Pilula do dia seguinte desregula a menstruação

“Eu e minha namorada usamos pílula do dia seguinte duas vezes no último mês. Sei que a gente se precipitou e desregula tudo, mas a menstruação está atrasada. Até que dia esperar?”

Jairo Bouer explica que isso depende muito do dia do ciclo que a garota tomou a pílula. “Eu sempre acho melhor, na dúvida, ligar para o ginecologista e explicar o que aconteceu, para saber se precisa de pílula e em que fase do ciclo está. Assim, ele vai conseguir te contar exatamente quando chega sua menstruação”, aconselha o médico.

Contudo, Jairo diz que é mesmo normal atrasar a menstruação nesse caso, ainda mais tomando a pílula duas vezes.

Ouça a resposta completa:

@jairobouer “P!LUL@ DO DIA SEGUINTE 2 VEZES?” 😱#jairoresponde #duvida #dicas #jairobouer #curiosidade #saude♬ som original - jairobouer

Como funciona?

A pílula do dia seguinte tem como base o hormônio levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética, que em doses altas inibe ou adia a ovulação. Ela pode atuar de duas formas dependendo da fase do ciclo menstrual em que a mulher se encontra ao utilizá-la:

  • Se a ovulação não ocorreu ainda, o hormônio impede a liberação do óvulo. Ou seja, se está perto do período fértil, a pílula retarda a ovulação;
  • Caso a ovulação já tenha acontecido, o hormônio torna o muco do colo do útero mais espesso e dificulta o encontro do espermatozóide com o óvulo  

Para evitar uma possível gravidez, a pílula do dia seguinte deve ser tomada o mais rápido possível (apesar do nome, não é preciso esperar o dia seguinte). É que sua eficácia diminui de maneira progressiva com o passar do tempo. 

Assim, o ideal é que ela seja consumida nas primeiras 12 ou 24 horas após a relação sexual – período que garante maior eficácia, na ordem de 95%. Mas também é possível utilizá-la em até 72 horas após a relação. Se tomada depois desse prazo, no quarto ou no quinto dia após a relação, a eficácia diminui bastante e a mulher deve ficar atenta para o risco de gravidez.

Confira:

  • Quais são as vantagens do anticoncepcional, além de evitar a gravidez?
  • Pílula do dia seguinte atrasa ou antecipa a menstruação?

Lembre-se: só em casos de emergência

A pílula do dia seguinte é um método de emergência para evitar uma gravidez indesejada em casos de esquecimento ou falha do método contraceptivo convencional. É um recurso importante para situações em que a camisinha estourou, a mulher esqueceu de tomar o anticoncepcional, fez sexo desprotegido ou mesmo em casos de violência sexual.  

Entretanto, seu uso deve ser exceção e nunca a regra. A pílula do dia seguinte tem de seis a 20 vezes a dose hormonal de uma pílula comum. Sendo assim, utilizá-la com frequência pode acarretar efeitos colaterais, como irregularidade menstrual. 

O recomendado é que a pílula seja usada apenas uma ou duas vezes no ano, no máximo. Se tomada mensalmente, ela aumenta o risco de problemas, trazendo uma chance mais alta de câncer – se a mulher já tiver essa predisposição –, ou risco maior de trombose.

Veja também:

“Doutor, faz dois meses que a minha menstruação não desce. Fiz teste de gravidez, deu negativo e não estou com nenhum sintoma de gestação. Só que não posso ir ao ginecologista agora. Será que esse atraso está acontecendo porque tomei muita pílula do dia seguinte?”

Realmente, o atraso menstrual é um dos principais sintomas da gravidez, porém, parece não ser esse o caso. A menstruação não descer pode acontecer pelas mais diversas causas: um quadro infeccioso, muito estresse ou um desbalanço hormonal, por exemplo. Para ter certeza, só mesmo consultando um ginecologista.

Agora, tomar uma grande quantidade de pílulas do dia seguinte pode atrapalhar o ciclo menstrual e provocar um atraso? Sim, pode! Se a mulher fez uso desse método durante alguns meses e mais de uma vez, isso pode levar a uma perda de regularidade da menstruação.

Quando e como tomar a pílula do dia seguinte?

