entes nos canaviais de S�o Paulo e t�m causado preju�zos que podem atingir 60 % ou mais da produtividade agr�cola e das qualidades industriais da mat�ria-prima, atrav�s da contamina��o com bact�rias e perdas de Pol.
Como inimigos naturais desse inseto, s�o citados por Mendon�a & Mendon�a (2005) os seguintes organismos:
a) Parasit�ides de ovos: Acmopolynema hervali Gomes; Anagrus sp. (Hymenoptera: Mymaridae);
b) Predadores de ninfas: Salpingogaster nigra Schin (D�ptera: Syrphidae);
c) Predadores pol�fagos de ninfas e/ou adultos: Formigas Pheidole genalis Borgmeier; Solenopsis saevissima (Smith); S. invicta (Buren); Wasmania sp. (Hymenoptera: Myrmicinae); Paratrechina fulva (Mayer); Camponotus rufipes; Camponotus sp. (Hymenoptera: Formicinae); Odontomachus sp. (Hymenoptera: Ponerinae); Labidus sp. (Hymenoptera: Ecitoninae); Dorymyrmex sp. (Hymenoptera: Dolichoderinae), e aves inset�voras Pitangus sulphuratus (Bem-te-vi);
d) Fungos entomopatog�nicos: Batkoa apiculata (Zygomycotina, Zygomycetes, Entomophtorales) e M. anisopliae;
e) Nemat�ides parasitos de ninfas e adultos: Hexamermis sp. (Rhabditida: Mermithidae) Caenorhabditis sp. (Rhabditida: Heterorhabditidae).
Dentre esses inimigos naturais do inseto, destaca-se o fungo M. anisopliae que segundo Almeida (2003), atualmente, trata-se uma �rea de 350.000 ha com aplica��es tratorizadas e a�reas, variando as concentra��es de 2 a 10 kg/ha, dependendo da flutua��o do inseto e da variedade de cana plantada. Ainda segundo o autor, o Instituto Biol�gico do estado de S�o Paulo tem desenvolvido programas de treinamento e assessorias t�cnicas para a constru��o de biof�bricas de M. anisopliae, no �mbito privado, al�m de apoiar essas empresas quanto ao registro do entomopat�geno e a manuten��o da qualidade do bioinseticida, para que o programa de controle biol�gico possa se manter e atender novas �reas.
7 � Controle biol�gico da broca do rizoma M. fryanus
Para o controle desse inseto foram estudados os nemat�ides entomopatog�nicos, nativos, Steinernema glaseri (Steiner, 1929) (Rhabditida: Steinernematidae) e Heterorhabditis indica Poinar, Karunakai & David, 1992 (Rhabditida: Heterorhabditidae) (Machado, 2006). Ovos
e larvas do inseto foram suscet�veis aos agentes de controle em condi��es de laborat�rio.
No campo a esp�cie H. indica, em cana planta, promoveu um incremento na produtividade de 17,6 % e, em cana soca, uma supress�o na popula��o de M. fryanus de 45,2 %. De acordo com o autor esses resultados demonstraram que esses nemat�ides t�m potencial para serem utilizados como agentes de controle biol�gico de M. fryanus em cultivos de cana-de-a��car, no Estado de S�o Paulo.
8 - Perspectivas da cultura de cana-de-a��car no Brasil
De acordo com Uni�o da Agroind�stria Canavieira do Estado de S�o Paulo - �NICA (2005) e Uni�o das Destilarias do Oeste Paulista - UDOP (2005), os canaviais do Brasil receberam, nos �ltimos quatro anos, significativos investimentos, oriundo da capitaliza��o
do setor sucroalcooleiro, com a recupera��o dos pre�os do a��car no mercado internacional, sobretudo, entre as safras 2000/01 e 2002/03. O movimento de fus�es e aquisi��es das usinas foi intenso no per�odo, com mais de 30 opera��es desde 2000, o que tem permitido a entrada do capital estrangeiro no setor.
As perspectivas favor�veis se somam aos �timos resultados obtidos com a colheita de 350,3 milh�es de toneladas de cana, que gerou uma
produ��o de 24,2 milh�es de toneladas de a��car e de 14,4 bilh�es de litros de �lcool, na safra 2003/04.
O crescente interesse dos consumidores por carros flex�veis e a redu��o da taxa de Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) do �lcool hidratado em S�o Paulo, de 25 % para 12 %, d�o novo f�lego aos neg�cios dos produtores de cana-de-a��car, distribuidores e revendedores de combust�vel.
