Porque há o aparecimento de franjas claras e escuras na luz do laser?

Teoria

O experimento de Young

O experimento de Young é o seguinte: você coloca um laser atrás de uma fenda, passando depois por dois buraquinhos bem pequenos, que vamos chamar de S 1 e S 2 e atingindo sua parede.

Porque há o aparecimento de franjas claras e escuras na luz do laser?

A imagem que você vai ver são franjas coloridas e escuras alternadas, algo parecido com isso:

Porque há o aparecimento de franjas claras e escuras na luz do laser?

Onde eu escolhi luz vermelha porque fica muito mais irado (prevejo flamenguistas curtindo... pior que sou vascaíno haha).

Onde vão estar as franjas brilhantes?

As fendas S 1 e S 2 agem como duas fontes luminosas cujas distâncias a diversos pontos do anteparo são diferentes, causando diferença de fase.

Olhe para a figura abaixo, onde a distância entre as fendas e a parede R é muito maior que a distância entre as duas fendas d.

Porque há o aparecimento de franjas claras e escuras na luz do laser?

Como d ≪ R, podemos dizer que r 1 e r 2 são aproximadamente paralelas.

Porque há o aparecimento de franjas claras e escuras na luz do laser?

As duas ondas vão percorrer uma distância diferente, chegando na parede fora de fase. De acordo com a figura acima, essa diferença de caminho ótico vai ser dada por:

r 2 - r 1 = d   s e n ⁡ ( θ )

Os pontos de interferência construtiva e destrutiva são dados por

Porque há o aparecimento de franjas claras e escuras na luz do laser?

A figura na sua parede é formada pela alternância destes pontos de interferência construtiva e destrutiva. Chamamos essa imagem de Franjas de Interferência, representada abaixo.

Porque há o aparecimento de franjas claras e escuras na luz do laser?

Existe um limite para o tamanho da nossa figura? Sim!

A medida que θ se aproxima de 90 °, a luz vai incidindo cada vez mais longe do centro, até que pra θ = 90 ° a luz não atingiria mais o anteparo! Então a última franja que aparece corresponde à θ ≈ 90 °.

Distância angular entre máximos e mínimos

E se vier uma questão na prova querendo a distância entre duas franjas de interferência?

Primeiro, vamos ficar calmos. O ângulo das franjas em relação à franja central é dado pelas condições de interferência construtiva e destrutiva (quadradinho amarelo lá em cima!)

Mas e o ângulo entre duas franjas quaisquer? Acontece que, para ângulos bem pequenos, podemos aproximar as funções trigonométricas.

sen ⁡ ( θ ) ≅ θ ; cos ⁡ θ ≅ 1

Assim, para franjas claras e franjas escuras, temos:

θ c l a r a ≅ m i λ d

θ e s c u r a ≅ m i + 1 2 λ d

E o ângulo entre duas franjas escuras ou duas franjas claras vai ser dado por:

Δ θ ≅ m 2 - m 1 λ d

Para máximos ou mínimos adjacentes, m 2 = m 1 + 1, e ambas as fórmulas se reduzem a:

Δ θ ≅ λ d

“Que verdadeiro presente dos deuses! Quando poderei usufruir de tal presente?”

Bem, aí as vezes o exercício/prova/professor vai te dizer. Outras vezes, ninguém vai te dizer. Na dúvida, use sem medo, pois muitas vezes o exercício já considera que você vai usar.

Distância entre máximos e mínimos

Ok, a prova pode não pedir exatamente ângulos, e sim a diferença das alturas no anteparo. Vamos ver como podemos calcular ela.

A distância y de uma franja para o centro pode ser encontrada usando a tangente do ângulo.

Porque há o aparecimento de franjas claras e escuras na luz do laser?

Como a gente considera d ≪ R os raios r 1 e r 2 são considerados paralelos. Se traçarmos uma linha reta paralela a r 1 e r 2 partindo do ponto médio de S 1 S 2 ¯ , teremos o triângulo azul acima.

Dele, podemos tirar que:

tan ⁡ θ = y R

Porém, novamente nosso presente divino irá nos ajudar! Pois, para pequenos ângulos:

tan ⁡ ( θ ) = sen ⁡ θ cos ⁡ θ ≅ sen ⁡ θ

Substituindo nas condições de máximo, temos que:

y m á x = R m λ d

Substituindo nas de mínimo, chegamos a:

y m í n = R m + 1 2 λ d

Com isso, podemos calcular a distância entre 2 máximos ou 2 mínimos quaisquer subtraindo suas distâncias até o centro da figura.

