A terceira fase do modernismo brasileiro ou terceira geração modernista é como ficou conhecido o período da literatura nacional que vai de 1945 até os anos de 1970. As obras dessa fase são caracterizadas pelo seu caráter experimental, além da crítica sociopolítica e da metalinguagem. Elas estão inseridas no contexto da Guerra Fria, conflito que acabou estimulando o consumismo capitalista. Show
Veja também: Primeira fase do modernismo brasileiro — a fase modernista da destruição Tópicos deste artigo
Resumo sobre a terceira fase do modernismo
Videoaula sobre a terceira fase do modernismoNão pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Características da terceira geração modernistaA terceira fase do modernismo brasileiro, também conhecida como pós-modernismo, teve início em 1945 e se encerrou na década de 1970, dando espaço para a literatura contemporânea. → Características da poesia de 1945
→ Características do concretismo de 1956
→ Características do neoconcretismo de 1959
→ Características da poesia práxis de 1962
→ Características do poema-processo de 1967
→ Características da prosa pós-moderna
Contexto histórico da terceira fase do modernismo brasileiroCom o fim da Segunda Guerra Mundial, a ameaça de uma guerra nuclear passou a pairar sobre o mundo inteiro. Assim, teve início a Guerra Fria, que dividiu o mundo em países capitalistas e socialistas, representados por duas grandes potências inimigas: Estados Unidos e União Soviética. No Brasil:
No campo cultural, brasileiras e brasileiros idolatravam as estrelas do rádio. Além disso, a televisão chegou ao Brasil em 1950. O país também produzia cinema por meio de duas grandes produtoras: Atlântida e Vera Cruz. Ademais, os filmes de Hollywood já exerciam grande influência em todo o mundo. Todo esse contexto propiciou o crescimento do consumismo, estimulado pelos veículos de comunicação. O materialismo e o individualismo começaram a fazer parte da cultura nacional. Daí a produção, na poesia, de uma arte mais material ou objetificada. Assim também se justifica, tanto na prosa como na poesia, a busca de interação com o leitor e a leitora. No entanto, o caráter experimental das obras literárias não era uma característica de um produto cultural facilmente consumível. A partir da década de 1950, a valorização do produto de entretenimento começou a se fortalecer. Nesse sentido, as obras da terceira geração acabaram configurando uma forma de resistência ao produto cultural descartável. Leia também: Segunda fase do modernismo brasileiro — a fase modernista da reconstrução Autores da terceira geração modernista→ Poetas da terceira geração modernista
→ Prosadores da terceira geração modernista
Obras da terceira fase do modernismo brasileiro→ Poesia da terceira fase do Modernismo brasileiro
→ Prosa da terceira fase do modernismo brasileiro
Exercícios resolvidos sobre a terceira fase do modernismo brasileiroQuestão 1 (Enem 2016) Antiode Poesia, não será esse Flor é a
palavra Flor é o salto MELO NETO, J. C. Psicologia da composição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. A poesia é marcada pela recriação do objeto por meio da linguagem, sem necessariamente explicá-lo. Nesse fragmento de João Cabral de Melo Neto, poeta da geração de 1945, o sujeito lírico propõe a recriação poética de A) uma palavra, a partir de imagens com as quais ela pode ser comparada, a fim de assumir novos significados. B) um urinol, uma referência às artes visuais ligadas às vanguardas do início do século XX. C) uma ave, que compõe, com seus movimentos, uma imagem historicamente ligada à palavra poética. D) uma máquina, levando em consideração a relevância do discurso técnico-científico pós-Revolução Industrial. E) um tecido, visto que sua composição depende de elementos intrínsecos ao eu lírico. Resolução: Alternativa A A palavra “flor” é recriada poeticamente ao ser comparada, por exemplo, ao “salto da ave para o voo” ou a uma “explosão posta a funcionar”. Questão 2 (Enem 2013) Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou. [...] Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré-pré-história já havia os monstros apocalípticos? Se esta história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos — sou eu que escrevo o que estou escrevendo. [...] Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por aí aos montes. Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado de uma visão gradual — há dois anos e meio venho aos poucos descobrindo os porquês. É visão da iminência de. De quê? Quem sabe se mais tarde saberei. Como que estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não inicio pelo fim que justificaria o começo — como a morte parece dizer sobre a vida — porque preciso registrar os fatos antecedentes. LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (fragmento). A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompanha a trajetória literária de Clarice Lispector, culminada com a obra A hora da estrela, de 1977, ano da morte da escritora. Nesse fragmento, nota-se essa peculiaridade porque o narrador A) observa os acontecimentos que narra sob uma ótica distante, sendo indiferente aos fatos e às personagens. B) relata a história sem ter tido a preocupação de investigar os motivos que levaram aos eventos que a compõem. C) revela-se um sujeito que reflete sobre questões existenciais e sobre a construção do discurso. D) admite a dificuldade de escrever uma história em razão da complexidade para escolher as palavras exatas. E) propõe-se a discutir questões de natureza filosófica e metafísica, incomuns na narrativa de ficção. Resolução: Alternativa C O narrador de Clarice Lispector realiza reflexões existenciais (“Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever”) e metalinguísticas (“Como que estou escrevendo na hora mesma em que sou lido”). Crédito de imagem [1] Editora Rocco (reprodução) Por Warley Souza Quais as características da geração 30?A Geração de 1930 representava o aprofundamento e o amadurecimento das conquistas da primeira geração de 1922. Assim, permaneciam o uso dos versos livres (sem grandes preocupações com a métrica) e o emprego de vocabulário do dia a dia. Outra importante características foi a presença de abrangência temática.
São características da geração modernista de 1930?A segunda fase do modernismo brasileiro durou de 1930 a 1945. Sua poesia é marcada pelo conflito existencial e pela reflexão sobre os problemas contemporâneos. Sua prosa possui caráter regionalista. Fatos como a ditadura de Vargas e a Segunda Guerra Mundial influenciaram a escrita dos seus autores.
O que foi a geração de 1930 e quais foram seus principais representantes?Os representantes deste movimento fizeram obras voltadas para a análise crítica da realidade social do país. Dentre os principais nomes da Geração de 1930, podemos destacar: Carlos Drummond de Andrade (na poesia); Vinícius de Moraes (na poesia);
O que caracterizou a geração de 30 na poesia?Dessa maneira, a poesia de 30 apresenta grande abrangência de temáticas: social, histórica, cultural, filosófica, religiosa, cotidiana. Uma das características mais importantes dessa fase foi a liberdade formal. Os poetas escreviam com versos livres (sem métrica) e versos brancos (sem rima).
|