Em qual tipo de reprodução há maior variabilidade genética assexuada ou sexuada justifique?

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A reprodução sexuada é um processo em que há a troca de gametas (masculinos e femininos) para a geração de um ou mais indivíduos da mesma espécie. Esse tipo de reprodução acontece em muitos seres vivos incluindo os seres humanos. Os indivíduos que nascem dessa reprodução são semelhantes aos seus pais, mas não chegam a ser idênticos a eles.

As vantagens desse tipo de reprodução é, principalmente, a diversidade genética dos indivíduos que garante mais genes segregados nas gerações futuras. Mesmo os organismos que fazem reprodução assexuada também contam com a reprodução sexuada em algum momento de sua existência. Isso, porém, não se aplica a cem por cento dos organismos que fazem reprodução assexuada.

Como desvantagens, podemos apontar o maior gasto energético e o maio tempo para realizar o processo de fecundação e desenvolvimento do novo indivíduo, que diminui o tempo para realizar outras atividades vitais ao organismo. Além disso, durante a reprodução sexuada, organismos diversos ficam mais expostos a predadores.

Classificação da Reprodução Sexuada

A reprodução sexuada pode ser classificada de várias formas:

  1. Quanto ao sexo: monóico ou dióico;
  2. Quanto à fecundação: interna ou externa;
  3. Quanto ao desenvolvimento: interno ou externo;
  4. Quanto ao desenvolvimento: direto ou indireto.

Reprodução sexuada nos animais

Nos animais, incluindo os seres humanos, a reprodução sexuada envolve o processo de meiose. O processo envolve os gametas, que são células reprodutivas haploides. Os gametas masculinos são os espermatozoides e os femininos são os óvulos. Em raras exceções, como no caso das minhocas, os dois gametas são produzidos pelo mesmo indivíduo causando o processo de autofecundação. A esses indivíduos damos o nome de hermafrodita.

O espermatozóide

Os espermatozoides são células produzidas por indivíduos do sexo masculino, e são muito menores que os óvulos. Sua estrutura permite o máximo de eficiência durante o deslocamento para encontrar o óvulo utilizando uma cauda longa.

Apesar da maioria dos espermatozoides terem a cauda, algumas espécies produzem essas células sem esse flagelo. Um exemplo é o espermatozoide dos nematódeos, que são animais vermiformes (vermes); um representante bem famoso é a lombriga (Ascaris lumbricoides).

O óvulo

Os óvulos são muito maiores que os espermatozoides e são células imóveis produzidas pelos indivíduos do sexo feminino. Dentro do óculo, há uma reserva de nutrientes (vitelo) que servem para o desenvolvimento do embrião caso haja fecundação com um espermatozoide.

Os óvulos podem ser classificados em:

  • Oligolécito: possui pouco vitelo distribuído e, quando fecundado, origina uma mórula com blastômeros de tamanhos aproximadamente iguais;
  • Alécito: praticamente sem vitelo algum. Também produz mórula com blastômeros com tamanhos aproximadamente iguais;
  • Heterolécito: apresenta quantidade intermediária de vitelo;
  • Telolécito: sobre uma enorme quantidade de vitelo, uma gota formada pelo núcleo e o citoplasma e formado;
  • Centrolécito: o vitelo ocupa uma região central da célula e não se divide.

Fecundação

Cerca de 300 milhões de espermatozoides são eliminados durante uma ejaculação. Aproximadamente 200 atingem a tuba uterina. Apenas um fecunda o óvulo.

Essa verdadeira corrida pela vida pode ser atrapalhada por uma série de fatores como os anticoncepcionais (tanto a pílula, quanto a camisinha ou o DIU) e pela acidez da vagina que acaba destruindo muitos dos espermatozoides.

O ovário libera um ovócito, que encontra-se envolto na zona pelúcida. Para a fecundação, o espermatozoide passa pela corona radiata e atinge a zona pelúcida. Essa zona sofre alterações quando o primeiro espermatozoide entra no óvulo e forma a membrana de fecundação, que impede a entrada de outros espermatozoides.