Para máximos ou mínimos adjacentes, a fórmula vai ficar da seguinte forma:

Δ y = R λ d

Ou seja, a distância entre as franjas brilhantes e a distância entre as franjas escuras é aproximadamente constante.

O quão brilhante são as luzes que vejo lá ao longe?

Esse brilho que a gente vê em cada ponto da figura de interferência não é nada mais que o reflexo da intensidade do seu campo elétrico!

No meio de cada franja brilhante, sabemos que a interferência é construtiva. No meio de cada franja escura, sabemos que a interferência é destrutiva.

Mas de uma franja clara pra uma franja escura o brilho forma um degradê: ele vai variando aos poucos do claro pro escuro. Como saber o quão brilhante vai ser um ponto qualquer na minha parede?

Como já falamos, esse brilho é a intensidade da luz. Ela varia continuamente ao longo da figura de interferência, formando um gráfico assim:

Porque há o aparecimento de franjas claras e escuras na luz do laser?

Em um ponto qualquer do anteparo, essa intensidade vai seguir a seguinte fórmula:

I p = 4 I 0 cos 2 ⁡ ϕ 2

Onde:

  • I 0 é a intensidade da luz incidente no sistema de dupla fenda.
  • ϕ é a diferença de fase resultante da diferença de caminho ótico das duas ondas luminosas, dada por:

ϕ = 2 π   d sen ⁡ θ λ

Note que nos pontos onde a intensidade é a maior possível (que são as nossas franjas brilhantes), ela é quatro vezes maior que a da luz incidente ( 4 I 0 ).

Esses pontos correspondem a nossa condição de que d sen ⁡ ( θ ) = m λ.

Nesse caso, a diferença de fase ϕ vai ser um múltiplo inteiro de 2 π, fazendo o cosseno valer 1 na nossa expressão (que é o maior valor possível).

ϕ = m ∙ 2 π = 2 π   d sen ⁡ θ λ

cos 2 ⁡ ϕ 2 = cos 2 ⁡ m π = 1

m   λ = d sen ⁡ θ

Além disso, os pontos para a intensidade zero são aqueles nos quais ϕ é um múltiplo inteiro ímpar de π, fazendo o coseno valer zero.

ϕ = 2 m + 1 ∙ π = 2 π   d sen ⁡ θ λ

cos 2 ⁡ ϕ 2 = cos 2 ⁡ m + 1 2 π = 0

m + 1 2   λ = d sen ⁡ θ

Para ângulos pequenos, sen ⁡ ( θ ) ≅ θ e tan ⁡ ( θ ) ≅ sen ⁡ ( θ ) . Podemos reproduzir a discussão acima usando a distância dos pontos da figura em relação ao centro, ao invés do ângulo.

tan ⁡ ( θ ) = y R ≅ sen ⁡ ( θ )

Onde R é a distância das fendas ao anteparo. Substituindo na diferença de fase:

ϕ = 2 π . d . y R . λ

E isso é tudo, amigos!

Ah, só mais uma coisa!

Em alguns lugares, você pode encontrar a fórmula escrita dessa forma:

I P = I cos 2 ⁡ ϕ 2

Neste caso, I é a intensidade da franja brilhante central da figura de interferência!

A intensidade nesse ponto é I = 4 I 0 , e aí as duas fórmulas são iguais.

O que acontece se colocarmos nosso brinquedo na água?

As suas provas ou listas de exercício podem querer apimentar um pouco a relação, e colocar todo o experimento de Young dentro da água (ou qualquer outro meio, tipo óleo, refrigerante, sei lá). Nesse caso, o que vai mudar?

Quando a luz se propaga em diferentes meios, ela assume velocidades diferentes. Ela é dada por:

λ f = v

Contudo ela permanece com a mesma frequência e por isso o comprimento de onda tem que variar com a velocidade.

O que mede o quanto a velocidade varia é o índice de refração do meio, que é dado pela razão entre a velocidade da luz no vácuo e a velocidade da luz naquele meio.

n m e i o = c v

Vamos juntar as duas equações e ver como o comprimento de onda muda:

n m e i o = c v = λ 0 f 0 λ f 0 = λ 0 λ

λ = λ 0 n m e i o

Isso significa que sempre que usarmos as condições de interferência, usaremos esse comprimento de onda λ, ao invés de λ 0 como fazíamos antes.

E aí? Bastante coisa né? Por isso mesmo que tem um montão de exercício aqui pra você! Simbora o/

Distância entre máximos e mínimos

O quão brilhante são as luzes que vejo lá ao longe?

O que acontece se colocarmos nosso brinquedo na água?

Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido #1

Halliday, Resnick, Jearl Walker, Fundamentos de física, volume 4: Óptica e Física Moderna, 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009, pp 101-14, modificado.

