O que são vasos condutores de seiva qual a função do xilema e floema?

Doutorado em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente (Instituto de Botânica de São Paulo, 2017)
Mestrado em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente (Instituto de Botânica de São Paulo, 2012)
Graduação em Biologia (UNITAU, 2006)

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O floema, juntamente com o xilema, constitui o sistema condutor das plantas vasculares (pteridófitas, gimnospermas e angiospermas), formando um contínuo através de todos os órgãos (Figura 1). Ele é responsável pelo transporte a longa distância de seiva elaborada, composta de diversas substâncias, incluindo açúcares, aminoácidos, lipídios, micronutrientes, hormônios e proteínas, além de vírus. Em relação a sua origem, o floema, do mesmo modo que o xilema, pode ser primário ou secundário. Quanto aos tipos de células, este tecido é composto por parênquima, fibras, esclereídes e células condutoras. As células do parênquima do floema, assim como do xilema, têm a função de armazenamento de substâncias e estão localizadas tanto em fileiras horizontais como verticais. Já as fibras e os esclereídes auxiliam na sustentação das plantas.

Figura 1: Detalhe do cilindro vascular da raiz de Ranunculus acris evidenciando o xilema e o floema. Foto: Kallayanee Naloka / Shutterstock.com

As células condutoras do floema são denominadas elementos crivados, sendo este nome relacionado com o conjunto de poros, conhecidos como área crivada, encontrados nessas células que permite a comunicação entre os elementos crivados adjacentes. Ao contrário do xilema, os elementos crivados permanecem vivos na maturidade. São constituídos por dois tipos de células: as células crivadas que são típicas das gimnospermas, e os elementos do tubo crivado, exclusivos das angiospermas. Em plantas sem sementes, os sistemas de condução do floema variam em estrutura e são chamados apenas de elementos crivados.

As células crivadas são alongadas e delgadas, apresentando áreas crivadas com poros estreitos ao longo de toda a célula, com maior frequência nas extremidades sobrepostas. Já os elementos do tubo crivado são células mais curtas e contém poros maiores em algumas partes das áreas crivadas, que recebem o nome de placas crivadas. Essas placas geralmente estão localizadas nas paredes terminais. Os elementos de tubo crivado podem se unir por essas extremidades e formar colunas contínuas denominadas de tubos crivados. As paredes de ambos os tipos de células geralmente são primárias. Como resposta a um ferimento ou ao envelhecimento, os poros das áreas e placas crivadas podem estar obstruídos por um polissacarídeo denominado calose.

Apesar dos elementos crivados serem células vivas, na sua maturidade há uma desintegração seletiva dos componentes do protoplasto, ficando como remanescente apenas a membrana plasmática, o retículo endoplasmático liso e alguns plastídios e mitocôndrias, sendo estes últimos dispostos ao longo da parede. Para exercer sua função de condução, essas células devem permanecer vivas, porém necessitam fornecer um caminho desobstruído para o movimento das substâncias transportadas.

Nas angiospermas, os elementos de tubo crivado estão associados com células do parênquima denominadas de células companheiras. As células companheiras são derivadas da mesma célula-mãe dos elementos de tubo crivado e possuem diversas conexões entre elas, permitindo que essas células forneçam nutrientes e outras substâncias para os elementos de tubo crivado, garantindo assim a sua sobrevivência. Nas gimnospermas, as células crivadas estão associadas com as células albuminosas ou células de Strasburger, que apesar de não serem derivadas da mesma célula-mãe da célula crivada, desempenham funções semelhantes às das células companheiras. A morte dos elementos crivados leva a morte das células companheiras e das células albuminosas, o que é um indício da relação de dependência entre os elementos crivados e essas células.

Referências bibliográficas:

Appezzato-da-Glória, B. & Carmello-Guerreiro, S.M. 2006. Anatomia Vegetal. 2ª ed. Viçosa: Ed. UFV, 438 p.

Raven, P.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 830 p.

Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/histologia/floema/

A condução da seiva nas plantas pode ocorrer de duas formas: por difusão, nas plantas avasculares, e pelos vasos condutores (xilema e floema), nas plantas vasculares.

Em briófitas como os musgos, o transporte da seiva ocorre por difusão, isto é, de célula a célula

A nutrição das plantas é feita por meio das seivas, que podem ser de dois tipos:

Seiva bruta ou mineral: constituída pela água e sais minerais presentes no ambiente;

Seiva elaborada: constituída por substâncias orgânicas produzidas pelas plantas no processo de fotossíntese.

