Como deve se realizar o controle de microrganismos na produção de alimentos?

Por meio dessas análises, é possível obter informações relevantes sobre a contaminação nos alimentos, abrindo um leque de opções para eliminação e controle de microrganismos patogênicos e deteriorantes

Os alimentos são a principal fonte de nutrientes necessários à manutenção da vida humana, porém quando não possuem a qualidade necessária podem também ser uma fonte de doenças que, em alguns casos, levam a sérios danos a saúde.

A produção de alimentos enfrenta múltiplos desafios na rotina para manter a qualidade e segurança do alimento e, para isso, utilizam diversas ferramentas para assegurar a saúde dos consumidores e reduzir as perdas durante o processo produtivo.

Entre as principais ferramentas utilizadas pelos produtores de alimentos estão as análises microbiológicas realizadas durante todo processo produtivo. Estas análises englobam o monitoramento das matérias primas, ambiente, manipuladores e produto acabado.

Os laboratórios responsáveis pelas análises microbiológicas realizam ensaios em diversas matrizes alimentares, com o objetivo de isolar, identificar e quantificar os microrganismos presentes nas amostras. Análises laboratoriais são pontos-chave no controle microbiológico e visam reduzir ou eliminar pontos que são tão indesejáveis em toda a cadeia alimentar.

Logo, essas análises servem para nortear as tomadas de decisões em relação ao processamento de um alimento, que efetivamente determina a qualidade final de um produto.

Os produtores de alimentos no Brasil devem seguir uma série de regulamentos estipulados pelas leis brasileiras. Durante todo processo produtivo, é necessário seguir as boas práticas de fabricação/manipulação observando a regularidade de todas as etapas, mantendo bons níveis de consumo e preservando as qualidades e características necessárias aos seus produtos.

RDC 331/2019 E IN 60/2019

Em dezembro de 2020, entraram em vigor duas novas legislações relacionadas a qualidade microbiológica de alimentos: RDC 331/2019 e IN 60/2019.

O conteúdo da RDC 331/2019 abrange toda cadeia produtiva dos alimentos, tratando dos padrões microbiológicos e suas aplicações. Na resolução, se enquadram os processos de produção, armazenamento, transporte, distribuição, comercialização ou qualquer outra etapa que faça parte da cadeia de alimentos. De acordo com ela, os alimentos não podem conter microrganismos patogênicos, toxinas ou metabólitos em quantidades que causem danos à saúde do consumidor.

Já a IN 60/2019, que complementa a RDC 331/2019, apresenta as listas com os padrões microbiológicos para alimentos prontos para oferta ao consumidor. Esse padrão, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é o critério que define a aceitabilidade de um lote ou processo. O objetivo da definição desses padrões e sua adoção em toda cadeia de produção dos alimentos é a garantia da saúde do consumidor.

Para promover um ambiente de análises de excelência no laboratório microbiológico, a Controllab oferece múltiplas soluções para o controle de qualidade, contemplando as matrizes de leite e derivados, farinha e similares, produtos cárneos, bebidas não alcoólicas e a identificação / quantificação dos principais microrganismos alimentícios. Essas soluções facilitam o reconhecimento para os processos de acreditação e órgãos regulamentadores.

A Controllab tem o mais amplo portfólio para o monitoramento da rotina analítica.  Acesse o site, entre em contato pelo e-mail  ou pelo telefone +55 (21) 3891 9900.

O controle microbiano consiste na destruição, inibição ou remoção de microrganismos

Como deve se realizar o controle de microrganismos na produção de alimentos?


O controle microbiano consiste na destruição, inibição ou remoção de microrganismos, cujos métodos mais comumente utilizados são a esterilização, a refrigeração/congelamento e a filtração, respectivamente. Para realizar o controle microbiano, podem ser utilizados métodos físicos e químicos.

Os agentes antimicrobianos ou antibióticos causam a morte de uma determinada população de microrganismos ao afetar, sobretudo, a estrutura celular”, explica Emilene Galvão, Professora do VET Profissional, que é Mestre e Doutora em Microbiologia Agrícola e Pós-doutora em Inspeção de Produtos de Origem Animal.

Os métodos físicos de controle microbiano são:


Temperatura - Também denominada método de tratamento térmico, pode ser aplicado por meio de altas ou baixas temperaturas.

- Altas Temperaturas: o controle físico de microrganismos com temperaturas altas pode ser feito aplicando-se calor úmido ou seco. O calor úmido promove a desnaturação e coagulação das proteínas, a exemplo de métodos de pasteurização, fervura ou autoclavagem (121ºC por 15 minutos). Já o calor seco promove a oxidação dos compostos orgânicos, a exemplo da estufa (160ºC a 180ºC por 2 h) ou da incineração.

- Baixas temperaturas: o emprego de técnicas de refrigeração ou congelamento tem como princípio a redução ou paralisação da atividade biológica. Não é um método de esterilização, pois a temperatura baixa não destrói, apenas paralisa a atividade microbiana.

Radiação - Os modelos de ondas radioativas mais utilizadas para controle de microrganismos.

- Radiações ionizantes: têm como princípio a ionização de moléculas na formação de radicais reativos.

- Radiações não ionizantes: têm como princípio a excitação dos elétrons.

Filtração - Tem como princípio a remoção de microrganismos em soluções sensíveis ao calor, também chamadas de soluções termolábeis.

Desidratação ou dessecação - Esse método de controle físico atua sob o princípio de que a redução da água disponível para o metabolismo celular dos microrganismos impede a ocorrência normal das ações enzimáticas da célula. Na desidratação ou dessecação, os microrganismos ainda permanecem viáveis após a desidratação, contudo, sem realizar atividade metabólica.


Aprenda mais sobre esse assunto na área Microbiologia Geral do VET Profissional, com a Prof.ª Dr.ª Emilene Campos Galvão, Pós-doutora em Inspeção de Produtos de Origem Animal, Doutora e Mestre em Microbiologia Agrícola. O VET Profissional é a plataforma de aperfeiçoamento mais completa para Médicos Veterinários e estudantes de Veterinária, com milhares de vídeos para aprender rápido e salvar mais vidas. Tenha acesso ilimitado a centenas de aulas práticas, cursos online, casos clínicos e casos cirúrgicos na palma da sua mão!

Como deve se realizar o controle de microrganismos na produção de alimentos?

Quais as maneiras de realizar o controle de microrganismos nos alimentos?

Os métodos físicos são: temperatura, radiação, filtração, dessecação, remoção de oxigênio e vibração ultrassônica. Os métodos químicos são: desinfetantes e antissépticos preservativos usados em alimentos.

Como pode ser feito o controle desses microrganismos?

O controle microbiano consiste na destruição, inibição ou remoção de microrganismos, cujos métodos mais comumente utilizados são a esterilização, a refrigeração/congelamento e a filtração, respectivamente. Para realizar o controle microbiano, podem ser utilizados métodos físicos e químicos.

O que e utilizado para o controle do crescimento microbiano em alimentos?

Métodos de controle do crescimento microbiano Métodos físicos: Temperatura, radiação, filtração. Dessecação, remoção de oxigênio e Vibração ultrassônica. Métodos químicos: Desinfetantes, antissépticos preservativos usados em alimentos.

Quais são os principais métodos de controle do crescimento bacteriano?

Um tipo de esterilização por calor úmido é a fervura, que mata as formas vegetativas dos patógenos bacterianos, quase todos os vírus, e os fungos e seus esporos dentro de cerca de 10 minutos, normalmente muito mais rápido.