Uma luz verde monocromática com um comprimento de onda de 550 n m é usada para iluminar duas fendas estreitas paralelas separadas por uma distância de 7,7 μ m.

Calcule o desvio angular (ângulo θ) da franja clara de terceira ordem ( m = 3) em graus.

Passo 1

Primeiro, vamos lembrar qual a condição para que a franja de interferência seja clara (ou seja, a interferência seja construtiva):

d sen ⁡ ( θ ) = m λ ⁡

m = 0 ,   ± 1 ,   ± 2 ,   ± 3 ,   …

Porém, como queremos a de terceira ordem ( m = 3 ), temos:

d sen ⁡ ( θ ) = 3 λ

Passo 2

Agora, para achar θ , nós invertemos a equação:

sen ⁡ θ = 3 λ d

Substituindo os valores dados pelo problema ( d = 7,7 μ m e λ = 550 n m = 0,55 μ m ), temos que:

sen ⁡ ( θ ) = 3.0,55 7,7 ≅ 0,214

Agora, nós fazemos a inversa do seno:

θ = sen - 1 ⁡ ( 0,214 ) ≅ 0,216   r a d

Passo 3

Por fim, passando para graus com uma regrinha de 3, ficamos com:

θ = 180.0,216 π ≅ 12,38 °

Resposta

O desvio angular da franja clara de terceira ordem é de 12,38 °.

Exercício Resolvido #2

Halliday, Resnick, Jearl Walker, Fundamentos de física, volume 4: Óptica e Física Moderna, 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009, pp 102-17, modificado

Um sistema de dupla fenda produz franjas de interferência para a luz do sódio ( λ = 589 n m ) com uma separação angular de 3,5 ∙ 10 - 3 r a d. Para que comprimento de onda a separação angular é 10% maior?

Passo 1

Primeiro, vamos lembrar das condições de máximo para o sistema de dupla fenda.

d sen ⁡ ( θ ) = m λ

m = 0 , ± 1 ,   ± 2 ,   ± 3 ,   …

Porém, como a separação angular é pequena, vamos usar a aproximação :

sen ⁡ ( θ ) ≅ θ

Com isso, a separação angular entre dois máximos adjacentes é dada por:

Δ θ ≅ λ d

Passo 2

Seja λ ' o comprimento de onda que faz com que a separação angular seja 10% maior. Neste caso:

λ ' d = Δ θ ' = 1,1 Δ θ = 1,1 λ d

Cortando d dos dois lados, ficamos com:

λ ' = 1,1 λ = 1,1.589 = 647,9 n m

Resposta

O comprimento de onda que aumenta em 10% a separação angular nesse sistema de dupla fenda é λ ' = 647,9 n m.

Exercício Resolvido #3

Halliday, Resnick, Jearl Walker, Fundamentos de física, volume 4: Óptica e Física Moderna, 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009, pp 102-20, modificado.

No experimento de dupla fenda da Fig.35-10, o ângulo θ é 20 °, a distância entre as fendas é 4,24   μ m e o comprimento de onda é λ = 500 n m.

  1. Que múltiplo de λ corresponde à diferença de fase entre as ondas associadas aos raios r 1 e r 2 ao chegarem ao ponto P da tela distante?
  2. Qual é a diferença de fase em radianos?
  3. Determine a posição do ponto P, indicando o máximo ou mínimo em que se encontra ou o máximo e o mínimo entre os quais se encontra.

Porque há o aparecimento de franjas claras e escuras na luz do laser?

Passo 1

a)

Primeiro, lembremos que a diferença de fase entre as duas ondas se dá pela diferença de caminho. Assim, em múltiplos de λ , temos uma diferença de fase de:

Δ ϕ m u l t i p l o s = r 2 - r 1 λ

Passo 2

Para o experimento de dupla fenda, sabemos que:

r 2 - r 1 = d sen ⁡ ( θ )

Logo, a diferença de fase vai ser:

Δ ϕ m u l t i p l o s = d sen ⁡ θ λ

Lembrando que θ = 20 ° , λ = 500 n m = 0,5 μ m e que d = 4,24   μ m , a diferença de fase vai ser, em múltiplos de λ :

Δ ϕ m u l t i p l o s = 4,24 . sen ⁡ 20 ° 0,5 = 2,9

Passo 3

b)

Para acharmos a diferença de fase em radianos, vamos fazer o seguinte raciocínio.

Quando a diferença de fase de duas ondas é λ , isso equivale a uma diferença de fases de 2 π   r a d .

