Baixar o livro A sutil arte de ligar of da se pdf

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Documento: pdf (162 páginas) 1.2 MB

Publicado em: 2020-05-05

Copyright © 2016 by Mark Manson
TÍTULO ORIGINAL
The Subtle Art of Not Giving a Fuck
PREPARAÇÃO
Marina Góes
REVISÃO
Giu Alonso
Milena Vargas
PROJETO GRÁFICO ORIGINAL
Joan Olson
ADAPTAÇÃO DE PROJETO GRÁFICO
Laura Arbex | Ilustrarte Design e Produção Editorial
ARTE DE CAPA
M-80 Design
Splash: pio3/Shutterstock
SPLASH
pio3/ Shutterstock
ADAPTAÇÃO DE CAPA
Aline Ribeiro | linesribeiro.com
REVISÃO DE E-BOOK
Cristiane Pacanowski
GERAÇÃO DE E-BOOK
Intrínseca
E-ISBN
978-85-510-0250-6
Edição digital: 2017
1ª edição
Todos os direitos desta edição reservados à
EDITORA INTRÍNSECA LTDA.
Rua Marquês de São Vicente, 99, 3º andar
22451-041 – Gávea
Rio de Janeiro – RJ
Copyright © 2016 by Mark Manson
TÍTULO ORIGINAL
The Subtle Art of Not Giving a Fuck
PREPARAÇÃO
Marina Góes
REVISÃO
Giu Alonso
Milena Vargas
PROJETO GRÁFICO ORIGINAL
Joan Olson
ADAPTAÇÃO DE PROJETO GRÁFICO
Laura Arbex | Ilustrarte Design e Produção Editorial
ARTE DE CAPA
M-80 Design
Splash: pio3/Shutterstock
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ADAPTAÇÃO DE CAPA
Aline Ribeiro | linesribeiro.com
REVISÃO DE E-BOOK
Cristiane Pacanowski
GERAÇÃO DE E-BOOK
Intrínseca
E-ISBN
978-85-510-0250-6
Edição digital: 2017
1ª edição
Todos os direitos desta edição reservados à
EDITORA INTRÍNSECA LTDA.
Rua Marquês de São Vicente, 99, 3º andar
22451-041 – Gávea
Rio de Janeiro – RJ

Sumário
CAPÍTULO 1: Nem tente
O Círculo Vicioso Infernal
A sutil arte de ligar o foda-se
Mas então, Mark, para que serve essa droga de livro, afinal?
CAPÍTULO 2: A felicidade é um problema
As desventuras do Panda da Desilusão
Felicidade é resolver problemas
Sentimentos não são tudo isso que você pensa
Escolha suas batalhas
CAPÍTULO 3: Você não é especial
Um dia a casa cai
A tirania do excepcionalismo
M-m-mas, se eu não vou ser especial nem extraordinário, qual é a graça?
CAPÍTULO 4: O valor do sofrimento
A cebola da autoconsciência
Problemas de rockstar
Valores escrotos
Definindo valores bons e ruins
CAPÍTULO 5: Você está sempre fazendo escolhas
A escolha
A falácia da responsabilidade/culpa
Reagindo à tragédia
A genética aleatória
1
Nem tente
Charles Bukowski era alcóolatra, mulherengo, viciado em jogo, grosseirão,
sovina, preguiçoso e, em seus piores dias, poeta. Ele seria a última pessoa no
mundo a quem você pediria conselhos ou que esperaria encontrar em um livro
de autoajuda.
É por isso que ele é o ponto de partida perfeito.
Bukowski queria ser escritor, mas passou décadas sendo rejeitado por quase
todas as revistas, jornais, agentes e editoras que procurou. Seu trabalho era
horrível, diziam. Bruto. Repugnante. Obsceno. E, conforme as cartas de recusa se
acumulavam, o peso do fracasso o fazia afundar cada vez mais na depressão
movida a álcool que o acompanharia por quase toda a vida.
Bukowski trabalhava nos Correios. O salário era ridículo, e ele gastava quase
tudo em bebida; o pouco que sobrava, apostava em corridas de cavalos. À noite,
bebia sozinho, às vezes escrevendo poemas em sua velha e surrada máquina de
escrever. Não raro acordava no chão, tendo apagado de tão bêbado.
