O que é a hipófise?
Quais são as principais doenças da hipófise?
As doenças são causadas por produção diminuída ou aumentada dos hormônios
produzidos pela hipófise, geralmente por tumores benignos na glândula.
Hormônio prolactina - seu excesso ocasiona produção de leite pelas mamas, perda da libido, irregularidades menstruais, infertilidade e alterações ósseas;
Hormônio ACTH (adrenocorticotrófico) - atua estimulando as glândulas suprarrenais (ou adrenais), que produzem o cortisol e vários outros hormônios - seu excesso leva à doença de Cushing;
Hormônio GH (do crescimento) - ocasiona gigantismo em crianças ou acromegalia (aumento das extremidades) em adultos.
O que causa o excesso na produção dos hormônios pela hipófise?
Geralmente, são tumores. Eles representam cerca de um quinto de todos os tumores cerebrais, e alguns de seus tipos predominam nitidamente em mulheres. Esses tumores podem secretar os hormônios hipofisários,
só que em quantidade muito maior. Isso pode levar a diferentes patologias, dependendo do hormônio secretado.
Vale ressaltar que esses tumores têm um comportamento benigno, sendo que sua principal consequência, muitas vezes, é a própria secreção aumentada do hormônio. Em alguns casos, observa-se também dor de cabeça e alterações na visão, pois são tumores que ficam muito próximos aos nervos responsáveis pela visão.
Como identificar os tumores da hipófise?
O diagnóstico dos tumores de hipófise é feito por meio de ressonância magnética.
Quais são os tipos de tumor que acometem a hipófise?
Os mais comuns os prolactinomas, que secretam em excesso o hormônio prolactina. Esse hormônio, envolvido na lactação, está naturalmente elevado durante a amamentação. Seu excesso causado por um tumor promove lactação fora de hora. Esse tipo de
tumor de hipófise é o mais comum e é o único cujo tratamento é feito preferencialmente por meio de medicação, cuja eficácia atinge 85 a 90% das pessoas. São mais comuns em mulheres, mas também podem afetar os homens. Raramente levarão à produção de leite, já que o tecido mamário é muito escasso no sexo masculino.
O excesso desse hormônio dá origem a uma doença conhecida como Cushing, em que ocorre ganho de peso, alteração menstrual e estrias vermelhas e grossas em abdômen, penas e braços. Além disso,
a doença causa hipertensão arterial e diabetes, que contribuem decisivamente para uma piora da saúde em geral.
O tumor hipofisário pode secretar excesso de hormônio de crescimento (GH). Se isso ocorrer em crianças e adolescentes, crescerão demasiado, tornando-se gigantes. Se ocorrer em adultos, as extremidades (mãos, pés, nariz, língua) crescerão, dando origem à acromegalia. As pessoas com esse tipo de tumor possuem risco aumentado para o aparecimento de tumores em outras
partes do corpo, assim como de problemas cardíacos, hipertensão arterial e diabetes.
Todos os tumores da hipófise secretam hormônios?
Não. Cerca da metade dos tumores da hipófise não secreta nenhum tipo de hormônio, e causa sintomas somente quando atinge tamanho suficiente para comprimir as estruturas cerebrais ao redor, em especial os nervos da visão.
Há tratamento para os tumores da
hipófise?
O tratamento adequado deve ser iniciado o mais rápido possível e pode levar ao desaparecimento completo dos sintomas, bem como à diminuição dos riscos à saúde que ocasionam.
Pode ser medicamentoso ou cirúrgico, dependendo do tipo de hormônio secretado. O tratamento cirúrgico é o preferido da maioria das pessoas que possuem tumores hipofisários que não sejam prolactinomas. A cirurgia hipofisária desenvolveu-se enormemente nas últimas décadas e, hoje, há a cirurgia minimamente invasiva por endoscópio, sem abrir o crânio e com recuperação extremamente rápida do paciente e menor chance de complicações. No entanto, em alguns casos ainda pode ser necessária a cirurgia convencional, dependendo do tamanho do tumor.
Como é feita a cirurgia endoscópica de base de crânio?
A neuroendoscopia revolucionou o tratamento de tumores hipofisários na última década. Times
multidisciplinares com neurocirurgiões, otorrinolaringologistas e endocrinologistas, trabalhando em conjunto, utilizam endoscópios de altíssima resolução (2D ou 3D) para a retirada do tumor e a preservação da hipófise. Além disso, métodos de imagem de alta resolução, como a neuronavegação e a ressonância magnética foram incorporados pelos cirurgiões que operam a glândula.
consultoria: Dra. Roberta Frota Vilas Boas, endocrinologista do H9J
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