Logo, a diferença de fase em radianos vai ser a diferença de fases em múltiplos de λ multiplicado por 2 π   r a d

Δ ϕ = Δ ϕ m u l t i p l o s . 2 π = 2,9.2 π

Δ ϕ = 18,2   r a d

Passo 4

c)

Para achar a posição do ponto P , temos que nos lembrar do seguinte:

Interferência construtiva se dá quando a diferença de fase é um múltiplo inteiro do comprimento de onda.

Ou seja, os máximos mais próximos do ponto P correspondem a diferenças de fase de 2 λ e 3 λ .

Interferência destrutiva se dá quando a diferença de fase é um múltiplo fracionário do comprimento de onda. Ou seja, os mínimos mais próximos do ponto P correspondem a diferenças de fase de 2,5 λ ( 2 + 1 2 λ = 5 2 λ ) e 3,5 λ ( 3 + 1 2 λ = 7 2 λ ).

Assim, o nosso ponto se encontra entre o 3º mínimo ( 5 2 λ ) e o 4º máximo ( 3 λ ) de interferência (lembre que os primeiros correspondem a m = 0 ).

Resposta

a)

A diferença de fases corresponde a 2,9 λ.

b)

A diferença de fases é igual a 18,2   r a d.

c)

O ponto P se encontra entre o 3º mínimo ( diferença de fase de 5 2 λ ) e o 4º máximo (diferença de fase de 3 λ ) de interferência.

Exercício Resolvido #4

Young e Freedman, Física IV Ótica e Física Moderna, 12ª ed, São Paulo: Addison Wesley, 2009, pp 104-35.23, modificado.

Duas fendas distantes 0,260   m m uma da outra, colocadas a uma distância de 0,700   m de uma tela são iluminadas por uma luz coerente de comprimento de onda igual a 660   n m.

Qual é a distância sobre a tela entre o centro da franja brilhante central e a primeira franja escura?

Passo 1

O problema nos dá a distância entre as fendas d , a distância das fendas para a tela R e o comprimento de onda λ .

Ele nos pede para calcular a distância sobre a tela entre o centro do máximo central e o primeiro mínimo.

Sabemos que os mínimos de interferência são referentes às franjas escuras, onde há interferência destrutiva. Esses pontos são dados por:

y m = R λ d   m + 1 2

Passo 2

y m = R λ d   m + 1 2

Onde:

λ = 660   n m = 6,6 × 10 - 7   m ;

d = 0,26   m m = 2,6 × 10 - 4   m ;

R = 0,7   m ;

Como o problema nos pede a posição referente ao primeiro mínimo, isso significa que m = 0 . Assim:

m = 0 → m + 1 2 = 1 2

Logo:

y 0 = 0,7 × 6,6 × 10 - 7 × 1 2 2,6 × 10 - 4

y 0 = 0,00088 m = 0,88   m m

Resposta

Exercício Resolvido #5

Halliday, Resnick, Jearl Walker, Fundamentos de física, volume 4: Óptica e Física Moderna, 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009, pp 109-112.

A segunda franja escura em uma figura de interferência de dupla fenda está a 1,2   c m do máximo central. A distância entre as fendas é igual a 800 comprimentos de onda da luz monocromática que incide (perpendicularmente) nas fendas.

Qual é a distância entre o plano das fendas e a tela de observação?

Passo 1

Primeiro, vamos lembrar que franjas escuras correspondem a interferência destrutiva.

Sabemos que nesse caso, para pequenos ângulos, vale a seguinte aproximação:

y m í n = R m + 1 2 λ d

E o enunciado nos algumas informações.

A distância entre as fendas d = 800 λ ;

A distância da franja ao máximo central, y m í n = 1,2 c m ;

A franja é a segunda franja escura, m = 1 (a primeira é m = 0 ).

Ele nos pede pra calcular R . Vamos lá!

Passo 2

Substituindo na fórmula, temos:

1,2 = R 1 + 1 2 λ 800 λ = R 3 2.800 = 3 R 1600

Invertendo a fórmula, temos:

R = 1600.1,2 3 = 640 c m = 6,4 m

Resposta

A distância entre o plano das fendas e a tela de observação é de 6,4 m.

Exercício Resolvido #6

PUC-RIO, Física 4, Prova 1, 2013.2, modificado.

Coloque F de falso ou V de verdadeiro na afirmação abaixo e justifique a opção.

( ) Se colocarmos o dispositivo de Young (originalmente na água) imerso no ar, as franjas brilhantes se tornarão mais próximas.

Passo 1

A afirmação é FALSA, pois as franjas brilhantes se tornarão mais distantes.

De acordo com o experimento de Young no ar, temos as relações que seguem.