Três décadas se passaram assim, resumidas a um grande borrão de álcool,
drogas, jogatina e prostitutas. Até que, aos cinquenta anos, após toda uma vida
de fracassos e autodepreciação, o editor de uma pequena editora independente
desenvolveu um estranho interesse por ele. O editor não podia oferecer muito
dinheiro nem prometer boas vendas, mas demonstrava uma afeição incomum
por aquele bêbado imprestável e decidiu arriscar. Era a primeira chance real que
Bukowski tinha e, como ele se deu conta, provavelmente a única. Ele respondeu
ao editor: “Eu tenho duas opções: ficar nos Correios e enlouquecer… ou dar uma
de escritor e morrer de fome. Decidi morrer de fome.”
Três semanas depois de assinar o contrato, Bukowski tinha o primeiro
que as dos seus colegas de trabalho. Você precisa comprar um móvel sofisticado
para sua sala. Você precisa do tipo certo de pau de selfie.
Por quê? Meu palpite: porque criar necessidades é bom para os negócios.
Nada contra bons negócios, mas ter necessidades demais faz mal para sua
saúde mental. Você acaba se agarrando demais ao que é superficial e falso,
dedicando a vida à meta de alcançar uma miragem de felicidade e satisfação. O
segredo para uma vida melhor não é precisar de mais coisas; é se importar com
menos, e apenas com o que é verdadeiro, imediato e importante.
O Círculo Vicioso Infernal
O cérebro humano tem uma peculiaridade traiçoeira que, se não tomarmos
cuidado, pode nos enlouquecer. Veja se isto lhe é familiar:
Você está ansioso porque precisa confrontar alguém. Essa ansiedade o
domina, e você começa a se perguntar por que está tão ansioso. Agora, você está
ansioso por medo de ficar mais ansioso. Ah, não! Ansiedade em dose dupla! E aí
você fica ansioso com a sua ansiedade, o que causa ainda mais ansiedade. Um
uísque, rápido!
Ou então, digamos que o problema seja a raiva. Você se irrita com as coisas
mais idiotas e triviais e não sabe por quê. E essa tendência a se irritar tão fácil só
o deixa mais irritado. E aí, em meio a essa raiva estúpida, você se sente vazio e
cruel por estar sempre zangado, o que é terrível; tão terrível que você fica com
raiva de si mesmo. Olhe o seu estado: você se irrita por se irritar com a própria
irritação. Quer saber? Vou ali socar uma parede.
Ou você se preocupa tanto em fazer a coisa certa o tempo todo que começa a
se preocupar com seu nível de preocupação. Ou se culpa tanto por seus erros que
começa a ficar culpado por carregar tanta culpa. Ou se sente triste e sozinho com
tanta frequência que só de pensar nisso acaba triste e sozinho mais uma vez.
Bem-vindo ao Círculo Vicioso Infernal. É provável que você já tenha passado
por isso algumas vezes. Talvez esteja nele agora mesmo: “Nossa, eu entro no
Círculo Vicioso Infernal toda hora… Sou mesmo um imbecil. Preciso parar com
isso. É muita imbecilidade eu mesmo me achar imbecil. Tenho que parar de me
A sutil arte de ligar o foda-se
Quando se fala em ligar o foda-se, as pessoas imaginam que seja uma serena
indiferença em relação a tudo, uma calmaria capaz de anular todas as
tempestades. Elas se imaginam e desejam ser pessoas que não se abalam com
nada e não se submetem a ninguém.
Existe um nome para pessoas que não sentem nem veem significado em nada:
psicopatas. Não faço ideia por que alguém iria querer ser um deles.
Então, se não é isso, o que é ligar o foda-se? Vamos avaliar três “sutilezas” que
ajudarão a esclarecer essa questão.
Sutileza no
1: Ligar o foda-se não significa ser invulnerável, mas se
sentir confortável com a vulnerabilidade.
Que fique claro: não existe absolutamente nada admirável na indiferença, não é
uma questão de autoconfiança. Pessoas indiferentes são fracas e medrosas. São
parasitas preguiçosos ou trolls da internet. Na verdade, pessoas indiferentes
cultivam a indiferença porque não sabem ligar o foda-se. Elas se importam tanto
com o que os outros acham do seu cabelo que nunca se dão ao trabalho de lavá-
lo e penteá-lo; se importam tanto com o que as pessoas pensam de suas ideias
que se escondem atrás do sarcasmo e se comportam como as donas da verdade.
