Por que os anfíbios da região seca passam a maior parte do tempo enterrados no solo?

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Por que os anfíbios da região seca passam a maior parte do tempo enterrados no solo?

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água, começam a
coaxar para atrair as fêmeas. Cada fêmea sexualmente “madura” que entra na
água é agarrada por um macho, que a abraça subindo em suas costas. Quando ela
elimina seus óvulos, o macho descarrega o esperma sobre eles para efetuar a
fecundação, que acontece no ambiente.
Os ovos dos anfíbios são envolvidos por uma ou mais camadas gelatinosas
que os protegem contra choques e dessecação e tornam os ataques dos inimigos
mais difíceis. Larvas de sapos e rãs são os familiares girinos com cabeça e corpo
ovóides e uma longa cauda. A metamorfose envolve: o crescimento de uma larga
boca e perda das placas córneas; a perda das brânquias, fechamento das fendas
branquiais e desenvolvimento dos pulmões; o aparecimento das pernas
anteriores; redução do comprimento do intestino do tipo longo (herbívoro) ao
curto (carnívoro) da rã; reabsorção da cauda e das nadadeiras medianas. Muitas
salamandras, entretanto, retém caracteres juvenis por toda a vida, como as
brânquias (fig. 111).
Como muitos anfíbios vivem, parcial ou inteiramente, na água doce, eles
desenvolveram grandes corpúsculos renais para auxiliar a eliminação de água e,
deste modo, impedir a entrada de água em excesso.
A bexiga dos anfíbios representa uma estrutura nova que se desenvolve
como uma evaginação do soalho da cloaca. Em certos anfíbios terrestres, parte da
água da urina armazenada é reabsorvida para o sistema, em determinadas
épocas, para compensar a umidade perdida pela pele. Os anfíbios que passam
grande parte do tempo enterrados, como certos sapos de regiões áridas, podem
absorver água do solo se a pressão osmótica dos fluidos corpóreos for maior que
a tensão da água do solo.
Figura 111: Desenvolvimento da salamandra.
Respiração
Anfíbios têm mais recursos para a respiração que qualquer outro grupo
animal, refletindo a transição de habitats aquáticos para terrestres. Em diferentes
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espécies as brânquias, os pulmões, a pele e a bucofaringe servem separadamente
ou em combinação. Três pares de brânquias externas ocorrem em todos os
embriões e larvas. Nos adultos, os pulmões são bastante simples. Geralmente o ar
é bombeado para os pulmões através de um simples processo de deglutição. Em
espécies aquáticas os pulmões também servem como órgãos hidrostáticos, sendo
inflados quando os animais estão flutuando. A pele de todos os anfíbios contém
muitos vasos sangüíneos que ajudam na oxigenação do sangue; isto permite que
espécies aquáticas permaneçam submersas durante longos períodos e que
hibernem em açudes.
Muitas espécies têm respiração bucofaríngea; pulsações da região gular
movem o ar para dentro e para fora da cavidade bucal e a oxigenação do sangue
ocorre nos vasos situados por baixo da mucosa aí existente. Cordas vocais na
laringe de rãs e sapos servem para produzir a coaxação familiar, distinta para
cada espécie, que serve para reunir os sexos para a reprodução - principalmente
durante a primavera.
Características Especiais
Pele e Glândulas: a pele dos anfíbios é mais importante para a respiração e
proteção. Numerosas glândulas mucosas lubrificam e fazem com que apele
esteja sempre úmida e lisa. Alguns anfíbios desenvolvem glândulas no focinho e
no dorso antes da eclosão e a secreção serve para romper a cápsula do ovo.
Muitos anfíbios possuem glândulas granulosas, que podem produzir secreções
venenosas, servindo como defesa. Nos sapos, as grandes glândulas paratóides
(situadas ao lado do pescoço) representam aglomerações de glândulas de veneno.
A toxidade desses venenos varia enormenente. Algumas rãs neotropicais
apresentam coloração viva e são venenosas, provavelmente “usam” a cor como
sinal de advertência.
Muda: a superfície externa de toda a pele é trocada periodicamente pelos
anfíbios. Parece que esse processo de muda esteja sob controle hormonal. A
camada externa da pele não é trocada inteira, como em certos répteis, mas em
fragmentos. A freqüência das mudas varia de acordo com a espécie, podendo ter
extremos de uma muda por dia (Hyla cinerea). Em outros anfíbios, o intervalo
pode ser de um mês ou mais.
 Membros: há uma variação considerável no número de membros e dedos,
como resultado dos diferentes modos de vida. Por exemplo: cobras-cegas são
ápodas, mas a maioria dos anfíbios caudados têm quatro membros com 4 dedos
nas pernas nas pernas anteriores e 5 nas posteriores, geralmente, mas há
variações. Os membros de sapos e rãs são em geral, muito mais especializados
que os das salamandras, sendo os membros posteriores alongados e adaptados ao
salto. Nas pererecas, as pontas dos dedos são alargadas e com discos adesivos na
superfície inferior, enquanto as rãs possuem membranas natatórias entre os
artelhos.
Regeneração: os anfíbios anuros são capazes de regenerar membros ou
dedos perdidos, mas as salamandras não o fazem.
Vocalização: o canto dos anuros é diversificado, varia com a espécie, sendo
que uma espécie pode ter cantos diferentes para diversas situações. Os cantos
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mais familiares são aqueles referidos como nupciais (ou de advertência). As
características do canto identificam a espécie e o sexo do indivíduo que canta. As
fêmeas dos anuros são sensíveis ao canto de sua própria espécie durante curto
período, quando os ovos estão prontos para serem depositados. Acredita-se que
os hormônios relacionados à ovulação sensibilizem células específicas
relacionadas à audição.
Atividades estacionais
Anfíbios vivem principalmente na água e em lugares úmidos; nunca no
mar. Todos precisam evitar temperaturas extremas e a seca porque não têm
regulação da temperatura do corpo através de calor gerado pelo metabolismo e,
além disso, podem perder facilmente água através de sua pele fina. Durante o
inverno rãs e salamandras aquáticas hibernam no fundo de lagos e rios que não
congelam; sapos e salamandras terrestres enterram-se ou vão até abaixo da linha
de congelamento. Durante a hibernação todos os processos vitais são reduzidos,
o batimento cardíaco é lento e o animal sobrevive de reservas armazenadas no
corpo.
9.2.2.2 Classe Reptilia
Os répteis constituem o primeiro grupo dos vertebrados totalmente
adaptados à vida em lugares secos na terra (figura 112). A pele seca e córnea e as
escamas resistem à perda de umidade do corpo e facilitam a vida em superfícies
secas e ásperas. Diferentemente dos anfíbios, que dependem da água ou de um
ambiente úmido para evitar a dessecação dos ovos, os répteis desenvolveram
uma casca sólida ao redor do ovo repleto de vitelo. A casca é suficientemente
porosa para permitir a passagem de gases respiratórios, mas sólida o bastante
para protegê-lo. O mais importante porém, foi o desenvolvimento de uma
membrana embrionária (o âmnio), que envolve uma câmara cheia de líquido, no
qual o indivíduo pode se desenvolver protegido da dessecação.
Figura 112: Tipos de répteis vivos. A. Chelonia. B e C. Lepidosauromorpha. D. Crocodylia.
Juntamente como âmnio, surgiram também outros dois anexos
embrionários: o cório e o alantóide, que participam das trocas gasosas. O
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alantóide atua também como uma estrutura armazenadora de excretas
nitrogenadas resultantes do metabolismo protéico. A excreta nitrogenada dos
embriões de répteis é o ácido úrico, insolúvel em água e atóxico, podendo ser
armazenado dentro do ovo. Os adultos também excretam ácido úrico,
representando uma grande economia de água, uma vez que não precisa de água
para ser eliminado.
O nome da Classe refere-se ao modo de locomoção (do latim reptare -
rastejar), e sendo dividida informalmente em três grandes grupos:
1. Chelonia - englobando todas as tartarugas e jabutis.
 As tartarugas são os vertebrados mais facilmente reconhecíveis. Alguns
aspectos de sua morfologia as aproxima dos primeiros vertebrados amniotas,
entretanto, em outros aspectos, as tartarugas são tão especializadas que torna-
se difícil fazer ligações com outros vertebrados. O casco é o caráter mais
distintivo,