Para franjas claras:

d . sen ⁡ θ = m . λ → θ = m . λ d  

Onde d é a distância entre as fendas. Lembre-se que para ângulos pequenos, sin ⁡ θ ≈ θ .

A distância angular entre duas franjas adjacentes é dada por:

Δ θ = θ 2 - θ 1 ≅ sen ⁡ θ 2 - sen ⁡ θ 1

Δ θ = m 2 λ 0 d - m 1 λ 0 d = m 1 + 1 λ 0 d - m 1 λ 0 d = λ 0 d

Passo 2

Agora, vamos passar esse sistema pra outro meio.

Lembrando que o comprimento de onda depende do meio, pela relação:

λ n = λ n

Onde λ é o comprimento da luz no vácuo e λ n é o comprimento de onda da luz em um meio cujo índice de refração é n .

Logo, a distância angular em outro meio é dada por:

Δ θ ' = Δ θ n m e i o

Como n á g u a > n a r ≅ 1 , temos Δ θ ' < Δ θ .

Desse modo, temos que as franjas ficarão mais distantes se o experimento for feito no ar!

Resposta

Exercício Resolvido #7

Halliday, Resnick, Jearl Walker, Fundamentos de física, volume 4: Óptica e Física Moderna, 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009, pp 102-18.

Um sistema de dupla fenda produz franjas de interferência para a luz do sódio ( λ = 589   n m) separadas por 0,20 °.

Qual é a separação das franjas quando o sistema é imerso em água ( n = 1,33)?

Passo 1

Vimos que quando a luz passa de um meio para outro, sua frequência continua a mesma embora sua velocidade e seu comprimento de onda variem.

Essa variação é dada pelo índice de refração do meio:

n m e i o = c v = λ 0 λ

λ = λ 0 n m e i o

Imergir o sistema em água vai alterar o comprimento de onda da luz, alterando a separação das franjas.

Passo 2

As franjas de interferência para duas fendas pontuais são dadas por:

d sen ⁡ θ = m λ

Para duas franjas consecutivas: m 2 = m 1 + 1 . No ar, teremos:

sen ⁡ θ 1 = m 1 λ 0 d

sen ⁡ θ 2 = m 2 λ 0 d = m 1 λ 0 d + λ 0 d

sen ⁡ θ 2 - sen ⁡ θ 1 = λ 0 d

Fazendo a aproximação para pequenos ângulos:

θ ≅ sen ⁡ θ

E a separação das franjas fica dada por:

θ 2 - θ 1 = Δ θ ≅ λ 0 d

Passo 3

Por fim, como vimos antes, a imersão em água afeta o comprimento de onda, e a nova separação vai ser dada por:

Δ θ ' ≅ λ d = λ 0 d ∙ n m e i o = Δ θ n m e i o

Sabemos que a separação angular original é dada por Δ θ ≅ 0,20 ° .

Sendo n m e i o = 1,33 , a nova separação angular vai ser:

Δ θ ' = 0,20 ° 1,33 ≅ 0,15 °

Resposta

Exercício Resolvido #8

Young e Freedman, Física IV Ótica e Física Moderna, 12ª ed, São Paulo: Addison Wesley, 2009, pp 104-35.19.

Em uma figura de interferência com fenda dupla, a intensidade no pico da interferência máxima central é I 0 .

  1. Qual é a intensidade em um ponto da figura de interferência em que a diferença de fase entre as ondas é 60 °?
  2. Qual a diferença entre os caminhos de uma luz de comprimento de onda igual a 480   nm proveniente das duas fendas em um ponto em que o ângulo de fase é 60 °?

Passo 1

a )

O problema nos dá a diferença de fase ϕ e nos pede para calcular a intensidade no ponto da figura de interferência correspondente.

Sabemos que a relação entre ϕ e a intensidade na interferência de duas fontes é dada por

I = I 0 cos 2 ⁡ ϕ 2

Onde ϕ é a diferença de fase. Neste caso, ϕ = 60 ° , logo:

I = I 0 cos 2 ⁡ 60 ° 2

I = I 0 3 2 2

I = 3 4 I 0

Passo 2

b )

A diferença de fase ϕ e a diferença de caminho r 2 - r 1 são relacionados por:

ϕ = 2 π λ r 2 - r 1

Onde:

λ = 480   nm = 4,8 × 10 - 7   m ;

ϕ = 60 ° = π 3   rad ;

Logo:

r 2 - r 1 = ϕ λ 2 π

∆ r = π 3 × 4,8 × 10 - 7 2 π

∆ r = 80   nm

Resposta

a )

I = 3 4 I 0

b )

∆ r = 80   nm

Exercício Resolvido #9

Young e Freedman, Física IV Ótica e Física Moderna, 12ª ed, São Paulo: Addison Wesley, 2009, pp 104-35.23, modificado

Duas fendas distantes 0,260   m m uma da outra, colocadas a uma distância de 0,700   m de uma tela são iluminadas por uma luz coerente de comprimento de onda igual a 660   n m.