Podemos classificar as plantas em dois grupos de acordo com a presença ou ausência de um sistema de tecido vascular.Esse tecido com a função de conduzir as seivas no corpo das plantas é constituído por células unidas em tubos. As plantas que possuem esse extenso sistema de tecido vascular são denominadas vasculares,como as pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. As plantas que não apresentam esse sistema são denominadas de avasculares,como asbriófitas.

Condução da seiva

A seiva é conduzida pela planta de duas formas, as quais dependem da presença ou ausência de tecido vascular:

  • Plantas avasculares: a estrutura dos órgãos das briófitas são delgados e, dessa maneira, sua seiva consegue ser transportada, célula a célula, por meio da difusão. Essas plantas geralmente apresentam limitação em seu tamanho, pois não possuem tecidos condutores para levar a seiva a longas distâncias, além de, por difusão, a condução da seiva ocorrer muito lentamente. No entanto, algumas espécies de musgos apresentam no interior de seus “caules” tecidos vasculares e, assim, desenvolvem-se mais, podendo alcançar até dois metros de altura.

  • Plantas vasculares: o transporte da seiva ocorre em vasos condutores formados pelos tecidos condutores. Os vasos que transportam a seiva bruta ou mineral da raiz para as folhas são denominados lenhosos. O conjunto de vasos lenhosos de uma planta e tecidos associados a eles são chamados de xilema ou lenho. Os vasos que transportam a seiva elaborada das folhas para toda a planta são denominados de vasos liberianos, e seu conjunto e os tecidos associados a ele são chamados de floema ou líber.

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Condução da seiva bruta (teoria da transpiração-coesão-tensão ou coesão-tensão ou teoria de Dixon): a absorção de água e sais ocorre na raiz, principalmente na região dos pelos absorventes. Os sais são absorvidos por meio do transporte ativo, e, como o interior das células fica hipertônico, ou seja, muito concentrado, a água entra por osmose. Células do parênquima, então, levam a água e os sais para o interior dos vasos para que sejam distribuídos por toda a planta. As moléculas de água ligam-se entre si pelas pontes de hidrogênio, criando uma rede dentro dos vasos. Quando ocorre a transpiração através das folhas, gera uma tensão em toda a seiva bruta por causa da coesão entre as moléculas, o que permite, assim, que a seiva bruta percorra grandes distâncias dentro da planta sem cessar sua subida.

Condução da seiva elaborada (teoria do fluxo de pressão ou teoria do fluxo em massa de Ernst Münch): A sacarose, formada nas folhas, difunde-se pelas células parenquimáticas até aproximar-se do floema, onde é absorvida por meio do transporte ativo pelas células-companheiras dos vasos liberianos e, depois, levada ao interior dos vasos. Dessa forma, a pressão osmótica aumenta no interior dos vasos que absorvem a água do xilema, o que aumenta a pressão hidrostática dentro do vaso. Quando um órgão da planta absorve a sacarose, a pressão osmótica no vaso diminui, o que o faz perder água também para esse órgão e diminuir a pressão hidrostática. Assim, a seiva move-se da região em que essa pressão é maior para uma com pressão hidrostática menor.


Por Ma. Helivania Sardinha dos Santos

Por Helivania Sardinha dos Santos

Qual a função dos vasos xilema e floema?

O xilema está relacionado com a condução de água e nutrientes inorgânicos da planta, além de armazenar algumas substâncias e atuar com o esclerênquima e o colênquima na sustentação do corpo do vegetal. Já o floema é um tecido relacionado com o transporte de substâncias orgânicas.

O que são os vasos condutores de seiva?

O lenho e o líber, respectivamente chamados por xilema e floema, são tecidos vasculares que realizam o transporte de seiva nos organismos vegetais (traqueófitas): pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, comunicando o sistema radicular às estruturas foliares, intermediada pelo caule.

Qual a função dos vasos condutores xilema?

O xilema, ou lenho, é responsável pela condução de água e sais minerais - seiva bruta - das raízes até o ápice da planta. É constituído por células mortas impregnadas por lignina e reforçadas com celulose.

O que são vasos condutores e qual sua função?

A sua principal função é a condução de água e sais minerais. Os elementos de vaso apresentam perfurações, o que permite diferenciá-los dos traqueídos. As fibras lenhosas, células mortas, alongadas e com paredes celulares espessas, são responsáveis pelo transporte no xilema.

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