Como o Banco Central reduz a oferta de moeda?

A política monetária é um tipo de política econômica para o controle de dinheiro em circulação, para taxas de juros e do crédito de um país. Esta política é feita através de uma autoridade monetária.

A autoridade responsável por esse controle é o Banco Central, que busca o equilíbrio alterando a oferta de moeda e determina as taxas de juros, estimulando ou reduzindo a economia.

A oferta de moeda acontece a partir da liquidez dos ativos, isto é, onde bens e serviços são oferecidos e trocados por dinheiro, sendo sempre maior quando e economia está mais saudável.

Em épocas de crescimento do PIB, uma economia possui maior liquidez e nos momentos de recessão ela é menor, por isso, o governo faz o controle da oferta de moeda buscando o equilíbrio entre esses diferentes cenários. Por isso ela é diferencia por políticas expansionistas e contracionistas.

Tipos de políticas monetárias

Política monetária expansionista

Na política monetária expansionista, o Banco Central aumenta a oferta de moeda ao país e diminui as taxas de juros com o objetivo de crescer a economia e expandir o consumo.

Quando isso é feito, a demanda por bens e serviços aumentam e com as taxas de juros mais baixas, as empresas contraem mais empréstimos para atender a procura. Se a oferta não é toda atendida, ocorre um aumento dos preços, ou seja, aumento da inflação.

A política expansionista tem como vantagem a expansão da economia, porém, a desvantagem de manter o país sujeito à inflação.

Política monetária contracionista

A política monetária contracionista é realizada quando acontece o inverso, ou seja, a diminuição do PIB e do consumo dentro de uma economia.

O Banco Central aumenta a taxa de juros, reduzindo a moeda dentro do fluxo econômico e, com isso, a redução da inflação devido a diminuição da demanda.

Política monetária brasileira

No Brasil as políticas monetárias são executadas pelo Banco Central (BACEN) e são normalizadas pelo Conselho Monetário Nacional. Já as taxas de juros são controladas pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM).

Através do COPOM, o governo e o Banco Central determinam metas de controle da inflação e, assim, são executadas políticas expansionistas ou contracionistas, dependentes do comportamento da economia brasileira.

A partir da implantação do Real como moeda, o governo brasileiro passou, ainda mais, a ter políticas de controle da inflação, que anteriormente era uma das maiores do mundo.

Algumas operações de política monetária adotadas pelo Banco Central no Brasil são:

  • Redesconto Bancário
  • Depósito Compulsório
  • Open Market

Política fiscal e política cambial

A política monetária em conjunto com as políticas fiscal e cambial são formadas dentro do conjunto de políticas econômicas de um país.

A partir destas políticas de controle o Brasil adotou os métodos do chamado "tripé macroeconômico" que as juntam e formam três metas conhecidas como:

Metas de inflação: relacionadas às políticas monetárias e o controle das taxas de juros;

Câmbio flutuante: política cambial que mantém as taxas de câmbio livres no mercado;

Meta fiscal: metas da política fiscal para manter a dívida pública sob controle.

Saiba mais sobre o que é a Política Cambial e também o que é a Política Fiscal.

Você também pode ter interesse sobre o que é a Macroeconomia, ou ainda, sobre o que é o Keynesianismo.

A política monetária é uma forma de controle econômico utilizada para regular a oferta de moedas em circulação no país porque uma de suas principais metas é controlar a inflação no país. No Brasil, as políticas monetárias são executadas pelo Banco Central do Brasil.  

Acompanhe o artigo abaixo para entender melhor sobre como funciona a política monetária no Brasil e quais instrumentos são usados para o controle da moeda brasileira. Vamos lá?

O que é Política Monetária?

De forma simples, a política monetária é uma ferramenta de controle econômico de um país. Em suma, é o conjunto de medidas que um Governo estabelece para que exista o controle da oferta da sua moeda na economia, ou seja, a sua liquidez. Isso acontece por meio de medidas tomadas por autoridades do ramo econômico (Bancos Centrais e demais instituições subsidiárias). 

Assim, a política monetária interfere diretamente na economia de um país, já que o Estado tem o poder de impactar diretamente a inflação e a taxa de juros. 

O principal agente

No Brasil, as políticas monetárias são executadas pelo Banco Central do Brasil (Bacen), uma autarquia federal que, por meio de seus órgãos internos, define taxas de juros.

Além disso, para normatizar as ações do Bacen, existe o Conselho Monetário Nacional. Também tem o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM), que é a entidade do Bacen que define as taxas de juros praticadas pelo Estado.

Como atua o Bacen e qual é a sua principal meta

A principal meta da política monetária é manter a inflação sob controle. Para que isso ocorra, o Governo estabelece um regime de metas de inflação, que são fixadas no início de cada ano. Sendo assim, o Bacen atua utilizando os  instrumentos de política monetária para cumprir tais metas. 