A intensidade no centro do máximo central θ = 0 ° é igual a I 0 .

Qual é a distância sobre a tela entre o centro do máximo central e o ponto no qual a intensidade se reduz a I 0 / 2?

Passo 1

Agora o problema nos pede para encontrar o valor de y m para o qual I = I o / 2 .

Sabemos que a intensidade pode ser escrita da seguinte forma:

I = I 0 cos 2 ⁡ ϕ 2 = I 0 cos 2 ⁡ π y d λ R

Isso já nos permite resolver o problema, pois temos os valores de d ,   λ   e   R .

Passo 2

Temos que:

I = I 0 2 = I 0 cos 2 ⁡ π y d λ R

cos 2 ⁡ π y d λ R = 1 2

cos ⁡ π y d λ R = 2 2

π y d λ R = π 4

y = λ R 4 d

Onde:

λ = 660   n m = 6,6 × 10 - 7   m ;

d = 0,26   m m = 2,6 × 10 - 4   m ;

R = 0,7   m ;

Logo:

y = 0,7 × 6,6 × 10 - 7 4 × 2,6 × 10 - 4

y = 0,44   m m

Resposta

Exercício Resolvido #10

Young e Freedman, Física IV Ótica e Física Moderna, 12ª ed, São Paulo: Addison Wesley, 2009, pp 104-35.11.

Uma luz coerente proveniente de uma lâmpada de vapor de sódio passa através de um filtro que bloqueia tudo e deixa passar um único comprimento de onda.

A seguir ela incide sobre duas fendas separadas por uma distância de 0,460   m m.

Na figura de interferência formada sobre uma tela situada a uma distância de 2,20   m, a distância entre duas franjas brilhantes adjacentes é igual a 2,82   m m.

Qual é o comprimento de onda?

Passo 1

O problema nos dá o valor da distância entre as fendas d , a distância entre as fendas e o anteparo R e nos diz a distância entre duas franjas brilhantes adjacentes.

Vale lembrar que as franjas brilhantes referem-se a pontos de interferência construtiva.

Podemos relacionar todas as grandezas dadas pelo problema com o comprimento de onda λ através da equação de y m para interferência construtiva, dada por:

y m = R m λ d

Passo 2

O problema nos diz que a distância entre duas franjas brilhantes adjacentes vale 2,82   m m .

A distância entre as franjas é dada por:

y m + 1 - y m = 2,82 × 10 - 3   m

Portanto:

y m + 1 - y m = R λ d   m + 1 - R λ d   m = R λ d

Onde:

R = 2,2   m ;

d = 0,46   m m = 4,6 × 10 - 4   m ;

Logo:

λ = 2,82 × 10 - 3 × 4,6 × 10 - 4 2,2

λ = 5,89.10 - 7 m = 589   n m

Resposta

Exercício Resolvido #11

Halliday, Resnick, Jearl Walker, Fundamentos de física, volume 4: Óptica e Física Moderna, 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009, pp 107-93.

Duas fendas paralelas são iluminadas com uma luz monocromática cujo comprimento de onda é 500nm. Uma figura de interferência aparece em uma tela situada a uma certa distância das fendas, e a quarta franja escura está a 1,68   c m da franja clara central.

  1. Qual é a diferença de percurso correspondente à quarta franja escura?
  2. Qual é a distância na tela entre a franja clara central e a primeira franja clara de cada lado da franja central?

(Sugestão: Os ângulos da quarta franja escura e da primeira franja clara são tão pequenos que tan ⁡ ( θ ) ≅ sen ⁡ ( θ ) )

Passo 1

a)

Primeiramente, ele nos pede a diferença de percurso correspondente à quarta franja escura.

Como a franja é escura, ela corresponde a um mínimo de interferência. Como vimos antes, a diferença de percurso para franjas escuras é da por:

r 2 - r 1 = m + 1 2 λ

Para a 4ª franja escura, temos m = 3 (a primeira corresponde a m = 0).

Além disso, temos o comprimento de onda λ = 500 n m = 0,0005 m m.

