Porque era importante para os portugueses encontrar uma rota alternativa

Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)

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As Navegações Portuguesas foram pioneiras na era das Grandes Navegações.

Portugal foi um país pioneiro em várias medidas entre a Idade Média e a Idade Moderna. Ainda no século XIII, tornou-se o primeiro Estado formalizado na Europa, o que lhe favoreceu em vários aspectos. Com uma unificação política garantida, a condição de primeiro país incentivou novos investimentos dentro do panorama que se tinha no Velho Mundo. Naquela época, o comércio era muito fundamentado nas negociações de produtos feitas no Mar Mediterrâneo. Entretanto, com a conquista dos turcos nessa rota, houve a necessidade de se buscar novos caminhos para se obter as especiarias oriundas do Oriente, que tanto agradava ao mercado europeu. Portugal reunia condições favoráveis para os negócios que marcavam o momento, era um país já unificado, dispunha de uma condição geográfica favorável para se lançar ao mar e contava com um grupo de investidores interessados nos negócios marítimos.

As Navegações Portuguesas para o comércio começaram muito cedo em relação aos outros países. Buscando quebrar o domínio que havia sido estabelecido sobre o comércio de especiarias no Mar Mediterrâneo, Portugal traçou uma nova e arriscada que consistia em contornar o continente africano para se chegar ao Oriente. Uma viagem que ninguém havia feito antes ou mesmo conhecia suas possibilidades. Esse trajeto que se seguiria ganharia o nome de Périplo Africano. Naturalmente, esse contorno do continente não aconteceu em uma única viagem, pois tudo ainda era muito inovador e misterioso. A estratégia dos portugueses foi contornar o continente africano fazendo entrepostos ao longo da costa da África. Desta forma, Portugal evoluiu gradativamente pelo entorno do continente e conquistou diversos territórios, tomando posse das terras todas as vezes que fazia paradas e estabelecendo novas regiões para usufruir de seus produtos e negócios. Embora isso tenha retardado a chegada dos portugueses ao Oriente, foi importante para estabelecer suas colônias. Uma das grandes conquistas de todas essas viagens foi cruzar pela primeira vez o chamado Cabo das Tormentas, nomeado posteriormente de Cabo da Boa Esperança, região ao sul do continente africano que estabelece a entrada no Oceano Índico.

Essas navegações pelos mares permitiram uma série de descobrimentos entre 1415 e 1543. O resultado foi a grande expansão do império marítimo português e uma remodelação da real dimensão do mundo. Buscando uma nova rota para comércio que superasse o monopólio estabelecido no Mar Mediterrâneo, os portugueses foram responsáveis por grandes avanços tecnológicos para encarar as condições de navegação no Oceano Atlântico e grandes avanços culturais. Após muito tempo de investimento, os portugueses finalmente chegaram às Índias em 1498, firmando uma nova rota para comércio de especiarias e conquistando uma grande remessa de lucros sobre os produtos que seriam comercializados. Dois anos depois, após indicações da existência de terras também a Oeste do continente africano, a expedição de Pedro Álvares Cabral estendeu sua rota no Atlântico para alcançar e tomar posse dessas terras. É o que se chama de descobrimento do Brasil, em 1500. Com o passar dos anos, esse novo território no novo continente, que seria chamado de América, tornar-se-ia a mais importante colônia portuguesa. Entretanto, mais dois marcos importantes ainda seriam estabelecidos, a chegada na China, em 1513, e ao Japão, em 1543. Este último é considerado, inclusive, como o marco final desse período de Navegações Portuguesas e suas descobertas e colonização.

Fonte:
http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/bases-tematicas/navegacoes-portuguesas.html

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/navegacoes-portuguesas/

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Um dos fatores que mais contribuiu para que Portugal e Espanha descobrissem o caminho para as Índias foi a expansão marítima desenfreada e os interesses mercantilistas dos dois países. Em Portugal, a Escola de Sagres fez com que este objetivo fosse atingido com pioneirismo. Além de Sagres, havia o estímulo do governo português para que toda a atenção dos navegadores se voltasse ao périplo africano, ou seja, a viagem contornando a costa da África que acabaria resultando no caminho para as Índias.