Por que motivo a maioria dos anfíbios vivem em lugares úmidos ou próximo da água?

Nas espécies que possuem fase larval aquática, a respiração durante esse período é branquial. Para que a respiração cutânea ocorra, é importante que a umidade da pele dos anfíbios seja mantida. É por isso que esses animais são encontrados com mais frequência em ambientes úmidos.

O que pode acontecer com os anfíbios em caso de seca prolongada?

Se a seca for prolongada, pode debilitar os indivíduos, prejudicando a reprodução ou seu sistema imunológico. O surgimento de novos agentes que causam doenças ou que repentinamente se tornaram mais contagiosos e/ou passaram a provocar infecções mais intensas tem se tornado mais comum.

Por que os anfíbios não podem sobreviver e se desenvolver em ambientes secos?

Isso porque os anfíbios, mesmo os que habitam ambientes terrestres, dependem do meio aquático ao menos para sua reprodução. Seus ovos não apresentam uma casca protetora nem anexos embrionários (estruturas relacionadas à adaptação ao meio terrestre), por isso precisam ser mantidos constantemente úmidos.

Por que podemos afirmar que os anfíbios ainda dependem da água?

Algumas das características que os tornam dependentes da água para sobreviver são: pele permeável e corpo sujeito à desidratação, fecundação externa, ovos sem casca dura e uma fase larval com a respiração branquial.

Por que esse processo obriga esses animais a viver em ambientes úmidos?

Respiração Cutânea b) Por que esse processo obriga esses animais, de modo geral, a viver em ambientes úmidos? Animais que tem respiração cutânea, não podem ter sua pele desidratada, pois perdem a capacidade de troca, por esse motivo, necessitam estar em ambientes úmidos.