Substituindo esses valores na nossa expressão, obtemos que a diferença de percurso é:

r 2 - r 1 = 3 + 1 2 λ = 7 2 . 500 = 1750 n m = 1,75 μ m

Passo 2

b)

Temos pelo menos 2 formas de pensar a solução da letra b. A primeira e mais direta é substituir a distância da quarta franja clara na fórmula de distância (para ângulos pequenos), e seguir daí.

y m í n ,   m = 3 = R 3 + 1 2 λ d

Aí reconhecemos que a distância dos primeiros máximos laterais é R λ d (substituímos m = 1).

A segunda forma é matematicamente igual, mas vamos discorrer um pouco mais sobre o significado das fórmulas.

Passo 3

Primeiro, precisamos lembrar que a distância entre duas franjas clara consecutivas, para pequenos ângulos, é constante e dada por:

Δ y = R λ d

Assim, a distância do máximo central até a quarta franja clara é igual a sua distância até a primeira franja clara, e depois dessa até a quarta franja clara.

Mas como a distância entre franjas clara consecutivas é constante, a distância da primeira franja clara até a quarta franja clara é dada por 3 Δ y (da 1ª pra 2ª, da 2ª pra 3ª e da 3ª pra 4ª são 3 vezes Δ y ).

Já a distância da primeira franja clara até a franja brilhante central é:

y m í n , m = 0 = R 0 + 1 2 λ d = R λ d 1 2 = Δ y 2

Logo, a distância do máximo central até a quarta franja clara é:

y m í n ,   m = 3 = 3 Δ y + 0,5 Δ y = 3,5 Δ y

Substituindo a distância de 1,68 c m, temos:

Δ y = 1,68 3,5 = 0,48 c m = 4,8 m m

Passo 4

Por fim, note que os primeiros máximos centrais laterais ( m = ± 1) são os próximos depois do central. O central e eles são consecutivos.

Como a distância entre duas franjas brilhantes é igual a distância entre duas franjas claras

y m á x , m = ± 1 = Δ y = 4,8 m m

Mas por que perder tempo pensando a questão dessa forma, se a outra era tão direta?

O interessante de pensar a questão dessa segunda forma é que ela nos lembra de dois pontos importantes (que valem quando os ângulos são pequenos):

  • A distância entre duas franjas (brilhantes ou claras) consecutivas é constante;
  • A distância entre duas franjas brilhantes consecutivas é igual a distância entre duas franjas claras consecutivas.

Resposta

a)

A diferença de percurso referente à quarta franja escura é 1,75 μ m.

b)

A distância na tela entre a franja clara central e as primeiras franjas claras laterais é 4,8 m m.

Exercício Resolvido #12

Young e Freedman, Física IV Ótica e Física Moderna, 12ª ed, São Paulo: Addison Wesley, 2009, pp 104-35.15.

Uma luz coerente com um comprimento de onda de 600   nm passa por duas fendas muito estreitas e a figura de interferência é vista em um anteparo a 3,0   m das fendas.

A primeira franja brilhante está a 4,84   mm do centro da franja brilhante central.

Em que comprimento de onda da luz a primeira franja escura será vista no mesmo ponto do anteparo?

Passo 1

O problema nos dá o comprimento de onda λ , a distância entre as fendas e o anteparo R , e a posição da primeira franja brilhante y 1 .

O problema nos pede para calcular um comprimento de onda que faça com que a primeira franja escura seja vista no mesmo ponto y 1 .

Os pontos onde encontramos as franjas escuras (mínimos de interferência) sobre o anteparo são dados por:

y m = R λ d   m + 1 2

Entretanto, na equação acima nos faltam 2 dados: o comprimento de onda λ (que é o que queremos descobrir) e a distância entre as fendas d .

Para descobrir o valor de d , podemos usar as informações dadas pelo problema, aplicando à equação para franjas brilhantes (máximos de interferência):

y m = R m λ d

Passo 2

Encontrando o valor de d .

Conforme falamos antes, a equação que vai nos ajudar é esta:

y m = R m λ d

Onde:

m = 1 ;

y 1 = 4,84   mm = 4,84 × 10 - 3   m ;

R = 3,0   m ;

λ b = 600   n m = 6,0 × 10 - 7   m ;

Logo:

d = R m λ y m

d = 3,0 × 1 × 6,0 × 10 - 7 4,84 × 10 - 3

d = 0,00037 m = 0,37   mm

Observação: λ b corresponde ao comprimento de onda usado para a situação em que estávamos trabalhando com a franja brilhante.

Passo 3

y m = R λ d   m + 1 2

λ = y m d R m + 1 2

Onde:

d = 0,37   mm = 3,7 × 10 - 4   m ;

R = 3,0   m ;

m = 0 → m + 1 2 = 1 2 ;

y 0 = 4,84   mm = 4,84 × 10 - 3   m ;

λ e = 4,84 × 10 - 3 × 3,7 × 10 - 4 3 × 1 2

λ e = 1,194.10 - 6 m = 1194   nm

Observação: λ e corresponde ao comprimento de onda usado para a situação em que estávamos trabalhando com a franja escura.

