Quais as críticas e sugestões dos iluministas com relação à Igreja Católica *?

Segundo o sociólogo Lucien Goldman, os princípios do Iluminismo estão relacionados ao comércio, uma das principais atividades econômicas da burgu... Pressione TAB e depois F para ouvir o conteúdo principal desta tela. Para pular essa leitura pressione TAB e depois F. Para pausar a leitura pressione D (primeira tecla à esquerda do F), para continuar pressione G (primeira tecla à direita do F). Para ir ao menu principal pressione a tecla J e depois F. Pressione F para ouvir essa instrução novamente.

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As sociedades dos Estados absolutistas eram formadas por diversas classes sociais, dentre as quais eram dominantes a nobreza e a burguesia.

O Estado absolutista alimenta-se do conflito entre essas classes sociais, procurando administrá-lo para preservar uma situação de equilíbrio de forças entre elas. Tirando o máximo proveito dessa coexistência de forças, garantia o poder supremo da monarquia. Isso explica certas contradições do Estado absolutista, como, por exemplo, conceder monopólios de comércio à burguesia, estimular as atividades comerciais e, ao mesmo tempo, oferecer pensões para sustentar uma nobreza cortesã, parasitária e improdutiva.

Com o desenvolvimento do capitalismo, nos séculos XVII e XVIII, a burguesia continuou sua ascensão econômica em importantes países europeus, como Inglaterra e França. Consciente de seus interesses, passou a criticar o Antigo Regime.

As principais características que marcaram as sociedades do Antigo Regime foram:

  • no setor político: poder absoluto dos reis;
  • no setor social: divisão da sociedade em estamentos, onde se distinguiam ordens privilegiadas pelo nascimento e camadas desfavoráveis;
  • no setor econômico: coexistência de relações feudais e relações capitalistas, ora em harmonia, ora em conflitos;
  • no setor cultural: a intolerância religiosa e filosófica. O Estado e a Igreja intervinham na vida das pessoas, não permitindo a liberdade de religião ou convicção filosófica e política.

Burguesia e Iluminismo

Ao criticar o Antigo Regime, a burguesia foi desenvolvendo sua própria ideologia, baseando-se no seguinte argumento:

  • o Estado só é verdadeiramente poderoso se for rico;
  • para enriquecer, ele precisa expandir as atividades capitalistas;
  • para expandir as atividades capitalistas é preciso dar liberdade e poder à burguesia.

Foi esse argumento burguês que, investindo implicitamente contra os privilégios da nobreza corroeu, aos poucos, o equilíbrio de forças sociais do Estado absolutista e do Antigo Regime. Ao mesmo tempo, propriciou o surgimento do movimento cultural que ficou conhecido com Iluminismo (também denominado Ilustração ou Filosofia das Luzes).

O que o Iluminismo defendia

Segundo o sociólogo Lucien Goldman, os princípios do Iluminismo estão relacionados ao comércio, uma das principais atividades econômicas da burguesia.

Assim, o Iluminismo defendia:

  1. Igualdade: no comércio, isto é, no ato de compra e venda, todas as eventuais desigualdades sociais entre compradores e vendedores não tinham importância. Na compra e venda, o que importava era a igualdade jurídica dos participantes do ato comercial. Por isso, os iluministas defendiam que todos deveriam ser iguais perante a lei. Ninguém teria, então, privilégios de nascença, como os da nobreza. Entretanto, a igualdade jurídica não significava igualdade econômica. No plano econômico, a maioria dos iluministas acreditava que a desigualdade correspondia à ordem natural das coisas.
  2. Tolerância religiosa ou filosófica: na realização do ato comercial, não importavam as convicções religiosas ou filosóficas dos participantes do negócio. Do ponto de vista econômico, a burguesia compreendeu que seria irracional excluir compradores ou vendedores em função de suas crenças ou convicções pessoais. Fosse mulçumano, judeu, cristão ou ateu, a capacidade econômica das pessoas definia-se pelo ter e não pelo ser.
  3. Liberdade pessoal e social: a atividade comercial burguesa só poderia desenvolver-se numa economia de mercado, ou seja, era preciso que existisse o livre jogo da oferta e da procura. Por isso, a burguesia se opôs à escravidão humana e passou a defender uma sociedade livre. Afinal sem trabalhadores livres, que recebessem salários, não podiam haver mercado comercial.
  4. Propriedade privada: comércio só era possível entre os proprietários de bens ou de dinheiro. O proprietário podia comprar ou vender porque tinha o direito de usar e dispor livremente de seus bens. Assim, a burguesia defendia o direito à propriedade privada, quecaracterística essencial da sociedade capitalista. 

O que o Iluminismo combatia

A nova mentalidade burguesa, expressa pelos princípios iluministas, chocava-se com o Antigo Regime. Assim, o Iluminismo combatia:

  • o absolutismo monárquico: porque protegia a nobreza e mantinha seus privilégios. O absolutismo era considerado injusto por impedir a participação da burguesia nas decisões políticas, inviabilizando a realização de seus ideias;
  • o mercantilismo: porque a intervenção do Estado na vida econômica era considerada prejudicial ao individualismo burguês, à livre iniciativa e ao desenvolvimento espontâneo do capitalismo;
  • a autonomia intelectual: defendia pelo individualismo e pelo racionalismo burguês. Assim, à burguesia não interessava apenas a religião. Ela desejava o avanço da ciência e das técnicas, que favoreciam os transportes, as comunicações, a medicina, etc.

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    Quais as críticas que os iluministas faziam a Igreja Católica?

    * O que os iluministas CRITICAVAM Lutavam também contra o poder da Igreja Católica. Na opinião deles, a Igreja pretendia controlar as ideias e as crenças das pessoas. Em outras palavras, as autoridades católicas não permitiam a liberdade de pensamento e de religião.

    Qual era normalmente a opinião dos iluministas em relação a Igreja Católica?

    Defendiam a liberdade política, econômica e religiosa de todos perante a lei; Criticavam o conhecimento sob controle da Igreja Católica, embora não fossem contra a crença em Deus; Defendiam um novo sistema econômico, em troca do criticado mercantilismo; Eram contra todos os privilégios da nobreza e do clero.

    Quais as críticas dos iluministas a religião?

    Havia aqueles que compreendiam o poder da religião na formação do ser humano, mas preferiam que houvessem duas esferas distintas: a religião e o Estado. De igual maneira, alguns iluministas defendiam o fim da igreja como instituição e a fé deveria ser uma expressão individual.

    Qual a relação dos pensadores iluministas com a Igreja Católica?

    Os pensadores iluministas queriam trazer a humanidade para a luz da razão, iam contra o domínio da igreja católica e da monarquia absolutista, defendendo o uso da ciência e da razão, assim como maior liberdade nos campos da política e economia.

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