Por que D Pedro I determinou o fechamento da Assembleia Constituinte?

Sabemos que o Brasil tornou-se independente de Portugal em 07 de setembro de 1822 e que o principal protagonista desse evento foi o então príncipe regente Dom Pedro, filho do rei lusitano D. João VI. As décadas de 1820 e 1830 foram turbulentas tanto para o Brasil quanto para Portugal, haja vista que, após a queda definitiva de Napoleão Bonaparte em 1815 (e sua morte, em 1821), todo o processo de transformação política desencadeado pelo imperador francês, na Europa, passou a bater de frente com a tentativa das aristocracias absolutistas de restabelecerem o modelo político que vigorava antes da Revolução Francesa.

Foi nesse contexto que o Brasil recém-independente precisou elaborar a sua Constituição, na qual deixaria claro o caminho seguir: o da estrutura absolutista ou das monarquias imbuídas de valores liberais e burgueses. A Constituinte de 1823 teve por missão redigir o projeto dessa Constituição e dar ao país o ordenamento jurídico faltante. A Assembleia, formada pelas cortes luso-brasileiras, reuniu-se na cidade do Rio de Janeiro e possuía, entre os seus integrantes, partidários do modelo tradicional absolutista e liberais moderados. Nenhum liberal exaltado, como o insurgente da Revolução de 1817 Cipriano Barata, esteve presente entre os constituintes.

Entre aqueles que mais tentaram articular as divergências entre liberais e reacionários estavam os irmãos Andrada, entre os quais se destacou José Bonifácio de Andrade e Silva, que era ministro do imperador e, a posteriori, foi preceptor de Dom Pedro II. Entretanto, José Bonifácio e seus irmãos insurgiram-se contra as interferências empreendidas pelo imperador e seus asseclas, que queriam aos menos o estabelecimento de duas premissas: o poder de dissolução da Câmara dos Deputados e o poder de vetar as leis elaboradas, como reitera o historiador Boris Fausto:

Os tempos eram de incerteza política. Menos de um ano após a Independência, em julho de 1823, José Bonifácio foi afastado do ministério, porque ficara espremido entre a crítica dos liberais e as insatisfações dos conservadores. Estes viam com maus olhos o comando pessoal do governo pelo ministro, que lhe fechava o acesso direto ao trono. Daí para frente, na Constituinte, para a qual foram eleitos, e nas páginas do jornal O Tamoio, José Bonifácio e seus irmãos Antônio Carlos e Martim Francisco fariam constante oposição ao governo e aos democratas, insinuando que a independência do país se via ameaçada tanto pelos 'corcundas' (reacionários) e 'pés de chumbo' (portugueses) como pelos 'radicais'. [1]

A Assembleia Constituinte acabou por ser dissolvida por Dom Pedro I, que não aprovou o texto original por achar que seu poder seria comprometido pelas influências das ideias liberais. A Constituição aprovada em 1824 possuía outro texto, que referendava as intenções absolutistas de D. Pedro I, concedendo ao poder executivo uma capacidade superlativa em relação aos outros poderes e dando ao imperador também as atribuições do Poder Moderador, como nomear cargos políticos vitalícios e dissolver o Congresso.

NOTAS

[1] FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2013. p. 128.


Por Me. Cláudio Fernandes

A assembleia constituinte planejada desde o ano de 1822 foi cancelada a partir de uma decisão de Dom Pedro, na chamada noite Agonia, que definiu o fechamento da assembleia.

Dessa forma, a coroa se isolou ainda mais politicamente, além da indicação de pessoas de confiança para cargos políticos.

Estas decisões culminaram em um descontentamento por parte da população e intensificaram o surgimento de movimentos separatistas no território nacional.

Portanto, a alternativa que cita corretamente a consequência do fechamento da Assembleia em 1823 é a letra C, uma centralização maior e consequente surgimento de movimentos separatistas.

A assembleia constituinte planejada desde o ano de 1822 foi cancelada a partir de uma decisão de Dom Pedro, na chamada noite Agonia, que definiu o fechamento da assembleia.

Dessa forma, a coroa se isolou ainda mais politicamente, além da indicação de pessoas de confiança para cargos políticos.

Estas decisões culminaram em um descontentamento por parte da população e intensificaram o surgimento de movimentos separatistas no território nacional.

Portanto, a alternativa que cita corretamente a consequência do fechamento da Assembleia em 1823 é a letra C, uma centralização maior e consequente surgimento de movimentos separatistas.

Por que D Pedro I ordenou o fechamento da Assembleia Constituinte?

A Assembleia Constituinte de 1823 foi criada para elaborar a primeira Constituição brasileira, mas foi fechada por Dom Pedro I, porque os constituintes eram contrários a dar mais poderes a ele.

Qual a justificativa dada por D Pedro para fechar a Assembleia Constituinte?

D. Pedro I justificou o encerramento forçado da Assembleia Constituinte justamente pelo clima de debate e divisão entre essas duas correntes de opinião, clamando pela unidade nacional.

O que o fechamento da Assembleia provocou?

ampliou a força política dos estados do nordeste e facilitou o avanço dos projetos federalistas. assegurou o caráter liberal da nova Constituição e aumentou os poderes do judiciário.

Por que D Pedro I entrou em conflito com a Assembleia Constituinte?

Pedro I, já que tinha ideais absolutistas e centralizadores. Por conta deste fato, ainda no mesmo ano, em 12 de novembro, o imperador, usando forças militares, cercou e dissolveu a Assembleia Constituinte pois não aceitou ter seus poderes limitados.