Onde está escrito amar a deus sobre todas as coisas

Você já pensou sobre o que seria amar a Deus sobre todas as coisas? Provavelmente você sabe que tem que amar a Deus. Mas talvez não tenha caminhado no entendimento de que Jesus nos disse para amá-lo por completo. Não por fases ou etapas que passamos em nossas vidas.

Amar a Deus sobre todas as coisas não está relacionado com períodos da vida, no qual nós O amamos de um jeito ou de outro. Ainda assim, nos acostumamos a associar o amor por Ele à experiências pessoais e espirituais.

“Mestre, qual é o mandamento mais importante da lei de Moisés?”. Jesus respondeu: “‘Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua mente’. Este é o primeiro e o maior mandamento.” ‭‭(Mateus‬ ‭22:36-38‬)‭

Como vimos, a Bíblia nos orienta como primeiro e grande mandamento deixado por Jesus a amarmos a Deus de todo o coração, de toda a alma, e de todo pensamento. Mas geralmente, quando lemos esse versículo, separamos por partes o amar a Deus. Agimos como se fosse um processo: primeiro amamos com o coração, depois com a alma e depois com o pensamento.

Mas o que Jesus nos deixou como instrução, não está relacionado com os períodos da vida. Ele não estava falando de etapas e fases; na verdade, amar a Deus sobre todas as coisas é um conjunto completo, com todo o nosso ser, e não fases. Não tem a ver com as nossas experiências.

Por que nos perdemos no meio do caminho?

No entanto, na nossa caminhada cristã acabamos fazendo e passando por isso. Ou seja, amando a Deus por etapas, fases e até mesmo baseados nas nossas emoções. Porém, a pergunta é: Por que acabamos nos esquecendo do primeiro e maior mandamento da Bíblia? – que nos orienta a amá-lo com todo o nosso ser de forma constante e permanente.

Provavelmente acabamos por associar o amar a Deus com a nossa experiência espiritual, pessoal. E de fato a experiência espiritual tem a ver com o amor a Deus, mas não se resume apenas a isso. Dessa forma, o nosso amor por Deus não se trata das nossas experiências iniciais.

Não podemos resumir o amar a Deus, o afeto por Ele, a apenas sentir sua presença! O nosso culto a Deus se trata do quanto engrandecemos a Ele, a quem Ele é, e não das nossas experiências pessoais. O problema de associar o amor a Deus com a nossa experiência espiritual é, que muitas vezes nos frustramos em nossas jornadas por conta de comparações.

Dessa forma, as experiências acabam se esfriando e as frustrações acontecem. E nisso, entramos em um entrave maior. Ao nos darmos conta dessa realidade de distanciamento, passamos a buscar desesperadamente voltar a experiência inicial da fé, o tão conhecido Primeiro Amor.

Deus deseja filhos maduros

Nessa busca de voltarmos a esse momento inicial da fé, das experiências que já se passaram, que foi bom e até necessário, o Senhor não permite. No entanto, porque isso justamente se trata de termos uma fé infantil e não é isso que Deus quer para nossas vidas.

Muitas vezes nos apegamos a essa fé infantil ao ponto de reduzir o amar a Deus apenas a essa experiência inicial e ficamos presos a isso. Mas Jesus quer que tenhamos uma fé crescida. Deus deseja ter filhos maduros, que entendam de fato o que significa amá-lo sobre todas as coisas, independentes das circunstâncias.

Pode parecer uma pergunta estranha, mas pense por um momento: como seria a sua vida, sua caminhada cristã se você nunca mais sentisse a presença de Deus? Como você conduziria a sua vida sem senti-lo? Acredito que muitos iriam sucumbir diante de tal situação. Muitos diriam: “Não faz sentido continuar caminhando se não sinto a presença de Deus.”

Amar a Deus é assumir nossa responsabilidade

Isso seria agirmos baseado em nossa fé infantil. Que é quando não fazemos as coisas por amor a Deus, mas por medo das consequências. Uma pessoa madura não limita o seu amor a Deus a uma experiência transcendente, espiritual. Ela toma decisões assumindo as responsabilidades por seus erros. Ela entende o silêncio de Deus como uma voz profunda, onde Ele está lapidando o caráter, moldando o seu interior.

Essa fé madura repousa na convicção de que amar a Deus não é ter garantias. É confiar no Seu caráter independente do resultado. É entender que mesmo quando tomamos decisões erradas, o Senhor continuará a ser Deus, aquele que nos perdoa. É necessário entender que a fé não se resume a experiências de sala de oração ou cultos de domingo. Ela pode ter fases, mas amar a Deus vem acima de tudo isso. O mais importante é permanecer, independente das fases. Ter um coração fiel a Deus.

Amar a Deus sobre todas as coisas significa que Deus deve ser prioridade em nossas vidas. Para nós, Deus deve ocupar o lugar mais alto entre tudo e todos, de modo que todo nosso ser esteja envolvido em reconhecê-lo, obedecê-lo e amá-lo da forma que lhe é apropriada.

Conforme o ensino do Senhor Jesus, amar a Deus sobre todas as coisas é o principal de todos os mandamentos. Citando a passagem de Deuteronômio conhecida na tradição hebraica como Shema, Ele diz: “Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força” (Marcos 12:29,30; cf. Mateus 22:37).

