Primeira medica do brasil pilar

Entenda como se deu a trajetória da primeira médica brasileira formada em medicina no país.

  • 05/03/2021
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Primeira medica do brasil pilar

Conheça Rita Lobato, a primeira médica formada no Brasil. (Fonte: Reprodução Internet)

De acordo com a última Demografia Médica, as mulheres correspondem a maioria dos profissionais na área da medicina, uma tendência que vem aumentando ano após ano. Entretanto, esse número nem sempre se mostrou desta forma. O mercado de trabalho médico de maneira geral foi, durante um longo período, um ambiente formado exclusivamente por homens. Essa realidade iniciou seu processo de mudança no Brasil quando a primeira mulher brasileira se tornou médica.

Após ter os caminhos da medicina abertos pela pioneira Elizabeth Blackwell, primeira médica mulher do mundo a se graduar na área, chegou a vez de Rita Lobato Velho. A gaúcha foi responsável por abrir as portas para uma nova geração de mulheres frequentarem faculdades e obterem títulos acadêmicos para exercer a profissão médica no Brasil.

Em homenagem ao dia da mulher, conheça a história de Rita Lobato Velho e o pioneirismo que a levou a se tornar a primeira médica a receber o diploma da profissão no Brasil.

A história

Nascida em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, no dia 09 de junho de 1866, Rita Lobato Velho Lopes viveu toda a sua infância no sul do país com seus pais e mais treze irmãos. Desde nova, Rita já apresentava aptidão para a medicina. Sempre dedicada e esforçada, a menina se destacou durante toda sua trajetória escolar.

Com o apoio dos pais, ao concluir o ensino primário, Rita então se matriculou em um curso preparatório para desenvolver as competências necessárias para alcançar o sonho de se tornar médica e se especializar em Obstetrícia. Esse sonho ganhou ainda mais força quando sua mãe e maior incentivadora, morreu ao dar à luz ao seu último filho. Naquele momento Rita decidiu que lutaria para que mais nenhuma mulher morresse daquela maneira.

Rita então ingressou na Universidade de Medicina do Rio de Janeiro e logo após se transferiu para a Universidade de Medicina de Salvador, na Bahia. Entretanto, o ingresso só se tornou possível graças ao decreto de 1879, que permitia mulheres a frequentarem faculdades e adquirirem títulos acadêmicos nas áreas de sua preferência.

Ao se formar na faculdade de medicina em tempo recorde, Rita se tornou, em 1887, a primeira mulher médica no Brasil e a segunda latino-americana a adquirir diploma na área. Em sua conclusão de curso, apresentou seu trabalho com o tema “A Operação Cesariana”.

Desafios

Após seu primeiro ano na Universidade do Rio de Janeiro, Rita e seu irmão Francisco, que também cursava medicina na mesma faculdade, foram transferidos para a Universidade da Bahia, por conta dos comportamentos do irmão. A família tinha medo que os comportamentos causassem algum tipo de represália à futura médica.

Rita venceu a hostilidade do corpo discente e docente da universidade, motivados pelos preconceitos da época. Naquela época a função doméstica atrelada às mulheres falava mais forte. Isso fez com que ela tivesse que se esforçar ainda mais para conquistar seu espaço e o respeito de alunos e professores.

Já na nova universidade, foi recebida com ternura pelos colegas e professores, possibilitando que desenvolvesse laços e criando uma nova motivação para manter suas notas exemplares durante toda sua caminhada no curso de medicina. No entanto, ao escolher o tema “Paralelo entre os métodos preconizados na operação cesariana” para seu trabalho de conclusão de curso e ao apresentá-lo, Rita sofreu duras críticas de homens e mulheres que consideraram o conteúdo inadequado.

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Contribuições e legado

Depois de se graduar como médica em 1887, a Dra. Rita Lobato retornou para o Rio Grande do Sul e seguiu sua caminhada como médica, praticando a medicina, com clientela majoritariamente feminina, em Jaguarão. Seu atendimento tinha o objetivo principal de retirar o estigma de que o pudor de mulheres deveria vir à frente da saúde. Por isso, levou mulheres de todas as partes, que se recusavam a serem examinadas minuciosamente por médicos homens, a se consultarem com ela.

A médica então se casou com Antônio Maria Amaro Freitas, seu companheiro durante toda a vida, e com quem viveu durante 37 anos até o seu falecimento, em 1926. Do relacionamento nasceu Ísis, sua primeira e única filha.

Após contribuir para a medicina de Jaguarão, Rita resolveu alçar vôos mais altos e saiu do Brasil em busca de seu aperfeiçoamento médico e mais conhecimento para seus atendimentos.

Mais tarde, em 1910, ela retornou para o Rio Grande do Sul, em Rio Pardo, com o objetivo de realizar atendimentos na Estância Capivari, onde viveu com seu marido e filha. Lá a médica prestou serviços e distribuiu medicamentos de forma gratuita para os pacientes necessitados que iam à sua procura, se fazendo valer da promessa feita à sua principal incentivadora: sua mãe.

A médica decidiu se aposentar logo após o casamento de sua filha, em 1925, e dedicar seus dias à vida com seu marido na Estância de Capivari. Um ano depois, Antônio Maria veio a falecer, deixando Rita extremamente abalada.

O acontecimento motivou a ginecologista a buscar novas motivações para ocupar seus dias. Neste momento, Rita passou a apoiar ativamente o movimento feminista, lutando pelo direito das mulheres ao voto, o que levou a médica a conquistar o cargo de primeira mulher vereadora de Rio Pardo.

Aos 73 anos, sofreu um AVC que a causou uma deficiência parcial auditiva e visual, mas não impediu que continuasse atuante nos seus propósitos. Anos mais tarde, acumulando anos de trabalho e dedicação à medicina feminina, Rita faleceu na Estância de Capivari, no dia 6 de janeiro de 1954, deixando um enorme legado às futuras médicas.

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Quem era pilar a primeira médica do Brasil?

Embora a personagem interpretada por Gabriela Medvedovski não tenha existido na vida real, sua inserção no folhetim é uma forma de homenagear a primeira médica formada no Brasil, Rita Lobato Velho. Ela nasceu em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e viveu toda sua infância no sul do país ao lado dos pais e de 13 irmãos.

Qual foi a primeira médica no Brasil?

O ano era 1860 e nascia a mulher que se tornaria a primeira médica Brasileira: Maria Augusta Generoso Estrella.

O que aconteceu com pilar a primeira médica do Brasil?

Uma das curiosidades, por exemplo, diz respeito a personagem Pilar, interpretada por Gabriela Medvedovski. Logo nos primeiros capítulos de Nos Tempos do Imperador, a jovem manifestou o interesse em realizar o seu grande sonho de se tornar médica. Após uma passagem de anos, ela retornou ao Brasil com o diploma em mãos.

Quem foi Maria do Pilar Cavalcante Mendes?

Na matéria, estará escrito: "Quem é a primeira médica do Brasil? Maria do Pilar Cavalcante Mendes voltou ao Brasil após se formar em medicina nos Estados Unidos. Os seus estudos foram proporcionados pelo Imperador Pedro II, o “mecenas” de tantos jovens talentos das artes e das ciências.