Países que o Brasil mais importa

Países que o Brasil mais importa

Essas nações podem oferecer boas oportunidades de expansão para empresas brasileiras que queiram internacionalizar seus negócios

A participação brasileira no comércio exterior é cada vez mais expressiva – o que gera oportunidades de negócio para as empresas nacionais que querem vender seus produtos no exterior.

Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) destacam que, em 2017, a exportação brasileira registrou um aumento percentual acima da média mundial. Enquanto o crescimento das exportações teve uma média geral de 10,6%, a alta no Brasil foi de 17,5% – a sexta maior do ranking.

Negócios de qualquer porte podem e devem se beneficiar desse crescimento, inclusive as pequenas empresas, que representam metade dos exportadores brasileiros. Para as companhias que estão planejando uma estratégia de internacionalização, é importante conhecer os países que mais importam produtos brasileiros e, assim, montar um plano mais assertivo.

Confira a seguir as 5 nações que mais importam do Brasil, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços referentes a 2019.

1) China

Em 2019, o volume importado do Brasil pela China movimentou um total de US$ 63,4 bilhões. O valor representa uma queda de 0,9% em comparação com o ano anterior. O país asiático representa uma fatia de 28,1% entre as exportações brasileiras.

Principais produtos:

  • Soja mesmo triturada – 32%
  • Óleos brutos de petróleo – 24%
  • Minérios de ferro e seus concentrados – 21%

2) Estados Unidos

O saldo total de importações feitas pelos Estados Unidos em 2019 atingiu um total de US$ 29,7 bilhões – um crescimento de 3,6% em comparação anual. O país liderado por Donald Trump é o destino de 13,2% das exportações feitas pelo Brasil.

Principais produtos:

  • Óleos brutos de petróleo – 11%
  • Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço – 9,6%
  • Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes – 8,2%

3) Holanda

Com 4,49% de participação, a Holanda é o terceiro país que mais importa produtos brasileiros. O comércio com destino ao país europeu movimentou um volume de US$ 10,1 bilhões em 2019, uma variação de -22,5% na comparação anual.

Principais produtos:

  • Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes – 15%
  • Obras de ferro ou açõ e outros artigos de metais comuns – 11%
  • Minério de ferro e seus concentrados – 9%

4) Argentina

A vizinha Argentina é o quarto país que mais importou do Brasil em 2019, com uma participação de 4,34%. O valor movimentado no período foi de US$ 9,8 bilhões – uma queda de 34,3% em comparação com os mesmos meses de 2018.

Principais produtos:

  • Automóveis de passageiros – 21%
  • Partes e peças para veículos automóveis e tratores – 7,9%
  • Demais produtos manufaturados – 5,3%

5) Japão

Completando o ranking, o Japão é o quinto país que mais importa do Brasil. O volume movimentado em 2019 foi de US$ 5,4 bilhões – o que representa uma participação de 2,41%. Na variação anual, houve aumento de 25,7%.

Principais produtos:

  • Milho não moído, exceto milho doce – 21%
  • Minério de ferro e seus concentrados – 20%
  • Carnes de aves – 15%

2020

Entre janeiro e abril de 2020, o Brasil exportou um total de US$ 67,3 bilhões. A lista dos 5 países que mais importaram nossos produtos neste ano é:

  1. China
    31% de participação – US$ 20,9 bilhões
  2. Estados Unidos
    10,4% de participação – US$ 7 bilhões
  3. Holanda
    4,11% de participação – US$ 2,8 bilhões
  4. Argentina
    3,92% de participação – US$ 2,6 bilhões
  5. Cingapura
    2,76% de participação – US$ 1,86 bilhão

Como se preparar para a exportação?

Empresas de qualquer porte e segmento podem se favorecer da relação do Brasil com esses países.

O primeiro cuidado para iniciar um processo de internacionalização é conhecer a lei da exportação, que reúne todos os requisitos a serem cumpridos por empresas exportadoras. Além disso, a empresa também deve conhecer o importador.

Países que o Brasil mais importa

A relação que os brasileiros têm com os italianos não é só cultural, mas também econômica. A Itália é o segundo país europeu que o Brasil mais importa produtos enogastronômicos, atrás apenas de Portugal. Na lista estão itens pelos quais o país da bota é famoso, como as massas, vinhos e azeites, como também biscoitos wafer e waffle, tomates em conserva e até kiwi.

