Ouça este artigo: Ocorrido entre 360 milhões e 290 milhões de anos atrás, o Período Carbonífero contribuiu, como o próprio termo sugere, para a formação do carvão, além de possibilitar a exploração em ambientes terrestres pelos tetrápodes oriundos dos ovos
amnióticos. Esses tetrápodes eram os primeiros pássaros, répteis e mamíferos, que a princípio tinham de se alimentar através das plantas como samambaias semeadas. Transformações climáticas também marcariam o período. O gigante continente Gondwana (atual território de África, Oceania, América do Sul e Antártica) passou por um processo de glaciação. Entretanto, alguns especialistas detectaram que também havia clima tropical na região, pois há registro de estonteantes pântanos e florestas que surgiram por lá. Uma colisão entre Gondwana e o continente da Laurásia (atual território de Europa, Ásia e América do Norte) formaria montes gigantescos como o Apalaches e os Urais. Ao longo do Carbonífero foi se formando um continente imenso com a junção da massa terrestre, que ficou conhecido como Pangeia, o único de todos os territórios daquela época que abrigou os dinossauros. A fauna carbonífera era amplamente constituída de moluscos de água doce, anfíbios e peixes com mandíbulas. Surgiram também as primeiras aparições de répteis e animais voadores, como insetos gigantes parecidos com as libélulas. Cientistas que estudaram o período avaliam que os animais que datam desta época eram gigantes devido à maior porcentagem de oxigênio na atmosfera. O aumento expressivo de pântanos e florestas gerou uma grande concentração de plantas que, segundo alguns especialistas, foi crucial para a formação das primeiras jazidas de carvão, petróleo e xisto betuminoso. Fontes: Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/periodo-carbonifero/ Arquivado em: Geologia, História Mestre em Ecologia (UERJ, 2016) Ouça este artigo: Os répteis são considerados o primeiro grupo de vertebrados tipicamente terrestres e evoluíram de um grupo primitivo de anfíbios no final da Era Paleozoica, no período Carbonífero. Para conseguirem explorar e se estabelecerem no ambiente terrestre, os répteis desenvolveram diversas características que permitiram sua independência em relação ao ambiente aquático no que diz respeito à respiração e reprodução. Atualmente os répteis são representados por 10.450 espécies divididos em seis grandes grupos: Amphisbaenia (anfisbenas), Sauria (lagartos), Serpentes (cobras), Testudines (tartarugas), Crocodylia (crocodilos) e Rhynchocephalia (tuataras). A pele dos répteis é seca, não possui glândulas mucosas e é recoberta por escamas de origem epidérmica ou por placas ósseas ou córneas de origem mesodérmica. Com essas características os animais ganharam uma resistência quanto à dessecação com a pele deixando de ser um órgão permeável. O desenvolvimento desta pele seca e não permeável deixou também de ser uma estrutura de respiração, como acontece nos anfíbios. Nos répteis, a respiração é apenas pulmonar. Crocodilo. Foto: Judd Patterson, National Park Service biologist [Public domain], via Wikimedia Commons Surucucu da espécie Lachesis muta. Foto: Patrick K. Campbell / Shutterstock.com A ectotermia foi outra importante evolução deste grupo de animais que permitiu a independência em relação à temperatura. As variações de temperatura no ambiente terrestre são maiores do que no ambiente aquático e manter a temperatura média corpórea constante foi fundamental para os vertebrados terrestres. Os ectodérmicos aquecem seus corpos por meio de fontes externas de calor, como o sol ou a superfície quente do substrato. Devido a isto é comum observarmos os répteis expostos ao calor do sol durante o dia ou com o corpo totalmente encostado no substrato para absorver o calor retido ao longo do dia. Quando ficam muito aquecidos, geralmente eles buscam locais sombreados ou entram na água. E com este mecanismo de termorregulação, eles vão mantendo a temperatura corpórea constante. Os répteis, com exceção dos crocodilianos, possuem um coração com três câmaras sendo dois átrios e um ventrículo. Nos crocodilianos, duas aortas que se originam no ventrículo esquerdo e na região esquerda do ventrículo direito encaminham o sangue para a circulação sistêmica e se conectam próximo à base do coração pelo forame de Panizza (que é intercomunicação do arco aórtico sistêmico direito e esquerdo do coração dos crocodilianos). Este forame de Panizza permite que o sangue do ventrículo direito passe para a circulação pulmonar quando o crocodilo prende a respiração para mergulhar. Referências Bibliográficas: SÓ BIOLOGIA. Répteis: Primeiros Vertebrados Bem-Sucedidos no Meio Terrestre. < http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/biorepteis.php> Devoe, R. Anatomia e Fisiologia de Anfíbios e Répteis. In: COLVILLE, T. & BASSERT, J. M. Anatomia e Fisiologia Clínica para Medicina Veterinária. 2 Ed. 2010. Rio de Janeiro, Editora Elsevier Saunders: 455-478 p. Lopes, Sônia. Bio: volume único. In: Chordata II, Répteis. 1 Ed. 2004. São Paulo, Saraiva: 357-361 p. Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biologia/evolucao-dos-repteis/ Arquivado em: Evolução, Répteis Quais adaptações ocorreram nos embriões dos répteis em relação à alimentação e excreção?b) A alimentação, durante o desenvolvimento embrionário dos répteis, é fornecida pelo vitelo da vesícula vitelínica, enquanto os produtos da excreção nitrogenada ficam depositados no interior da alantóide.
Porque a fecundação interna e O ovo adaptado ao ambiente?Resposta verificada por especialistas
Podemos dizer que a fecundação interna e o ovo adaptado ao ambiente terrestre tornaram a reprodução dos répteis independente da água pelo simples fato de que essas duas características são evoluções que permitiram que os répteis conquistassem o ambiente terrestre.
Quais adaptações ocorreram nos embriões dos répteis?Diversas características presentes nos ovos dos répteis permitiram que eles não dependessem da água para se reproduzir. O ovo desses animais possui uma casca grossa que impede o dessecamento do embrião. No entanto, a casca é porosa, permitindo a troca gasosa entre o embrião e o meio externo.
Como a fecundação interna e o surgimento do ovo com casca ajudaram a garantir a ocupação definitiva do ambiente terrestre pelos vertebrados?Resposta verificada por especialistas
A fecundação interna permitiu que os individuos que primeiramente adentraram o ambiente terrestre, fossem capazes de não depender de água para o desenvolvimento embrionário, uma vez que os anexos embrionários fariam este papel.
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