Para evitar uma possível gravidez, a pílula do dia seguinte deve ser tomada o mais rápido possível (apesar do nome, não é preciso esperar o dia seguinte), pois a sua eficácia diminui de maneira progressiva com o passar do tempo. 

Assim, o ideal é que a pílula do dia seguinte seja tomada nas primeiras 12 ou 24 horas após a relação sexual, período que garante maior eficácia, na ordem de 95%. Mas também é possível utilizá-la em até 72 horas (ou três dias) após a relação suspeita. Se tomada depois desse prazo, no quarto ou no quinto dia após a relação, a eficácia diminui bastante e a mulher deve ficar atenta para o risco de gravidez.

Alguns estudos indicam que as taxas de eficácia das pílulas do dia seguinte podem ser um pouco mais baixas para mulheres com sobrepeso ou obesidade.

Conclusão: mesmo quando tomada de forma correta, a pílula do dia seguinte apresenta uma margem de falha e não garante 100% de proteção. Portanto, é aquela velha história: melhor prevenir do que remediar.

De acordo com o Ministério da Saúde, as principais indicações para o uso da pílula do dia seguinte são:

  • Deslocamento do diafragma;
  • Rompimento do preservativo;
  • Esquecimento prolongado do anticonceptivo oral ou atraso do injetável; 
  • Coito interrompido em que ocorre derrame do sêmen na vagina;
  • Cálculo incorreto do período fértil, erro no período de abstinência ou interpretação equivocada da temperatura basal;
  • Casos de violência sexual, quando a mulher é privada de escolha e submetida à gravidez indesejada;
  • Relação sexual desprotegida sem uso de nenhum método contraceptivo e preservativos (masculino ou feminino).

Confira:

  • Quais são as vantagens do anticoncepcional, além de evitar a gravidez?
  • 4 hábitos que cortam o efeito da pílula anticoncepcional

Quais os outros efeitos colaterais?

A pílula do dia seguinte é um método conhecido por grande parte das mulheres para evitar uma gravidez indesejada. Entretanto, é um método de emergência e seu uso deve ser exceção e nunca a regra.

A pílula do dia seguinte tem de seis a 20 vezes a dose hormonal de uma pílula comum. Sendo assim, utilizá-la com frequência pode acarretar maiores problemas para além da irregularidade menstrual, como  dores de cabeça, náuseas, vômitos, desconforto no estômago e tonturas.

A recomendação, quando a mulher começa a repetir o uso da pílula do dia seguinte, é procurar um ginecologista que ofereça opções de métodos contraceptivos que deem maior segurança. As pílulas anticoncepcionais convencionais, por exemplo, contêm menores dosagens de hormônios, causam menos efeitos colaterais e são mais eficazes. Também há outras formas de administração, como adesivos, injeções ou implantes, para quem costuma esquecer de tomar a pílula. 

Quanto tempo a pílula do dia seguinte desregula a menstruação?

– A pílula do dia seguinte atrasa a menstruação? A pílula do dia seguinte altera a menstruação e ela pode acontecer até dez dias antes ou depois da data esperada. Caso o atraso ultrapasse 15 dias, deve-se fazer o teste de gravidez.

O que a pílula do dia seguinte pode causar na menstruação?

A pílula pode alterar a menstruação e causar sangramentos? Sim, a pílula do dia seguinte pode causar alterações no ciclo menstrual, mas isso não é uma regra. Quando ela é usada próxima ao fim do ciclo (na segunda metade), o mais comum é a menstruação adiantar, em média, em uma semana.

Como fica o fluxo menstrual depois da pílula do dia seguinte?

Como fica a menstruação após usar a pílula do dia seguinte? A maioria das mulheres não irá notar nenhuma diferença na menstruação após o uso da pílula do dia seguinte. Não é esperado que você sangre (menstrue) após usar a pílula do dia seguinte. Em cerca de 15% das mulheres a menstruação poderá antecipar em até 7 dias.

É normal a menstruação atrasar 2 meses depois de tomar pílula do dia seguinte?

Olá! É esperado ocorrer alterações no seu ciclo menstrual após o uso da pílula do dia seguinte, ainda mais duas vezes no mês. A pílula forçou a descamação (menstruação) provavelmente nas vezes que você as tomou e agora não tem endométrio (camada que descama todo mês na menstruação) para este mês.