Leituras do dia de hoje na Igreja Católica

Memória Facultativa

São Tomás Becket, bispo e mártir

Antífona de entrada

Deus amou tanto o mundo, que lhe deu o seu próprio Filho: quem nele crê não perece, mas possui a vida eterna. (Jo 3, 16)

Lux fulgébit hódie super nos: quia natus est nobis Dóminus: et vocábitur Admirábilis, Deus, Princeps pacis, Pater futúri saéculi: cuius regni non erit finis. Ps. Dóminus regnávit, decórem indútus est: indútus est Dóminus fortitúdinem, et praecínxit se. (Cf. Is. 9, 2. 6; Lc. 1, 33; Ps. 92)

Vel:

Puer natus est nobis, et fílius datus est nobis: cuius impérium super húmerum eius: et vocábitur nomen eius, magni consílii Angelus. Ps. Cantáte Dómino cánticum novum: quia mirabília fecit. (Is. 9, 6; Ps. 97)


Vernáculo:
Hoje surgiu a luz para o mundo: o Senhor nasceu para nós. Ele será chamado admirável, Deus, Príncipe da paz, Pai do mundo novo. E o seu reino não terá fim. (Cf. Bíblia CNBB: Is 9, 2. 6; Lc 1, 33) Sl. Deus é Rei e se vestiu de majestade, revestiu-se de poder e de esplendor! (Cf. LH: Sl 92)

Ou:

Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado “Mensageiro do Conselho de Deus”. (Cf. MR: Is 9, 6) Sl. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! (Cf. LH: Sl 97)

Glória

Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo poderoso.
Nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças por Vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus pai, Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo, só Vós, o Senhor, Só Vós o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai.
Amém.

Oração do dia

Ó Deus invisível e todo-poderoso, que dissipastes as trevas do mundo com a vinda da vossa luz, volvei para nós o vosso olhar, a fim de que proclamemos dignamente a maravilhosa natividade do vosso Filho unigênito. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Jo 2, 3-11)

Leitura da Primeira Carta de São João

Caríssimos, 3para saber que conhecemos Jesus, vejamos se guardamos os seus mandamentos. 4Quem diz: “Eu conheço a Deus”, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. 5Naquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado. O critério para saber se estamos com Jesus é este: 6quem diz que permanece nele, deve também proceder como ele procedeu.

7Caríssimos, não vos comunico um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que recebestes desde o início; este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. 8No entanto, o que vos escrevo é um mandamento novo – que é verdadeiro nele e em vós – pois que as trevas passam e já brilha a luz verdadeira. 9Aquele que diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, ainda está nas trevas. 10O que ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. 11Mas o que odeia o seu irmão está nas trevas, caminha nas trevas, e não sabe aonde vai, porque as trevas ofuscaram os seus olhos.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 95)

℟. O céu se rejubile e exulte a terra!

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! ℟.

— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios! ℟.

— Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor! ℟.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Sois a Luz que brilhará para os gentios, e para a glória de Israel, o vosso povo. (Lc 2, 32) ℟.

Evangelho (Lc 2, 22-35)

℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.

℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.

22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, 26e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29 “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”. 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti uma espada te traspassará a alma”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Deus enim firmávit orbem terrae, qui non commovébitur: paráta sedes tua, Deus, ex tunc, a saéculo tues. (Ps. 92, 1c. 2)


Vernáculo:
Vós firmastes o universo inabalável, vós firmastes vosso trono desde a origem, desde sempre, ó Senhor, vós existis! (Cf. LH: Sl 92, 1c. 2)

Sobre as Oferendas

Nós vos apresentamos, ó Deus, as nossas oferendas, trocando convosco nossos dons: oferecemos o que nos destes e esperamos receber-vos. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da Comunhão

Graças ao entranhado amor de nosso Deus, visitou-nos a Luz que vem do alto. (Lc 1, 78)

Respónsum accépit Símeon a Spíritu Sancto, non visúrum se mortem, nisi vidéret Christum Dómini. (Cant. Lc 2, 29. 30-31. 32 et ps. 47, 2. 3ab. 3cd. 4. 9. 10. 11. 12. 15)


Vernáculo:
Revelara o Espírito Santo a Simeão que não morreria sem ter visto o ungido do Senhor. (Cf. MRQ)

Depois da Comunhão

Nós vos pedimos, ó Deus todo-poderoso, que a nossa vida seja sempre sustentada pela força dos vossos sacramentos. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 29/12/2022
O Menino que nasceu para a morte

“Quanto a ti”, diz Simeão à Virgem dolorosa, “uma espada te traspassará a alma”, pois este teu Filho nasceu para morrer: ele agora vive, mas para dar a vida em resgate de muitos.