Tentando encontrar um caminho que levasse rapidamente às especiarias indianas, as expedições lusas avançaram milhas e milhas na direção sul da costa africana. Pontos cada vez mais distantes foram atingidos como os Açores, Madeira e Cabo Verde.

Porque era importante para os portugueses encontrar uma rota alternativa
Entretanto, outros navegadores também tentavam descobrir atalhos que os levassem às Índias. Bartolomeu Dias, em 1488, chegou ao Cabo da Boa Esperança, que ficava no extremo do meridiano africano. Isso demonstrava que existia uma passagem para o Oceano Índico.

Dez anos depois, Vasco da Gama encontrou de forma definitiva o caminho que levava às Índias. Em 1500, data do descobrimento do Brasil, uma esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral partiu com o objetivo de fazer comércio em larga escala com o Oriente. Acabaram atingindo o litoral de um novo continente, a América, quando avistaram terra na costa do que mais tarde seria o Brasil.

Ao conquistar o périplo africano, os portugueses prosperavam e as novas descobertas aumentavam os conhecimentos técnicos e geográficos sobre navegação.

Para facilitar, segue abaixo uma organização temporal de todos os acontecimentos anteriores e posteriores da descoberta do caminho às Índias:

  • 1492: Tomada de Ceuta (Norte da África)
  • 1418-1432: Portugueses ocupam o Arquipélago dos Açores e introduzem os sistema de capitanias hereditárias.
  • 1434: Gil Eanes consegue dobrar o Cabo Bojador
  • 1444: Descoberto o Arquipélago de Cabo Verde
  • 1482: Diogo Cão atinge o Rio Zaire
  • 1486: Organização de expedição para o Oceano Índico comandada por Bartolomeu Dias
  • 1488: Dias ultrapassa o Cabo da Boa Esperança
  • 1498: Vasco da Gama descobre o caminho para as Índias avistando Calicute (oeste da Índia)
  • 1500: Cabral toma posse do Brasil

Fontes:
Migliacci, Paulo. Os Descobrimentos: Origens da supremacia européia. São Paulo: Editora Saraiva, 1994.
Silva, Janice Theodoro. Descobrimentos e Colonização. São Paulo: Editora Ática, 1987.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Descoberta_do_caminho_mar%C3%ADtimo_para_a_%C3%8Dndia
http://www.infopedia.pt/$descoberta-do-caminho-maritimo-para-a-india

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/descoberta-do-caminho-para-as-indias/

Porque era importante para os portugueses encontrar uma rota alternativa para chegar até as Índias?

Era importante porque a rota normalmente utilizada, era a parte de terra dos Árabes, que aproveitavam e cobravam impostos muito altos, sendo assim teriam um gasto muito grande, pois os impostos + as especiarias iriam ter uma vantagem muito pequena sobre os próprios.

Por que os portugueses precisavam de um caminho alternativo?

Porque naquela época os navegadores dos mares, diziam que apareciam monstros nos mares, assim foi causando medo, mas ninguém sabia ao certo se realmente tinha monstros, então eles desviavam desses mares, então os portugueses precisavam passar por outro caminho.

Porque os portugueses queriam encontrar uma nova rota para o Oriente?

No começo, o objetivo principal era encontrar uma nova rota para chegar nas Índias, devido ao mercado de especiarias provenientes daquela região que era dominado pelos italianos.

Qual foi a importância de descobrir uma nova rota marítima para as Índias?

A descoberta de um novo caminho para as Índias fez com que portugueses retomassem sua relevância comercial e obtivesse lucros exorbitantes. O país se tornou a principal potência econômica do mundo, posição em que era seguido de perto pela Espanha.