Como podemos diferenciar óleos de gorduras?

Gorduras são essenciais para a preparação de pratos e para o nosso organismo. No mundo da cozinha, a discussão entre óleos e azeites é bastante frequente. A questão é: qual a melhor para nosso corpo? Qual usar na hora de preparar seu prato?

Segundo nutricionistas, nossa dieta diária deve conter 20% de gorduras insaturadas, as quais são encontradas em óleos vegetais e azeites. Quando for preparar as refeições, é importante se atentar à diferença entre ambos. 

Continue a leitura para compreender as especificações e os benefícios de cada um deles.

Óleo ou azeite: qual é melhor à saúde

As gorduras vegetais – como o óleo e o azeite – são, nesse contexto, necessárias no nosso corpo. São chamadas essenciais pelo fato de que nosso corpo não as produzem e, portanto, devemos ingeri-las nas refeições. 

A maior diferença entre o ambos é o processo de fabricação. Os azeites são produzidos por pressão, enquanto os óleos, por mais que produzidos da mesma forma, são tratados com solventes, purificados e refinados.

Por mais que óleo vegetal seja mais processado, ele é rico em gorduras essenciais e, quando você decidir como fazer comida saudável, é importante se atentar à presença dele nos pratos.

Como podemos diferenciar óleos de gorduras?

Óleo vegetal: pode reduzir, mas não deixe de usá-lo na hora de cozinhar!

O óleo é um tipo de gordura primordial para o crescimento, para a concentração, para o desenvolvimento neurológico, para o balanceamento de hormônios e para a produção de energia pelo corpo. É rico em ômega 3 e em ômega 6. 

É importante esclarecer que, por mais que benéfico, se consumido em excesso, o óleo pode ser prejudicial ao corpo. Por possuir bastante gordura, quando utilizado em abundância, pode contribuir para o aumento de peso, entupimento de vasos sanguíneos e câncer. 

O azeite, por sua vez, tem outras propriedades. Vale ressaltar, sobretudo, que ele não exclui a necessidade do óleo, por mais que tenha diversas características a mais.

Mesmo quando aquecido, o azeite aumenta os níveis de HDL (chamado de bom colesterol) e diminui os níveis de LDL (o colesterol ruim). Além disso, ele reduz a pressão arterial, diminui os riscos de doenças cardíacas e previne câncer. Logo, cozinhar com o azeite é mais saudável que óleo. 

No entanto, como dito, o óleo vegetal não deve ser abolido da cozinha! O ideal é achar um equilíbrio no uso de ambos. 

Principais óleos

Agora que você compreende o que são óleos vegetais, é importante se atentar aos tipos de óleos de cozinha que existem no mercado. Cada um deles possui especificações particulares e podem ser mais saudáveis que outros.

Óleo de soja

Como o nome sugere, este óleo é obtido por prensagem mecânica e pela extração dos solventes dos grãos de soja. É o mais consumido da categoria, devido ao baixo custo. 

Ele é rico em gorduras poliinsaturadas, ômega 3, ômega 6 e vitamina E. Quando ingerido com moderação, o óleo de soja diminui o colesterol ruim, previne doenças cardíacas e estimula o sistema imunológico. 

Por outro lado, se ingerido em grande quantidade, este óleo pode se tornar um vilão! Além disso, quando aquecido a mais de 180º C, ele perde suas propriedades saudáveis devido à degradação dos seus componentes.

Óleo de canola

O óleo de canola é produzido a partir de uma planta criada em laboratório. No entanto, mantenha a calma! Isso não quer dizer que ele é nocivo ou que faz mal à saúde.

Na realidade, o óleo de canola é rico em ômega 3 e em ácidos graxos insaturados, o que diminui o risco de doenças cardíacas e circulatórias. Além disso, contém fitosterol, componente que reduz o colesterol.

O ponto negativo deste óleo está ligado à sua produção. Ele sofre diversos processos químicos, o que faz com que seu consumo deva ser moderado. Fora isso, ele também é mais caro que outros.

Como podemos diferenciar óleos de gorduras?

Óleo de milho

Um óleo rico em vitamina E, em ômega 6 e com propriedades super oxidantes. Ele também reduz a pressão arterial e os níveis de colesterol. Além disso, ele é o óleo com maior nível de fitoesteróis, substâncias que inibem a absorção do colesterol pelo intestino.

Ao consumi-lo, é importante se atentar ao fato de que ele possui muito mais ômega 6 que 3. Logo, um consumo excessivo pode inflamar e ameaçar as artérias.

Óleo de coco

Usar o óleo de coco para cozinhar pode não ser a melhor escolha para o seu corpo! Segundo estudos, ele funciona ativamente no emagrecimento e traz uma sensação de saciedade. No entanto, aumenta os níveis de colesterol ruim.

Se na cozinha ele não é o melhor amigo, nos cuidados com o cabelo a história é outra. O óleo de coco é muito utilizado na hidratação capilar, dando, às madeixas, brilho e maciez.

