O que foi a campanha da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida no Brasil?

A Ação da Cidadania promove, a partir da próxima segunda-feira (20), o Encontro Nacional Contra a Fome, uma reunião de diversas entidades que atuam na temática da segurança alimentar, além de especialistas e personalidades, para debater saídas e frear o avanço da fome no Brasil. O evento vai até o dia 23 de junho, na sede da Ação da Cidadania, na Gamboa, zona portuária do Rio de Janeiro.

O encontro também marca o grande chamamento à população no combate à fome no Brasil, um movimento nacional que a entidade está liderando, apoiada por empresas, agências de publicidade e organizações, com o objetivo de mobilizar a sociedade civil a assumir um papel ativo na luta pelo direito à alimentação.

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Os números recém divulgados da fome no Brasil, onde 33 milhões de pessoas não têm o que comer, remetem ao ano de 1993, quando Herbert de Souza, o Betinho, conclamou o país inteiro para ajudar 32 milhões de pessoas famintas, engajando milhares de artistas, pessoas influentes, empresários, ativistas e a sociedade civil. Nascia naquele ano a Ação da Cidadania - Contra a Miséria, a Fome e pela Vida.

"Este ano teremos eleições gerais, e a fome precisa estar no centro do debate nacional. Este é o ponto de partida do Encontro Nacional Contra a Fome: reunir as principais entidades que lutam contra a insegurança alimentar e propor ações concretas para enfrentar a tragédia social que o país vive", explicou Daniel de Souza, presidente do Conselho da Ação da Cidadania e filho de Betinho.

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Retrocessos

No encontro, será divulgada a nova edição da Agenda Betinho, com 92 propostas para as políticas públicas estaduais e nacionais de segurança alimentar e nutricional. O documento foi elaborado com diálogo e representações de pesquisadores, agricultores urbanos e rurais, pescadores, ribeirinhos, povos de comunidades tradicionais e de matriz africana, quilombolas, negros, mulheres, indígenas, sindicatos, coletivos, frentes e ativistas.

Diretor-executivo da Ação da Cidadania, Rodrigo "Kiko" Afonso afirmou que é inaceitável que no período de um ano 14 milhões de novos brasileiros não tenham o que comer.

"Quando o governo não faz seu trabalho, os movimentos sociais e as entidades precisam unir forças, mas nunca imaginamos esse retrocesso, é uma frustração. E agora temos urgência em frear o avanço da fome. É urgente estabelecer quais estratégias vão interromper esse ciclo e uma delas é esse chamado à sociedade e às empresas", afirma o diretor-executivo da Ação da Cidadania.

Programação

A abertura oficial acontece no dia 20, a partir das 18h, com apresentação das instituições parceiras e shows de Teresa Cristina e Mart’nália, que são apoiadoras da ONG. Nos dias 21, 22 e 23, a partir das 9h, estão previstos os debates sobre as causas, as consequências e as soluções da fome, sendo um tema por dia.

Na parte da tarde, com previsão de início às 14h, os palcos abrem espaço para as rodas de conversas e painéis temáticos, sugeridos pelas entidades e selecionados pela curadoria do evento. O encerramento no dia 23 também será marcado pela elaboração de um documento, integralmente discutido e ratificado durante os debates, que vai representar o posicionamento das instituições presentes, apoiadoras e parceiras da Ação da Cidadania nesse evento, sobre a fome e a atual situação do país.

A programação completa está disponível no site. O evento será restrito para convidados, mas com transmissão online e gratuita, para quem se cadastrar no link.

Entre os parceiros do encontro encontro organizado pela Ação da Cidadania estão: Instituto Fome Zero, ActionAid, GT Agenda 2030, Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs), Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS), Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (FONSANPOTMA), Marcha das Margaridas, Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), Conferência Popular e Autônoma de SAN, Conselho de presidentes de CONSEAS Estaduais (CPCE), GT Indígena Conferência Nacional Popular de Segurança e Soberania Alimentar, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), OXFAM Brasil, ABRASCO, OAB Nacional, MST, SEFRAS e Frente Nacional Contra a Fome.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda


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Quem tem fome, tem pressa!

Com essa frase, Betinho definiu o ideal que fundou a Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria. Depois de anos de trabalho e dedicação, muita coisa já mudou. Mas ainda há muito o que fazer. Junte-se a nós.

A Ação da Cidadania nasceu em 1993, para ajudar 32 milhões de brasileiros que estavam abaixo da linha da pobreza. Hoje, vinte anos depois, sensibilizada a sociedade, efetivados programas dos governos Federal, estaduais e municipais, muita coisa mudou. Mas o Brasil ainda tem fome. Os movimentos sociais nas ruas têm demonstrado isso com uma retórica irrefutável. E você tem fome de que?

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Qual era a função do projeto Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida criado por Betinho em 1993?

Foi em 1993 que Betinho fundou o movimento “Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria e pela Vida”, que lutava no combate à fome de 32 milhões de brasileiros na época, que levaram o Brasil a entrar no Mapa da Fome, levantado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Qual o objetivo da Ação da Cidadania?

A Ação apoia projetos nas áreas de agricultura familiar, segurança alimentar, luta por políticas públicas de combate à fome e ações diretas para redução da fome e miséria nas comunidades em que atua, através de sua extensa rede de comitês comunitários.

Qual o nome é o objetivo da campanha de Herbert de Souza?

O sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, fundou o Ibase em 1980 e, na década de 1990, tornou-se símbolo de cidadania no Brasil ao liderar a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, conhecida popularmente como a campanha contra a fome.

O que é uma ação de cidadania?

A Ação da Cidadania atua com uma estrutura descentralizada, permitindo, revelar as lideranças que vêm transformando suas comunidades: homens e mulheres com grande capacidade de mobilização e influência, além de muita criatividade para encontrar soluções para seus problemas, mas com pouca educação formal.

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