Além disso, existe uma margem de tolerância. Por exemplo, se a meta da inflação em determinado ano for de 4,5%, com uma tolerância de 1,5% para mais ou para menos, caso ela fique entre 3% e 6% a meta será considerada cumprida. 

Como o Banco Central reduz a oferta de moeda?
Política monetária influencia na emissão da moeda.

Os principais mecanismos

Os instrumentos da política monetária podem promover o aumento ou a redução da quantidade de moeda em circulação. No Brasil, alguns desses instrumentos que estão à disposição do Governo são:

1. Recolhimento compulsório

O recolhimento (ou depósito) compulsório funciona como uma forma de restringir a moeda em circulação do país, tirando-a diretamente dos bancos e, assim, não chegando à população. 

Podemos dizer que o recolhimento compulsório é uma taxa que os bancos pagam ao Banco Central, que pode ser feito em moeda ou em títulos públicos federais. Essa taxa percentual é cobrada em transações relacionadas aos produtos bancários e é definida pelo próprio Bacen, de acordo com a conveniência.

Ou seja, quando é preciso reduzir a atividade econômica no país, o Bacen eleva essas taxas. Desta forma, os bancos têm menos recursos disponíveis para emprestar para a população, atendendo assim a necessidade econômica de diminuir a quantidade de moeda em circulação. 

Por outro lado, quando é necessário que se tenha mais moedas circulando, a taxa obrigatória é reduzida pelo Bacen, o que faz com que os bancos tenham mais recursos para o oferecimento de crédito. 

Assim, o Banco Central interfere nas atividades econômicas do país e, consequentemente, na inflação. 

2.  Taxa de Redesconto

Outro instrumento da política monetária é a taxa de redesconto, que é uma taxa de juros cobrada pelo Bacen nos empréstimos feitos aos bancos comerciais. É por esse motivo que o Banco Central é chamado de “banco dos bancos”. 

Essa é uma forma de controle monetário porque, quanto maiores as taxas pagas pelos bancos, também serão altas as taxas cobradas dos clientes, dificultando esses empréstimos e diminuindo a moeda em circulação.

Já quando o Bacen nota que é preciso de mais moeda circulando na economia, essas taxas são reduzidas. 

3.  A taxa de juros

Outro dos principais mecanismos da política monetária no Brasil é a alteração da taxa básica de juros (a taxa Selic). 

Aqui, podemos dizer que quando a taxa Selic é elevada, as taxas cobradas pelos bancos também se eleva. Sendo assim, a decisão para o aumento ou diminuição da taxa básica de juros é tomada de acordo com os interesses do Bacen de reduzir, ou impulsionar a inflação. 

Isso porque, com a taxa de juros mais alta, o acesso ao crédito é mais difícil, diminuindo o poder de compra dos brasileiros. O que vai fazer com que a demanda caia e, portanto, os preços também. Consequentemente, há a diminuição da inflação. Já o contrário acontece com as taxas de juros mais baixas. 

Confira o blog da Remessa Online para ficar por dentro sobre como funciona a economia brasileira.

Andrea Cortes

Jornalista por formação, e de coração, deixou o Brasil para morar na Inglaterra. Produtora de conteúdo com destaque para as áreas de economia, finanças, empreendedorismo, turismo e desenvolvimento pessoal. Escritora, contadora de histórias, leitora e apaixonada por conhecimento.

Como o Banco Central pode controlar a oferta de moeda na economia?

O Banco Central (BC) é responsável por controlar a quantidade de moeda que circula na economia por meio do Comitê de Política Monetária (COPOM). Sendo assim, as medidas de Política Monetária adotadas visam o equilíbrio da economia, alterando a oferta de moeda e definindo as taxas de juros.

O que diminui a oferta de moeda?

Então, para reduzir a quantidade de moeda disponível na economia, o governo pode vender títulos públicos, aumentar o depósito compulsório ou, ainda, ser mais restritivo ao redesconto, cobrando taxas maiores ou reduzir os prazos, gerando, com isso, uma menor disponibilidade de dinheiro.

Quando o Banco Central compra títulos Ele diminui a oferta de moeda?

Nesse sentido, ao realizar a compra de títulos públicos, o Banco Central injeta dinheiro na economia. Em sentido contrário, quando o Bacen emite títulos de dívida e os vendem aos bancos comerciais, o que ocorre é uma diminuição na reserva desses bancos. Então a oferta de moeda em circulação na economia é contraída.

Como um banco afeta a oferta monetária?

Simples: quanto mais dinheiro o Banco Central empresta, mais dinheiro uma instituição financeira tem para emprestar para empresas e pessoas e, assim, mais dinheiro entra na economia. E quanto menor for essa oferta, menos dinheiro circula por aí. Esse controle é feito justamente por meio da taxa de redesconto.