Na safra de 2004/2005 a produ��o no Brasil foi de 15,3 bilh�es de litros de �lcool e 26,6 milh�es de toneladas de a��car. Somente o estado de S�o Paulo que conta, atualmente, com 147 usinas e destilarias, foi respons�vel pela produ��o de 9,1 bilh�es de litros de �lcool e 16, 5 milh�es de toneladas de a��car. A previs�o � que at� o ano de 2010 o estado vai ganhar mais 31 usinas com investimentos previstos de US$ 4,5 bilh�es, devendo criar 25 mil empregos diretos e 87 mil indiretos. Com a implanta��o dessas novas unidades prev�-se, para o estado de S�o Paulo, um aumento na produ��o de 27 % para o �lcool e de 21 % para o a��car.
9 - Impactos ambientais da cultura de cana-de-a��car
Sete milh�es de toneladas de carbono equivalente deixaram de ser jogadas na atmosfera, gra�as ao uso do etanol, seja na forma de �lcool hidratado, ou os 25 % de
anidros adicionados � gasolina. Esse n�mero faz parte de um balan�o energ�tico desenvolvido pelo Centro de Tecnologia da Copersucar (CTC). O balan�o refere-se � safra brasileira de cana-de-a��car nos anos de 2002-2003, e � resultado de um complexo estudo, que leva em conta a an�lise de todo o ciclo de vida do �lcool, da produ��o agr�cola, das emiss�es veiculares, para quantificar os benef�cios ambientais do combust�vel renov�vel, sempre em compara��o ao uso do petr�leo.
O maior diferencial para o ambiente do �lcool em rela��o ao petr�leo, est� na origem renov�vel. Pois o mesmo � extra�do da biomassa da cana-de-a��car, e tem reconhecido potencial para seq�estrar carbono da atmosfera, o que lhe confere grande import�ncia na diminui��o global do efeito estufa.
Por outro lado, h� de ser ressaltado o efeito das queimadas da cana-de-a��car, que s�o corriqueiras na maior parte das regi�es produtoras, e que tem por objetivo a limpeza do terreno para facilitar a m�o-de-obra para o corte, por ocasi�o da colheita. Um bom trabalhador consegue cortar em m�dia doze toneladas por dia, contra seis toneladas quando a cana n�o � queimada. Essa pr�tica agr�cola tem sido, no entanto, bastante pol�mica, pois seu uso gera uma s�rie de problemas para o meio ambiente e para as popula��es que residem em �reas urbanas pr�ximas de planta��es de canaviais, sendo eles:
1 - Destrui��o da mat�ria org�nica do solo deixando exposto a eros�es, o que tem provocado assoreamento de mananciais;
2 - Elimina��o de aves, animais e insetos, muitos destes organismos, importantes como inimigos naturais de pragas;
3 - Elimina��o de alguns microrganismos do solo;
4 - Por final, pode causar a volatiliza��o de
elementos nutritivos essenciais � planta.
Outro ponto importante � a produ��o da fuligem, uma subst�ncia escura produzida no momento da combust�o, que provoca a libera��o do mon�xido de carbono que � altamente t�xico. A fuligem � um composto de �leo empireum�tico, carbono, sais minerais e acido ac�tico, que fica no local e nas suas proximidades, provocando muita sujeira nos centros urbanos pr�ximos ao cultivo e em alguns casos, irrita��es no aparelho respirat�rio do homem e de certos animais.
Uma pesquisa do Departamento de Produ��o Vegetal, da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - ESALQ - USP, Piracicaba/SP mostra que a colheita mecanizada da cana-de-a��car, sem a queimada da palhada, reduz o impacto ambiental e ajuda na elimina��o de ervas daninhas do canavial.
Segundo Velini & Negrisoli (2000) o aumento da amplitude t�rmica provocada no solo pelo ac�mulo da palha influencia significativamente no processo de germina��o das sementes das plantas daninhas, provocando uma redu��o na viabilidade. Esse � um dado muito importante, pois dentre os insumos utilizados numa lavoura de cana-de-a��car, os herbicidas correspondem a uma grande parcela do custo da produ��o total. Um tratamento com herbicida aplicado na cultura da cana-de-a��car colhida pelo sistema de queima da palhada custa, em m�dia, de 25 a 60 US$ por ha.
Outro aspecto relevante � que a colheita mecanizada deixa como subproduto 10 a 15 toneladas de palha picada por ha, a qual pode ser utilizada como fonte de alimentos para animais ou como combust�vel na co-gera��o de energia para as pr�prias usinas e destilarias.