A Apresentação no Templo. — O contexto em que o Evangelho de hoje se insere é o quarto mistério gozoso do Rosário: a Apresentação do Senhor no Templo. Oito dias após nascer, o Menino Jesus, segundo os preceitos da Lei, foi circuncidado; no quadragésimo dia depois do parto, a Virgem bendita dirigiu-se ao Templo de Jerusalém, tanto para cumprir o preceito de pureza legal (cf. Lv 12) como para apresentar seu Filho ao Senhor. Nesta ocasião, Jesus foi reconhecido pelo velho Simeão como Salvador de Israel e pela profetisa Ana como Redentor do mundo. Ora, uma vez que Cristo, como nosso Salvador e Mestre, quis assemelhar-se em tudo a seus irmãos (cf. Hb 2, 17), exceto no pecado, convinha que Ele se submetesse ao rito da circuncisão, em virtude do qual os hebreus passavam a fazer parte do povo de Deus e se tornavam, assim, destinatários da Aliança que Yahweh estabelecera com Abraão e a sua descendência (cf. Gn 17, 11). A circuncisão externa do corpo, com efeito, era um símbolo e sinal da mortificação interna da concupiscência, além de um sacramento da Antiga Lei por força do qual, e em atenção à fé no futuro Messias, os membros do povo eleito eram purificados da culpa original. Trinta e dois dias após a circuncisão, a Sagrada Família foi ao Templo e, à Porta de Nicanor, que ficava entre o átrio das mulheres e o dos israelitas, a Virgem SS. foi benzida pelo sacerdote em turno e purificada da impureza prescrita por Moisés. Realizada a cerimônia, os pais do Menino entregaram como oferta um par de rolas, pois eram muito pobres e não podiam oferecer em holocausto um cordeiro de um ano (cf. Lv 12, 6). Nem Jesus nem Maria, obviamente, tinham necessidade de obedecer a tais preceitos da Lei; quiseram cumpri-los, não obstante, a fim de nos dar um exemplo admirável de humildade e da obediência que devemos prestar aos ritos da nossa religião.

A profecia de Simeão. — Ora, havia no Templo um homem chamado Simeão. Era ele justo e piedoso (gr. εὐλαβὴς = temente) aos olhos de Deus e esperava a consolação do povo de Israel, isto é, o advento do Cristo, que consolaria todos os aflitos de Sião (cf. Is 61, 2). O Espírito Santo estava sempre com ele, seja pela graça santificante, seja pelo dom da profecia, e lhe havia anunciado, por uma revelação especial, que ele não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. Movido pelo mesmo Espírito, Simeão entrou no Templo ao ver os pais de Jesus e, aproximando-se da Família, tomou o menino nos braços, bendisse a Deus a agradeceu-lhe o privilégio não só de ver o Cristo, mas inclusive de poder abraçá-lo ternamente. Inspirado por Deus, o santo ancião, fazendo eco aos antigos profetas e consumando a fé dos Patriarcas, cantou as glórias do Messias e, dirigindo-se-lhe à Mãe, revelou o seguinte: “Quanto a ti uma espada te traspassará a alma” (v. 35). Essa espada de dor não se refere, como pensava Orígenes, a uma suposta dúvida que a Virgem Maria teria experimentado aos pés da cruz acerca da divindade de Cristo, mas a uma verdadeira dor espiritual que lhe transpassou a alma ao contemplar Jesus, a quem ela tanto amava como seu Filho e adorava como seu Deus, torturado e rejeitado pelo povo que Ele viera salvar. A profecia de Simão, além disso, recorda que todo o mistério da Encarnação se ordena ao triunfo redentor da cruz, de forma que se pode dizer que o Menino cujo nascimento festejamos ao longo da Oitava de Natal nasceu verdadeiramente para morrer: toda a sua vida neste mundo, com efeito, tinha por finalidade consumir-se até o extremo no Calvário, por meio de uma morte redentora que seria para muitos, tanto fora como dentro de Israel (cf. 1Cor 1, 23), um sinal perene de contradição (v. 34).

Deus abençoe você!


Homilia Diária | A Luz que brota da eternidade (5.º Dia na Oitava do Natal)

No contexto da Oitava do Natal, a Igreja proclama hoje, dia 29 de dezembro, o Evangelho da Apresentação do Senhor no Templo, no qual o Menino Jesus, segundo as palavras do piedoso Simeão, é chamado “luz para iluminar as nações e glória do povo de Israel”.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 29 de dezembro, e renove neste dia sua fé em Cristo, luz dos povos, a razão de ser de nossas vidas, o porquê último de nossa existência.


