Onde podemos encontrar água doce no nosso planeta

PARA NÓS, TODO DIA É DIA DA ÁGUA

Com o objetivo de recuperar rios e nascentes, atuamos no Pantanal, a maior área úmida do planeta. No Mato Grosso, desenvolvemos 
o Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal com o objetivo 
de conservar os rios Jaurú, Sepotuba e Cabaça (mais de 700 km de rios) e pelo menos 50 nascentes até 2020.

  A ideia de criar o Pacto surgiu em 2012 quando um estudo do WWF-Brasil e parceiros como o HSBC, revelou que a área das Cabeceiras – onde nascem 30% das águas que formam o Pantanal e alimentam a sua biodiversidade – estava em alto risco ecológico.

  Desde sua criação, há quatro anos, o trabalho junto à comunidade local se passaram e hoje o Pacto é uma aliança de mais de 40 entidades (25 prefeituras e o governo do estado de Mato Grosso, empresas privadas e sociedade civil) unidas pela mesma causa: a defesa das águas.

  Desde sua criação, há quatro anos, o trabalho junto à comunidade local fez com que o Pacto se consolidasse numa aliança de mais de 40 entidades (25 prefeituras e o governo do estado de Mato Grosso, empresas privadas e sociedade civil) unidas pela mesma causa: a defesa das águas.

    Cada instituição que adere ao Pacto se compromete em implementar pelo menos três ações que preservem as nascentes e os rios. Essas iniciativas vão desde a adequação ambiental de estradas rurais até 2020, a melhora do saneamento básica da zona rural por meio da instalação de biofossas, recuperação de áreas degradas e Áreas de Proteção Permanente (APPs) até a produção de estudos, pesquisas, cartilhas de boas práticas e uso adequado do solo e promoção de eventos para a troca de experiências positivas relacionadas à recuperação ambiental.

É comum que muitas pessoas, ao observar o planeta Terra, considerem que ele seja, na verdade, um “planeta Água”, uma vez que a sua superfície é composta, em maior parte, por essa substância. No entanto, se observarmos o seu volume, talvez o mundo que habitamos não mereça essa consideração, uma vez que o interior da Terra, além de água, possui uma grande quantidade de magma em diferentes níveis de temperatura, consistência e densidade.

No entanto, quando falamos de água, falamos de um dos elementos que tornam o nosso planeta único perante os mundos atualmente conhecidos por nós no universo, uma vez que é a sua disponibilidade na forma líquida em abundância o principal fator para a existência da vida por aqui.

A distribuição da água no mundo pode ser observada a partir da composição dessa substância. Assim sendo, esse recurso pode aparecer de forma salgada – presente nos oceanos, mares e alguns lagos – e doce, referente à água que não possui uma grande densidade de sal em sua composição. Essa última, que é a própria para consumo humano, pode apresentar-se ainda em diversas subdivisões. No gráfico a seguir, temos um panorama explicativo sobre essa organização didática:

Onde podemos encontrar água doce no nosso planeta

Gráfico da distribuição da água na biosfera terrestre

No que se refere, portanto, à distribuição da água na biosfera terrestre, podemos perceber que a maior parte da água existente no mundo é salgada (97%) e está concentrada principalmente nos oceanos e mares, mas também presente em alguns lagos salinos, tais como o Mar de Aral e o Mar Morto. Essa água não costuma ser muito utilizada para consumo ou em atividades de irrigação e abastecimento, exceto em locais onde são aplicadas técnicas de dessalinização da água, que, embora útil para alguns países, ainda não apresenta uma completa eficiência.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Os outros 3% restantes são formados pela água doce, e boa parte deles é própria para consumo. No entanto, desse total, quase 70% encontram-se em calotas polares, sendo inviáveis para a exploração e utilização. As águas subterrâneas (29% da água doce), por sua vez, são a principal fonte de captação de recursos hídricos no mundo, apresentando-se nos lençóis freáticos e aquíferos, tais como o Aquífero Guarani e também o Aquífero Alter do Chão, que possuem a capacidade de absorver e filtrar a água. Já os rios e lagos correspondem a apenas 0,9% de toda a água potável disponível no mundo, mas mesmo assim são uma importante fonte de obtenção desse recurso para muitas localidades e precisam ser conservados.

Se falarmos, então, da distribuição da água doce própria para consumo entre as diferentes partes da superfície terrestre, ou seja, entre as diversas localidades, podemos notar como essa distribuição é naturalmente desproporcional. As Américas, juntas, reúnem 41% de todos os recursos hídricos disponíveis, seguidas pela Ásia – maior e mais habitado continente – com 30%, pela África com 10%, depois a Europa com 7%, a Oceania com 5% e a Antártida com 5%.

É válido lembrar que, no interior dessas massas continentais, também existem disparidades, de forma que algumas áreas apresentam problemas de escassez hídrica, tais como o norte da África, o Oriente Médio, o Sul da Ásia e algumas outras regiões do planeta. Tal fator agrava-se com a poluição de rios e reservas subterrâneas, além do esgotamento dos demais elementos que mantêm o equilíbrio natural do planeta.


Por Me. Rodolfo Alves Pena