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Em valores, o volume de importações da Itália registra um ritmo de crescimento desde a abertura econômica do Brasil a produtos estrangeiros, nos anos 1990. No acumulado de 2021, o país importou 238,3 milhões de dólares, um crescimento de 3% em relação a 2020. Somente no primeiro trimestre deste ano, o valor de importação já chega a 74,5 milhões de dólares.

“Esses números colocam os italianos na oitava posição entre todos os fornecedores no mundo. Entre os europeus, somente os portugueses exportam mais para o Brasil, mas com uma diferença muito pequena. Eles estão na primeira posição, com 3,92% de participação, e a Itália tem 2,85%”, explica Ronaldo Padovani, analista de negócios da Italian Trade Agency (ITA), agência do governo italiano responsável por promover empresas italianas no exterior e atrair investimentos para a Itália.

Em primeiro lugar entre os produtos que o Brasil mais importa da Itália estão os vinhos, com uma participação de 43 milhões de dólares por ano. Logo em seguida vem as massas (30,9 milhões de dólares), azeites (21,5 milhões de dólares), tomates preparados e em conserva (19 milhões de dólares), e biscoitos wafer e waffle, com uma participação de 12,2 milhões de dólares.

Nesta lista ainda tem um item curioso: o kiwi. Apesar da fruta ser originária da China, a Itália é o maior produtor mundial da fruta. Para o Brasil, a exportação gira em torno de 14 milhões de dólares por ano, com um crescimento de 35% comparando o primeiro trimestre de 2021 e 2022. O total passou de 4,6 mil toneladas para 6,3 mil toneladas.

Mesmo com a inflação no Brasil no número mais alto em duas décadas e a desvalorização do real em relação ao dólar e ao euro, a relação comercial entre os dois países está em constante crescimento.

“Analisando empiricamente, o consumo per capito diminui, mas mais pessoas tiveram acesso ao produto italiano nos últimos anos, compensando essas barreiras ao importado. Acredito que se não tivesse essas dificuldades, o  crescimento do mercado seria ainda maior”, avalia Ronaldo Padovani.

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APAS Show

Boa parte desses produtos alimentícios vão estar presentes na APAS Show (a maior feira de alimentos e bebidas das Américas), no espaço que a ITA vai ter durante o evento.

A agência de trade selecionou 12 marcas que vão trazer as novidades do setor alimentício italiano e que podem ser vistos nas prateleiras dos mercados brasileiros já nos próximos meses. Entre os produtos expostos na feira estão massas, vinagres balsâmicos, óleos, conservas, panetone e vinhos.

O espaço mais italiano vai contar ainda com o embaixador da cozinha siciliana no mundo, o chef italiano Nicoló Ferdico, que vai preparar receitas tradicionais e contemporâneas para quem passar pelo stand da ITA na Apas Show. Os pratos degustados ainda serão harmonizados.

Serviço

APAS Show - de 16 a 19 de maio no Expo Center Norte em São Paulo - SP. O Stand ITÁLIA fica no n° 500, Rua 6, Pavilhão Verde, entre as entradas de visitantes e de expositores.

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Quais são os países que o Brasil mais importa?

Principais origens das Importações para o Brasil.

Qual é o país que o Brasil mais importa?

A China é o principal parceiro comercial do Brasil, ocupando o primeiro lugar tanto nas importações, quanto nas exportações. De janeiro a abril de 2022, o Brasil empregou US$ 18,7 bilhões em importações do país oriental.

Quais são os países que mais importam?

Estamos "prontos" a impor tarifa sobre todas as importações da China, diz Trump.
1º - Estados Unidos (US$ 2,4 trilhões).
2º - China (US$ 1,8 trilhão).
3º - Alemanha (US$ 1,2 trilhão).
4º - Japão (US$ 672 bilhões).
5º - Reino Unido (US$ 644 bilhões).

Quais são os 10 produtos mais importados pelo Brasil?

Os produtos mais importados pelo Brasil.
Máquinas e aparelhos elétricos, diversos, suas partes e peças (8,3%).
Petróleo, produtos petrolíferos e materiais relacionados (8,3%).
Adubos – exceto os do grupo 272 (6,9%).
Veículos rodoviários – incluindo veículos de almofada de ar (6,5%).
Produtos químicos orgânicos (5,8%).