A partir daí, o espermatozoide fornece seu núcleo e seu centríolo para o zigoto. As mitocôndrias dos espermatozoides desintegram-se no citoplasma do óvulo, fazendo com que nossas mitocôndrias sejam sempre de origem materna.

Referências bibliográficas:
http://pt.slideshare.net/fariadovalle/reproduo-assexuada-e-sexuada
https://www.sciencedaily.com/releases/2003/02/030203071703.htm
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/embriologia/reproducao2.php

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biologia/reproducao-sexuada/

A variabilidade genética refere-se às variações dos genes entre indivíduos de uma população.

É a variabilidade genética da espécie que determina o seu conjunto de características morfológicas e fisiológicas, o que a torna capaz de responder às mudanças ambientais.

A variabilidade genética surge através de mutações e recombinações gênicas, sendo a matéria prima sobre a qual a seleção natural atua.

A fonte primária de toda a variabilidade genética é a mutação. Ela corresponde a qualquer alteração no material genético de um organismo.

A mutação promove o aparecimento de novos alelos, o que pode alterar a expressão de um determinado fenótipo. Essa situação promove a variabilidade genética e pode favorecer ou prejudicar a adaptação de uma espécie.

A recombinação gênica refere-se à mistura de genes provenientes de diferentes indivíduos que ocorre durante a reprodução sexuada. A reprodução sexuada é um importante mecanismo que proporciona a variabilidade genética entre os indivíduos de uma população.

A mutação e a recombinação gênica são responsáveis pela variabilidade genética.

Qual a importância da variabilidade genética?

A principal importância da variabilidade genética é que através dela ocorre a evolução e adaptação dos organismos ao ambiente. A variabilidade genética contribui para a persistência evolutiva das espécies.

A perda da variabilidade genética dimunui a possibilidade das populações se adaptarem em resposta às mudanças ambientais.

Variabilidade Genética e Seleção Natural

A seleção natural é reconhecida como o principal mecanismo de adaptação de indivíduos aos diferentes ambientes. Entretanto, a seleção natural não pode produzir mudança evolutiva sem a variação genética, o que torna os dois processos intimamente relacionados.

É a seleção natural que seleciona os genótipos mais adaptados a uma determinada condição ecológica e elimina os que não trazem vantagem.

A seleção natural tende a diminuir a variabilidade genética, pois apenas alguns genótipos serão selecionados. Além disso, também contribui para a permanência de uma determinada característica na população.

Em qual tipo de reprodução há maior variabilidade genética assexuada ou sexuada justifique?

Licenciada em Ciências Biológicas (2010) e Mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2015). Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela UEA.

Em qual tipo de reprodução há maior variabilidade genética assexuada ou sexuada?

A reprodução sexuada, por envolver a fusão de gametas, promove maior variabilidade genética, não sendo observada a formação de clones, como na reprodução assexuada. Essa variabilidade genética é importante para que a seleção natural possa atuar.

Em qual tipo de reprodução se tem uma maior variabilidade genética?

A reprodução sexuada garante o que chamamos de variabilidade genética. Isso significa que essa reprodução proporciona uma maior variação no conteúdo genético dos indivíduos, uma vez que ocorre a mistura de material genético proveniente dos genitores.

Qual a diferença entre reprodução sexuado e assexuado Brainly?

Podemos perceber, portanto, que a reprodução sexuada e assexuada apresentam diferenças. Enquanto a assexuada não envolve a fusão de gametas e gera clones, a reprodução sexuada envolve a fusão de gametas e resulta em variabilidade genética.

Por que a reprodução sexuada é a mais utilizada pelos animais?

Esse tipo de reprodução difere da reprodução assexuada por envolver a fusão de gametas no processo. A reprodução sexuada leva a um aumento da variabilidade genética, o que permite que os indivíduos dessas espécies apresentem maior capacidade de sobrevivência em um ambiente em transformação.