Óleo de girassol

Este óleo compartilha algumas características com o de milho e, por isso, deve ser usado com moderação na cozinha. Dentre os benefícios do óleo de girassol, podemos destacar a formação de hormônios importantes ao corpo, o combate ativo aos problemas degenerativos, a melhoria da saúde cardiovascular e o auxílio no controle de colesterol. Além disso, é rico em vitamina E e em ômega 6.

  • Leia também: Como fazer descarte de óleo de cozinha

Por outro lado, é necessário maneirar no uso do óleo de girassol. Ele é muito calórico e peca na taxa de ômega 3. Assim como todos os óleos, quando aquecido demais pode ser prejudicial ao organismo, produzindo substâncias tóxicas.

Óleo de gergelim

Este é, segundo estudos, um dos melhores óleos vegetais que existem! Ele melhora a saúde dos cabelos, estimula o crescimento ósseo, reduz a pressão arterial, melhora a saúde do coração, é eficiente no tratamento de ansiedade e depressão, melhora a saúde dos dentes e previne o câncer.

Ele também possui vitaminas A, B, C e E, ômega 6 e ômega 9. Mesmo com tantas qualidades, é preciso tomar o cuidado de adquirir óleos de gergelim que sejam naturais e puros. Os modificados possuem, muitas vezes, substâncias prejudiciais à saúde.

Tipos de azeite

Como podemos diferenciar óleos de gorduras?

Cozinhar com azeite traz muitos benefícios à saúde. O importante é se atentar ao rótulo!

Enquanto o óleo pode ser retirado de diversos vegetais diferentes, o azeite de oliva é feito de azeitonas. O que diferencia os tipos de azeite é o tratamento que eles têm durante o preparo, o qual interfere diretamente na sua acidez. Quanto menos ácido for, melhor ele será.

Como comentado, os benefícios do azeite de oliva à saúde são diversos. Inclusive porque, ao contrário do óleo, quando aquecido à temperaturas elevadas, ele não perde suas propriedades nutritivas. Na hora de escolher o seu, sempre leia o rótulo para encontrar as informações!

Azeite extravirgem

Este é considerado, por nutricionistas, o melhor azeite do mercado. Ele é o mais puro, feito com azeitonas selecionadas e o processo de extração acontece a frio. Sua acidez não ultrapassa 0,8%, o que é ótimo para o corpo! Ele também possui de 55% a 83% de ácido oleico.

O azeite extravirgem ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares, equilibra a pressão arterial, reduz o colesterol ruim (LDL), aumenta o colesterol bom (HDL), auxilia na prevenção do câncer e fortalece o sistema imunológico.

No entanto, deve ser consumido com moderação dentro da dieta, por possuir muitas calorias. Além disso, é recomendado usá-lo em pratos frios.

Azeite virgem

A produção deste azeite valoriza, também, as propriedades do óleo de azeitonas, por não passar por muitos processos químicos. A acidez varia de 0,8% a 2% e ele é indicado para o preparo de pratos quentes e para refogar alimentos. 

Na saúde, apresenta os mesmo benefícios que o azeite extravirgem.

Azeite refinado

Dentre os azeites, este é o mais comum de ser encontrado. Por outro lado, também é o menos indicado para o consumo. A acidez ultrapassa a marca de 2% e ele passa pelo processo de refinamento dos óleos.

Logo, na hora de comprar, é melhor investir em azeites virgens e extravirgens.

Azeite puro

Azeite puro é o nome dado à mistura de azeite refinado e azeite virgem. Ele geralmente tem os mesmos valores nutricionais que o refinado e tende a ser mais barato. 

A mistura acontece porque, no processo de produção, o azeite refinado perde o aroma, o sabor e até algumas propriedades benéficas à saúde.

Bônus: Azeite de dendê

Como podemos diferenciar óleos de gorduras?

Azeite de dendê para cozinhar: um tempero baiano e delicioso!

Da nossa lista, este é o único que não é produzido por azeitonas. O azeite de dendê é produzido das sementes da palmeira e, por isso, também pode ser chamado de óleo de palma.

Quando consumido cru, é rico em vitamina A, auxiliando na beleza da pele e na saúde dos olhos. É muito utilizado para temperar e refogar alimentos, principalmente na culinária baiana! Apenas use-o com moderação, porque é rico em calorias e gorduras.

No entanto, o azeite de dendê não fica restrito apenas à cozinha. Assim como o óleo de coco, ele é ótimo para a hidratação capilar

É possível afirmar, portanto, que utilizar o azeite para cozinhar é melhor para a saúde e para o corpo – principalmente o virgem e o extravirgem. 

No entanto, cortar o óleo da sua alimentação não é o ideal, pois ele contém propriedades particulares que não encontramos em outros óleos vegetais. A grande questão é encontrar um equilíbrio na utilização, para que seu organismo não sinta falta de nenhum nutriente!

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