A tradição judaica identifica 613 mandamentos contidos no Pentateuco. No tempo de Jesus, os rabinos estavam constantemente envolvidos em discussões legalistas quanto à interpretação e observância desses mandamentos. Eles também consideravam que dentre os 613 mandamentos, 248 eram afirmativos e 365 eram negativos. Mas Jesus sintetizou toda a Lei apontando para o amor; que primeiro deve ser dirigido a Deus e depois ao ser humano.

Por isso que, antes de tudo, devemos amar a Deus sobre todas as coisas; e então, ainda refletindo esse amor para com Deus, também devemos amar nossos semelhantes.

Amar a Deus de todo coração, alma, entendimento e força

De fato a frase “amar a Deus obre todas as coisas” não aparece exatamente dessa forma nas Escrituras. Mas obviamente ela é uma designação apropriada da doutrina bíblica sobre a forma com que devemos a amar o Senhor.

Isso fica evidente no mandamento de que temos que amar o nosso Deus de todo coração, de toda nossa alma, de todo nosso entendimento e de toda nossa força.

O teólogo do Novo Testamento W. Hendriksen explica que o coração é a sede do que move a existência humana; é a fonte de todos os pensamentos, palavras e ações. A alma se refere aquilo que envolve as atividades emocionais do ser humano. A mente, por sua vez, não é somente o centro da vida intelectual do homem, mas também de suas disposições e atitudes. Quanto à força, podemos dizer que ela é o vigor que leva todas essas coisas ao nível experiencial.

Mas não é necessário distinguirmos esses quatro elementos como funções humanas distintas e delimitadas. Na verdade não é o objetivo do ensino bíblico dividir o homem em quatro partes específicas (coração, alma, entendimento e força); mas simplesmente indicar que todo o ser do homem deve estar envolvido no amor para com Deus.

Como completa W. Hendriksen, o sentido de todas essas referências é que o ser humano deve amar a Deus com todas as faculdades que o Senhor lhe deu; e deve fazer isso por completo. Por isso o salmista escreve: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR; e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome” (Salmo 103:1).

Em outras palavras, quando amamos a Deus sobre todas as coisas, não há um único aspecto da nossa pessoa que não esteja completamente comprometido com esse amor. Perceba que ao falar do exercício desse amor, Jesus repete quatro vezes a palavra “todo” – todo coração, toda alma, todo entendimento e toda força.

Portanto, amar a Deus sobre todas as coisas exige uma entrega total; exige uma rendição completa de tudo o que somos e possuímos. Em nosso amor para com Deus não deve haver espaço para qualquer dubiedade.

Onde está escrito amar a deus sobre todas as coisas

Vimos que amar a Deus sobre todas as coisas significa consagrar-se totalmente a Ele. Mas como podemos amar a Deus dessa forma?

Em primeiro lugar, a Bíblia é muito clara ao dizer que por causa do pecado, a inclinação natural do coração do homem para com Deus não é o amor, mas o ódio. O apóstolo Paulo escreve que, por natureza, os homens são filhos da ira, filhos da desobediência, são inimigos de Deus (Efésios 2:2,3).

Mas a boa notícia é que Deus, “que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo” (Efésios 2:4,5). Então somos salvos pela graça, mediante a fé; e o resultado disso é que embora outrora fossemos inimigos de Deus, agora somos “feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras; as quais Deus preparou que andássemos nelas” (Efésios 2:8-10).

Isso significa que o homem só pode amar a Deus sobre todas as coisas por causa da obra vivificadora operada nele através de Cristo pelo poder do Espírito Santo. Então amar a Deus é também uma bênção decorrente da salvação; é um privilégio que flui da própria graça de Deus. O apóstolo João não deixa qualquer dúvida sobre isso. Ele escreve: “Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro” (1 João 4:19). Portanto, nosso amor para com Deus brota do próprio amor de Deus para conosco.

Em segundo lugar, provamos esse amor para com Deus quando vivemos em conformidade com a sua vontade revelada nas Escrituras. Lembre-se das palavras de Jesus: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos” (João 14:15).

Em terceiro lugar, amar a Deus sobre todas as coisas jamais deve ser motivo de vanglória para o homem. Já vimos que a fonte do nosso amor para com Deus está no próprio Deus com a manifestação de sua graça; não em nós mesmos. Não podemos cair no erro dos fariseus, que faziam de sua devoção um espetáculo para a justiça própria.

O grande objetivo de amarmos a Deus sobre todas as coisas sempre deve ser a glória de Deus. Deus deve ser glorificado na forma como o amamos; e sua graça deve ser louvada e seu nome exaltado no modo como estamos comprometidos com Ele.

Qual o versículo da Bíblia que diz amar a Deus acima de todas as coisas?

Jesus responde: “amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mateus 22:37 ARC).

O que diz Mateus 22 37?

37 E Jesus disse-lhe: aAmarás ao Senhor teu Deus de todo o teu bcoração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. 38 Este é o primeiro e grande mandamento. 39 E o segundo, semelhante a este, é: aAmarás o teu próximo como a ti mesmo.

Por que devemos amar a Deus em primeiro lugar?

Demonstramos nosso amor a Deus quando O colocamos em primeiro lugar em nossa vida. Por que Deus estabeleceu esse mandamento como o primeiro? Pois Ele sabia que, se nós realmente O amássemos, desejaríamos obedecer a todos os Seus outros mandamentos.