O que podemos orientar para o paciente para prevenir as Infecções Sexualmente Transmissíveis?

As DST’s, como são conhecidas as doenças sexualmente transmissíveis, são patologias que, como o próprio nome diz, são transmitidas por meio de relações sexuais. Entre elas, podemos citar sífilis, gonorreia, hepatite e, com maior destaque, a AIDS — a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

O fato de essa doença ter chegado ao Brasil há mais de 30 anos e infectado milhões de pessoas mostra a importância de medidas de controle da AIDS para barrar e diminuir o número de infectados.

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é uma patologia grave e sem cura, que ataca o sistema imunológico e facilita a instalação de outras doenças oportunistas. Ela se desenvolve progressivamente após o contágio pelo vírus HIV, sendo que os sintomas da doença surgem, em média, 10 anos depois da infecção.

Por isso, é muito importante ter um diagnóstico e iniciar as medicações o quanto antes para ter a remissão do vírus e, assim, não desenvolver um quadro de AIDS.

Quer descobrir quais são as medidas de prevenção contra a AIDS e outras DST’s e também como deve ser feito o tratamento dessa doença? Neste artigo, separamos todas essas informações para você.

Como se prevenir da AIDS e de outras infecções sexualmente transmissíveis?

O HIV, vírus responsável pelo desenvolvimento da AIDS, é transmitido pelo contato com sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno — líquidos orgânicos em que está em quantidade suficiente para infectar outra pessoa. Para haver o contágio, as secreções com o vírus devem penetrar o organismo alheio.

Isso pode acontecer por meio de relações sexuais, tanto heterossexuais como homossexuais, compartilhamento de agulhas e seringas, acidentes com objetos cortantes, transfusão de sangue e também por via vertical, quando a mãe transmite o vírus para seu filho durante a gestação, na hora do parto ou enquanto está amamentando.

Para evitar a infecção pelo HIV, é importante adotar algumas medidas de prevenção. Entre elas:

  • usar preservativos em todas as relações sexuais;
  • utilizar somente agulhas e seringas descartáveis e não compartilhá-las com ninguém;
  • proteger-se com equipamentos de proteção individual, como luvas, máscara, óculos e avental para manipular líquidos biológicos;
  • realizar testes completos para detectar a presença do HIV em bolsas de sangue e hemoderivados antes de uma transfusão;
  • fazer o tratamento com antirretrovirais em mãe gestante soropositiva para HIV, a fim de evitar a contaminação do seu filho;
  • orientar mulheres HIV positivo para não amamentarem seus filhos.

Fazer o uso de algum preservativo de barreira, como a camisinha feminina ou masculina, em todas as relações sexuais, é uma das principais medidas para evitar o contágio pelo HIV, além de proteger contra outras doenças sexualmente transmissíveis.

Além disso, se uma pessoa já sabe que é portadora do HIV, ela deve continuar a se proteger com o preservativo, mesmo que seu parceiro também seja um portador do vírus. Isso é porque pode ocorrer uma retransmissão que aumenta a carga viral no organismo e afeta negativamente o seu estado de saúde.

Por fim, caso uma pessoa tenha uma relação sexual desprotegida, compartilhe seringas ou sofra um acidente com perfurocortantes, por exemplo, o que a expõe ao risco de contaminação pelo HIV, é possível evitar a infecção por meio da Profilaxia Pós-Exposição (Pro).

Ademais, pessoas incluídas em grupos constantemente expostos ao HIV podem contar ainda com o Prep (Profilaxia Pré-exposição), um tratamento que impede o desenvolvimento da AIDS.

O Prep é destinado somente para grupos de riscos, como profissionais do sexo, casais sorodiferentes, ou seja, compostos por uma pessoa portadora e outra que não tenha o vírus HIV, homens e mulheres transexuais e homens gays, o que independe de eles terem um parceiro fixo ou não. No Brasil, o Prep e o Pep são disponibilizados de forma completamente gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Como controlar essa doença após o contágio?

Após adquirir o vírus HIV, é fundamental procurar um médico e iniciar o tratamento com medicamentos antirretrovirais, os quais são fornecidos gratuitamente pelo SUS. Apesar de não atingirem a cura, os fármacos utilizados nos coquetéis atuam no combate ao vírus, evitando que ele se multiplique, aumente a carga viral e invada novas células. Além disso, esses medicamentos também ajudam a fortalecer o sistema imune.

Dessa forma, é possível reduzir o risco de doenças oportunistas, como tuberculose e pneumonia, o que permite que um paciente portador do vírus da AIDS viva uma vida mais longa e relativamente comum e saudável.

Quando iniciar o tratamento?

Existem alguns requisitos para que o tratamento de um portador do vírus HIV inicie. São eles a taxa de CD4 — células atacadas pelo vírus — menor que 500 por mm³ de sangue, e carga viral maior que 100.000 por ml. Nas pacientes grávidas, o tratamento deve ser estabelecido imediatamente para diminuir os riscos de contaminação do bebê.

Quais são os fármacos utilizados no tratamento?

O coquetel utilizado para tratamentos da AIDS é composto por 5 diferentes medicamentos: Zidovudina (AZT), Didanosina (DDI), Zalcitabina (DDC), Lamivudina (3TC) e Estavudina (D4T). Os medicamentos devem ser tomados na dose e horário corretos todos os dias para evitar que o vírus fique mais forte.

Durante a gravidez, o tratamento deve ser acompanhado por um obstetra e pode ser modificado devido ao risco de malformações para o feto. Para todos os pacientes em tratamento, o SUS disponibiliza testes de HIV que devem ser realizados, pelo menos, 3 vezes ao ano para avaliar como está o controle da AIDS.

Que outros cuidados são necessários para ter o controle da AIDS?

Cuidar da alimentação e praticar exercícios físicos é indispensável para prevenir doenças crônicas e fortalecer o sistema imune, o que é importante para manter um paciente com HIV saudável. Além disso, um hábito que deve ser frequente são as consultas ao médico especialista: no início do tratamento, é importante visitar o infectologista uma vez por mês para avaliar a reação aos medicamentos e o efeito dos antirretrovirais.

Após a estabilização da doença, as consultas devem acontecer, pelo menos, a cada seis meses, para que haja uma monitorização contínua das condições de saúde do paciente e garantia do controle da AIDS.

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O que devemos fazer para nos prevenir contra as infecções sexualmente transmissíveis?

O uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Serve também para evitar a gravidez.

Qual é a melhor forma de evitar as doenças transmissíveis?

5 formas simples de prevenir doenças transmissíveis.
Mantenha as mãos sempre limpas. Você já pensou na quantidade de objetos e lugares onde colocamos as mãos diariamente? ... .
Deixe os ambientes arejados. Vírus e bactérias também estão pelo ar. ... .
Use preservativo. ... .
Vá ao dentista regularmente. ... .
Cuide do seu pet..

Qual o papel do enfermeiro frente às infecções sexualmente transmissíveis?

Cabe ao profissional enfermeiro enquanto gestor das Unidades de Saúde da Família garantir que os portadores de IST estejam inclusos em ações voltadas para a prevenção, promoção, diagnóstico e tratamento dos mesmos.

Quais as principais orientações de enfermagem na promoção de saúde em relação as Ists?

Sabe-se que uma das formas mais eficaz de prevenção contra as IST/Aids é através do uso do preservativo em todas as relações sexuais, prática essa que deve ser orientada pelos profissionais de saúde. É possível prevenir algumas IST por meio da imunização, é o caso da hepatite B e papiloma vírus humana (HPV).