Santo do dia 29/12/2022

Leituras do dia de hoje na Igreja Católica

São Tomás Becket (Memória Facultativa)
Local: Cantuária, Inglaterra
Data: 29 de Dezembro† 1170


Tomás nasceu em Londres, em 1118. Captando as boas graças do arcebispo de Cantuária, pôs-se a seu serviço, sendo nomeado arcediago da mesma catedral. Por recomendação do arcebispo, o rei Henrique II o nomeou seu lorde chanceler.

Nesse tempo, Tomás vestia-se principescamente, acompanhava o soberano mais ou menos em tudo, gostava como ele das animadas caçadas, mesmo sem levar uma vida leviana.

Ao morrer o bispo de Cantuária, o rei indicou Tomás para sucedê-lo, certamente contando ter nele um alto eclesiástico dócil e subserviente. As responsabilidades do cargo de arcebispo, porém, transformaram toda a vida de Tomás. Vive pobremente, embora pratique largamente a caridade para com os pobres. Nos primeiros tempos do seu ministério Tomás mostrou-se um tanto fraco ao aprovar com outros bispos vários decretos de Henrique II ofensivos aos direitos da liberdade eclesiástica. A velha questão da investidura dos príncipes ainda estava viva. O Papa rechaçou com veemência as pretensões do monarca, o que fez com que Tomás chorasse amargamente sua fraqueza e se penitenciasse a ponto de deixar de celebrar a santa Missa.

O Papa escreveu-lhe animando-o e mandando que não deixasse suas celebrações litúrgicas. Daí por diante as coisas mudaram e ele tornou-se defensor intrépido, às vezes, até intransigente demais dos direitos da Igreja, frente ao soberano.

A tal ponto chegou o conflito entre o rei e seu antigo amigo e chanceler, que o monarca chegou a chamar Tomás de perjuro e traidor. Tomás teve que fugir para a França, passando a viver entre os monges cistercienses de Pontigny. Perseguido também ali por agentes do monarca, que ameaçou tirar vingança dos cistercienses da Inglaterra, Tomás foi para Sens. Seis anos de desterro, confisco de seus bens, perseguição de seus parentes e amigos. Henrique II, orgulhoso e violento, não tolerava oposições; procurava isolar o arcebispo, manejando os lordes e bispos contra ele.

Feitas as pazes com Henrique II, Tomás voltou à sua Igreja em 1170. A paz foi aparente. O ambiente carregou-se mais e mais de prenúncios trágicos. Numa reunião com seu conselho, o rei exclama: "Covardes! Esse homem que eu cumulei de honras se levanta contra mim e ninguém dentre os meus é capaz de vingar minha honra e livrar-me deste bispo insolente?" Alguns meses depois de sua volta, cavaleiros aduladores do rei invadiram a catedral e assassinaram o arcebispo que estava para rezar o Oficio divino com os cônegos.

O arcebispo Tomás Becket foi assassinado em sua catedral de Cantuária, na Inglaterra, a 29 de dezembro de 1170. Foi uma das vítimas insignes das lamentáveis contendas entre Igreja e Estado, que tanto mal causou sobretudo à Igreja. Povo e monges começaram de imediato a venerá-lo como mártir da liberdade da Igreja e do papado. Três anos depois da morte, foi elevado às honras dos altares.

A Oração coleta enaltece a coragem do arcebispo de Cantuária na defesa da justiça, exemplo de quem perde a vida pelo Cristo neste mundo a fim de encontrá-la no céu.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Tomás Becket, rogai por nós!

Qual a leitura de hoje na Igreja Católica?

O evangelho de hoje é tirado de Mateus 9,14-15 e tem por tema o jejum. Mateus relata que os discípulos de João se aproximaram de Jesus e pediram que ele explicasse por que seus discípulos não praticavam o jejum, como o faziam os discípulos de João e os dos fariseus.

Quais são as leituras da Missa de hoje?

Leituras de Santa Missa de hoje 26 Dezembro 2022.
PRIMEIRA LEITURA DA MISSA. Estou vendo o céu aberto. Leitura dos Atos dos Apóstolos 6,8-10; 7,54-59. ... .
SALMO RESPONSORIAL. Sl 30(31),3cd-4.6 e 8ab.16bc e 17 (R. 6a) ... .
EVANGELHO DA MISSA. Não sereis vós que havereis de falar,mas sim o Espírito do vosso Pai..

Qual a reflexão da liturgia de hoje?

Porque a Vida manifestou-Se e nós vimos e damos testemunho dela. Nós vos anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e nos foi manifestada. Nós vos anunciamos o que vimos e ouvimos, para que estejais também em comunhão connosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.

Qual é a segunda leitura de hoje?

Segunda Leitura: Efésios 1,3-6.11-12 - 08.12.2022 Leitura da carta de São Paulo aos Efésios – 3Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.