Se por um lado � mecaniza��o da colheita proporciona varias vantagens do ponto de vista ambiental, por outro, essa inova��o pode gerar graves impactos sociais. Cada colheitadeira substitui, em m�dia, o trabalho de 80 a 100 homens Copersucar /dias, al�m de poder trabalhar durante 24 h, o que tem provocado uma diminui��o na demanda da for�a de trabalho nas �reas rurais, gerando, desta forma, in�meros desempregos.
A colheita mecanizada j� � uma realidade no estado de S�o Paulo, a pelo menos cinco anos. Apesar do decreto lei estadual que est� em tramita��o na Assembl�ia Legislativa de S�o Paulo, ter prorrogado o prazo para a paralisa��o total da queima at� o ano de 2030, as usinas e destilarias v�m diminuindo as �reas queimadas, paulatinamente, a cada ano.
Com rela��o � expans�o da cultura, a cana-de-a��car tem avan�ado nas �reas de pastagens, de cultivos de citros e de cerrados, principalmente no Triangulo Mineiro e no Noroeste Paulista. Atualmente, a cultura j� ocupa 50 % das �reas de terras cultivadas do estado de S�o Paulo. Esse aspecto, al�m da quebra da biodiversidade do ecossistema, tamb�m tem implicado em outro problema social que � o �xodo rural dos pequenos sitiantes, que acabam por venderem suas propriedades aos usineiros.
Essa mudan�a de grande signific�ncia para a cultura da cana-de-a��car, nos munic�pios de S�o Paulo que estamos presenciando, ter� que contar com a participa��o dos v�rios segmentos da sociedade, envolvidos num processo decis�rio, o que obrigatoriamente, implica em planejar, a partir da realidade atual, um cen�rio de paisagem futura. A quest�o ambiental trouxe � tona o conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustent�vel. Portanto, conciliar desenvolvimento e meio ambiente, gerando perspectivas mais seguras e est�veis para as comunidades, � o desafio para os estudos atuais e futuros de pesquisa e desenvolvimento nessa linha do conhecimento.
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Artigo extra�do da tese de doutorado de L. A. Machado, 2006, Instituto de Biologia � Unicamp.
Laerte Ant�nio Machado possui gradua��o em Biologia pela Pontif�cia Universidade Cat�lica de Campinas (1986), mestrado em Entomologia pela Universidade de S�o Paulo (1998) e doutorado em Parasitologia pela Universidade Estadual de Campinas (2006). Atualmente � Pesquisador Cientifico do Instituto Biol�gico do Estado de S�o Paulo, Lotado no Laborat�rio de Controle Biol�gico, em Campinas/SP. Tem experi�ncia na �rea de Agronomia, com Especializa��o em
Entomologia e Parasitologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Biologia e Ecologia de insetos, Controle biol�gico com entomopat�genos (fungos, v�rus e nemat�ides) em diversas culturas. Controle de Coleobrocas em cultura de citros com fungos entomopatog�nicos e de Migdolus fryanus em cana-de-a��car com nemat�ides entomopatog�nicos. CV Lattes: //lattes.cnpq.br/9123140161175735 Contatos: � Telefax: 19 � 32522942 | |
Mohamed Ezz El-Din Mostafa Habib possui gradua��o em Engenharia Agron�mica pela Universidade de Alexandria (1964), modalidade Entomologia, mestrado em Entomologia (Controle Biol�gico) pela Universidade de Alexandria (1968), Egito, e doutorado em Ci�ncias Biol�gicas (Entomologia) pela UNICAMP (1976), Livre Docente pela UNICAMP (l982), Professor Adjunto em 1984 e Professor Titular da UNICAMP desde 1986. Atua nas �reas de
Ecologia Aplicado, Entomologia Econ�mica, pragas agr�colas e de alimentos armazenados, educa��o ambiental, indicadores de sustentabilidade, controle biol�gico, patologia de insetos e Agro-Ecologia. Foi Diretor eleito do Instituto de Biologia da UNICAMP por duas vezes e Coordenador de Rela��es Internacionais da UNICAMP. Desde 2005 � Pr�-Reitor de Extens�o e Assuntos Comunit�rios da UNICAMP. |
Dados para cita��o bibliogr�fica(ABNT):
AMACHADO, L.A.; HABIB, M. Perspectivas e impactos da cultura de cana-de-a��car no Brasil.
2009. Artigo em Hypertexto. Dispon�vel em: <//www.infobibos.com/Artigos/2009_2/Cana/index.htm>. Acesso em:Publicado no Infobibos em 29/04/2009