Têm medo de deixar os outros se aproximarem, então se convencem de que são
floquinhos de neve especiais e únicos, com problemas que ninguém entenderia.
Pessoas indiferentes têm medo do mundo e da repercussão de suas escolhas. É
por isso que não tomam decisões importantes. Escondem-se no apático poço
cinzento de egocentrismo e autopiedade que criaram, distraindo-se eternamente
dessa coisa insuportável chamada vida, que exige tanto tempo e energia.
Porque existe uma verdade secreta sobre a vida: é impossível ligar o foda-se
para ela. Com alguma coisa a gente tem que se importar. É parte da nossa natureza
se importar com as coisas e, portanto, não recorrer ao foda-se.
Sendo assim, a pergunta é: com o que se importar? Como escolher o que
importa? E como ligar o foda-se para todo o resto?
Há pouco tempo, um amigo da minha mãe roubou uma boa quantia de
acontece. O nível de energia cai. A identidade se consolida. Sabemos quem
somos e nos aceitamos, mesmo o que não é lá muito bacana.
E, por mais estranho que pareça, isso é libertador. Não precisamos mais nos
importar com tudo. A vida é assim. E nós a aceitamos, com defeitos e tudo.
Percebemos que nunca vamos desenvolver a cura para o câncer, nunca iremos à
Lua nem sairemos com a Jennifer Aniston. E tudo bem. Vida que segue.
Passamos a reservar nossa preocupação cada vez mais escassa ao que realmente
merece atenção: família, melhores amigos, pontuação no golfe. E, para nossa
perplexidade, isso basta. Na verdade, ficamos felizes pra cacete depois dessa
simplificação, e por um bom tempo. E começamos a pensar que talvez aquele
bêbado maluco do Bukowski soubesse do que estava falando. Nem tente.
Mas então, Mark, para que serve essa droga de livro, afinal?
Este livro vai ajudar você a pensar um pouco mais claramente sobre o que elege
como importante na sua vida e o que considera insignificante.
Acredito que estamos enfrentando uma epidemia de cegueira psicológica que
faz as pessoas não enxergarem que é normal as coisas darem errado de vez em
quando. Sei que parece ser simplesmente preguiça intelectual, mas juro que é
quase uma questão de vida ou morte.
Porque, quando acreditamos que nada deveria dar errado, inconscientemente
começamos a nos culpar. Começamos a desconfiar que tem alguma coisa errada
com a gente, o que nos leva a todo tipo de absurdo na tentativa de reverter isso,
como comprar quarenta pares de sapatos, tomar calmante com vodca numa
noite de terça-feira ou atirar num ônibus escolar cheio de criancinhas.
Essa crença de que não conseguir uma coisa ou outra é um problema acaba
alimentando o crescente Círculo Vicioso Infernal, que ameaça dominar nossa
cultura.
A ideia de ligar o foda-se é um jeito simples de reorientar nossas expectativas
e descobrir o que é ou não importante na vida. Quando desenvolvemos essa
habilidade, experimentamos o que considero uma espécie de “iluminação
prática”.
2
A felicidade é um problema
Há uns dois mil e quinhentos anos, num palácio localizado no sopé himalaio do
atual Nepal, vivia um rei que seria pai. O rei tinha um objetivo bastante
grandioso para o filho: tornar a vida da criança perfeita. O menino não passaria
por um único momento de dor, todas as suas necessidades e todos os seus
desejos seriam atendidos prontamente.
O rei mandou que construíssem muros altos ao redor do palácio, para que o
príncipe jamais conhecesse o mundo lá fora. Ele mimava o menino, cobrindo-o
de comida e presentes, cercando-o de servos que atendiam a todos os seus
caprichos. Como planejado, a criança cresceu alheia à crueldade habitual da
existência humana.
Toda a infância do menino foi assim. Mas, apesar do luxo e opulência
infinitos, o príncipe se tornou um jovem meio estressado. Em pouco tempo,
todas as experiências lhe pareciam vazias e sem valor. Por mais que o pai lhe
desse, nada era suficiente e nunca significava nada.
Até que, certa madrugada, o príncipe saiu do palácio às escondidas, para
descobrir o que havia além dos muros. Ele ordenou que um criado o conduzisse
pelo vilarejo local, e o que viu deixou o rapaz horrorizado.
