Por que os adolescentes ainda têm dificuldade de procurar uma atividade física regular nos dias de hoje?

Sabemos o quão importante é a atividade física e seus benefícios, que vão desde a melhoria da qualidade do sono, do perfil lipídico e da sensibilidade à insulina, até o fortalecimento muscular e imunológico. São vários os artigos e estudos publicados evidenciando a importância de manter-se ativo e saudável, pois além de manter corpo e mente saudável, o exercício físico é atuante na prevenção e tratamento de DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis), como diabetes, hipertensão arterial, doenças respiratórias. Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 57,4 milhões de pessoas possuem pelo menos uma doença crônica não transmissível no país. Existem alguns fatores que favorecem o seu desenvolvimento no organismo, como os genéticos, sexo e idade, além de hábitos e comportamentos de risco, como inatividade física, alimentação inadequada, obesidade, tabagismo e abuso de bebidas alcoólicas.

A atividade física, que antes era comprometida pela rotina atribulada, tornou-se indispensável nesse período de isolamento social. Durante sua prática, vários são os hormônios liberados, em especial a endorfina, que tem a função de controlar a ansiedade e diminuir o estresse, e a serotonina, cuja atuação está relacionada ao humor, sono e apetite, ambos proporcionando a sensação de bem-estar. Um artigo publicado no jornal britânico The Guardian afirma que o exercício, além de influenciar o cérebro de diferentes maneiras, mantém a mente saudável, melhorando a memória, concentração e humor.

A união de atividade física e relaxamento é uma ferramenta valiosa para manter a calma e continuar a proteger a saúde durante esse período de isolamento.  Para se manter ativo em casa, realize tarefas simples, como dançar, brincar com as crianças, cuidar dos animais e plantas e subir escada. Caso você decida sair de casa para caminhar e andar de bicicleta, mantenha uma distância de pelo menos um metro de outras pessoas, de acordo com as orientações da OMS. Priorize também atividades cognitivas como jogos de tabuleiros, leitura e meditação. A OMS – Organização Mundial da Saúde recomenda 150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade vigorosa por semana, ou uma combinação de ambos. Essas recomendações ainda podem ser alcançadas mesmo em casa, sem equipamento especial e com espaço limitado.

Mantenha-se ativo, pratique uma atividade física e, para o exercício físico orientado, procure sempre um profissional de educação física registrado no CREF – Conselho Regional de Educação Física. Além disso, antes de iniciar qualquer série de exercício, não esqueça de realizar aquecimento, mobilidade articular e alongamento, além da hidratação.

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Por que os adolescentes ainda têm dificuldade de procurar uma atividade física regular nos dias de hoje?

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Oito em cada dez crianças e adolescentes de 11 a 17 anos não realizam atividade física suficiente. No Brasil, o percentual é ainda maior: 84% dos adolescentes nessa faixa etária são menos ativos do que deveriam. Os dados mostram ainda que não houve nenhuma melhora significativa nesses níveis nos últimos 15 anos.

A conclusão é do primeiro estudo comparativo sobre o tema, lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (21). Os dados são de 2016 e analisam 1,6 milhões de jovens em 146 países.

Para a OMS, o ideal é que jovens nessa faixa etária façam pelo menos 60 minutos de atividade física moderada cinco vezes por semana. A organização destacou a diferença nos níveis de atividade física de meninas e meninos no país:

Para Leanne Riley, analista da OMS e co-autora do estudo, é preciso estimular atividades físicas que despertem o interesse feminino e também investir na criação de espaços onde as meninas se sintam seguras para praticar esportes.

Enquanto 78% dos meninos brasileiros fazem menos exercício do que deveriam, o percentual é de 89% entre as meninas – uma diferença de 11 pontos percentuais. Apenas um em cada três países pesquisados registraram diferença de mais de 10 pontos percentuais entre os sexos.

Diferença entre meninos e meninas

Em relação a 2001, a OMS registrou no Brasil uma pequena melhora nos índices de atividade física nos meninos e uma piora entre as meninas. Naquele ano, 80% dos meninos faziam menos exercício do que o recomendado; em 2016, eram 78%. Entre as meninas o índice subiu de 89,1% que não seguem as recomendações em 2001 para 89,4% em 2016.

