Como você compreende a introdução das relações étnico-raciais na educação

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Nova Brasilia Escola

Há mais de um mês

A inserção da temática étnico-racial na educação infantil visa garantir uma educação que supere o racismo e as desigualdades geradas por ele

A inserção da temática étnico-racial na educação infantil visa garantir uma educação que supere o racismo e as desigualdades geradas por ele

Valdeir Dos santos

Há mais de um mês

A temática étnico-racial deve ser Trabalha na educação para garantir e superar a desigualdade que opera desfasadas no meio da sociedade

Educação étnico-racial

    | Publicado: Segunda, 13 Mai 2019 14:50 | Última Atualização: Segunda, 27 Setembro 2021 10:39

    Pesquisa realizada na Universidade Federal de Lavras (UFLA) aponta a importância de trabalhar questões étnico-raciais na educação infantil. As análises são decorrentes de dois projetos realizados pelo Departamento de Educação (DED) em parceria com escolas públicas do município de Lavras.

    O projeto de extensão “Lê pra mim” tem por objetivo contar histórias afro-brasileiras, indígenas e africanas nas escolas municipais de Lavras, e o projeto de pesquisa “Discurso e relações étnico-raciais” discute a inserção das discussões étnico-raciais nas escolas e avalia de que forma acontece essa aplicação, além de analisar os resultados apresentados.

    A inserção da temática étnico-racial na educação infantil visa garantir uma educação que supere o racismo e as desigualdades geradas por ele. A professora Luciana Soares, coordenadora do projeto, explica que “a importância de trabalhar questões étnico-raciais com crianças, é, sobretudo pela intensificação da construção da identidade delas, é o momento em que as crianças começam a se perceber no mundo e a perceber o outro”.

    Para que os participantes do projeto “Lê pra mim”, composto por estudantes de pedagogia, possam ir para a escola contar as histórias, há uma preparação que se divide em leitura de algum conceito teórico, que tenha a ver com a questão étnico-racial; pesquisa de autores e títulos que serão utilizados de acordo com as faixas etárias e uma discussão que ressalta de que maneira esta história trará aplicação para a vida das crianças.

    Contar histórias é uma maneira encontrada pelos pesquisadores de resgatar a cultura afro-brasileira, indígena e africana, que sensibiliza não só os estudantes, mas a escola num todo. “Nós percebemos que a escola não trata dessas questões, mas elas existem com as crianças, sobretudo com as meninas negras, que desde muito cedo já não se sentem representadas nas histórias. As princesas na maioria das vezes são loiras, com personagens que não têm nem a cor e nem o cabelo como delas, isso faz com que tenhamos uma construção de um estereótipo do que é ser princesa, do que é ser bonita”, explica a docente.

    A contação de histórias é uma maneira lúdica de fazer essa reflexão sobre a temática, assim as crianças desenvolvem o imaginário, envolvem com os personagens, e conseguem se apropriar dos temas. “Em relação aos alunos é possível perceber que após a contação de história há crianças que dizem que seu cabelo é lindo, que adoram a cor da sua pele; conseguem se identificar na história”, acrescenta a estudante Tharine Ribeiro Salles.

    As leis 10.639/03 e 11.645/06 que trazem a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados (art. 26 A) vigoram há mais de 10 anos, contudo a professora comenta que a sua aplicabilidade está distante do proposto. “Pesquisas apontam que não há explicitamente a inserção no projeto pedagógico e nos planos de ensino questões sobre a cultura afro-brasileira, indígena e africana”.

    Reportagem: Greicielle dos Santos - bolsista Dcom/Fapemig

    Edição do vídeo: Maik Ferreira  - estagiário  Dcom/UFLA 

    Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais - Fapemig.

    O que você entende por educação das relações Étnico

    O que é? A Educação das Relações Étnico-raciais configura-se como uma ação educacional de atendimento direto à demanda da população afrodescendente, por meio da oferta de políticas de ações afirmativas e pedagógicas inscritas na Educação Básica.

    Qual a importância da educação para as relações etnico raciais?

    Ter orgulho das origens é outra maneira de trabalhar relações étnico-raciais na infância de forma saudável. Ensinar às crianças sobre sua história e suas raízes e dar a elas inúmeros motivos para se orgulharem de sua pele, seu cabelo, seus traços e, principalmente, de toda riqueza cultural de seu povo é importante.

    Como trabalhar as relações etnico raciais na educação?

    A literatura também é uma poderosa ferramenta na hora de trabalhar a questão étnico-racial em sala de aula. Em especial quando entram em cena os universos fantásticos e sedutores das lendas e mitos. Assim, o professor deve escolher materiais diversificados, que incluam histórias de origem africana e indígena.

    Como se deu a introdução a educação Étnico

    Em 1997 são publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais, que determinam a Pluralidade Cultural como um dos Temas Transversais a serem integrados no currículo. Em 2003, há um marco importante, também resultado da pressão dos movimentos negros com relação à educação escolar brasileira.

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