Pela primeira vez na vida, o príncipe conheceu o sofrimento. Viu doentes,
velhos, desabrigados, sofredores e até mortes.
O príncipe voltou ao palácio e entrou numa espécie de crise existencial. Sem
saber como lidar com o que tinha visto, ficou todo emo e reclamão. E, como é
típico dos jovens, acabou culpando o pai exatamente por tudo que o rei tentara
fazer por ele. As riquezas, concluiu o príncipe, eram o que o tinham deixado tão
infeliz, impedindo-o de encontrar sentido na vida. Ele decidiu fugir.
mundanos. Pessoas que se abstêm dos prazeres mundanos sofrem por se
absterem.
Isso não significa que todo sofrimento seja igual. Sem dúvida, alguns são mais
dolorosos que outros, mas mesmo assim todos sofremos.
Anos depois, o príncipe formularia toda uma nova filosofia de vida e a
transmitiria ao mundo, e este seria o princípio central: devemos parar de tentar
resistir à dor e à perda, pois são inevitáveis. O príncipe se tornaria conhecido
como Buda. E, se você nunca ouviu falar dele, saiba que Buda não foi pouca
coisa.
Existe uma premissa básica em muitas de nossas conjecturas e crenças. Ela
postula que a felicidade é algorítmica, que pode ser buscada, merecida e
alcançada como se estivéssemos entrando na faculdade de direito ou montando
um complicado conjunto de Lego. Se eu conseguir X, serei feliz. Se eu tiver a
aparência Y, serei feliz. Se eu conquistar uma pessoa como Z, serei feliz.
Essa premissa é o problema. A felicidade não é uma equação que possa ser
solucionada. A insatisfação e a inquietude são inerentes à natureza humana e,
como veremos, componentes necessários para se criar uma felicidade
consistente. Buda sustentou isso a partir de uma perspectiva teológica e
filosófica. Vou defender o mesmo argumento neste capítulo, mas de uma
perspectiva biológica, com pandas.
As desventuras do Panda da Desilusão
Se eu pudesse inventar um super-herói, seria o Panda da Desilusão. Com uma
máscara cafona nos olhos e uma camiseta que não cobriria sua enorme barriga
de panda, ele teria o superpoder de dizer às pessoas duras verdades sobre si
mesmas. Verdades que elas precisam ouvir, mas não querem aceitar.
O Panda da Desilusão iria de porta em porta como um vendedor de Bíblias,
tocando a campainha e dizendo coisas como “Claro, ganhar muito dinheiro faz
você se sentir bem, mas não vai conquistar o amor dos seus filhos”, ou “Se você
precisa pensar antes de responder se confia na sua esposa, é porque não confia”,
ou “O seu conceito de ‘amizade’ não passa de constantes tentativas de
aqui. Ele me contou tudo enquanto tomávamos margaritas:
Os problemas nunca somem, eles só diminuem.
Warren Buffett tem problemas financeiros; o mendigo bêbado que fica à
espreita na frente do supermercado também tem. Buffett simplesmente tem
problemas financeiros menores que os do mendigo. Tudo na vida é assim.
— A vida é basicamente uma série interminável de problemas, Mark —
afirmou o Panda. Ele tomou mais um gole do drinque e ajeitou o guarda-
chuvinha cor-de-rosa que adornava o copo. — A solução de um problema é
apenas o início do próximo.
Depois de um tempo, eu me perguntei de onde aquele panda falante tinha
saído. Aliás, quem foi que preparou essas margaritas?
— Não espere por uma vida sem problemas — continuou o Panda. — Isso
não existe. Em vez disso, torça por uma vida cheia de problemas pequenos.
E, dizendo isso, ele pousou o copo, ajeitou o guarda-chuvinha nele e saiu
caminhando alegremente rumo ao horizonte.
Felicidade é resolver problemas
Problemas são uma constante na vida. Quando você resolve seus problemas de
saúde frequentando uma academia, está criando novos problemas, como ter que
acordar cedo para não se atrasar, passar meia hora suando que nem um porco na
esteira, depois ter que tomar banho antes do trabalho para não empestear o
escritório inteiro com o seu fedor. Quando você resolve o problema de não
passar tempo suficiente com seu parceiro, decidindo que vão sair juntos toda
quarta-feira, está gerando novos problemas, como pensar em algo que os dois
não odeiem para fazer toda quarta, conferir se têm dinheiro para ir a bons
restaurantes, redescobrir a química e a chama que sentem ter perdido e
desvendar a logística de transar em uma banheira minúscula com espuma
demais.