Mais de 70% dos países analisados registraram um aumento na diferença entre meninos e meninas na comparação ente 2001 e 2016. No Brasil, a diferença foi de 9 para 11 pontos percentuais.

Exercício físico entre os jovens, segundo OMS — Foto: Roberta Jaworski/G1

Falta de opções

Para Leanne Riley, da OMS, o aumento da diferença entre os sexos pode ocorrer por conta da desigualdade nas opções de lazer e esporte oferecidas para meninas e meninos.

"Nós suspeitamos que esses países estejam fazendo um esforço para aumentar a atividade física entre os jovens, mas essas iniciativas parecem ter um impacto somente nos meninos, e não nas meninas". - Leanne Riley, da OMS.

Segundo Riley, a promoção de atividade física tende a focar esportes que não interessam tanto as meninas quanto os meninos.

"Houve uma pequena melhora na oferta de esportes para os jovens, mas em atividades que as meninas não estão necessariamente interessadas, como esportes coletivos", diz.

Para que aumente a participação das garotas nas atividades físicas é preciso que elas sejam incluídas nas discussões para que apontem quais são as atividades físcias que despertam maior interesse, segundo a especialista.

Jovem praticante de skate, um dos esportes que pode aumentar a atividade física entre adolescentes — Foto: Unsplash

Razões para o sedentarismo

Entre os motivos que podem estar por trás da inatividade está o aumento no uso de equipamentos eletrônicos pelos jovens, segundo a OMS.

"Houve uma enorme revolução eletrônica nos últimos anos. Os jovens dessa idade estão mais envolvidos na recreação digital do que na recreação ativa, e isso precisa ser resolvido", afirma a analista da OMS, Leanne Riley.

Outra possibilidade é a falta de estímulo para o exercício no ambiente escolar, que tem um papel importante na vida de jovens entre 11 e 17 anos.

"O que observamos é que eles muitas vezes passam muito tempo sentados em uma cadeira na escola ou fazendo a lição de casa. Se eles estão inativos quando estão na escola, eles serão inativos em geral", diz Riley.

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No caso das meninas, há outras razões apontadas pela analista que podem justificar a piora nos níveis de atividade física.

"Se as meninas não se sentirem seguras o suficiente para correr e andar de bicicleta, por exemplo, essa pode ser uma das razões pelas quais elas são menos ativas que os meninos. E isso pode ser o caso também no Brasil", explica Riley, da OMS.

Para isso, é necessário investir não apenas em educação ou infraestrutura, mas também em políticas públicas de segurança e planejamento urbano, segundo a pesquisadora.

"É preciso haver um arranjo de soluções. Não há apenas uma solução mágica. Não é apenas a educação, mas também o transporte que precisa melhorar para privilegiar a caminhada e a bicicleta, por exemplo, ou até mesmo o planejamento urbano, que precisa ser focado na criação de espaços seguros e atraentes para a comunidade de adolescentes", conclui Leanne Riley.

Por que nos dias de hoje as pessoas têm tanta dificuldade de fazer exercício físico?

Sedentarismo e sobrepeso são os dois grandes vilões para quem sente dificuldade em começar a praticar atividade física. Antes de refletirmos sobre os motivos, é preciso ter claro que uma pessoa magra também pode ser considerada uma pessoa sedentária.

Porque os jovens não praticam atividade física?

Já o percentual de pessoas de 15 anos ou mais que não praticaram nem esportes nem atividade física no período de referência foi de 62,1% (100,5 milhões). Falta de tempo (38,2%) e não gostarem ou não quererem (35%) foram os principais motivos alegados para não se praticar esporte.

O que dificulta a prática de exercícios regulares?

Precisa muito se estudar e conhecer a aderência das pessoas a programas regulares de Atividade Física, denominadas de barreiras que podem ser descritas, entre outras, como falta de suporte social, intensidade do esforço, distância e local adequados para a prática e falta de aconselhamento profissional (FERREIRA & NAJAR ...

Por que os jovens deixam de praticar atividade física o que poderia mudar a situação atual?

Razões para o sedentarismo Outra possibilidade é a falta de estímulo para o exercício no ambiente escolar, que tem um papel importante na vida de jovens entre 11 e 17 anos. "O que observamos é que eles muitas vezes passam muito tempo sentados em uma cadeira na escola ou fazendo a lição de casa.