Resposta

Exercício Resolvido #13

Halliday, Resnick, Jearl Walker, Fundamentos de física, volume 4: Óptica e Física Moderna, 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009, pp 103-34

No experimento de dupla fenda da Fig.35-10, a tela de observação está a uma distância D = 4,00 m, o ponto P está a uma distância y = 20,5 c m do centro da figura de interferência, a distância entre as fendas é d = 4,5 μ m e o comprimento de onda é λ = 580 n m.

  1. Determine a posição do ponto P na figura de interferência, indicando o máximo ou mínimo em que se encontra ou o máximo e o mínimo entre os quais se encontra.
  2. Calcule a razão entre a intensidade I P no ponto P e a intensidade I c e n no centro da figura de interferência.

Porque há o aparecimento de franjas claras e escuras na luz do laser?

Passo 1

a)

Nesta questão, vamos considerar que os ângulos são suficientemente pequenos. Para ver como isso é válido, note que o ângulo correspondente ao ponto P é dado por

tan ⁡ ( θ ) = y R = 0,205 m 4 m = 0,05125

O ângulo vai ser:

θ = tan - 1 ⁡ ( 0,05125 ) ≅ 2,9 °

Que é bem pequenininho.  

Passo 2

Usando a aproximação de pequenos ângulos, sabemos que a diferença de fase no ponto P , em múltiplos do comprimento de onda, é de:

ϕ ≅ d ∙ y D ∙ λ

Sendo que o problema nos dá:

A distância entre as fendas é d = 4,5 μ m ;

A distância do ponto P ao centro da figura é y = 20,5 c m ;

A distância da tela de observação é D = 4,00 m ;

O comprimento de onda é λ = 580 n m .

Assim:

ϕ m ú l t i p l o = 4,5.205 ∙ 10 3 4.10 6 ∙ 0,58 ≅ 0,398

Que está entre 0 . λ (o máximo central) e 0,5 . λ (o primeiro mínimo).

De fato, notemos que a posição do primeiro mínimo é

y 0 = D ∙ λ 2 ∙ d

y 0 = 4.10 6 ∙ 0,58 2 ∙ 4,5 ≅ 0,2578 ∙ 10 6 μ m = 25,78 c m

Que está logo depois da posição do ponto P .

Passo 3

b)

A intensidade em um ponto P qualquer é dada por

I P = I c e n cos 2 ⁡ ϕ 2

Ou seja, a razão I P / I c e n   é dada por cos 2 ⁡ ϕ 2 , onde ϕ é a diferença de fase em radianos:

ϕ = 2 π ∙ ϕ m ú l t i p l o

ϕ 2 = π ∙ ϕ m ú l t i p l o = π . 0,398 ≅ 1,25   r a d

Substituindo, temos:

cos ⁡ ϕ 2 = 0,315

I p I cen = cos 2 ⁡ ϕ 2 = 0,315 2 ≅ 0,10

Resposta

a)

O ponto P se encontra entre o máximo central e o primeiro mínimo ( m = 0 para ambos).

b)

A razão entre a intensidade I P no ponto P e a intensidade I c e n no centro da figura é 0,10 (ou seja, I P corresponde a 10 % de I c e n ).

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Como se poderia explicar o surgimento e o posicionamento das franjas claras e escuras?

Esse efeito pode se analisado de acordo com o modelo de Huygens — cada porção da fenda atua como uma fonte de luz. As ondas provenientes de cada ponto da fenda podem chegar ao anteparo em fase ou fora de fase, produzindo regiões respectivamente claras ou escuras.

Como você explica o surgimento de regiões claras e escuras no anteparo do experimento com a interferência da luz?

Finalmente, essas duas ondas atingiam um anteparo (alvo) onde era possível ver a existência de regiões claras e escuras. As regiões escuras correspondiam às interferências destrutivas, enquanto que as regiões claras correspondiam às interferências construtivas.

O que são franjas de interferência?

Quando duas ondas superpõem-se na mesma região do espaço, ocorre a interferência, que resulta em outra onda com intensidade diferente. Essas variações na intensidade da onda resultante são chamadas de franjas de interferência.

Por que ocorre a difração?

A difração acontece quando a onda, ao encontrar um obstáculo ou atravessar uma fenda, com dimensões equivalentes ao seu comprimento de onda, fragmenta-se no seu espectro.