Os problemas nunca acabam; eles apenas são substituídos e/ou atualizados.
A felicidade está em resolver problemas. Repare que a palavra-chave é
“resolver”. Se você evita os problemas ou acha que não tem nenhum, está no
sofrimento. Culpa e negação dão barato. São uma fuga temporária dos
problemas, o que proporciona uma sensação passageira de melhora.
Há diversas formas de obter euforia. Seja pela ingestão de substâncias como o
álcool, seja pela sensação de altivez moral ao culpar os outros ou pela emoção de
uma aventura arriscada, basear a vida em picos de euforia é superficial e
improdutivo. Grande parte do mercado da autoajuda se sustenta em vender
euforia em vez de ensinar as pessoas a resolver problemas legítimos. Muitos
gurus ensinam novas formas de negação e enchem o público de exercícios que
causam bem-estar a curto prazo, mas que ignoram a raiz do problema. Lembre-
se: nenhuma pessoa feliz de verdade tem necessidade de ficar diante de um
espelho repetindo para si mesma que é feliz.
Outro problema da euforia é que ela vicia. Quanto mais dependemos dela
para sentirmos uma melhora em nossos problemas ocultos, mais recorremos a
tal recurso. Assim, quase tudo pode se tornar um vício, dependendo do motivo
pelo qual é usado. Todos temos nossos métodos preferidos para entorpecer a dor
causada pelos problemas, e não há nada de errado nisso, desde que sejam usados
em doses moderadas. Quanto mais evitamos e mais nos entorpecemos, mais
doloroso será quando finalmente confrontarmos nossos problemas.
Sentimentos não são tudo isso que você pensa
Os sentimentos foram desenvolvidos em nosso organismo com um propósito
específico: nos ajudar a viver e a nos reproduzir melhor. Só isso. São um
mecanismo de resposta cuja função é nos alertar de que algo é provavelmente
bom ou provavelmente prejudicial. Nada mais, nada menos.
Assim como a dor da queimadura ensina a não tocar o fogão aceso de novo, a
tristeza de estar sozinho ensina a não repetir os comportamentos que causaram a
solidão. Sentimentos são apenas sinais biológicos criados para empurrar as
pessoas na direção de mudanças positivas.
Olha, não estou tentando menosprezar sua crise de meia-idade ou o ainda não
superado trauma de quando seu pai alcoólatra roubou sua bicicleta quando você
tinha oito anos, mas, no final das contas, se você se sente mal, é porque seu
começo: insuficientes.
Os psicólogos às vezes se referem a esse conceito como a “esteira hedonista”: a
ideia de que estamos sempre nos esforçando para mudar nossa vida, mas na
verdade nunca nos sentimos muito diferentes.
É por isso que nossos problemas são recorrentes e inevitáveis. A pessoa com
quem você se casa é a mesma com quem você briga. A casa que você compra é a
mesma que você reforma. O emprego dos seus sonhos é o mesmo que vai
estressá-lo. Tudo vem com um sacrifício embutido, ou seja, o que nos faz bem vai
inevitavelmente nos fazer mal também. O que ganhamos também é o que
perdemos. O que nos proporciona experiências positivas definirá também as
negativas.
Esse conceito é difícil de engolir. Nós gostamos de pensar que existe uma
felicidade derradeira a alcançar. Gostamos de pensar que é possível alcançar um
alívio permanente do sofrimento. Gostamos de pensar que é possível se sentir
para sempre pleno e satisfeito com a vida.
Mas não é.
Escolha suas batalhas
Se eu lhe perguntar o que você quer da vida e você disser algo como “Quero ser
feliz, ter uma família maravilhosa e um emprego de que eu goste”, essa é uma
resposta tão comum e previsível que não significa nada.
Todo mundo gosta do que é bom. Todo mundo quer ter uma vida sem
preocupações, feliz e fácil; se apaixonar, ter relacionamentos incríveis, parceiros
sexuais fantásticos, ser lindo, ganhar dinheiro, s...

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