S�o as operadoras de fato, cuidam dos carentes, idosos, meninos de rua, drogados e alco�latras, �rf�os e m�es solteiras; protegem testemunhas; ajudam a preservar o meio ambiente; educam jovens, velhos e adultos; profissionalizam; doam sangue, merenda, livros, sop�o; atendem suicidas �s quatro horas da manh�; d�o suporte aos desamparados; cuidam de filhos de m�es que trabalham; ensinam esportes; combatem a viol�ncia; promovem os direitos humanos e a cidadania; reabilitam v�timas de poliomelite; cuidam de cegos, surdos-mudos; enfim, fazem tudo.
S�o publicados n�meros que v�o desde 14.000 a 220.000 entidades existentes no Brasil, o que inclui escolas, associa��es de bairro e clubes sociais. Nosso estudo sobre as entidades que participaram do Guia da Filantropia, revela que as 400 Maiores Entidades representaram, praticamente, 90% da atividade do setor em 2001.
Fundos Comunit�rios
Community Chests s�o muito comuns nos Estados Unidos. Em vez de cada empresa doar para uma entidade, todas as empresas doam para um Fundo Comunit�rio, sendo que os empres�rios avaliam, estabelecem prioridades, e administram efetivamente a distribui��o do dinheiro. Um dos poucos fundos existente no Brasil, com resultados comprovados, � a
FEAC, de Campinas.Entidades Sem Fins Lucrativos Infelizmente, muitas entidades sem fins lucrativos s�o, na realidade, lucrativas ou atendem os interesses dos pr�prios usu�rios. Um clube esportivo, por exemplo, � sem fins lucrativos, mas beneficia somente os seus respectivos s�cios. Muitas escolas, universidades e hospitais eram no passado, sem fins lucrativos, somente no nome. Por isto, estes n�meros chegam a 220.000.
O importante � diferenciar uma associa��o de bairro ou um clube que ajuda os pr�prios associados de uma entidade beneficente, que ajuda os carentes do bairro.
ONGs Organiza��es N�o GovernamentaisNem toda entidade beneficente ajuda prestando servi�os a pessoas diretamente. Uma ONG que defenda os direitos da mulher, fazendo press�o sobre nossos deputados, est� ajudando indiretamente todas as mulheres.
Nos Estados Unidos, esta categoria � chamada tamb�m de Advocacy Groups, isto �, organiza��es que lutam por uma causa. L�, como aqui, elas s�o muito poderosas politicamente.
Empresas com Responsabilidade Social
A Responsabilidade Social, no fundo, � sempre do indiv�duo, nunca de uma empresa jur�dica, nem de um Estado impessoal. Caso contr�rio, as pessoas repassariam as suas responsabilidades �s empresas e ao governo, ao inv�s de assumirem para si. Mesmo conscientes disso, vivem reclamando que os "outros" n�o resolvem os problemas sociais do Brasil.
Por�m, algumas empresas v�o al�m da sua verdadeira responsabilidade principal, que � fazer produtos seguros,acess�veis, produzidos sem danos ambientais, e de estimular seus funcion�rios a serem mais respons�veis. O Instituto Ethos - organiza��o sem fins lucrativos criado para promover a responsabilidade social nas empresas - foi um dos pioneiros nesta �rea.
Empresas Doadoras
Uma pesquisa feita por nós
Elite Filantr�pica
Ao contr�rio de Ted Turner, Bill Gates e dos 54 bilion�rios que o Brasil possui, somente 2 s�o considerados bons parceiros do terceiro setor (Jorge Paulo Lehman e a fam�lia Erm�rio de Moraes). A maioria dos doadores pessoas f�sicas s�o da classe m�dia. Esta tend�ncia continua na classe mais pobre. Quanto mais pobre, maior a porcentagem da renda doada como solidariedade.
Pessoas F�sicasNo mundo inteiro, as empresas
contribuem somente com 10% da verba filantr�pica global, enquanto as pessoas f�sicas, notadamente da classe m�dia, doam os 90% restantes. No Brasil, a nossa classe m�dia doa, em m�dia, 23 reais por ano, menos que 28% do total das doa��es. As funda��es doam 40%, o governo repassa 26% e o resto vem de bingos beneficentes, leil�es e eventos.Imprensa
At� 1995, a pouca cobertura que a
Empresas Juniores Sociais
Nossas universidades pouco fizeram para o social, apesar de serem p�blicas. � raro encontrar um professor universit�rio assessorando uma ONG com seus conhecimentos. Nos �ltimos anos, os alunos criaram Empresas Juniores Sociais, nas quais os alunos das escolas de Administra��o ajudam entidades. Algumas das mais atuantes s�o a FEA-J�nior da USP, a J�nior P�blica da FGV, e os ex-alunos do MBA da USP.
Stephen Kanitz
www.kanitz.com.br